O documento discute a história natural das doenças, os tipos de relação médico-paciente e o método clínico centrado na pessoa. A história natural das doenças possui períodos epidemiológico e patológico. As relações médico-paciente podem ser sacerdotal, engenheiro, colegial ou contratualista. O método clínico centrado na pessoa enfatiza um atendimento integral do paciente considerando aspectos biopsicossociais por meio de seis componentes.
O documento discute a história natural das doenças, os tipos de relação médico-paciente e o método clínico centrado na pessoa. A história natural das doenças possui períodos epidemiológico e patológico. As relações médico-paciente podem ser sacerdotal, engenheiro, colegial ou contratualista. O método clínico centrado na pessoa enfatiza um atendimento integral do paciente considerando aspectos biopsicossociais por meio de seis componentes.
O documento discute a história natural das doenças, os tipos de relação médico-paciente e o método clínico centrado na pessoa. A história natural das doenças possui períodos epidemiológico e patológico. As relações médico-paciente podem ser sacerdotal, engenheiro, colegial ou contratualista. O método clínico centrado na pessoa enfatiza um atendimento integral do paciente considerando aspectos biopsicossociais por meio de seis componentes.
História natural das doenças, relação médico-paciente e método clínico
• Caracterizar as fases da história natural das doenças.
A história natural de uma doença é uma descrição, ou seja, algo que possui uma evolução, do processo de adoecimento de um indivíduo até sua cura ou morte. Trata-se de um estudo que acaba sendo um instrumento necessário, pois aponta quais métodos podem ser utilizados na prevenção e no controle. A história natural da doença é todo tipo de interação entre agente ou fatores etiológicos, hospedeiro e meio ambiente. Possui dois períodos: Período epidemiológico e período patológico. Durante a fase epidemiológica, conhecida também como pré-patológica, a doença ocorre quando há uma ruptura no equilíbrio da saúde do hospedeiro, que acaba sendo influenciada pelos determinantes que contribuem para que a doença aconteça, especialmente quando o hospedeiro está exposto a certos riscos. O período patológico vem a seguir, quando já ocorreu a contaminação e a doença já se desenvolveu, os sintomas da doença começam a se manifestar, o corpo começa a sofrer com as perturbações causadas pelo hospedeiro. Se não houver tratamento durante a fase do desenrolar fisiopatológico e clínico da doença, o quadro da enfermidade pode evoluir para sequelas permanentes ou até a morte.
• Caracterizar os tipos de relação médico-paciente.
Sacerdotal: Método mais tradicional. A autoridade é do médico, o poder é do médico. Médico é o dominante e o paciente é o submisso. Engenheiro: Autoridade é do médico, mas o poder de decisão é do paciente. O médico usa da acomodação, preserva sua autoridade e abre mão do poder, que passa a ser exercido pelo paciente. Colegial: Não existe autoridade e o poder entre médico e paciente é compartilhado de forma igualitária. Médico e paciente usam da negociação para estabelecer relação. Contratualista: A autoridade é do médico, ele toma as decisões, mas o poder é compartilhado, o paciente também participa ativamente da tomada de decisões. O médico e o paciente estabelecem relação de compromisso.
• Diferenciar doença de adoecimento.
A doença é uma construção teórica, com base em observações objetivas que tentam explicar o problema. O adoecimento é a experiência pessoal e subjetiva de quem está doente, é diferente para cada indivíduo. A doença e o adoecimento nem sempre coexistem. Por exemplo, pessoas com doenças assintomáticas, como a hipertensão, nem sempre se sentem doentes, e pessoas entristecidas podem se sentir doentes, mas não têm doença alguma.
• Caracterizar o método clínico centrado na pessoa, enfatizando o atendimento integral do
paciente e ressaltando os aspectos biopsicossociais e sua importância no cuidado à saúde. O Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) surgiu da demanda das pessoas por um atendimento que contemplasse, de maneira mais integral, suas necessidades, preocupações e vivências relacionadas à saúde ou às doenças. A abordagem centrada na pessoa apresenta mais resultados positivos, tais como maior satisfação das pessoas e médicos, melhora na aderência aos tratamentos, redução de preocupações e ansiedade, redução de sintomas; diminuição na utilização dos serviços de saúde e das queixas por má prática, melhora na saúde mental, melhora na situação fisiológica e na recuperação de problemas recorrentes. O Método propõe, em seus diversos componentes, um conjunto de orientações para que o profissional de saúde consiga uma abordagem mais centrada na pessoa. Sendo estruturado em seis componentes. O profissional experiente é capaz de perceber o momento adequado para lançar mão de um ou outro dos componentes, de acordo com o fluir da sua interação com a pessoa que procura atendimento. Os componentes são: 1) Explorando a doença e a experiência da pessoa com a doença: • Avaliando a história, exame físico, exames complementares; Avaliando a dimensão da doença: sentimentos, ideias, efeitos sobre a funcionalidade e expectativas da pessoa. 2) Entendendo a pessoa como um todo, inteira: A pessoa: Sua história de vida, aspectos pessoais e de desenvolvimento; Contexto próximo: Sua família, comunidade, emprego, suporte social; • Contexto distante: Sua comunidade, cultura, ecossistema. 3) Elaborando um projeto comum de manejo: • Avaliando quais os problemas e prioridades; Estabelecendo os objetivos do tratamento e do manejo; Avaliando e estabelecendo os papéis da pessoa e do profissional de saúde. 4) Incorporando a prevenção e a promoção de saúde: • Melhorias de saúde; Evitando ou reduzindo riscos; Identificando precocemente os riscos ou doenças; • Reduzindo complicações. 5) Fortalecendo a relação médico-pessoa: • Exercendo a compaixão; • A relação de poder; • A cura (efeito terapêutico da relação); O autoconhecimento; • A transferência e contratransferência. 6) Sendo realista: Tempo e timing; Construindo e trabalhando em equipe; Usando adequadamente os recursos disponíveis.