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o Resulta da distribuição não randômica do fator de risco tanto na população quanto na amostra, levando a uma
estimativa errada do efeito.
o Pode parecer um viés, mas não resulta de um erro sistemático. Na verdade, sua não identificação que gera o
viés de confundimento.
o Fatores frequentes são a classe social e a idade.
o O fumo, na imagem acima, confunde porque está correlacionado ao consumo de café e é um fator de risco para
aqueles que não consomem café. Já no estudo sobre a exposição do radônio e o câncer de pulmão, o hábito de
fumar não será um fator de confusão se o número de fumantes for idêntico entre os expostos e os não expostos
ao radônio.
Controle dos fatores de confusão:
No delineamento do estudo:
o Randomização = aplicável somente nos estudos experimentais, e quando o tamanho da amostra é adequado. É
o método ideal para que as potenciais variáveis de confusão sejam igualmente distribuídas entre os grupos que
estão sendo comparados.
o Restrição = limitar o estudo a pessoas que apresentam uma característica em particular. Ex: participação restrita
a não-fumantes em caso de estudo sobre doença coronariana.
o Emparelhamento = em um estudo de caso-controle sobre exercícios físicos e doença coronariana, cada
paciente poderá ser emparelhado com um controle de mesma faixa etária e sexo para evitar que essas variáveis
atuem como fator de confusão. Critérios de emparelhamento muito restritos ou muito numerosos = sobre-
emparelhamento.
Durante a análise dos resultados:
o Estratificação = preferível em grandes estudos. Envolve a medida da força de associação em categorias
homogêneas bem definidas (estratos) das variáveis de confusão. Se a idade for um problema, a associação
pode ser medida em grupos de 10 anos, por exemplo.
o Modelagem estatística = a estratificação não pode ajudar no controle simultâneo de muitos fatores de confusão,
como na maioria das vezes é necessário. Daí se usa o método da modelagem estatística.
VALIDADE (acuidade, exatidão):
Expressa a capacidade de um teste de medir aquilo que se propõe a medir. Informa se os postulados representam a
“verdade” ou o quanto se afastam dela.
É diferente de reprodutibilidade (confiabilidade, fidedignidade, repetibilidade ou precisão): consistência dos resultados
quando a medição ou o exame se repete.
o Baixa confiabilidade e alta validade faz com que os resultados se espalhem, mas a média dos valores médios
está próxima do valor verdadeiro.
Validade interna: diz respeito ao grau no qual os resultados de uma observação estão corretos em relação a um grupo
particular de pessoas que estão sendo estudadas e de acordo com os critérios estabelecidos. É indispensável para que
um estudo seja útil. É mais fácil de ser alcançada, mas não garante validade externa.
Diferentes laboratórios podem produzir resultados distintos por causa do erro sistemático, mas a
avaliação da situação anêmica pode ter validade interna em cada um daqueles.
Validade externa (generalização): é a extensão na qual os resultados de um estudo são aplicados para pessoas que não
participam dele (ou para laboratórios não envolvidos). Requer o controle de qualidade das medidas e o julgamento sobre
quanto os resultados de um estudo podem ser extrapolados, o que não requer que a amostra do estudo seja
representativa da população de referência.
É garantida se resultados similares forem obtidos em diferentes populações.
Validades internas e externas funcionam como uma gangorra: ganha-se de um lado, mas se perde de outro.
Relação entre reprodutibilidade e validade:
o Um teste de baixa reprodutibilidade (confiabilidade) forçosamente acarreta baixa validade.
o Um teste de alta reprodutibilidade (confiabilidade) não assegura validade.