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CARBOIDRATOS E METABOLISMO
CAMPINA GRANDE
2022
INTRODUÇÃO
CARBOIDRATOS
Segundo Ernesto et al. (2003), por vários anos, através de pesquisas fundamentadas
realizadas por estudiosos de alto reconhecimento na área da Fisiologia, entendeu-se que o
ácido lático teria a mesma denominação que lactato, e que, por sua vez, seria o responsável
direto (vilão) pela acidose ocorrida nos músculos quando expostos a atividades de grande
intensidade. A fermentação lática nas células musculares é um processo que ocorre de forma
alternativa, frente a situações em que o organismo não realiza respiração aeróbia.
Considerado um artifício metabólico de curto prazo, ativado quando o organismo é
submetido a um intenso esforço físico em condições de baixa oxigenação muscular. Desde a
descoberta do ácido lático em 1780, um ácido carboxílico, quando o mesmo foi isolado do
soro do leite azedo, daí o nome lático do latim “lac” = leite, o associaram com a fadiga
muscular. Tal associação foi feita em virtude de sua presença estar supostamente aumentada
durante a realização de exercícios de alta intensidade ou exercícios anaeróbios, ou seja, em
condição de hipóxia ou isquemia. Muitos estudiosos, desde 1807, quando Berzelius
começou a estudar a contração muscular e observou a presença de “ácido lático”, relatam em
suas pesquisas que o mesmo estaria presente na glicólise como uma substância oriunda do
ácido pirúvico (Mcardle, 1997; Powers, 2001).
O processo de formação do ácido lático foi chamado de fermentação lática e, até
hoje, os livros de bioquímica se referem a esse processo desta forma, bem como
fermentação anaeróbia, associaram, então, a acidose muscular com a formação do ácido
lático.
A demanda energética é quem determina a necessidade de energia para a realização
da contração muscular. Em exercícios de alta intensidade, a necessidade de energia aumenta,
incrementando assim a velocidade da glicólise, logo, é formada grande quantidade de
piruvato como produto final. Dependendo da capacidade mitocondrial de sustentar a
demanda exigida, o piruvato segue para a mitocôndria, onde é oxidada. A outra alternativa
de destino do piruvato é a formação de lactato. Durante o exercício, o lactato é o
combustível predominante para o coração (Brooks, 2001).
Em continuidade ao processo catabólico, cada ácido pirúvico em reação com as
moléculas de NADH2, dão origem a duas moléculas de ácido lático, restituindo as enzimas e
liberando mais 06 moléculas de ATP para o funcionamento celular. Porém, a desvantagem
anaeróbia em relação à aeróbia, consiste não somente a quantidade de ATP, mas aos efeitos
fisiológicos causados. Em decorrência a extensos períodos de atividade fermentativa
(exercícios físicos prolongados), as células musculares passam a conter uma concentração
muito elevada de ácido lático, prejudicando o funcionamento da célula.
Entre os efeitos provocados em defesa do metabolismo, o organismo passa a sentir
dor e fadiga muscular, causada por uma contração arrítmica (gradativa ou repentina) atuando
com sinal de alerta, induzindo o fim da atividade para repouso e restabelecimento da
capacidade fisiológica do órgão. Isso ocorre à medida com que o excesso de ácido lático se
difunde para o fígado, onde é convertido em ácido pirúvico e posteriormente em glicose
armazenada na forma de glicogênio, sendo a conversão denominada de gliconeogênese.
O CICLO DE KREBS
O Ciclo de Krebs, também conhecido como Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos e Ciclo
do Ácido Cítrico, refere-se a uma série de reações anfibólica, ou seja, anabólica e catabólica,
com objetivo de produzir energia para as células. Essa é uma das três etapas do processo de
respiração celular.
Nos eucariontes, o Ciclo de Krebs ocorre em grande parte na matriz da mitocôndria,
já nos organismos procariontes essa etapa acontece no citoplasma. Essas reações são parte
do metabolismo dos organismos aeróbicos - que utilizam oxigênio na respiração celular. O
Ciclo de Krebs acontece em oito fases.
Na perspectiva da bioquímica, a respiração celular é momento em que acontecem
reações de quebra das ligações entre as moléculas gerando energia, a qual é aproveitada
pelas células para realização de atividades vitais ao organismo.
Na respiração aeróbica, utilizada pela maioria dos seres vivos, é realizada a quebra da
glicose, gerada na fotossíntese pelos organismos produtores e adquirida por meio da
alimentação pelos consumidores. Esse processo pode ser resumido na equação abaixo:
Mas não se engane com essa pequena equação. O processo de respiração celular é
bastante complexo e há participação de várias enzimas e coenzimas, que realizam sucessivas
oxidações da glicose. Tudo isso é realizado em três etapas: a Glicólise, o Ciclo de Krebs e a
Fosforilação Oxidativa ou Cadeia Respiratória, que levam à produção de gás carbônico,
água e moléculas de adenosina trisfofato (ATP).
O ciclo de Krebs é um circuito fechado, isto é, a molécula formada na última fase
será utilizada na primeira.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4. Ed. Pearson Prentice e Hall, São Paolo-SP, 2006. Vol.
2.