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23/09/2016

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA


“JÚLIO DE MESQUITA FILHO
INTRODUÇÃO
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA • Gênero com mais de 140 espécies
• Família Poaceae
Gênero Pennisetum
Classificado em 5 seções P. purpureum

Eu-pennisetum
Heterostachya
Brevivalvula
Gymnotrix
Pennisetum
Estella Rosseto Janusckiewicz P. villosum
1 2

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

Pennisetum reúne as espécies


economicamente mais importantes: Dividido em três conjuntos gênicos:

Primário: milheto (P. glaucum)


2n = 2x = 14
P. purpureum (Capim elefante)
Secundário:
capim-elefante (P. purpureum Schum)
2n = 4x = 28

Terciário:
demais espécies
P. clandestinum (Capim quicuio)
(Harlan e De Wet,1971; Martel et al., 1996).

P. glaucum (milheto)
Apesar da importância econômica existem poucos estudos
Distribuição toda a faixa tropical do planeta citogenéticos com espécies de Pennisetum, com exceção do
espécies nativas encontradas no Brasil, na África e na Ásia 3 milheto 4

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PRINCIPAIS ESPÉCIES

P. purpureum (Capim elefante)

Anão Pennisetum purpureum


Cameroon
Mercker (Capim elefante)
Napier
Híbridos

P. glaucum (milheto)

P. clandestinum (Capim-quicuio)

5 6

Diversidade da espécie:
P
desde Guiné, a oeste, até Moçambique e sul do Quênia, a leste, P
Introdução no Brasil (1920) = mudas provenientes de Cuba
e incluindo Angola e Zimbábue, ao sul (Brunken, 1977). e
n n
n n
Ótimo
i Descobrimento e divulgação = coronel Napier i
desenvolvimento
s s
e e nas zonas menos
t Introduzido nos EUA pelo Departamento de Agricultura (1913) t secas
u u
m m
Atualmente é cultivado em quase todas as regiões
p tropicais e subtropicais do mundo p
u u
r r
p p
u u
r r
e e
u u
Época seca: No inverno
m m
crescimento desenvolvimento
vegetativo reduzido paralisado

7 8

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• Alta eficiência fotossintética CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS


P
e P
n
• Uso mais frequente capineiras e Altitude:
n
n • desde o nível do mar até 2.200 metros
mas pode ser usado na ensilagem e para lotação rotativa n
i
i • melhor = até 1.500 metros
s
s
e
Exigente em fertilidade de solo e
t t Temperatura:
u
Não se adapta a locais inundados (períodos de encharcamento)
u • 18 a 30 ºC
m m
• melhor = 24 ºC
p p
u u
r r Precipitação:
p
forrageira
p Entretanto • de 800 a 4.000 mm
u muito
u
É rústica • importante é a distribuição ao longo do ano
r
r estacional
e
e Suporta pisoteio
u
u Relativa resistência ao frio (não geadas prolongadas) m Radiação:
m Tolera bem seca • difícil de se saturar
Tolera bem fogo • possui alta eficiência fotossintética.
9 10

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS


P P
e Solo: e Propagação:
n n
• adapta-se a diferentes tipos de solo • vegetativa
n n
i • exceção = solos mal drenados i • poucas sementes são viáveis (VC próximo a 30 %)
s • encontrado em regiões úmidas (ex: barrancos de rios) s
e e
• não tolera salinidade
t t • Bom valor nutritivo
u u
m Topografia: m • Resistente a pragas e doenças
• terrenos com declives de até 25 %
p
• controla erosão do solo p • Boa aceitabilidade
u u
r r
p Produção: p
u u
r
• há relatos de produções de 300 t MV/ha r
e • média nacional encontra-se bem abaixo disso e
u u
m Fertilidade: m
• exigente em nutrientes
• não tolera baixo pH e alumínio no solo
11 12

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CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E FENOLÓGICAS


P P
e e Apresenta amplas diferença fenotípicas:
n Utilização: n
n n
i i
s s • Ciclo vegetativo perene
e • Formação de capineiras: e
t t • Crescimento cespitoso
u u
m m • Plantas vigorosas

p p
u • Silagem exclusiva ou em mistura com aditivos u
r r
p p
u u
r • Pastejo: r
e e
u altura de 40 a 60 cm u
m m
45 dias
condições de alta fertilidade 3a5m
13 14

Raízes:
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E FENOLÓGICAS
grossas e presença de rizomas
P P
e e
Colmos:
n n
n n
• Eretos e cilíndricos
i Folhas: i
s s
• Glabros e grossos
e Atingem até 1,25 m de comprimento e
t t
• Entrenós de 15 a 20 cm
4,0 cm de largura
u u
m
Nervura central larga e de cor clara m
• Diâmetro de até 2,5 cm
Lígula é curta e ciliada
p p
u u
r r
p p
u u
r r
e e
u u
m m

15 16

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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E FENOLÓGICAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E FENOLÓGICAS


P
e P
n e
Inflorescência: n
Inflorescência:
n
n
i • Tipo: panícula fechada (13 a 30 cm de comprimento) i
• Flores podem ser masculinas ou bissexuais
s
s
e • Composta, densa, contraída e cilíndrica e
• Intervalo entre o aparecimento dos estigmas e das anteras
t t
u
• Florescimento no Sudeste de março a agosto u
varia de sete a nove dias
m m

p p
u
Dificulta a autofecundação
u
r Facilita a realização dos cruzamentos controlados
r
p
p
u
u
r
r
e As sementes são muito pequenas e,
e u após o amadurecimento,
u m desprendem-se com facilidade da panícula,
m
tornando a sua colheita um processo difícil

17 18

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E FENOLÓGICAS PRINCIPAIS CULTIVARES Pereira, em 1993

P P
e
Propagação: e ALGUMAS
n n
GRUPOS CULTIVARES
n
• Estacas vegetativas ou pedaços de colmo n
i i Anão Mott
s
• Populações mais uniformes s
e e Cameroon
t t
u Como as cultivares, na maioria, são clones, u
Guacú
m as sementes produzidas são originadas de cruzamentos entre m
Cameroon Vruckwona
plantas do mesmo genótipo Piracicaba
p p
u u
r r P. purpureum Mercker comum
p p Mercker
Mercker pinda
u u
r Baixa germinação e plantas com baixo vigor r
Taiwan
e e
u u Napier Napier
m m
Mineiro
P. Purpureum x P.
Portanto, não se recomenda a propagação por sementes Híbridos americanum
19 20

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PRINCIPAIS CULTIVARES PRINCIPAIS CULTIVARES


P P
e e
n Mott n Cameroon
n n
i • Anã (não ultrapassa 1 m) i
s s
e • Alta qualidade: e • Introduzida no Brasil na década de 60
t t
u 17% de PB u • atinge até 3 m de altura
m m
68% de DIG • Alto rendimento
p p
u • Boa produção de MS u • Alto vigor dos perfilhos basais
r r
p • Alta relação folha/colmo p • Folhas largas com pêlos na parte superior
u u
r • Indicação: r • Colmos grossos
e e
u formação de pastagens u • Boa relação lâmina:colmo
m m
• Dificuldade: baixa produção de estacas • Indicação: capineiras

21 22

PRINCIPAIS CULTIVARES PRINCIPAIS CULTIVARES


P P
e e Napier
n Mercker n
n n • Primeira cultivar introduzida no Brasil
i i
s s • Maior área plantada em relação as outras cultivares
e • Foi uma das mais utilizadas no início da exploração da espécie e
t t • Alta produção: 37 t/ha/ano
u u
m m • Boa adaptação ao corte e ao pastejo
Alto potencial de produção e bom valor nutritivo
p p
u u
r r
p • Folhas estreitas p
u u
r • Colmos finos r
e e
u u
m m

23 24

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PRINCIPAIS CULTIVARES PRINCIPAIS CULTIVARES


P P
e e
n
Napier n Pioneiro – Grupo Napier
n n
i
• Atinge até 5 m de altura (crescimento semi-ereto) i • Obtida pela EMBRAPA/CNPGL
s s
e
• Folhas menos largas e com pêlos na face superior e • Boa resposta ao uso de irrigação
t t
• Colmos menos grossos
u u • Touceiras abertas
m m
• Predominância de perfilhos basais
• Folhas eretas e colmos finos
p • Florescimento intermediário: p
u u • Crescimento pós plantio vigoroso
r abril a maio r
p p • Boa cobertura do solo
u u
r r • Desenvolvida para uso sob
e e
u u pastejo rotativo
m m

Rápido crescimento pós pastejo


Grande capacidade de lançar de perfilhos aéreos e basais
25 26

PRINCIPAIS CULTIVARES HÍBRIDO:


Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum
P P
e Pioneiro e
n n
n n
• Cruzamento: Milheto x Capim-elefante
i Estudos na época do seu lançamento i
s s
e e
t t
qualidade alta produção de MS
Coef.
u PB (após 30 dias u
PMS Perfilhos/m2 digestibilid
m descanso) m
ade • Nome comum: Cultivar paraíso
p p
u (kg/ha/ano) Basal Aéreo (%) (%) u
r r
p Pioneiro 46,73 44 189 18,50 62,80 p
u u
r r
Taiwan A-
e 25,82 30 113 17,00 61,70 e
146
u u
m m
Cameroon 33,70 32 107 13,80 61,50

Primeira cultivar a se propagar por sementes no mercado brasileiro


27 28

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HÍBRIDO: HÍBRIDO:
Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum
P P
e e
n n CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E AGRONÔMICAS
n n
i i
s • Foi introduzido no Brasil em 1995, em São Sebastião do Paraíso, s
e e • Planta perene
t MG, por Herbert Vilela t
u u • Alta aceitabilidade pelos animais
m • Introduzido por empresa m
• Tolera temperaturas baixas
p p
u u • Crescimento ereto
r r
p p • Elevado número de perfilhos
u u
r r • Alta produção de folhas
e e
u u • Colmos macios
m m
• Inflorescência:
Panícula semelhante ao Milheto
29 30

HÍBRIDO: HÍBRIDO:
Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum
P
e
n
PRODUÇÃO E VALOR NUTRITIVO MANEJO DA SEMEADURA
n
i
• Idade de corte: s
e • Plantio:
42 dias: 3.500 kg/ha (16,7% de MS)
t O mais
84 dias: 15.622 kg/ha (20,4% de MS) u Semente sobre o solo preparado em linha
m superficial
Semente colocada no solo a lanço possível
p
u
r
p
u
r
e
u
m

31 32

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HÍBRIDO: HÍBRIDO:
Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum
P
e
n
MANEJO DA SEMEADURA MANEJO DA SEMEADURA
n
i
s • Distância entre linhas de plantio:
e
t espaçamento de 0,80 a 1,00 m corte mecânico
u
m espaçamento de 0,50 a 0,70 m corte manual
p
u
r
p
u
r
Plantio manual em solo arado, Passagem do rolo compactador após e
gradeado, corrigido e alinhado. a distribuição das sementes na linha u
Detalhe da abertura das linhas e de plantio m
distribuição das sementes

33 34

HÍBRIDO: HÍBRIDO:
Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum

MANEJO DA SEMEADURA MANEJO DO CAPIM

Plantas após 30 dias da


semeadura, infestada
de plantas daninhas.

Neste ponto é importante


para o sucesso da
formação da cultura,
fazer o controle das
ervas daninhas
(controle químico,
mecânico ou manual) Plantas após 65 dias do plantio, em Plantas após 70 dias do plantio, em
solos de baixa fertilidade solos de alta fertilidade
Plantas após 17 dias
da semeadura 35 36

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HÍBRIDO: ESTABELECIMENTO
Pennisetum americanum x Pennisetum purpureum
P P
e e Estabelecimento do capim-elefante - GERAL
n n
MANEJO DO CAPIM
n n
i i
s s • Propagação vegetativa por colmos
e • O solo deve ser bem drenado e
t t com 100 a 120 dias de idade
u u
m m
• Semeadura: 30 dias antes do término das chuvas
p p momento de melhor brotação das gemas
u u
r r
p
•Altura de corte: 50 cm p
u u • Para o plantio são necessárias:
r
Primeiro corte: 100 a 120 dias r
e e 5 a 6 t de colmo/ha
u
(pós-emergência da gramínea) u
m m
1 ha de viveiro
Demais cortes: 70 a 80 dias
mudas para 6 a 8 ha

37 38

ESTABELECIMENTO ESTABELECIMENTO
P • Plantio em covas ou sulcos P
e e 2º) Plantio com estacas ou colmos inteiros, em sulcos:
n • Colmos devem ser cobertos n
n n mudas colocadas horizontalmente uma após a outra (cada 10 cm)
i • Espaçamento entre linhas varia de 0,70 a 1,0 m i
s s sulcos (de 10 a 15 cm de profundidade)
e objetivos: produzir elevada população de plantas e
t t
u evitar crescimento de invasoras u
m m

p 1º) Plantio com estacas, em covas : p


u u
r duas estacas/cova r
p p
espaçamento
u u
r 1,0 m entre sulcos r
e e
u 0,8 m entre covas u
m m
covas de 15 a 20 cm de profundidade
25.000 estacas de 2 a 3 nós/ha Corte dos colmos em 70 cm de comprimento
(maior brotação das gemas) 40

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ESTABELECIMENTO UTILIZAÇÃO
P P
e e CAPINEIRA
n • Plantio = início do período chuvoso n
n n • Suplementação volumosa no período da seca
i i
s s • Fornecida na forma de forragem verde picada
e • A área deve ser destocada, e
t t • Localização:
u arada e gradeada u
m m terreno plano ou pouco inclinado, bem drenado

p p próximo ao local de fornecimento aos animais


u u
r r
p Importante: Fertilização p
u u
r r
e e
u Capim exigente em fertilidade do solo u
m m
Realização da análise do solo

41 42

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
P P
e CAPINEIRA e Manejo da capineira
n n
n n
i i
s • Em geral 1 ha de capineira s • Primeiro corte cerca de 90 dias após o plantio
e e
t t • Próximos cortes quando a planta atingir:
u u
m alimenta de 10 a 12 vacas leiteiras durante 120 dias m no verão 1,80 m de altura (ou a cada 60 dias)
p produção de leite em torno de 6 kg/vaca/dia p no inverno 1,50 m de altura
u u
r r
p p
u • Recomenda-se o uso de cultivares: u
Esse manejo visa obter
r r melhor relação entre quantidade e qualidade da forragem,
e Porte ereto e elevado perfilhamento e uma vez que
u u
m Evitar: cultivares pilosas (desconforto no corte e transporte) m
produção de forragem e VN
são afetados pela idade da planta.
Cameroon, Mineiro e Pioneiro
43 44

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UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
P P
e e Manejo da capineira
n Manejo da capineira n
n n
i i
• Para facilitar o manejo: dividir a capineira em talhões
s Altura de corte: s • Cada talhão deve ser totalmente utilizado numa semana e deve
e e
t • Depende do nível de fertilidade e umidade do solo t descansar por um período entre 45 a 60 dias até o próximo corte
u u
m m

p Rente ao solo quando as brotações basilares forem p


u u
r satisfatórias (solo bem adubado ou alta fertilidade natural) r
p p
u Caso contrário entre 20 a 30 cm acima do solo u
r r
e e
u u
m m Primeiro conj. a
• Melhores resultados cortes manuais ser utilizado

• Cortes mecanizados podem prejudicar a longevidade da capineira


45 46

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
P
e P
n e
Manejo da capineira n PASTEJO
n
n
i
i
s
s
Espécie de grande contribuição na
e alimentação de bovinos leiteiros
• Quanto menor o período de descanso entre cada corte: e
t t
u Maior será o valor nutritivo u
m EQUILÍBRIO m • Alta produção de nutrientes
Porém, menor será a produção
p p
u
• Manejo intensivo sob lotação rotativa:
u
r r pode atingir produção ≈ 20.000 kg de leite/ha/ ano
• Se o talhão não for utilizado em uma semana, o que SOBROU p
p
u
u
r
• Devido as altas taxas de crescimento, recomenda-se
r deve ser colhido e fornecido a outros animais ou distribuído na a utilização de carga animal entre 4 e 5 UA/ha
e
e u
u
área como cobertura morta, visando não comprometer o bom
m
m
manejo da capineira Porém, o manejo não é tão simples:
Crescimento cespitoso e porte alto
47 48

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UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
P P
e PASTEJO e PASTEJO: Recomendação da EMBRAPA/CNPGL
n n
n n
• Todas cultivares podem ser utilizadas no pastejo: • 11 piquetes ( + 1 reserva)
i i
s
Elevado perfilhamento e adaptação
s • 3 dias de ocupação/piquete
e e
t t • 30 dias de descanso
u u 3 dias de
m m ocupação
• Retirada dos animais:
p p
u 0,60 m de altura u
r r
p p
u
considerando um resíduo de 15 a 20% de folha u
r r
e permanência em cada piquete em torno de três dias e
u u
m m
Resíduo pós-pastejo elevado após os 3 dias de utilização
• animais permanecem mais tempo ou
• utilização de outros animais (vacas secas ou novilhas)
49 Piquete reserva
50

UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
P P
e PASTEJO: EMBRAPA/CNPGL e FORRAGEM CONSERVADA
n n
n n
i i Potencial de produção Até 47 t/ha/ano de MS [verão]
Capim-elefante cv. Pioneiro sob pastejo rotativo:
s s
e e
• Produções de 10 a 12 litros de leite/vaca/dia
t t O uso na forma de feno ou silagem é uma maneira de aproveitar o
u u
m • Ganho de peso de 800 a 1.000 g/animal/dia, em gado de m excesso de forragem produzido no verão e utilizá-lo no inverno
p corte com lotação de 5 animais/ha p
u u
r r Além da elevada
p p
u u
capacidade produtiva, o
r r capim-elefante pode ser
e e
u u produzido a um menor custo
m m
e risco do que outras
espécies como milho e sorgo
51 52

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UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
P P
e FORRAGEM CONSERVADA e Idade de corte, produção de MS (t/ha), teor de PB (%), FDN (%) e
n n
n n digestibilidade da MS (%) do capim-elefante cv. Paraíso, por corte,
i • Problemas na utilização: i durante 5 anos de avaliações
s s
e Alto teor de água quando o capim apresenta alta qualidade e
t t Idade da Prod. MS
DIVMS***
u u planta por Corte PB* (%) FDN** (%)
m m (%)
• Recomendável: EMURCHECIMENTO (dias) (t/ha)
p Eleva o custo da ensilagem p 35 5,2d 19,2a 61,2c 66,5a
u u
r Processo de secagem artificial é um processo inviável em r 70 10,6c 13,6b 68,8b 62,3b
p p
u u
105 14,5b 10,2c 70,6a 58,5c
termos de balanço energético (Vilela, 1998)
r r 140 22,6a 9,1c 71,5a 50,2d
e e
(1) VILELA et al., 2001.
u • SOLUÇÃO: u
m m * Proteína bruta. ** Fibra detergente neutro. *** Digestibilidade "in vitro" da Matéria seca.
Colheita do capim em estádio mais avançado?????

53 54

INTRODUÇÃO

P • Nomes comum: Milheto


e
n
Pennisetum glaucum n
i • Origem: África e Índia
s
e
(milheto) t
u • Gramínea tropical e anual
m

g
l • Cultivares mais utilizados:
a
u • Milheto comum
c
u • Milheto BN1
m
• Milheto BN2
• Milheto BR1501 (recentemente)

55 56

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

P P • Problema da estacionalidade de produção:


e • É o sexto cereal mais importante do mundo e
n n Taxa de acúmulo de forragem (kg/ha.dia de MS) em diferentes gramíneas
n n
i i
s • No Brasil: s
e e
t primeiros relatos no Rio Grande do Sul ( em 1929) t
u u
m Cerrado início dos anos 90 (plantio direto) m

g g
l l Início da
a • Principal objetivo da utilização: a primavera
u u
c Boa qualidade (quando outras forrageiras apresentam baixa produção) c
u u
m Alternativa para o período de outono-inverno m

(Estacionalidade da produção)

Primavera Verão Outono Inverno


57 23/09 a 21/12 21/12 a 21/03 21/03 a 21/06 58
21/06 a 23/09

INTRODUÇÃO CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E AGRONÔMICAS

P P • Crescimento ereto
e • Outra vantagem: e
n n • Intenso perfilhamento
n Promove a melhoria das condições físicas do solo n
i i • Colmos tenros
s s
e e • Inflorescência
t t
u u Tipo: Espigueta densa
m m

g g
l l • Média exigência em fertilidade do solo
a a
u u (Produz bem em solos arenosos e pobres)
c c
u u • Não tolera solos úmidos
m m
• Tolera déficits hídricos
Raizes de • Tolera temperaturas baixas
Milheto

59 60

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CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E AGRONÔMICAS ALGUMAS CULTIVARES

P P
e • MS: 10 a 12 t/ha/ano e
n n
n • Alto valor nutritivo: 15 a 16% de PB n
i i
s • Alta aceitabilidade s
e e
t t Milheto comum Milheto BR1501
u u
m m Cobertura do solo Produção de massa em sistema de PD
g • Utiliza 70% da água consumida pelo milho para produzir a mesma g
l l
a quantidade de matéria seca a
u u
c c
u u
m • É influenciada pelo fotoperíodo (plantio tardio) m

60 a 90 dias para variedades precoces Milheto BN2 Milheto BN1


• Ciclo vegetativo curto
100 a 150 dias para as tardias
61 BN1 e BN2: Intuito de melhorar cultivares locais no Mato Grosso do Sul
62

Formas de utilização Formas de utilização - Pastejo

P • “In natura” picado no cocho P • 1º pastejo antes do “emborrachamento”


e e
n • Fenação n Visando aumentar o perfilhamento
n n
i • Ensilagem i Caso contrário:
s s
redução na produção
e • Pré-secado e
t t redução na qualidade
u • Muito usada em sistema de plantio direto u
m m redução do período de pastejo
• Implantação e recuperação de pastagens
g g
l • Pastejo l
a a FASE DE EMBORRACHAMENTO:
u inicia entre 30 e 40 dias após a emergência u
c c É um período da fase reprodutiva
u ou 40 a 50 dias após o plantio u
m m A inflorescência fica contida na bainha
das folhas em expansão.

63 64

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Formas de utilização: Pastejo Formas de utilização: Pastejo

P
• Lotação CONTÍNUA ou no pastejo ROTACIONADO P • Altura de entrada: 50 a 70 cm
e e
n n • Altura de saída: 20 a 30 cm
n ROTACIONADO: n
i i • O descanso após o pastejo inicial deve ser de 18 a 24 dias
s
produtividade de carne/ha e longevidade da s
e pastagem superiores ao contínuo e
Perdas em plantas muitas altas (colmos finos)
t alta taxa de crescimento inicial e rebrota t
u u
m m
= ocorre o acamamento e o pisoteio

g g
l l
a a
u u
c c
u u
m m

Lotação contínua Pastejo rotacionado 65


Altura de entrada Acamamento da planta66

Formas de utilização: Pastejo (Raposo, 2008) Formas de utilização: Pastejo (Raposo, 2008)

Massa de forragem (kg/ha) cm Sorgo híbrido Milheto

Sorgo híbrido Milheto Sorgo híbrido Milheto nº perfilhos basais/m²

Pós-pastejo 15 cm 87.67 b 134.17 a


cm Pré-pastejo
30 cm 89.92 a 102.50 a
15 3209.28 b 4231.27 a 1506.89 a 2093.95 a
nº perfilhos reprodutivos/m²
30 4488.23 a 3977.50 a 2589.54 a 2666.65 a
15 cm 0.67 b 49.83 a
30 cm 4.92 b 60.83 a

Sorgo híbrido Milheto Sorgo híbrido Milheto

cm PB (%) FDN (%)

15 20.35 b 21,66 a 56.76 a 57.50 a

30 20.45 b 21,90 a 55.09 a 53.37 b

67 68

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Formas de utilização: Pastejo (plantio na safrinha) Formas de utilização: Implantação e recuperação de pastagens

P
P e • Antecipa o início do pastejo forrageiras do Gênero Brachiaria
e
• Cultivado após a colheita da cultura principal: fevereiro a abril n
n
n • Semeadura Brachiaria + Milheto
n
i
i
s
na primavera ou início do período das águas
s
• Pode ser utilizado em pastejo por um período de 40 a 60 dias e
e • Período de pastejo varia de 80 a 120 dias
t t
(outono até início do inverno) u
u • Após ciclo do Milheto pastagem formada ou recuperada
m m

g • Vantagem: g
l l
a
vedação da pastagem perene a
u Brachiaria
u
c consorciada
u c com Milheto
m u
• Consequências: m

• Aumento da produção
• Redução no ciclo da pecuária
69 70

Formas de utilização: Implantação e recuperação de pastagens Formas de utilização: Silagem

P • Alternativa principalmente em regiões com problemas de veranico e


e
seca
n
n • É utilizado na safrinha
i
s • Produções superiores a do sorgo, com melhor qualidade
e
t • Proporciona boa cobertura do solo
u
m

g
l
a
u
c
Evolução com a idade, da massa seca total da Brachiaria solteira
u
e em consórcio com Arroz, Milho, Sorgo e Milheto
m

A consorciação afeta o crescimento da Brachiaria,


mas com a sua rebrota após a colheita dos cereais,
a recuperação é rápida, permitindo que a pastagem seja utilizada (Fazenda Remanso, Rio Brilhante, MS, 1997)
aos 70 dias após a colheita dos cereais. 71 72

18
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MANEJO -PLANTIO
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO

P P
e • Época de plantio: fevereiro a março e • Flexibilidade de plantio em todo Brasil Central
n n
n • Tipo de plantio recomendado: plantio direto n • Alta produção e valor nutritivo
i i
s • Densidade de semeadura: 12 a 20 kg/ha s • Desempenho dos animais: 0,950 kg/dia
e e
t • Espaçamento: 0,40 x 0,80 m (menores perdas) t • Pode-se colher as sementes para posterior utilização
u u
m • Tempo de formação: 60 dias m elevada produção de sementes (500 a 1500 kg/ha)

g g • A gramínea não é tóxica aos animais


l l
a a
u u
c c
u u
m m

73 74

DESVANTAGENS NA UTILIZAÇÃO

P
e • Não é resistente ao déficit hídrico prolongado
n
n
i
s • Elevado acamamento Pennisetum clandestinum
e
t
u
m • Florescimento precoce (Capim-kikuyo)
g
(influência do fotoperíodo curto no outono-inverno)
l
a
u
c
u
m

75 76

19
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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
P P
e e
n n
n • Originário da África n
i i • Perene
s s
e e • Porte rasteiro
t t
u u • Grande capacidade de alastramento
m m
(rizomas e estolões)
c c
l l
a a
n n
d • Foi trazido para o Brasil em 1924 d
e e
s (sendo comparado a alfafa em qualidade) s
t t
i i
n n
u • Porém, a euforia da descoberta foi gradativamente passando u
m m Austrália muito usado principalmente na produção de leite,
pouco interesse dos órgãos de pesquisas brasileiros
em Queensland e em New South Wales
77 78

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E AGRONÔMICAS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E AGRONÔMICAS


P P
e e
n n
n • Relativamente resistente ao frio n • PB ≈ 10,8%
i i
s • Rebrota após fogo s
e e
t • Resistente à seca t • Tem digestibilidade muito boa
u u
m • Suporta sombreamento m

c • Adapta-se a qualquer tipo de solo c


• Utilização:
l l
a férteis e clima seco atinge até 1,20m de altura a
pasto ou feno
n n
d pobres não passa de 40 a 60cm d
e e
s s
t t
i i
n n
u • Propagação mudas e sementes u
m m

79 80

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Algumas cultivares
P
e
n
n Obrigada!!!
i
s
e
Dra. Estella Rosseto Janusckiewicz
t
u estella_rosseto_janusckiewicz@yahoo.com.br
m

c estella.erj@gmail.com
l Crafts
Whittet – 1° cv registrada
a
n
d
e
s
t
i
n
u
m

Noonan 81 82

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