Você está na página 1de 8

RESUMO EPIDEMIOLOGIA

EFEITO HAWTRONE

O efeito Hawthorne é um fenômeno em estudos científicos que ocorre quando


a mudança no comportamento dos participantes de um estudo é causada pelo
conhecimento de que eles estão sendo observados ou participando de um
estudo científico. Esse efeito pode resultar em alterações nos resultados do
estudo que não são atribuíveis ao tratamento ou intervenção em estudo, mas
sim ao simples fato de estar participando do estudo.

O efeito Hawthorne foi inicialmente observado em um estudo realizado em uma


fábrica em Hawthorne, Illinois, na década de 1920, em que os trabalhadores
apresentaram melhorias significativas na produtividade quando sabiam que
estavam sendo observados. No entanto, o efeito tem sido observado em vários
contextos, incluindo estudos clínicos e experimentais em outras áreas.

O efeito Hawthorne pode ocorrer de várias maneiras. Por exemplo, os


participantes podem se sentir motivados a se comportar de maneira diferente
para impressionar os pesquisadores, ou podem alterar seu comportamento em
resposta a sugestões não verbais ou outras pistas fornecidas pelos
pesquisadores. Além disso, o efeito pode ser influenciado pelo próprio processo
de seleção de participantes para o estudo, que pode resultar na inclusão de
indivíduos mais motivados ou atípicos que podem ter um comportamento
diferente dos demais.

Para minimizar o efeito Hawthorne, é importante que os pesquisadores tenham


cuidado para minimizar a conscientização dos participantes de que estão sendo
observados e para manter as condições experimentais tão naturais quanto
possível. Isso pode incluir o uso de controles adequados, a manutenção de um
ambiente experimental consistente e a minimização da interação entre os
pesquisadores e os participantes. Além disso, o uso de cegamento, tanto do
participante quanto do pesquisador, pode ajudar a minimizar o efeito
Hawthorne.

-CEGAMENTO pode minimizar o efeito HAWTRONE


CAUSALIDADE Na epidemiologia, causalidade se refere à relação de causa e
efeito entre uma exposição a um determinado fator e uma doença ou condição
de saúde. É o estudo das relações entre eventos ou condições que levam a uma
doença específica ou condição de saúde.

A causalidade é estabelecida por meio de uma avaliação criteriosa dos dados de


pesquisa e da aplicação de princípios científicos. Para estabelecer uma relação
causal, é necessário demonstrar que a exposição a um fator específico está
associada a um aumento ou diminuição significativa na incidência de uma
doença ou condição de saúde.

A causalidade na epidemiologia é avaliada usando critérios estabelecidos, como


os critérios de Bradford Hill, que incluem:

1. Força da associação: quanto mais forte a associação entre a exposição e


a doença, maior a probabilidade de que a relação seja causal.
2. Consistência:
3.
a associação deve ser observada em vários estudos e em diferentes
populações.
4. Especificidade: a exposição deve estar associada a uma única doença ou
condição de saúde.
5. Temporalidade: a exposição deve ocorrer antes do desenvolvimento da
doença.
6. Plausibilidade biológica: a associação deve ser biologicamente plausível e
consistente com a compreensão atual da fisiologia ou patologia.
7. Coerência: a associação deve ser coerente com outras evidências
científicas e com a história natural da doença.
8. Analogia: a associação pode ser semelhante a outras relações causa-
efeito estabelecidas.

Ao estabelecer uma rel

A amostragem é o processo de selecionar os participantes do estudo a partir de


uma população-alvo. É importante que os critérios de inclusão e exclusão sejam
rigorosos para garantir que os participantes selecionados sejam homogêneos
em relação a certas características relevantes para o estudo, como idade, sexo,
gravidade da doença, entre outras. Isso ajuda a minimizar o viés de seleção, que
pode ocorrer quando há diferenças importantes entre os grupos de tratamento
e controle que podem afetar os resultados do estudo.

Além disso, é importante que o tamanho da amostra seja adequado para


garantir que os resultados do estudo sejam estatisticamente significativos e
generalizáveis para a população maior. Isso ajuda a minimizar o erro amostral,
que pode ocorrer quando uma amostra é muito pequena e não representa
adequadamente a população.

Já a alocação do tratamento se refere ao processo de designar aleatoriamente


os participantes do estudo para um grupo de tratamento ou um grupo de
controle. A randomização é a única opção para formar grupos verdadeiramente
comparáveis, pois ela ajuda a minimizar o viés de alocação, que pode ocorrer
quando os pesquisadores escolhem quais participantes recebem o tratamento e
quais recebem o placebo ou nenhum tratamento.

A randomização ajuda a garantir que as diferenças entre os grupos de


tratamento e controle sejam distribuídas aleatoriamente, o que ajuda a
minimizar o efeito de variáveis desconhecidas que podem afetar os resultados
do estudo. Isso aumenta a validade interna do estudo, permitindo que os
pesquisadores avaliem com mais confiança se o tratamento está realmente
causando a melhora observada nos pacientes ou se a melhora pode ser
atribuída a outras variáveis.

Pareamento: tentativa de incluir, nos dois grupos, a mesma quantidade de


pessoas com as mesmas características, exceto aquela que está sendo estudada.

 viés de follow-up: os desfechos do estudo são afetados pela perda de


participantes que torna os grupos heterogêneos;

 Queremos reduzir a subjetividade dos médicos e dos pacientes.

 Sem cegamento – open trial ou aberto.

 Uni-cego: cegamento do participante quanto a intervenção que ele está


recebendo, para evitar o

 viés de informação: participante, ciente do seu tratamento, altera seu


relato ou suas atitudes; ex pessoa que tomou o medicamento fala que
melhorou e quem tomou placebo fala que não

 Duplo cego: cegamento dos participantes e dos coletadores de dados,


para evitar o viés de informação e o viés de aferição: quando os dados
não são coletados da mesma maneira entre os dois grupos;

 Existem casos em que é impossível, como por exemplo, quando a


intervenção é um processo cirúrgico

 Desfechos duros são aqueles que são diretamente relacionados à morte ou


eventos graves, como ataques cardíacos ou derrames

 Desfechos moles, por outro lado, são desfechos menos graves, como redução
de sintomas como tosse ou dor.
 O desfecho substituto é uma medida usada em pesquisas médicas que busca
avaliar a eficácia de um tratamento por meio de uma medida que é mais fácil
de medir do que o desfecho clínico direto. Por exemplo, em vez de medir
diretamente a redução do risco de morte ou de eventos graves, como um
ataque cardíaco, os médicos podem medir um fator que acreditam estar
relacionado a esses desfechos, como o valor do colesterol LDL no sangue. Se o
valor do colesterol LDL diminuir, isso pode ser um indicativo de que o paciente
está menos propenso a ter problemas de saúde no futuro.

 O desfecho substituto é uma medida usada em pesquisas médicas que busca


avaliar a eficácia de um tratamento por meio de uma medida que é mais fácil
de medir do que o desfecho clínico direto. Por exemplo, em vez de medir
diretamente a redução do risco de morte ou de eventos graves, como um
ataque cardíaco, os médicos podem medir um fator que acreditam estar
relacionado a esses desfechos, como o valor do colesterol LDL no sangue. Se o
valor do colesterol LDL diminuir, isso pode ser um indicativo de que o paciente
está menos propenso a ter problemas de saúde no futuro.

 ; Os estudos de coorte são usados para entender a relação entre uma exposição
(como fumar) e uma doença. É como acompanhar um grupo de pessoas que
fumam e um grupo que não fuma por um tempo e ver quantas pessoas em
cada grupo desenvolvem uma doença específica. Assim, podemos entender a
frequência com que uma doença ocorre em uma população em risco ao longo
do tempo e avaliar a associação entre a exposição e o desfecho. É chamado de
estudo de incidência porque mede a incidência da doença em uma população
em risco.

 Se a seleção não for aleatória, pode haver uma diferença sistemática entre os
grupos expostos e não expostos que afete a associação entre a exposição e o
desfecho. Por exemplo, se os participantes expostos a um fator de risco são
mais propensos a ter um estilo de vida menos saudável em geral, isso pode
afetar a associação entre a exposição e a doença.

 Por exemplo, se a exposição a um fator de risco (como álcool) está associada a


outras diferenças demográficas (como idade e gênero) que por sua vez afetam
o desfecho de interesse (como doença cardíaca), é importante controlar esses
fatores de confusão para garantir que a associação entre a exposição e o
desfecho seja verdadeira.

 Outro exemplo seria um estudo que analisa a relação entre o consumo de café
e o risco de doença cardíaca. No entanto, sabemos que os bebedores de café
também tendem a fumar mais e ter um estilo de vida menos saudável em geral,
o que pode afetar a associação observada entre o consumo de café e a doença
cardíaca. Neste caso, é importante controlar esses fatores de confusão para
garantir que a associação entre o consumo de café e a doença cardíaca seja
verdadeira.

CASO CONTROLE

 Grupo Caso x Controle

 Estudo RETROSPECTIVO;

 Muito usado para estimar fatores de risco em desfechos raros;

 Necessário obter o histórico do paciente: prontuários, exames...

. Por exemplo, em um estudo de coorte que investiga a associação entre o consumo de


cigarro e o câncer de pulmão, podemos calcular a OR para estimar a probabilidade de
desenvolver câncer de pulmão em fumantes em comparação com não fumantes.

Assim, como o RR é calculado a partir da razão entre as taxas de incidência nos grupos
de intervenção e controle, sua utilização em ECR pode ser limitada, pois as taxas de
incidência nos dois grupos são muito semelhantes, já que a randomização garante uma
distribuição equilibrada dos fatores de risco e proteção.

ESTUDO TRANSVERSAL
Por exemplo, um estudo transversal poderia coletar informações sobre o
consumo de álcool e o diagnóstico de cirrose hepática em uma população em
um momento específico.

No entanto, o problema é que não é possível determinar a ordem temporal


entre a exposição e o desfecho. Ou seja, não se sabe se a exposição ao álcool
causou a cirrose hepática ou se a cirrose hepática influenciou o consumo de
álcool. Esse problema pode levar a erros de interpretação e conclusões
equivocadas sobre a relação entre a exposição e o desfecho.

• É rápido de conduzir;

• Coleta de variáveis uma única vez;

• Vários desfechos podem ser pesquisados de uma única vez.

VIÉS DE MEMÓRIA
O viés de memória é um tipo de viés que pode ocorrer em estudos
epidemiológicos ou de saúde pública que dependem da lembrança das pessoas
sobre eventos passados, sintomas ou exposições. Esse viés ocorre quando as
pessoas relatam informações incorretas ou incompletas devido a falhas de
memória ou a fatores psicológicos que afetam a lembrança.

Por exemplo, em um estudo que investiga a relação entre o consumo de álcool


e o risco de desenvolver câncer de mama, as participantes podem ter
dificuldade em lembrar com precisão a quantidade de álcool que consumiram
em cada ocasião. Isso pode levar a uma subestimação ou superestimação do
consumo de álcool, o que pode distorcer a relação encontrada entre o consumo
de álcool e o risco de câncer de mama.

O viés de memória pode ser minimizado por meio de técnicas como a utilização
de questionários padronizados, a verificação cruzada das informações relatadas
com registros médicos ou outros documentos, e o uso de entrevistadores
treinados para fazer perguntas de forma clara e objetiva.
No estudo transversal, é importante ter cuidado com a interpretação dos
resultados, especialmente em relação ao componente direcional e à causalidade
reversa. O componente direcional refere-se à possibilidade de que a relação
entre a exposição e o desfecho possa ocorrer em ambas as direções. Por
exemplo, no caso do câncer de pulmão e o uso do cigarro, pode ser que o uso
do cigarro aumente o risco de câncer de pulmão, mas também pode ser que o
câncer de pulmão leve a pessoa a fumar mais cigarros.

Já a causalidade reversa refere-se à possibilidade de que o desfecho possa ter


causado a exposição em vez da exposição ter causado o desfecho. No caso do
exemplo anterior, pode ser que a pessoa tenha começado a fumar cigarros por
outras razões e depois desenvolvido câncer de pulmão.

ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

Amostra

A amostragem no ensaio clínico randomizado refere-se ao processo de seleção


e alocação dos participantes do estudo em grupos de tratamento e controle de
forma aleatória e controlada. O objetivo é garantir que os grupos sejam
comparáveis em termos de características e fatores de risco, a fim de minimizar
o viés de seleção e maximizar a validade interna do estudo.

A amostra no ensaio clínico randomizado deve ser representativa da população


de interesse e deve ser grande o suficiente para detectar diferenças
significativas entre os grupos de tratamento. Para isso, são definidos critérios de
inclusão e exclusão para os participantes, a fim de garantir a homogeneidade
do grupo e minimizar as variáveis de confusão que possam afetar os resultados.

A alocação dos participantes em grupos de tratamento e controle é realizada


por meio de um processo aleatório, como a randomização, que envolve a
atribuição aleatória dos participantes aos grupos. Isso ajuda a reduzir o viés de
seleção e aumentar a confiabilidade dos resultados.

RANDOMIZAÇÃO:

A randomização funciona atribuindo aleatoriamente os indivíduos ou unidades


experimentais aos diferentes grupos de tratamento. Existem diferentes métodos
de randomização que podem ser usados, dependendo do tamanho do estudo,
da complexidade do desenho experimental e dos objetivos específicos da
pesquisa.

Um método comum de randomização é o uso de um gerador de números


aleatórios, que pode ser implementado eletronicamente ou por meio de um
método manual, como a seleção de bolas numeradas de um saco. Cada
participante é atribuído aleatoriamente a um grupo de tratamento usando esse
processo, garantindo que a alocação seja imparcial e não influenciada por
nenhum fator conhecido ou desconhecido que possa afetar os resultados.

A randomização também pode ser estratificada, o que significa que a


aleatorização é realizada dentro de subgrupos específicos, como sexo, idade ou
nível de gravidade da doença. Isso é importante para garantir que os grupos de
tratamento e controle sejam comparáveis e representativos da população de
interesse.

Além disso, existem outros métodos de randomização, como a randomização


por blocos, em que os participantes são agrupados em blocos, e cada bloco
contém um número igual de participantes que são distribuídos aleatoriamente
aos grupos de tratamento e controle. Esse método ajuda a garantir que o
tamanho de cada grupo seja equilibrado e que haja uma distribuição uniforme
dos participantes entre os grupos.

VIÉS DE SELEÇÃO
O viés de seleção ocorre quando os participantes incluídos no estudo não são
representativos da população de interesse. Isso pode levar a resultados
distorcidos e a conclusões equivocadas.

Um exemplo de viés de seleção seria um estudo sobre o uso de medicamentos


em idosos que só inclui participantes que frequentam centros de saúde. Isso
pode resultar em uma sub-representação de idosos mais frágeis que não têm
acesso a esses centros de saúde, o que pode levar a uma superestimação da
eficácia do medicamento para essa população.

Você também pode gostar