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Revisão para bioquímica

1) DESCREVER O PROCESSO RESPONSÁVEL PELA MAIOR PRODUÇÃO DE ATPS.


A fosforilação oxidativa, ou respiração celular, é o processo bioquímico pelo
qual a oxidação de NADH e FADH2 , produzidos na glicólise e ciclo de Krebs,
ocorre acoplada à produção de ATP (38 no total), a partir de ADP + Pi. Este
processo se dá na cadeia respiratória ou cadeia de transporte de elétrons, que
compreende um conjunto ordenado de enzimas e transportadores de elétrons
inseridos na membrana interna da mitocôndria (cristas mitocondriais).

2) DESCREVA A PRODUÇÃO DOS NADH E FADH.


O NADH é produzido na fase oxidativa da glicólise, processo que ocorre na
membrana/citosol. Durante as reações de oxidação das moléculas de glicose,
o NAD+ (forma oxidada do NADH) é reduzido para formar NADH, junto com
duas móleculas de ATP. Quando o piruvato (produto final da glicólise) gerado
entra nas mitocôndrias, ocorre uma descarboxilação oxidativa, que também
leva à produção de NADH.

O FADH é produzido no ciclo de Krebs, ou ciclo do ácido cítrico, que ocorre na


matriz mitocondrial e na membrana mitocondrial interna. A acetil-CoA se
condensa com oxalacetato para iniciar o ciclo e gerar ácido cítrico, os
compostos intermediários do ciclo são então oxidados, transferindo elétrons
para o FAD, resultando na formação de FADH2.

3) DENTRE O METABOLISMO DESCREVA A FUNÇÃO DO CATABOLISMO E ANABOLISMO.


O catabolismo, também conhecido como fase oxidativa, é a quebra de uma
molécula complexa para partes menores, por exemplo, proteína para
aminoácidos.
O anabolismo, também conhecido como fase biossintética, é a formação de
uma molécula complexa a partir de outras menores, por exemplo, aminoácidos
que se juntam para formar uma proteína.

4) FAÇA UM MAPA DA GLICÓLISE E DA GLICOGENÓLISE RESSALTANDO O PRODUTO FINAL.


A glicólise (quebra da glicose) converte uma molécula de glicose em dois
piruvatos, produzindo 2 moléculas de ATP (por fosforilação direta) e 2
moléculas de NADH (por redução).

A glicogenólise (quebra do glicogênio, que é a forma armazenada de glicose no


músculo ou fígado) produz glicose-6-fosfato (primeiro produto fosforilado da
glicose), que pode entrar diretamente na glicólise para gerar ATP e outros
produtos metabólicos.

5) DESCREVA O QUE SÃO OS PROCESSOS DE ALCALOSE E ACIDOSE TANTO METABÓLICO


QUANTO RESPIRATORIO DANDO ENFASE NOS PROCESSO DE MANUTENÇÃO. ESCREVA
A REAÇÃO VERIFICANDO AS VÁRIAS POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO.
Distúrbios ácido-básico:

Acidose metabólica: acúmulo de ácidos (CO2) no corpo ou baixa no pH,


causado por perda de bicarbonato ou falha nos rins em excretar. Pode ser feita
a manutenção com a reabsorção de bicarbonato e aumento da excreção pelos
rins.
Alcalose metabólica: é a elevação do pH ou perda de ácido, ocorre pela
ingestão excessiva de bicarbonato ou desequilíbrios eletrolíticos (vômito,
diarréia, desidratação). Pode ser feita a manutenção tanto pela via metabólica
quanto pela respiratória.
Acidose respiratória: baixa no pH pelo aumento da retenção de dióxido de
carbono (CO2) devido a problemas respiratórios. Pode ser compensada pela
via metabólica, onde os rins aumentam a reabsorção de bicarbonato.
Alcalose metabólica: aumento no pH pelo excesso de excreção de CO2 devido
a hiperventilação. Pode ser compensada pela via metabólica, onde os rins
diminuem a reabsorção de bicarbonato.

Reação de hidratação (reversível):


CO2 + H2O ⇌ H2CO3 ⇌ H+ + HCO3−

Faixa normal do pH: 7,35 a 7,45

6) DESCREVA O QUE SÃO PROTEÍNAS, O QUE FORMAM AS PROTEÍNAS E ONDE OCORRE O


PROCESSO DE SÍNTESE DAS MESMAS.
São macromoléculas orgânicas essenciais para a vida e desempenham uma
variedade de funções cruciais (estrutural, de defesa, hormonal, enzimática,
transportadoras, energética). São compostas por cadeias de aminoácidos (20)
ligados por ligações peptídicas (grupo amina e ácido carboxílico). A sequência
específica de aminoácidos em uma proteína determina sua estrutura
tridimensional e, portanto, sua função biológica. A síntese de proteínas,
também conhecida como tradução, ocorre nos ribossomos / citoplasma.

7) DIFERENCIE OS TIPOS DE AMINOÁCIDOS.


Aminoácidos essenciais: os que não são produzidos pelo organismo e
precisam ser suplementados (através da alimentação). (Arginina, Histidina,
Lisina, Leucina, Valina, Triptofano, etc)
Aminoácidos não essenciais: são produzidos pelo organismo e não precisam
ser suplementados. (Alanina, Glutamina, Glicina, Tirosina, Glutâmico, etc)
Aminoácidos semi essenciais: são produzidos pelo organismo, mas em baixa
quantidade.

8) DESCREVA O METABOLISMO DA UREIA E QUAL A FUNÇÃO NOS ANIMAIS?


A uréia é formada a partir do excesso de nitrogênio resultante da desaminação
de aminoácidos, resultando em compostos como amônia (NH3) e o grupo
carboxila correspondente (+ CO2). A amônia, altamente tóxica, é convertida em
carbamoil fosfato em uma série de reações bioquímicas (o que requer ATP). O
carbamoil fosfato reage com a ornitina para formar citrulina. A citrulina é então
transportada do citoplasma para a mitocôndria, onde se combina com
aspartato para formar argininosuccinato. O argininosuccinato é clivado para
liberar arginina, que é, por fim, hidrolisada para formar ureia e ornitina. A ureia
é, então, excretada pelos rins.
A ureia é a principal forma de excreção de nitrogênio, também desempenha um
papel na regulação do equilíbrio ácido-base no corpo, ajudando a manter o pH
sanguíneo dentro de faixas normais. A produção de ureia é menos exigente em
água em comparação com a excreção de amônia, permitindo que os animais
conservem mais água.

9) DESCREVA O QUE SÃO OS CARBOIDRATOS E QUAIS TRANSTORNOS PODEM OCORRER


NO SEU METABOLISMO NOS CARNÍVOROS E RUMINANTES?
Os carboidratos são uma classe de macronutrientes que desempenham um
papel crucial como fonte de energia nos organismos. Eles são compostos por
C, H e O. Incluem açúcares simples (monossacarídeos e dissacarídeos) e
polissacarídeos complexos.
O metabolismo ocorre no retículo endoplasmatico.
Nos carnívoros, o transtorno no seu metabolismo pode causar diabetes mellitus
(condição caracterizada pela incapacidade do corpo de regular os níveis de
glicose no sangue - problemas com a insulina).
Nos ruminantes, acidose ruminal (condição causada pelo acúmulo excessivo
de ácidos no rúmen devido à fermentação rápida de carboidratos simples).
Outros transtornos: hipoglicemia, laminite.

10) DESCREVA QUAIS AS CAUSAS DA LIBERAÇÃO DE CORTISOL PELO ESTRESSE.


O cortisol é liberado em situações inesperadas de intranquilidade que causam
desequilíbrio na homeostase animal. O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é
ativado, o hipotálamo libera então CRH, a hipófise libera o ACTH que induz a
liberação de hormônios glicocorticóides, entre eles o cortisol. O cortisol induz a
lipólise, glicólise e o metabolismo proteico a fim de tentar restabelecer a
homeostase. Se o estresse é prolongado, os glicocorticóides atuam de forma
destrutiva nos tecidos, inibindo o crescimento somático e óssea, podendo levar
a uma acidose metabólica, e a musculatura contraída pode gerar estresse
calórico, podendo levar a falência dos órgãos por aumento térmico.

11) FAÇA UMA MAPA SOBRE OS EXAMES A SEREM REQUISITADOS EM CASOS DE


PROCESSOS HEPÁTICOS E RENAIS NOS ANIMAIS.

Sistema Renal: ureia e creatinina

Ureia - Este metabólito é excretado quase totalmente pelo rim; altos níveis no
plasma podem estar relacionados com filtração renal insuficiente.
Creatinina - Metabólito mais específico de diagnóstico de função renal alterada.
É excretado pelos rins e, por isso, altos níveis plasmáticos indicam deficiente
função renal.

Sistema Hepático: ALT / AST / FA / GGT / Bilirrubina / entre outros de função.


Enzimas de extravasamento, produzidas dentro do lobo hepático, secretadas
quando o fígado sofre um processo inflamatório ou necrótico (lesão).

Aspartato aminotransferase (AST) - O aumento desta enzima no plasma indica


insufi ciência hepática aguda em diversas espécies; não é muito específica,
pois pode indicar também problemas musculares, entre outros; mais usada em
grandes animais.
Alanina aminotransferase (ALT) - Enzima específica para diagnóstico de
insuficiência hepática em pequenos animais.
Enzimas indicadoras, envolvidas em processos metabólicos e estão presentes
em várias partes do corpo, incluindo o fígado. Níveis elevados dessas enzimas
podem indicar obstrução biliar ou lesões (colestase).
Fosfatase alcalina (FA) - Enzima pouco específica; sua atividade está
aumentada principalmente em casos de obstrução biliar. Mais utilizada em
cães.
γ-Glutamil transferase (GGT) - Seu aumento no plasma é indicativo de
insuficiência hepática crônica (tumor, colestase). Mais utilizada em gatos.

Enzimas relacionadas à função metabólica e sintética do fígado.


Bilirrubina total - Seus níveis estão aumentados no plasma, quando ocorre
redução da função hepatocelular ou obstrução do trato biliar.
Albumina - O fígado lesado não consegue sintetizar a albumina necessária
para manter o equilíbrio osmótico do plasma, ocorrendo hipoalbuminemia, que
pode levar a edema ou ascite.
Ácidos biliares - Em lesão do fígado pode ocorrer aumento de seus níveis em
decorrência da redução da extração de ácidos biliares do sangue pelas células
hepáticas. Também pode haver aumento em casos de obstrução biliar.

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