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ALUNA: MARIA RITA DE SALES

FACILITADORA: URSULA GALVÃO

NOVA SÍNTESE
SP 3.1 – TEMPOS DIFÍCEIS

• OBJETIVOS:

1. Entender o imc, suas variações e quais outros índices poderiam ser usados como
parâmetro para determinar obesidade.
Criado no século 19, pelo matemático Lambert Quételet, o Índice de Massa Corporal é um cálculo
simples que permite medir se uma pessoa está ou não com o peso ideal. Para fazer o cálculo, basta
dividir o peso pelo quadrado da altura. Mas, vale ressaltar que o IMC sozinho não é um indicativo
de desnutrição ou obesidade, por isso, é preciso associar a outros parâmetros, para chegar ao
diagnóstico final.

IMC = PESO
(ALTURA)²

Na análise da distribuição de gordura corporal e na detecção da obesidade abdominal, mediante


utilização do método antropométrico, diferentes indicadores vem sendo utilizados: Relação cintura-
quadril (RCQ), índice de conicidade (IC) e relação cintura-estatura (RCEst).
A RCQ é obtida pela razão entre os perímetros da cintura e do quadril.

RCQ = CINTURA
QUADRIL

IC é determinado pela razão entre a massa e a estatura corporal.


RCEst é determinada pela razão entre o perímetro da cintura e a medida da estatura.

2. Caracterizar sedentarismo, suas causas e consequências.


O sedentarismo é marcado pela falta de atividades físicas, que faz com que a pessoa tenha um gasto
calórico reduzido. Considera-se sedentária a pessoa que gasta menos de 2.200 calorias por semana.
A fim de reduzir o estilo de vida sedentário e a incidência de doenças cardiovasculares, hipertensão,
diabetes mellitus e hipercolesterolemia, a atividade física tem sido amplamente incentivada,
melhorando a função cardiopulmonar e diminuindo o acúmulo de gordura nos tecidos adiposos.
Causas do sedentarismo: Usar o carro por hábito, mesmo para trajetos curtos, questões psicológicas,
como depressão e síndrome do pânico, priorizar escadas rolantes, falta de tempo e planejamento da
rotina, desinteresse por exercícios físicos, pagar pela realização de algumas atividades domésticas,
preferir passar o tempo livre no celular, computador ou televisão.
Consequências do sedentarismo: Obesidade, aumento do colesterol, atrofia muscular, aumento da
pressão arterial, problemas articulares, problemas cardiovasculares (Infarto ou AVC), diabetes tipo
2, distúrbios do sono.
O sedentarismo pode ser mensurado a partir de 4 níveis:
Nível 1 – Pessoas que fazem poucas caminhadas, nenhuma atividade física com maior intensidade é
realizada.
Nível 2 - Pessoas que fazem esforços moderados no dia a dia, seja carregando sacolas de
supermercado ou descarregando produtos. Não há, no entanto, um momento específico para praticar
atividades físicas.
Nível 3 - Pessoas que evitam qualquer tipo de esforço físico no cotidiano, estão sempre em busca
de artifícios para não carregar nenhum peso e usam o carro para ir a lugares que a pé chegariam em
5 minutos.
Nível 4 - Indivíduos que não fazem nem os esforços mínimos diários e que passam o dia todo
sentados ou deitados. A pessoa não se lembra nem qual foi a última vez que fez uma caminhada ou
se exercitou.

3. Conceituar o que é metabolismo energético (anabolismo e catabolismo).


Segundo o Lehninger, metabolismo é o conjunto de reações orgânicas que os organismos vivos
realizam para obter energia e para sintetizar as substâncias de que necessitam. Ou seja, são todas as
alterações químicas que produzem a energia necessária para que o organismo dos seres vivos
funcionem da maneira adequada. O metabolismo energético pode ser dividido em dois grupos:
Anabolismo e catabolismo.

Anabolismo - Atividades químicas que permitem a formação de moléculas complexas (reações de


síntese), a partir de moléculas simples. Exemplo: Por meio de exercícios físicos e alimentos
energéticos, o organismo recebe uma grande quantidade de energia suficiente para realizar os
processos anabólicos, e assim, adquirir um aumento muscular.

Catabolismo – Ocorre as reações de degradação da molécula. Compostos orgânicos complexos são


transformados em moléculas simples e, consequentemente, há produção de energia. O processo de
catabolismo inicia com a digestão, onde moléculas de polissacarídeos são quebradas em
monossacarídeos, lipídios são quebrados em ácidos graxos e glicerol e proteínas são quebradas em
seus aminoácidos.

A glicose é a principal fonte de energia das células. Após o catabolismo, a glicose libera energia e
resíduos, o que possibilita o funcionamento das reações metabólicas.

As milhares de reações químicas catalisadas por enzimas, que ocorrem nas células, são organizadas
funcionalmente em muitas sequências de reações consecutivas, chamadas de vias, nas quais o
produto de uma reação se torna o reagente da seguinte. Algumas vias degradam nutrientes orgânicos
em produtos finais simples e, assim, podem extrair energia química e convertê-la em formas úteis à
célula.

O conjunto dessas reações degradativas e produtoras de energia livre é designado catabolismo. A


energia liberada pelas reações catabólicas impulsiona a síntese de ATP. Como resultado, a
concentração celular de ATP está bem acima da sua concentração de equilíbrio, de modo que o ∆G,
para quebra de ATP, é grande e negativo. De maneira similar, o catabolismo leva à produção de
carreadores de elétrons reduzidos, NADH e NADPH, e ambos podem doar elétrons em processos
que geram ATP ou realizar etapas redutoras em vias biossintéticas.

Outras vias iniciam com moléculas precursoras pequenas e as convertem progressivamente em


moléculas maiores e mais complexas, incluindo proteínas e ácidos nucleicos. Essas vias sintéticas,
que invariavelmente necessitam de entrada de energia, são chamadas de anabolismo.

O conjunto de redes de vias catalisadas por enzimas, tanto as catabólicas quanto as anabólicas,
constituem o metabolismo celular. O ATP (e os nucleosídeos trifosfatados energicamente
equivalentes, trifosfato de citidina [CTP], trifosfato de uridina [UTP] e trifosfato de guanosina
[GTP]) é o elo entre os componentes catabólicos e anabólicos dessa rede. As vias de reações
catalisadas por enzimas que atuam sobre os principais constituintes das células – proteínas,
gorduras, açúcares e ácidos nucleicos – são praticamente idênticas em todos os seres vivos.
4. Definir e classificar os tipos de carboidratos.
De acordo com Lehninger, os carboidratos, também chamados de glicídios, açúcares ou hidratos de
carbonos, são as biomoléculas orgânicas mais abundantes na Terra e possuem uma grande variedade
de funções de teor energética, informativa e estrutural. São poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxi-
cetonas, ou substâncias que geram esses compostos quando hidrolisadas. Muitos carboidratos têm a
fórmula empírica (CH2O)n, alguns também contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. Possuem
funções de reserva energética, composição dos ácidos nucleicos, componentes estruturais de muitos
organismos, proteção, sinais de localização celular, lubrificação de juntas esqueléticas e adesão
intercelular. Existem três classes principais de carboidratos: monossacarídeos, oligossacarídeos e
polissacarídeos.

Os monossacarídeos são os açúcares simples, são constituídos por uma única unidade poli-
hidroxicetona ou poli-hidroxialdeído. São chamados de aldoses ou cetoses, segundo o grupo
funcional que apresentam, que são os aldeídos ou as cetonas. O monossacarídeo mais abundante na
natureza é o açúcar de 6 carbonos, d-glicose, chamado de dextrose. Monossacarídeos de quatro ou
mais carbonos tendem a formar estruturas cíclicas. A glicose é mantida no sangue como única fonte
de energia para o cérebro, no estado de não fome e como fonte de energia disponível para todos os
outros tecidos. De acordo com seu número de átomos de carbono, podem ser: • Trioses (EX:
Gliceraldeído, d-hidroxiacetona) • Tetroses (EX: Eritrose)• Pentoses (EX: Ribose, ribulose) •
Hexoses (EX: Glicose, frutose, galactose) • Heptoses (EX: Sedoheptulose).
Açúcares: - Piranose (EX: Glicose, galactose), contêm um anel de 6 membros.
- Furanose (EX: Frutose, ribose, desoxirribose), contêm um anel de 5 membros.
- Ácidos (EX: Ácido ascórbico (vitamina C), ácido glucurônico (reage com bilirrubina,
para produzir bilirrubina conjugada), glucurônico e GAG’s.
- Desoxirribose (Componente da estrutura de DNA)
- Álcoois de açúcar (EX: Glicerol, sorbitol, galactilol)
Glicerol → Substrato para gliconeogênese e para a síntese de triacilglicerol.
Sorbitol → Envolvido na catarata, neuropatia, retinopatia em diabetes mellitus.
- Amino açúcares ( EX: Glicosamina, galactosamina)
- Ésteres de açúcar ( EX: Glicose-6-fosfato)

Os oligossacarídeos consistem em cadeias curtas de unidades de monossacarídeos, unidas por


ligações glicosídicas. Os mais abundantes são os dissacarídeos, com duas unidades de
monossacarídeos. A sacarose (açúcar de cana), por exemplo, é um dissacarídeo constituído pelos
açúcares de seis carbonos d-glicose e d-frutose. Todos os monossacarídeos e dissacarídeos comuns
têm nomes terminados com o sufixo “ose”. Nas células, a maioria dos oligossacarídeos constituídos
por três ou mais unidades não ocorrem como moléculas livres, mas são ligados a moléculas que não
são açúcares (lipídeos ou proteínas), formando glicoconjugados. Dentre os principais dissacarídeos
encontram-se:
• Sacarose: Formada pela união entre α-D-glicose e por ẞ-D-frutose. É o glicídio nacionalmente
denominado de açúcar e está presente em grandes quantidades na cana de açúcar e na beterraba. A
hidrólise desse dissacarídeo é possível pela ação da enzima sacarase. Sacarose = Glicose + frutose
• Maltose: Normalmente, resultantes da hidrólise do amido. Maltose = Glicose + glicose
• Lactose: Predominante no leite, formada entre galactose e glicose. Lactose = Glicose + galactose

Os polissacarídeos são polímeros de açúcar que contêm mais de 20 unidades de monossacarídeos;


alguns têm centenas ou milhares de unidades. Alguns polissacarídeos, como a celulose, têm cadeias
lineares; outros, como o glicogênio, são ramificados. Ambos, celulose e glicogênio, são formados
por unidades repetidas de d-glicose, mas diferem no tipo de ligação glicosídica e, em consequência,
têm propriedades e funções biológicas notavelmente diferentes. A maioria dos carboidratos ocorre
na natureza como polissacarídeos, e são também chamados de glicanos. Dentre os principais
polissacarídeos, temos:
• Amido: É um polímero de α-D-glicose, é a forma primária de armazenamento de glicose nas
plantas, que funciona como reserva energética, como fonte de alimento.
Tem dois componentes principais, a amilose e a amilopectina.
• Glicogênio: É um polímero de subunidades de glicose, assim como o amido, porém é mais
ramificado e mais compacto. É a forma primária de armazenamento de carboidratos nos animais, é
o principal polissacarídeo de armazenamento das células animais, encontrado no retículo
endoplasmático liso das células hepáticas e musculares. O glicogênio hepático é uma peça
importante no processo de regulação da glicemia e o muscular, é a grande fonte de energia para o
movimento.
• Celulose: Caracterizado como um homopolissacarídeo linear e não ramificado, constituído por
10.000 a 15.000 unidades de D-glicose. É uma substância fibrosa, flexível e insolúvel em água,
encontrada na parede celular das plantas, particularmente no caule, no tronco e em toda a porção de
madeira da planta. A natureza rígida e fibrosa da celulose a torna útil para produtos comerciais
como papelão e material para isolamento, e ela é um dos principais componentes dos tecidos de
algodão e linho. A celulose é, também, a matéria-prima para a produção comercial de papel celofane
e seda artificial.
Diferem uns dos outros na identidade das unidades de monossacarídeos repetidas, no comprimento
das cadeias, nos tipos de ligações unindo as unidades e no grau de ramificação. Os
homopolissacarídeos contêm somente uma única espécie monomérica e os heteropolissacarídeos
contêm dois ou mais tipos diferentes. O amido e o glicogênio, servem como formas de
armazenamento para monossacarídeos utilizados como combustíveis. A celulose e a quitina, atuam
como elementos estruturais em paredes celulares de plantas e em exoesqueletos de animais. Os
heteropolissacarídeos fornecem suporte extracelular para organismos de todos os reinos. Por
exemplo, a camada rígida do envelope celular bacteriano (o peptideoglicano) é parcialmente
composta por um heteropolissacarídeo, construído por duas unidades alternadas de monossacarídeo.
Nos tecidos animais, o espaço extracelular é preenchido por alguns tipos de heteropolissacarídeos,
os quais formam uma matriz que conecta células individuais e fornece proteção, forma e suporte
para células, tecidos e órgãos.

POLÍMERO TIPO UN. REPETIDA TAMANHO FUNÇÃO


AMIDO HOMO GLICOSE 50 A 50000 Fonte de energia
para as plantas
GLICOGÊNIO HOMO GLICOSE MAIS DE 50000 Fonte de energia
em bactérias e
animais
CELULOSE HOMO GLICOSE MAIS DE 150000 Estrutural em
plantas; rigidez e
força para a
parede celular
QUITINA HOMO N-ACETIL- MUITO LONGA Estrutural em
GLICOSAMINA insetos, aranhas,
crustáceos; dá
rigidez e força ao
envelope celular

Tabela: Características dos principais polissacarídeos. Fonte: POIAN, Andrea da; FOGUEL,
Debora; PETRETSKI, Marílvia Dansa; MACHADO, Olga Tavares. Bioquímica I. Rio de Janeiro:
Fundação Cecierj, 2009. 3 v.

5. Correlacionar as pirâmides alimentares (antiga e nova) com uma dieta balanceada.


A Harvard School of Public Health, um dos maiores centros de estudos sobre saúde pública dos
Estados Unidos, publicou uma nova atualização da antiga Pirâmide alimentar. A Pirâmide Alimentar
de Harvard tem em sua base a prática de atividade física, associada à manutenção de um peso
saudável e uma adequada hidratação. Os cereais integrais, as gorduras saudáveis (azeite de oliva,
óleo de canola) e as frutas e hortaliças também encontram-se na parte inferior da pirâmide e têm seu
consumo estimulado, enquanto alimentos como carnes vermelhas gordurosas, cereais refinados e
bebidas com sal e açúcar estão no topo da pirâmide e devem ter um consumo esporádico.
Na pirâmide antiga, os carboidratos ficavam na base; na nova, o grupo foi separado em dois e um
deles fica na base e o outro no topo, isso também ocorre com as gorduras.
A prática de exercícios físicos e atividades ao ar livre com frequência foi incluída. Um estilo de vida
saudável é construído, contribuindo para o alcance e a manutenção do peso saudável.
Uma alimentação baseada em alimentos não industrializados, a maior ingestão de água, hortaliças,
frutas, grãos integrais, gorduras saudáveis, como o óleo de canola e o azeite de oliva extravirgem,
contribuem para a diminuição da obesidade. Estes alimentos são ricos em vitaminas, minerais e
fibras. Além do mais, os cereais integrais são digeridos mais lentamente, mantendo o organismo
saciado por mais tempo. A pirâmide foca bastante, também, nas carnes vermelhas magras, nos
peixes e nas aves, evitando carnes vermelhas gordas, grãos refinados, doces, bebidas adocicadas e
alimentos ricos em sal, já que esses alimentos são ricos em calorias e pobres em nutrientes. O
objetivo da Nova Pirâmide alimentar é fornecer informações gerais e ao mesmo tempo bastante
úteis para a população sobre o consumo de uma alimentação saudável.

6. Pesquisar como o desequilíbrio energético pode influenciar no ganho e perda de massa


corporal.
Equilíbrio Energético é a relação entre o que se consome de calorias dos alimentos que compõem a
dieta e o gasto de energia que está associado ao equivalente energético do trabalho biológico
realizado. A energia dos alimentos ingeridos ou a energia gasta pelo trabalho biológico pode ser
medida em quilocalorias kcal. A quantidade de calorias que não for queimada, produzindo trabalho
biológico, é armazenada na forma de gordura. Então, é importante que se mantenha um nível de
atividade física correspondente ao consumo energético, ou vice-versa, para que haja uma
manutenção do peso corporal. Ingestão em excesso = Ganho de gordura. Acumular gordura é a
maneira que o corpo tem de lidar com as calorias extras consumidas acima do nível necessário. No
caso do organismo humano, a energia necessária para atender à demanda solicitada pelo trabalho
biológico é sintetizada dos alimentos que são consumidos. A relação consumo-gasto de energia
apresenta três possíveis situações: Equilíbrio energético positivo, equilíbrio energético negativo e
equilíbrio isoenergético.
Equilíbrio energético positivo: É quando o consumo excede o gasto energético. Ex: O indivíduo
apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2800 kcal/dia, acompanhado de um
trabalho biológico que produz um gasto energético diário de apenas 2500 kcal, o que equivale a um
saldo positivo de 300 kcal/dia, que resultam em proporcional aumento no peso corporal.
Equilíbrio energético negativo: É quando o gasto excede o consumo energético. Ex: O indivíduo
apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2500 kcal/dia, acompanhado de um
trabalho biológico que produz um gasto energético diário de 3000 kcal, o que equivale a um saldo
negativo de 500 kcal/dia, que resultam em proporcional diminuição no peso corporal.
Equilíbrio isoenergético: É quando o gasto e o consumo de energia estão iguais. Ex: O indivíduo
apresenta, em média, um consumo de alimentos equivalente a 2800 kcal/dia, acompanhado de um
trabalho biológico que produz um gasto energético diário de 2800 kcal, o que equivale a uma
relação energética equilibrada. Logo, não deverá haver modificações no peso corporal.
7. Entender as vias de obtenção de energia a partir do carboidrato.
As vias metabólicas para obtenção de energia se dividem em: • Respiração celular aeróbia, •
Respiração celular anaeróbia. A respiração aeróbia compreende a glicólise, via das pentoses-fosfato,
glicogênese, glicogenólise, gliconeogênese, ciclo de Krebs e cadeia respiratória (fosforilação
oxidativa). A respiração anaeróbia compreende as fermentações alcoólicas e láctica.

• RESPIRAÇÃO CELULAR AERÓBIA - Utiliza oxigênio como aceptor final, para produzir
energia, com degradação total (completa) de moléculas orgânicas. Pode ser dividida em três etapas
básicas: Glicólise, ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa.
Glicólise: Oxidação da molécula de glicose, formando duas moléculas de ATP e duas moléculas de
Ácido Pirúvico (piruvato). Acontece no hialoplasma e é um processo de catabolismo, anaeróbio e
aeróbio. A glicose é fosforilada por dois ATP e convertida em duas moléculas de
gliceraldeído−3−fosfato. As duas moléculas de gliceraldeído são oxidadas pelo NAD+ e
fosforiladas em reação que emprega o fosfato inorgânico. Então, é formado 2 moléculas de ATP, 2
de NADH e 2 piruvato. Em organismos e tecidos aeróbios, em condições aeróbias, o piruvato é
oxidado, originando o grupo Acetil-CoA, que depois é oxidado a CO2, durante o Ciclo de Krebs.
Em organismos e tecidos em condições de pouco oxigênio ou em condições anaeróbias, o piruvato é
reduzido a Lactato (fermentação láctica) ou convertido a Etanol + CO2 (fermentação alcoólica).

* Via das pentoses-fosfato: É uma via anaeróbica de produção de energia. Processos de síntese das
pentoses, CO2 e o NADPH, onde se trata de uma via metabólica alternativa à glicólise para a
oxidação da glicose, que não requer e não produz ATP. A via das pentoses-fosfato ocorre no citosol
em duas etapas: Etapa oxidativa e a etapa não−oxidativa.
Na etapa oxidativa a glicose−6−fosfato é convertida à ribulose−5−fosfato, acompanhada pela
formação de duas moléculas de NADPH.
A etapa não−oxidativa envolve a isomerização e condensação de várias moléculas diferentes de
açúcar. Três intermediários do processo são utilizados em outras vias: a ribose−5−fosfato, a
frutose−6−fosfato e o gliceraldeído−3−fosfato.
Alternativamente, a via das pentoses−fosfato pode ser concebida como um “desvio” para a
produção de frutose−6−fosfato, a partir da glicose−6−fosfato. Tanto a glicose−6−fosfato como o
gliceraldeído−3−fosfato, produzidos pela via das pentoses−fosfato, podem ser metabolizados a
piruvato e, finalmente, oxidado no sistema enzimático mitocondrial.
* Glicogênese: É a síntese do glicogênio a partir da condensação de muitos monômeros de glicose.
O glicogênio é armazenado em grânulos intracelulares, que também contêm as enzimas que
catalisam as reações para a sua síntese e degradação.
A glicose armazenada sob a forma de glicogênio no fígado e músculos destinam-se a diferentes
funções, como reservatório de glicose à corrente sanguínea e combustível para gerar ATP durante
atividade muscular. Tal processo ocorre logo após a ingestão do alimento, quando os teores de
glicose estão elevados na corrente sanguínea. O Lactado é formado nos eritrócitos por glicose, é
captado pelo fígado e convertido em Glicose-6-fosfato. Depois, a glicose−6−fosfato é convertida
reversivelmente à glicose−1−fosfato, pela fosfoglicomutase e, em presença da
UDP−glicose−pirofosforilase, a glicose−1−fosfato reage com a trifosfato de uridina (UTP), para
produzir UDP−glicose, uma forma “ativada” de glicose. A unidade glicosil de UDP−glicose é
transferida para uma extremidade não−redutora do glicogênio já existente, resultando na anexação
de uma nova unidade de glicose. A UDP é reconvertida a UTP, à custa de ATP, por meio de uma
reação de transferência do grupo fosforil, catalisada pela nucleosídio−difosfato– cinase. O
glicogênio é uma estrutura amplamente ramificada com pontos de ramificações a cada 8 a 14
resíduos. A ramificação é resultante da ação da enzima amilo-transglicosilase (enzima de
ramificação). Essa enzima transfere um fragmento de 6 ou 7 resíduos de glicose, da extremidade
não-redutora, de uma cadeia para o grupo OH do C6, de uma unidade de glicose na mesma ou em
outra cadeia de glicogênio, de modo a formar um enlace, onde é estabelecido um ponto de
ramificação. Após a ocorrência de ramificações, unidades de glicose podem ser acrescentadas a
partir de resíduos glicosil, provenientes da UDP−glicose aos terminais não−redutores de cada uma
das cadeias originais ou das ramificações, por meio da glicogênio−sintase. Na primeira etapa da
síntese, uma glicosil−transferase liga o primeiro resíduo de glicose a um grupo OH de uma proteína
chamada glicogenina, que atua como molde inicial. Essa, por autocatálise, incorpora novos resíduos
de glicose, até formar uma pequena cadeia de até sete resíduos, doados pela UDP-glicose,
produzindo uma molécula nascente de glicogênio. Nesse ponto, a glicogênio−sintase inicia a síntese
do glicogênio, enquanto a glicogenina desliga-se do polímero.
* Glicogenólise: É o processo de conversão do glicogênio em glicose, através da degradação do
glicogênio, em uma clivagem sequencial de resíduos de glicose, a partir das extremidades não-
redutoras das ramificações do glicogênio. A partir do rompimento das ligações pela enzima
glicogênio-fosforólise, há a formação do α−D−glicose−1−fosfato. A glicogênio-fosforilase remove
unidades sucessivas de glicose ao longo da cadeia, até restarem quatro resíduos de um ponto de
ramificação. A continuação da degradação ocorre depois da transferência de uma unidade de três
resíduos de glicose da ramificação, sob a ação da enzima de desramificação do glicogênio, para a
extremidade não-redutora de outra ramificação, ou seja, acontece o rompimento de uma ligação
com a formação de uma nova ligação. Em sua nova posição, os resíduos de glicose são liberados
pela ação da glicogênio-fosforilase. A remoção do resíduo glicosil restante, ligado à cadeia
principal, é realizada por hidrólise pela mesma enzima de desramificação, com a formação de
glicose e glicogênio não ramificado. Desse modo, é explicado o aparecimento de pequenas
quantidades de glicose livre. O produto final das reações de degradação do glicogênio é a
glicose−1−fosfato, que é convertida em glicose−6−fosfato pela fosfoglicomutase.
* Gliconeogênese: É o processo de formação de novas moléculas de glicose, a partir de moléculas
menores, como precursores não-glicídicos (lactato, piruvato, glicerol, cadeias carbonadas). Entre as
refeições, os teores adequados de glicose sanguínea são mantidos pela hidrólise do glicogênio
hepático. Quando o fígado esgota seu suprimento de glicogênio (exemplo, jejum prolongado ou
exercício vigoroso), a gliconeogênese fornece a quantidade apropriada de glicose para o organismo.
Considerando o piruvato como ponto inicial da gliconeogênese, as reações podem ser comparadas
com as da via glicolítica, porém, no sentido inverso. Muitas das enzimas e intermediários são
idênticos. Sete reações são reversíveis, no entanto, três são irreversíveis e devem ser contornadas
por meio de outras reações catalisadas por enzimas diferentes.
• Ciclo de Krebs: Via catabolítica cíclica de oxidação total da glicose a CO2 e H2O, com liberação
de energia. Tal processo só ocorre em condições aeróbicas, na matriz mitocondrial. Antes de entrar
no ciclo, após a oxidação da molécula de glicose a piruvato, este é transportado do citosol até a
matriz mitocondrial por uma translocase específica, para ser descarboxilado a Acetil-CoA. Para a
formação de Acetil-CoA, participa do processo o complexo multienzimático piruvato
desidrogenase, além de outras enzimas, como a CoA-ácido pantotênico e a vitamina B3 (NAD+).
Após formado, o Acetil-CoA entra no ciclo e, através de uma reação de condensação com o
Oxaloacetato, forma o Citrato. A reação é catalisada pela enzima citrato sintetase. Neste processo,
há a liberação da coenzima A, que fica livre para atuar na descarboxilação oxidativa de outra
molécula de Piruvato e formar uma nova molécula de Acetil-CoA, capaz de entrar no ciclo. Após
formado o Citrato, através de uma reação de desidrogenação, este é convertido a Isocitrato via Cis-
Aconitato, através da enzima aconitase. O Isocitrato sofre de desidrogenação pela ação da enzima
isocitrato desidrogenase (enzima ligada à coenzima NAD+), resultando na formação da molécula de
Alfa-Cetoglutarato e CO2. Nessa reação irreversível há a liberação de NADH + H+. Após a
formação do Alfa-Cetoglutarato, através de uma reação de descarboxilação oxidativa, o mesmo é
oxidado a Succinil-CoA e CO2 pela ação do complexo alfa-cetoglutarato desidrogenase, enzima
ligada à coenzima NAD+. Nessa reação irreversível, também há a formação de NADH + H+. O
Succinil-CoA é um composto de alta energia. Fosforila a Guanosina Difosfato (GDP) a Guanosina
Trifosfato (GTP) pela ação enzimática da succinil-CoA sintetase. Nesta reação de fosforilação em
nível de substrato, ocorre a liberação do Succinato, da coenzima A e a formação de um grupo
fosfato terminal de alta energia do GTP a partir de GDP + Pi. Após a formação do Succinato pela
reação reversível, o mesmo passa por uma reação de desidrogenação até a formação da molécula de
Fumarato. Tal processo é catalisado pela enzima succinato desidrogenase, a qual contém FAD
ligada covalentemente, formando FADH2. Através da catalização do Fumarato a partir da enzima
fumarato desidrogenase (fumarase) e de uma reação reversível de hidratação, há a formação do
Malato. Por fim, na última reação do Ciclo de Krebs ocorre a desidrogenação do malato a
Oxaloacetato e o início de um novo ciclo. Esta reação é catalisada pela enzima malato
desidrogenase, a qual está ligada à coenzima NAD+. Nessa reação reversível, há a formação de
NADH + H+.
• Fosforilação Oxidativa: Após o Ciclo de Krebs, este é um processo metabólico de síntese do ATP
a partir da energia liberada pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória. Ocorrendo nas cristas
mitocondriais, é um sistema de transferência de elétrons provenientes do NADH e FADH2 (estas
coenzimas são carreadoras do O2, o qual serve como aceptor de H+). Durante o fluxo de elétrons,
há liberação suficiente de energia livre para a síntese de ATP nos sítios de fosforilação oxidativa.
Neste fluxo, os elétrons são passados de molécula para molécula nos citocromos presentes nas
cristas mitocondriais. Estes “pulam” de um citocromo para outro até chegar no O2 e fazer a
liberação de energia convertida em ATP. Neste processo, o NADH se liga ao complexo I e transfere
seus elétrons para este complexo, iniciando a cadeia de transporte de elétrons. Este complexo é um
canal de prótons e bombeia 4 prótons para o espaço intermembranar e transfere elétrons para a
ubiquinona (uma proteína inserida na membrana). A ubiniquona transfere os elétrons para o
complexo III (bomba de prótons), que bombeia mais 2 prótons para o espaço intermembranar. Os
elétrons são transportados pelo complexo III até o citocromo C (que só transfere elétrons) e deste
para o complexo IV, que, além de ser uma bomba de prótons (bombeia 4 prótons), transfere elétrons
para o oxigênio, reduzindo-o até H2O. Desta maneira, a cada um NADH que inicia esta via, 10
prótons são bombeados para o espaço intermembranar. O FADH2 possui afinidade ao complexo II,
que não é uma bomba de prótons, transfere seus elétrons para a ubiquinona e daí em diante tudo se
repete. O FADH2 é responsável pelo bombeamento de 6 prótons para o espaço intermembranar.
Estes prótons retornam através da ATP síntase e são responsáveis pela maior síntese de ATP que
acontece na mitocôndria.
Rendimento total (em ATP) do processo metabólico:
A partir da oxidação de uma molécula de glicose, durante o metabolismo aeróbico, tem-se um saldo
final de 38 ATP. Na glicólise, através da oxidação de glicose em Ácido Pirúvico, há a formação de 2
moléculas de ATP, através da fosforilação no nível de substrato e, ainda, com produção de 2
NADH, há a formação de 6 moléculas de ATP através da fosforilação oxidativa na cadeia de
transporte de elétrons. Na etapa preparatória, através da formação de Acetil-CoA e produção de 2
NADH, há a formação de 6 moléculas de ATP, através da fosforilação oxidativa na cadeia de
transporte de elétrons. E por fim, no Ciclo de Krebs, na oxidação de Succinil-CoA, a Ácido
Succínico, ocorre a formação de 2 GTP (equivalentes a ATP) na fosforilação no nível de substrato;
18 ATP através da produção de 6 NADH, na fosforilação oxidativa na cadeia transportadora de
elétrons, e 4 ATP através da produção de 2 FADH2 na fosforilação oxidativa na cadeia de transporte
de elétrons. Mesmo com o saldo teórico final de 38 ATP, na maioria das células eucarióticas,
somente há a formação de 36 ATP, visto que alguma energia é perdida quando os elétrons são
transportados através da membrana mitocondrial, que separa a glicólise (no citoplasma) da cadeia
transportadora de elétrons (nas cristas mitocondriais).

• RESPIRAÇÃO CELULAR ANAERÓBIA - Processo metabólico celular condicionado em


ambientes caracterizados pela ausência de gás oxigênio (O2), com degradação parcial (incompleta)
de moléculas orgânicas. Compreende as fermentações alcoólicas e lácticas. Essa via é muito
utilizada por fungos, bactérias e células musculares esqueléticas de nosso corpo que estão em
contração vigorosa. A fermentação ocorre no citosol e inicia-se com a glicólise, quando ocorre a
quebra de glicose em duas moléculas de piruvato. Então, inicialmente, esse processo é semelhante à
respiração celular aeróbia, diferenciado apenas pelo agente aceptor, neste caso, o ácido pirúvico é
transformado em ácido lático ou álcool etílico, no instante em que assimila elétrons e prótons H+ da
molécula enzimática intermediária NADH. O piruvato recebe elétrons H+, provenientes do NADH,
e transforma-se em ácido láctico, que posteriormente é eliminado pela célula. Ele pode também se
transformar em álcool e CO2, que também são, posteriormente, eliminados. Quando o piruvato é
transformado em ácido láctico, dá-se o nome de fermentação láctica. Quando se transforma em
álcool, a fermentação é chamada de alcoólica. Nessas fermentações, o NADH doa seus elétrons e é
convertido em NAD+.
Fermentação alcoólica: Leveduras e outros microrganismos fermentam glicose em etanol e CO2.
A glicose é convertida a piruvato pela glicólise, e o piruvato é convertido a etanol e CO2 em um
processo de duas etapas:
Na primeira etapa, o piruvato é descarboxilado em uma reação irreversível catalisada pela piruvato-
descarboxilase. Essa reação é uma descarboxilação simples e não envolve a oxidação do piruvato. A
piruvato-descarboxilase requer Mg21 e contém uma coenzima fortemente ligada, a tiamina-
pirofosfato.
Na segunda etapa, o acetaldeído é reduzido a etanol pela ação da álcool-desidrogenase, com o poder
redutor fornecido pelo NADH, derivado da desidrogenação do gliceraldeído-3-fosfato. Etanol e
CO2 são os produtos finais da fermentação etanólica. A glicose é fermentada a duas moléculas de
etanol e duas de CO2. A piruvato-descarboxilase está presente na levedura utilizada para fabricação
de cerveja e pão (Saccharomyces cerevisiae) e em todos os organismos que fermentam glicose em
etanol, incluindo algumas plantas. O CO2 produzido pela piruvato-descarboxilase na levedura da
cerveja é responsável pela efervescência característica do champanhe. A antiga arte de fazer cerveja
envolve vários processos enzimáticos além das reações da fermentação alcoólica. Na panificação, o
CO2 liberado pela piruvato-descarboxilase, quando a levedura é misturada com o açúcar
fermentável, faz a massa crescer. A enzima está ausente em tecidos de vertebrados e em outros
organismos que realizam fermentação láctica. A álcool-desidrogenase está presente em muitos
organismos que metabolizam etanol, incluindo o homem. No fígado ela catalisa a oxidação do
etanol ingerido ou produzido por microrganismos intestinais, com a concomitante redução de
NAD1 a NADH. Nesse caso, a reação segue no sentido oposto àquele envolvido na produção de
etanol pela fermentação.
Fermentação láctica: Quando tecidos animais não podem ser supridos com oxigênio suficiente
para realizar a oxidação aeróbia do piruvato e do NADH produzidos na glicólise, NAD1 é
regenerado a partir de NADH pela redução do piruvato a lactato. Alguns tecidos e tipos celulares
(como os eritrócitos, que não possuem mitocôndria e, portanto, não podem oxidar piruvato até
CO2) produzem lactato a partir de glicose mesmo em condições aeróbias. A redução do piruvato por
essa via é catalisada pela lactato-desidrogenase, que forma o isômero L do lactato em pH 7. O
equilíbrio global da reação favorece bastante a formação de lactato, como mostrado pela grande
variação negativa da energia livre padrão. Na glicólise, a desidrogenação de duas moléculas de
gliceraldeído-3-fosfato, derivado de cada molécula de glicose, converte duas moléculas de NAD1 a
duas de NADH. Como a redução de duas moléculas de piruvato em duas de lactato regenera duas
moléculas de NAD1, não ocorre variação líquida de NAD1 ou NADH. O lactato formado pelo
músculo esquelético em atividade (ou pelos eritrócitos) pode ser reciclado; ele é transportado pelo
sangue até o fígado, onde é convertido em glicose durante a recuperação da atividade muscular
exaustiva. Quando o lactato é produzido em grande quantidade durante a contração muscular
vigorosa, a acidificação resultante da ionização do ácido láctico nos músculos e no sangue limita o
período de atividade vigorosa. Os atletas mais bem condicionados só podem correr por um minuto
em velocidade máxima. Embora a conversão de glicose em lactato compreenda duas etapas de
oxidação-redução, não ocorre variação líquida no estado de oxidação do carbono; na glicose
(C6H12O6) e no ácido láctico (C3H6O3), a relação H:C é a mesma. Todavia, parte da energia da
molécula da glicose é extraída pela sua conversão em lactato – o suficiente para dar um rendimento
líquido de duas moléculas de ATP para cada molécula de glicose consumida. Fermentação é o termo
geral para esse processo, que extrai energia (como ATP) mas não consome oxigênio, nem varia as
concentrações de NAD1 ou NADH. As fermentações são realizadas por uma grande variedade de
organismos, muitos deles ocupando nichos anaeróbios e produzindo diversos produtos finais, alguns
com aproveitamento comercial.
RESUMO FERMENTAÇÃO:
→ O NADH formado na glicólise deve ser reciclado para regenerar NAD1, necessário como
receptor de elétrons na primeira etapa da fase de pagamento. Em condições aeróbias, os elétrons
passam do NADH para o O2 na respiração mitocondrial.
→ Em condições anaeróbias ou de hipoxia, muitos organismos regeneram NAD1 pelo transporte de
elétrons do NADH para o piruvato, formando lactato. Outros organismos, como as leveduras,
regeneram NAD1 pela redução de piruvato em etanol e CO2. Nesses processos anaeróbios, não
ocorre oxidação ou redução líquida dos carbonos da glicose.
→ Uma grande variedade de microrganismos pode fermentar o açúcar de alimentos frescos,
resultando em mudanças de pH, sabor e textura, protegendo os alimentos da deterioração. As
fermentações são usadas na indústria para produzir uma ampla variedade de compostos orgânicos.

8. Compreender como ocorre a digestão, absorção, transporte e armazenamento dos


carboidratos.
Os carboidratos serão digeridos em moléculas menores por enzimas encontradas na saliva, no suco
pancreático e no intestino delgado. A digestão dos carboidratos inicia-se na boca, com a ação da
amilase salivar (ptialina), que transforma amido em maltose. Depois, no estômago, o carboidrato
fica em torno de uma hora, aonde continua a ser digerido, o que ocorre na fase de armazenamento
gástrico (fase em que o alimento ainda não foi submetido à ação de mistura pelas peristalses
gástricas). Assim, no interior do estômago, a α-amilase salivar tem o potencial de promover a
hidrólise em torno de 75% do amido ingerido, gerando, como resultado da reação, os dissacarídeos,
maltose, maltotriose e α-limite dextrina. A digestão do amido prossegue no intestino delgado, onde
sofre ação da amilase pancreática, que desdobra todo o amido restante em maltose. É justamente no
delgado, que a enzima α-amilase pancreática é secretada pelo pâncreas em altas concentrações, na
sua forma de enzima ativa. Essa enzima possui, também, atividade catalítica muito significativa.
Inclusive, devemos ressaltar que, em geral, cerca de apenas dez minutos após a chegada do quimo
(bolo alimentar) ao duodeno, o amido já se encontra completamente hidrolisado. Por fim, diante da
presença dos oligossacarídeos resultantes da digestão do amido, a digestão dos carboidratos segue
com a hidrólise final dos dissacarídeos, trissacarídeos e da α-limite dextrina. Essa digestão é
efetuada pelas enzimas oligossacaridases da borda em escova. A digestão dos macronutrientes no
trato gastrointestinal (TGI) é efetuada por enzimas luminais e por enzimas da borda em escova dos
enterócitos no intestino delgado, as quais são hidrólases (enzimas que promovem a cisão de um
material orgânico, através da utilização de água). Essas hidrólases, recebem a denominação de
enzimas luminais quando são secretadas na luz intestinal e, quando são sintetizadas nos enterócitos
e incorporadas a suas membranas, são chamadas de enzimas da borda em escova. Os produtos finais
da digestão dos carboidratos são absorvidos pelas enzimas luminais e da borda em escova são
glicose, galactose e frutose. Esses são absorvidos em duas etapas, mediadas por carregadores
presentes nas duas membranas dos enterócitos. De maneira geral, podemos dizer que as hexoses não
possuem a capacidade de passar facilmente a bicamada lipídica das membranas celulares, o que
torna necessário haver um transporte por meio de carregadores específicos. Tanto a glicose quanto a
galactose são transportadas ativamente (transporte ativo) através da membrana luminal pelo
carregador SGL- T1 (transportador de sódio e glicose/ “sodiumglicose transporter”). Por meio desse
transportador, ocorre o acoplamento do influxo de 1 mol de glicose ou de galactose ao de 2 mols de
íon sódio (Na+). Dessa forma, nota-se que o carreador em questão consiste em um co-transportador
eletrogênico, que funciona por meio da troca entre sódio e glicose, na proporção 2 Na+ para 1
glicose (ou galactose). Assim, podemos concluir que, com o objetivo de que o transporte ocorra
adequadamente, é necessário que haja tanto o gradiente eletroquímico para o íon sódio (Na+),
através da membrana luminal (mantido pela Na+/K+-ATPase da membrana basolateral), quanto o
potencial elétrico da membrana luminal. Na membrana basolateral (MBL), tanto a glicose quanto a
galactose são transportadas passivamente, por meio do processo de difusão facilitada, o qual é
mediado, nesse caso, pelo GLUT2*, um carregador de membrana pertencente à família dos GLUTs
(proteínas de membrana). Em geral, a absorção de hexoses diretamente ingeridas ou provenientes
de dissacarídeos consiste em um processo rápido, o qual se completa totalmente até o jejuno
proximal. Porém, a absorção de hexoses provenientes do amido não é completa, sendo uma parte
não absorvida. Nesse contexto, de acordo com o tipo de alimento, tanto as taxas de absorção, quanto
os locais destinados a essa absorção de hexoses provenientes do amido, são variáveis. O GLUT2
também transporta frutose através da membrana basolateral (MBL). Já na membrana luminal (ML),
o transporte de frutose é mediado pelo GLUT5, por meio de um processo de difusão facilitada,
independente de acoplamento com o Na+.
Principais enzimas digestórias envolvidas na digestão de carboidratos:
ENZIMA ORIGEM EFEITOS
AMILASE SALIVAR GLÂNDULA SALIVAR INÍCIO DA QUEBRA DO
POLISSACARÍDEO EM
DISSACARÍDEOS NA BOCA.
AMILASE PANCREÁTICA PÂNCREAS NO INTESTINO DELGADO,
O POLISSACARÍDEO É
CONVERTIDO EM
DISSACARÍDEOS.
SACARASE CÉLULAS DO INTESTINO NO INTESTINO DELGADO,
A SACAROSE É
CONVERTIDA EM GLICOSE
E FRUTOSE.
MALTASE CÉLULAS DO INTESTINO NO INTESTINO DELGADO,
A MALTOSE É
CONVERTIDA EM 2
MOLÉCULAS DE GLICOSE.
LACTASE CÉLULAS DO INTESTINO NO INTESTINO DELGADO,
A LACTOSE É CONVERTIDA
EM GLICOSE E
GALACTOSE.

Na boca, a enzima amilase salivar inicia a digestão dos carboidratos → O pH ácido do estômago
inativa a amilase salivar → O pâncreas libera a amilase pancreática → No duodeno, as células
intestinais liberam as enzimas que completam a digestão dos carboidratos, transformando-os em
monossacarídeos → Os monossacarídeos são absorvidos pelas células intestinais, por meio de
transporte ativo ou difusão simples.
Após a absorção, a glicose em excesso se transforma em gordura.
9. Estudar como ocorre a transformação de glicose em gordura e quais são as vias.
Não existe exatamente uma via metabólica que transforma glicose em gordura. O que acontece é
que o excesso de glicose no sangue, que não foi usado durante o catabolismo do organismo, é
transportado para o fígado, onde é armazenado como glicogênio, isso pode ocorrer também nos
músculos. Após uma refeição, os carboidratos são quebrados em glicose. O excesso de glicose fica
acumulado no fígado, na forma de glicogênio ou, com a ajuda da insulina, é convertido em ácidos
graxos, circulado para outras partes do corpo e guardado como gordura nos tecidos adiposos. Os
principais sítios de armazenamento de glicogênio são o músculo e o fígado. Nestes tecidos, o
glicogênio é armazenado na forma de grânulos, aonde estão presentes, também, as enzimas
responsáveis pela sua metabolização. A síntese e a degradação do glicogênio estão diretamente
relacionadas à ação de duas enzimas, a glicogênio sintetase (síntese) e a glicogênio fosforilase
(degradação), as quais estão sob a regulação dos hormônios insulina e glucagon. A glicose
circulante entra nas células hepáticas e musculares, através do transportador de alta capacidade do
tipo GLUT, sendo que a concentração elevada de glicose intracelular provoca a dissociação da
hexoquinase da sua proteína nuclear reguladora. Uma vez ativa, a hexoquinase fosforila a glicose,
formando glicose 6-fosfato, o que estimula a glicólise (nas células musculares) e fornece o material
para a síntese do glicogênio. O glicogênio hepático serve como reservatório de glicose para os
tecidos, quando a glicose da alimentação não está disponível. Quando os níveis de glicose
sanguínea diminuem, ocorre um aumento na secreção do hormônio glucagon, que tem a função
principal de sinalizar a liberação de glicose para a circulação, proveniente da degradação do
glicogênio hepático. O glucagon liga-se ao seu receptor de membrana nos hepatócitos e acarreta na
ativação de uma enzima denominada PKA (Proteína Quinase A). Essa enzima, por sua vez,
inativará, por fosforilação, a enzima glicogênio sintetase, bloqueando a síntese de glicogênio. A
PKA também inativa a PFK-1 (fosfofruto quinase), reduzindo a glicólise. Nessa condição, o fígado
produz glicose 6-fosfato pela quebra do glicogênio e por gliconeogênese, e cessa o emprego da
glicose, tanto para alimentar a via glicolítica, como para a síntese do glicogênio, maximizando a
quantidade de glicose que ele pode lançar na corrente sanguínea.
A lipogênese converte a glicose e os intermediários excedentes, como piruvato, lactato e acetil-
CoA, em gordura, auxiliando na fase anabólica. Ocorre aumento de lipogênese quando há ingestão
de sacarose, em vez de glicose, pois a frutose (formada pela sacarose) escapa do ponto de controle
da fosfofrutocinase na glicólise e segue para a via lipogênica. A principal via para a síntese de
ácidos graxos (lipogênese) ocorre no citosol. Encontrado em muitos tecidos, como fígado, rins,
encéfalo, pulmões, glândulas mamárias e tecido adiposo. Os cofatores necessários incluem fosfato
de dinucleotídeo de nicotinamida e adenina (NADPH), trifosfato de adenosina (ATP), Mn2+,
biotina e HCO3 – (fonte de CO2). A acetil-CoAé o substrato imediato, e o palmitato livre é o
produto final.

10. Estabelecer o que são micro e macronutrientes.


Os macronutrientes são grandes categorias de nutrientes e devem constituir a maior parte da dieta.
São compostos por proteínas, carboidratos e gorduras.
Os micronutrientes são aqueles que o nosso corpo precisa em pequenas quantidades, como as
vitaminas e os minerais (zinco, ferro, cálcio).

- Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho
por um tipo específico de ligação covalente. As proteínas podem ser degradadas (hidrolisadas) em
seus aminoácidos constituintes por vários métodos. Vinte aminoácidos diferentes são comumente
encontrados em proteínas. O primeiro a ser descoberto foi a asparagina, em 1806. O último dos 20,
a treonina, não havia sido identificado até 1938. A asparagina foi descoberta pela primeira vez no
aspargo e o glutamato no glúten do trigo; a tirosina foi isolada a primeira vez a partir do queijo; e a
glicina foi assim denominada devido ao seu sabor adocicado. Todos os 20 tipos de aminoácidos
comuns são α-aminoácidos. Eles têm um grupo carboxila e um grupo amino ligados ao mesmo
átomo de carbono, diferem uns dos outros em suas cadeias laterais ou grupos R, que variam em
estrutura, tamanho e carga elétrica, e que influenciam a solubilidade dos aminoácidos em água.
Além desses 20 aminoácidos, há muitos outros menos comuns. Alguns são resíduos modificados
após a síntese de uma proteína; outros são aminoácidos presentes em organismos vivos, mas não
como constituintes de proteínas.
- Os carboidratos, também chamados de glicídios, açúcares ou hidratos de carbonos, são as
biomoléculas orgânicas mais abundantes na Terra e possuem uma grande variedade de funções de
teor energética, informativa e estrutural. São poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxi-cetonas, ou
substâncias que geram esses compostos quando hidrolisadas. Muitos carboidratos têm a fórmula
empírica (CH2O)n, alguns também contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. Possuem funções de
reserva energética, composição dos ácidos nucleicos, componentes estruturais de muitos
organismos, proteção, sinais de localização celular, lubrificação de juntas esqueléticas e adesão
intercelular. Existem três classes principais de carboidratos: monossacarídeos, oligossacarídeos e
polissacarídeos.

- A gordura é uma classe de lipídios, chamada de triglicerídeos. As gorduras são responsáveis pela
absorção das vitaminas A, D, e E, ajudam o corpo a produzir hormônios e energia e ajudam na
regulação da temperatura corporal. A característica em comum que as define é a insolubilidade em
água. Gorduras e óleos são as principais formas de armazenamento de energia em muitos
organismos. Os fosfolipídeos e os esteróis são os principais elementos estruturais das membranas
biológicas. Outros lipídios desempenham papéis cruciais, como cofatores enzimáticos,
transportadores de elétrons, pigmentos fotossensíveis, âncoras hidrofóbicas para proteínas,
chaperonas para auxiliar no enovelamento de proteínas de membrana, agentes emulsificantes no
trato digestivo, hormônios e mensageiros intracelulares. As gorduras e os óleos utilizados de modo
quase universal como formas de armazenamento de energia nos organismos vivos são derivados de
ácidos graxos. Os ácidos graxos são derivados de hidrocarbonetos
Existem quatro tipos de gorduras: - Monoinsaturada, - Poliinsaturada, - Saturada e – Trans.
Monoinsaturada: A gordura monoinsaturada é um tipo de gordura vegetal, encontrada em alimentos
como o abacate, as nozes e óleos vegetais. Ela é considerada uma das “gorduras saudáveis”. Seu
consumo ajuda a reduzir os níveis do colesterol LDL (colesterol “ruim”), e na produção e
mantimento das células.
Poliinsaturada: A gordura poliinsaturada é outro tipo de “gordura saudável”, é encontrada em alguns
tipos de peixe, óleos vegetais, sementes de girassol e gergelim. Ela também ajuda a reduzir o
colesterol LDL e a fornecer os ômegas 3 e 6, que são tipos de gordura consideradas essenciais (não
são produzidas pelo organismo e precisam ser ingeridas).
Saturada: A gordura saturada é um tipo de “gordura não saudável”, está associada ao
desenvolvimento de doenças cardiovasculares causadas pelo aumento do colesterol. Comidas ricas
em gorduras saturadas são carnes processadas, pizzas e frituras, podendo resultar no aumento do
peso corporal.
Trans: A gordura trans também é uma “gordura não saudável”, geralmente, são encontradas em
produtos processados. Ela está associada ao aumento do colesterol LDL e da diminuição do
“colesterol bom”, o HDL. Além de ser um agente para o aumento de peso, ela também pode ser um
fator no desenvolvimento de diabetes tipo 2.
No nosso corpo existem 6 tipos de gordura:
1. Gordura essencial: É extremamente importante para o funcionamento do nosso corpo, é
encontrada nos órgãos e tecidos, incluindo nervos, cérebro, coração, pulmões, fígado e glândulas
mamárias. Serve como substrato energético para os órgãos, isolante térmico, reserva energética.
2. Gordura branca: Um pouco mais perigosa, essa gordura costuma se acumular pelo corpo.
Aparece em maior quantidade quando abusamos de uma dieta mais calórica e não fazemos
nenhuma atividade física. É a gordura responsável pela maior reserva de triglicerídeo do corpo. É a
chamada gordurinha localizada, acumulada debaixo da pele, mais difícil de sair. Por outro lado, ela
serve de proteção, principalmente, para os órgãos, absorvendo impactos do dia a dia. Mulheres têm
mais tendência a acumular gordura branca do que os homens.
3. Gordura marrom: É considerada a gordura boa. É responsável pelo isolamento térmico do
organismo, no qual estimularia a queima calórica e, consequentemente, o emagrecimento, ou seja,
se você está com frio, essa gordura trabalha para aquecer o seu corpo queimando calorias. Inclusive,
um estudo de Harvard mostrou que, de fato, essa gordura é ativada pelo frio, afetando diretamente o
estoque da temida gordura branca.
4. Gordura bege: Esse tipo de gordura é capaz de transformar a gordura ruim em gordura boa. Sua
origem é a gordura branca e a principal fonte de ativação destas células é uma molécula chamada
irisina. Pesquisas atuais feitas em camundongos trazem indícios de que a irisina seja liberada
durante a prática de exercícios, estimulando o corpo a queimar gordura.
5. Gordura subcutânea: A gordura subcutânea se localiza logo abaixo da camada mais externa da
pele, aquela que cobre os músculos abdominais.
6. Gordura visceral: Essa gordura precisa ser acompanhada com cuidado e atenção. Isso porque a
gordura visceral está localizada atrás da parede abdominal, nos órgãos e no interior da cavidade
peritoneal, afetando, de forma negativa, a saúde, o que aumenta o processo inflamatório do
organismo. Em parte, porque ele libera substâncias chamadas adipocinas, que são proteínas de
sinalização celular que aumentam a pressão arterial e influenciam a insulina. Essa gordura também
diminui a quantidade de adiponectina no corpo, um hormônio essencial para a queima de gordura,
que ajuda a acelerar o metabolismo. A combinação da diminuição da sensibilidade à insulina,
hipertensão e triglicérides elevadas, muitas vezes, pode resultar em aterosclerose, colesterol LDL
elevado e é um fator importante para o desenvolvimento de diabetes.
- Vitaminas são moléculas orgânicas, nutrientes essenciais para o funcionamento adequado do
organismo e são obtidas por meio de uma dieta balanceada e saudável. Atuam, principalmente,
como catalizadores de reação (substâncias que garantem que uma reação química aconteça de forma
mais rápida e utilizando menos energia). As vitaminas são importantes na transformação de energia,
algumas são antioxidantes e são essenciais para o funcionamento dos vários sistemas do corpo,
inclusive do sistema imunológico. As vitaminas são classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis.
Vitaminas lipossolúveis: São solúveis em gordura e caracterizam-se por se acumularem no fígado e
na gordura do corpo (tecido adiposo). Como exemplo, tem as vitaminas A, D, E e K.
Vitaminas hidrossolúveis: São solúveis em água. Como exemplo, tem a vitamina C e as vitaminas
do complexo B.

- Sais minerais são substâncias inorgânicas essenciais para o funcionamento adequado do


organismo. Eles estão presentes como eletrólitos nos líquidos corporais, como componentes de
enzimas e hormônios e como componentes estruturais de alguns órgãos, tais como ossos e dentina
nos dentes. Têm sua origem a partir do solo, sendo assim, os seres vivos não podem produzi-los.
Por estarem relacionados com diversas funções do nosso organismo, uma dieta pobre em algum tipo
de sal pode causar danos sérios à saúde. Um bom é exemplo é a deficiência de ferro, que pode
desencadear anemia, uma doença grave que pode levar à morte se não tratada adequadamente. É
importante frisar que o consumo excessivo de determinado sal mineral pode ocasionar doenças,
como é o caso dos cálculos renais. Classificados em macro e microminerais.
- Macrominerais: Aqueles cujas necessidades diárias superam os 100 mg. Nesse grupo, destacam-se
o cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre.
- Microminerais: Aqueles que a necessidade diária é inferior a 100 mg. Nesse grupo, destacam-se o
ferro, cobre, zinco, manganês, iodo, selênio e flúor.

→ Cálcio: Esse sal participa da formação de ossos e dentes, da coagulação sanguínea e regulam
uma grande quantidade de funções celulares, incluindo-se o processo de contração muscular. Pode
ser encontrado em leite e derivados, gema de ovo, cereais e legumes verdes.

→ Fósforo: Junto ao cálcio, o fósforo participa da composição de ossos e dentes. Também está
relacionado com a produção de energia e é um dos componentes dos ácidos nucleicos. Pode ser
encontrado em leites e derivados, cerais, carnes, ovos e pães.

→ Potássio: Esse sal está relacionado com a contração muscular e atividades dos nervos, pois atua
promovendo a excitabilidade elétrica. Além disso, é um importante regulador dos batimentos
cardíacos. É encontrado em frutas, cereais, leite e carnes.

→ Sódio: Está relacionado, principalmente, com a regulação do volume de líquidos corporais.


Também é importante na condução do impulso nervoso, assim como o potássio, e está relacionado
com a pressão sanguínea e contrações musculares. É encontrado no sal de cozinha, em alguns
vegetais, queijo e diversos outros tipos de alimento.

→ Magnésio: Fundamental para o funcionamento adequado de nervos e músculos. Além disso, está
relacionado com o metabolismo do cálcio e com a síntese de vitamina D. Esse sal mineral é
encontrado em verduras com folhas verde-escuras, cereais, frutas cítricas e leguminosas.

→ Ferro: Por ser o componente principal da hemoglobina, esse sal mineral está relacionado com o
transporte de oxigênio no nosso corpo. Encontrado em alimentos como fígado, rim, coração, gema
de ovo, vegetais verdes, beterraba, feijão, cereais.

→ Flúor: Atua na composição de dentes e ossos, está relacionado com a prevenção contra as cáries
dentárias. Encontrado principalmente na água fluorada.

→ Iodo: É um sal fundamental para o funcionamento adequado da tireoide, portanto, está


relacionado com o metabolismo. Encontrado em frutos do mar e no sal de cozinha iodado.

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