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Conceitos Fundamentais

Na óptica de Pereira, (2013) A Epidemiologia pode ser definida como a ciência que
estuda o processo saúdedoença em colectividades animais, analisando a distribuição e os
factores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde
colectiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e
fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao panejamento, administração e avaliação das
acções de saúde (Rouquayrol.G. S, 2013). O significado etimológico do termo epidemiologia
deriva do grego (Pereira, 2013).

Epi=Sobre; Demo=Populacao; Lógica=Estudo.

Estudos Epidemiológicos

Inquérito epidemiológico ou estudo epidemiológico é o método científico de investigação dos


eventos relacionados com a ocorrência de doenças em populações.

O estudo epidemiológico baseia-se no seguinte procedimento.


 Colecta e avaliação de dados preexistentes e formulação de hipóteses;
 Realização de observações pessoais para poder induzir ou inferir sobre o observado, com
o objectivo de sugerir associações ou relações para a elaboração de novas hipóteses;
 Análise dos dados, para testar o verdadeiro valor da hipótese formulada.
O Estudo Epidemiológico Busca Obter Resposta para as Seguintes Questões
 Qual o evento ou fenómeno?
 Quais os indivíduos envolvidos?
 Quando, onde, como e por que ocorreu?
 Como evitar a ocorrência do fenómeno?
Relação Causal
O principal interesse do inquérito epidemiológico consiste no estabelecimento de relações
causais. Considerando uma doença e um factor a ela associado, dá-se a ambos o nome de
variáveis.
1. Tipos de relação entre duas variáveis
A Relação entre duas variáveis pode ser de três tipos:
Relação simétrica: nenhuma das variáveis influi sobre a outra
Relação recíproca: ambas as variáveis se influenciam mutuamente
Relação assimétrica: apenas uma influi sobre a outra - é o caso da relação causal
2. Tipos de variáveis

As variáveis de interesse directo na pesquisa epidemiológica podem ser divididas em duas


categorias: variável dependente e variável independente.

 Independente: é o factor em estudo; não sofre influência da variável dependente, mas


pode causá-la ou alterá-la.
 Dependente: é a enfermidade cujo aparecimento ou cuja variação pode ser explicada
pela variável independente.
Na pesquisa não experimental, é o investigador quem determina qual a variável dependente e
qual a independente. Geralmente, a escolha é determinada pela suposição teórica de que certa
condição produz uma mudança no estado de saúde ou de doença; essa condição será tomada
como variável independente, e o efeito, ou a doença, como a variável dependente.

Nos estudos experimentais, a variável independente é manipulável, e seus valores são


escolhidos ou determinados pelo pesquisador, Além da variável explícita na hipótese causal,
existem ainda variáveis adicionais, dotadas de efeito potencial sobre a variável dependente.
 Variável causal: é o factor a cuja presença se atribui a variável dependente (doença).
 Variáveis adicionais: são aquelas de carácter independente, que podem influir sobre a
hipótese causal.
A variável adicional pode ser controlável ou não controlável
Variável controlável: é aquela cuja influência sobre a variável dependente é conhecida e
pode ser posta sob controlo, por exemplo, em um estudo para verificar a influência do
hábito de fumar sobre a ocorrência de enfermidades cardiovasculares, a dieta seria uma
variável adicional controlável.
Variável não controlável: é aquela cuja acção é ou não conhecida, mas que não pode ser
avaliada nem controlada na pesquisa, por exemplo, em um estudo para verificar a
influência do hábito de fumar sobre a ocorrência de enfermidades cardiovasculares, o
estresse seria uma variável adicional não controlável.
Multiplicidade causal
O conceito de causalidade tem sido profundamente modificado ao longo da história. No
início da era bacteriológica, a teoria da unicausalidade teve sua grande época. Com o
apoio oferecido pela descoberta dos agentes vivos específicos de doenças, os chamados
agentes etiológicos, seus adeptos imaginavam que, uma vez identificados esses agentes e
os seus meios de transmissão, os problemas de prevenção das doenças correspondentes
estariam resolvidos, deixando cair no esquecimento os demais determinantes causais,
relacionados com o hospedeiro e com o ambiente.
Referencias Bibliográficas

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