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Qualidade Alimentar
2º Semestre/ 3º Ano
Discentes: Docentes:
4
Cereais, Leguminosas e Derivados
Autores:
Amelia Vanessa
Euclesia Ali
Felo Andre
Irene Artur
Miclina Jose
Índice
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1. Introducao..........................................................................................................................4
1.1. Objectivos....................................................................................................................5
2. Cereais................................................................................................................................6
Trigo....................................................................................................................................6
Milho...................................................................................................................................6
Centeio.................................................................................................................................7
Arroz....................................................................................................................................7
Arroz polido.........................................................................................................................7
Arroz parboilizado...............................................................................................................7
Arroz integral.......................................................................................................................7
Aveia....................................................................................................................................8
Cevada.................................................................................................................................8
Sorgo....................................................................................................................................8
3. Leguminosas.......................................................................................................................8
Alfarroba..............................................................................................................................9
Amendoim...........................................................................................................................9
Ervilhas................................................................................................................................9
Feijões..................................................................................................................................9
Grão de bico.........................................................................................................................9
Lentilha................................................................................................................................9
Soja....................................................................................................................................10
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4. Derivados dos cereais......................................................................................................10
4.1. Farinhas.....................................................................................................................10
4.2. Pães............................................................................................................................12
Tipos de pães.....................................................................................................................12
Pão branco.........................................................................................................................12
Pães integrais.....................................................................................................................13
4.3. Massas.......................................................................................................................13
Classificação......................................................................................................................13
4.4. Biscoitos.....................................................................................................................14
5.1. Producao...................................................................................................................16
5.2. Transformacao.........................................................................................................16
5.3. Armazenamento.......................................................................................................17
Microrganismos........................................................................................................18
Insetos........................................................................................................................19
Roedores e pragas..................................................................................................................21
6. Fraudes de cereais...........................................................................................................21
7. Legislação de cereais....................................................................................................21
Alterações leguminosa..........................................................................................................22
Defeitos de leguminosa.........................................................................................................22
7
Legislação das leguminosas..................................................................................................22
Conclusão..................................................................................................................................24
Referências bibliográficas.........................................................................................................25
Introducao
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Cereais são as sementes ou os grãos comestíveis das gramíneas de cultivo. Os cereais e as
leguminosas fazem parte do hábito alimentar de diversos povos, devido a sua facilidade de
manutenção e conservação, por seu baixo custo e pelo alto valor nutritivo.
Os derivados dos contribuem para uma grande diversidade alimentar fazendo com que a
populcao tenha tenha varis opcoes de escolha alimentar e consequentimete uma dieta
diversicada em termo de alimentos de origem vegetal.
Os cereais são produzidos em todo mundo em maiores quantidades do que qualquer outro tipo
de produto e estão entre os que mais fornecem calorias ao ser humano. Em alguns países em
desenvolvimento, os cereais constituem praticamente a dieta inteira da população. Os cereais
integrais são largamente reconhecidos por seus benefícios relacionados à saúde e
aparentemente há um relacionamento entre o aumento no consumo de cereais integrais como
marcadores de uma vida saudável e prevenção de doenças crônicas, como doenças
cardiovasculares câncer e diabetes
1.1. Objectivos
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1.1.1. Objectivo geral:
Compreender as caracteristicas, os parametros de qualidade durante a producao,
transformacao, conservacao e armazenamento assim como as alteracoes, defeitos e
fraudes que ocorrem nos cereais, leguminosas e derivados.
1.1.1. Objectivos especificos:
Conceituar cereais, leguminosa e derivados;
Estabelecer as caracteristicas e os parametros de qualidade dos cereais, leguminosas e
derivados;
Mencionar as alteracoes, defeitos, e fraudes que ocorrem nos cereais, leguminosas e
derivados;
Apresentar asa legislacoes especificas para cereais, leguminosas e derivados.
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Cereais, Leguminosas e Derivados
2. Cereais
Cereais são as sementes ou grãos comestíveis, fruto das plantas das gramíneas, tais como
trigo, arroz, centeio, aveia, cevada (Portaria RES. CNNPA 12/78). Esses grãos são compostos
por fa-relo, endosperma e germe, envolvidos por uma casca.
Trigo
É o mais importante dos cereais. É constituído de amido e glúten, substância formada por
duas proteínas insolúveis: gliadina e glutenina. Estas quando misturadas a líquidos, fornecem
a elasticidade necessária para a panificação. O glúten pode absorver até 200% de água do seu
peso inicial. A farinha apresenta de 8 a 14% de proteínas. Os trigos mais resistentes fornecem
uma farinha forte, também chamado “duro”, relativamente rico em glúten, são mais utilizados
para confecção de pão e pastelaria. Já os trigos menos resistentes, com percentuais reduzidos
de glúten, são apropriados para confecção de biscoitos, tortas e empadas. A farinha de trigo
branca é resultado da moagem dos grãos amidosos, sem o farelo e o germe. A farinha de trigo
integral é preparada através da moagem do grão de trigo completo.
Milho
É utilizado na indústria alimentícia na produção alimentícia na produção de amido de milho,
glucose e alguns uísques. O milho apresenta o mais elevado valor de lipídios. Na panificação
é utilizado associado ao trigo. Entre os derivados do trigo estão: fubá, canjica, canjiquinha,
amido, xarope, glucose (açúcar de milho cristalizado), pipoca e flocos de milho. É rico em
amido e em fibras. Encontram-se as vitaminas B1 e B2, E, fósforo e potássio.
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Centeio
É transformado principalmente em farinhas para a utilização em panificação. É preparado
com o grão integral. No Brasil, a farinha de centeio é, geralmente, misturada com a farinha de
trigo. A proporção de proteínas de centeio é variável e quase inferior as do trigo. A massa
preparada da farinha de centeio é compacta e rompe-se com facilidade. Não possuindo
elasticidade que é encontrada na massa da farinha de trigo. Contém vitaminas do complexo B,
ferro, manganês, zinco, cobre e potássio.
Arroz
É o cereal mais cultivado. Contém maior quantidade de vitamina B1 e de sais minerais
quando fervido com a casca. Podem ser preparadas farinhas para bolos, mingaus e doces, e
também bebidas (aguardentes e saquê). Existem vários tipos de arroz, empregados em
diversas preparações.
Arroz polido
Conhecido como arroz branco. Seus grãos podem ser curtos, médios, longos ou redondos. O
arroz curto e arredondado é mais utilizado pela culinária oriental e para fazer arroz doce. O
grão médio pode ser usado em receitas salgadas ou doces, especialmente indicado para
risotos. O arroz longo é o mais utilizado nas preparações salgadas. No processo de
beneficiamento, para ficar branco, o arroz perde a casca e a película, onde está concentrado a
maior parte dos minerais e das vitaminas. Com isso, restando poucos nutrientes no grão.
Arroz parboilizado
É um arroz de grão longo submetido a cozimento sob pressão, antes do beneficiamento. Os
nutrientes estão presentes no centro do grão. Suas principais vantagens em relação ao polido
são maior valor nutritivo e maior rendimento. Sofre um processo hidrotérmico, que promove
a gelatinização total ou parcial do amido. Onde os nutrientes se deslocam para o endocarpo,
aumentando o valor nutritivo do grão. O arroz fica mais solto, no final das preparações.
Arroz integral
É o grão do qual se remove apenas a casca. Permanece com o farelo, fina película onde se
encontra a maior parte dos nutrientes. O arroz integral é o mais nutritivos de todos.
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Em 100g de arroz integral contem 8,06g Proteínas 75,13 g Carboidratos e 1,96 g de
Gorduras.
Aveia
A forma mais empregada para o consumo da aveia é a utilização em flocos. Apresenta um
teor mais elevado de lipídios, porque quase todo o germe é mantido. É menos oxidável devido
ao seu alto teor de vitamina E (antioxidante). O grão de aveia apresenta em média 13,3% de
proteína, 6,2% de lipídios e 66,4% de carboidratos. A proteína da aveia distingue-se pelo seu
alto teor de arginina em relação aos outros cereais. Rica em fibras, vitaminas do complexo B,
vitamina E, cálcio, fósforo e ferro. Pode ser ingerida sob forma de flocos grossos, flocos finos
e farinha.
Cevada
É o mais antigo cereal conhecido. É utilizada principalmente no preparo da cerveja e uísques,
podendo também ser consumida cozida ou como mingau. Muitos utilizam sua infusão com o
grão torrado e moído em substituição do café. Os índices proteicos encontrados na cevada são
inferiores aos do trigo, pobres em gorduras, mas ricos em vitaminas do complexo B, cálcio,
fósforo e potássio.
Sorgo
O sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) é o 5° cereal mais importante no mundo, antecedido
pelo trigo, o arroz, o milho e a cevada. É alimento humano em muitos países da África, do Sul
da Ásia e da América Central e importante componente da alimentação animal nos Estados
Unidos, na Austrália e na América do Sul. Os grãos do sorgo são úteis na produção de farinha
para panificação, amido industrial e álcool e como forragem ou cobertura de solo.
3. Leguminosas
São grãos que dão em vagens. Po-dem ser secas, que incluem feijão, grão-de-bico, soja e
lentilhas; ou fres-cas, como ervilha, vagens e favas. Dentre eles temos:
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Alfarroba
Tem ganhado espaço na culinária como substituta do ca-cau. De coloração marrom escura e
sabor adocicado, é comu-mente usada na versão em pó. Enquanto o cacau tem 23% de
gordura, a alfarroba possui apenas 0,7%. Por outro lado, o ca-cau é mais pobre em açúcar
(5%), enquanto a alfarroba possui até 45%. Não possui compostos estimulantes, como a
cafeína e a teobromina, é rica em fibras, tem bons níveis de gorduras poli-insaturadas,
magnésio, potássio, vitaminas A e C.
Amendoim
Com características particulares, tem mais gordura e menos amido que as leguminosas em
geral. É rico em fibras, proteínas, gorduras monoinsaturadas e vitamina B3. Deve ser
consumido preferencialmente in natura, ainda com a casca marrom, sem adição de sal, açúcar
ou gordura, descascando-o; ou mini-mamente processado, que é o amendoim sem a casca,
envolto na camada ver-melha ou sem ela, mas sem adição de outros ingredientes. Pode ser
utilizado em saladas, molhos e preparações culinárias salgadas e doces.
Ervilhas
Podem ser consumidas frescas, nas vagens ou secas. São boa fonte de fibras e de proteínas,
apresentando perfil favorável de aminoácidos essenciais, sendo portanto, boa opção de
proteína vegetal para indivíduos vegetarianos ou veganos.
Feijões
Leguminosa mais consumida no nosso país, variando suas cores conforme as regiões.
Presente em diversos pratos típicos, como a feijoada, o baião de dois, o feijão tropeiro ou o
acarajé, é um alimento tradicional brasileiro. É boa fonte de proteína, fi-bras, ferro e outros
minerais.
Grão de bico
Outra leguminosa muito nutritiva, rica em fibras, proteínas, vitaminas do complexo B e
amido, o que a torna boa fonte energética também.
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Lentilha
Com cerca de 30% de suas calorias vindas de proteí-nas, as lentilhas têm o terceiro maior
nível de proteína vegetal. Contêm fibras alimentares, ácido fólico, vitami-na B1, B6, ferro,
zinco, potássio e magnésio. Uma curio-sidade é o fato dela ser consumida durante a véspera
de Ano-Novo, pois acredita-se que as pequenas sementes, circulares e achatadas como
moedas, atraem boa sorte no âmbito financeiro.
Soja
É empregada na alimentação como óleo, tofu, molho de soja, “leite” vegetal, proteína de soja
ou em grãos. Con-tém proteína de alto valor biológico, alto teor de gorduras mono e poli-
insaturadas e baixo de saturada, minerais como potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre e
zinco, vitaminas do complexo B e vitamina C. Além destes nutrientes, contém isoflavona
(fitoestrógeno), que atua na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Como sua
estrutura química é semelhan-te ao estrógeno, é capaz de aliviar os efeitos da menopausa e da
tensão pré-menstrual.
Cereais são geralmente processados com o objetivo de produzir produtos derivados dos
cereais como por exemplo: farinhas, massas, produtos de panificacao, oleos, diferentes tipos
de arroz, entre outros. Que aceitáveis ao consumidor.
4.1. Farinhas
a) Farinha simples - produto obtido da moagem ou raladura dos grãos, rizomas, frutos ou
tubérculos de uma só espécie vegetal.
b) Farinha mista - produto obtido pela mistura de farinhas de diferentes espécies vegetais.
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As farinhas devem ser fabricadas a partir de matérias-primas limpas, isentas de matéria
terrosa, parasitas e larvas, não podem estar úmidas, fermentadas ou rançosas.
a) Farinha de arroz - produto obtido pela moagem do grão de arroz (Orysa sativa, L.),
beneficiado.
b) Farinha de aveia - produto obtido pela moagem de semente de aveia (Avena sativa, L.),
beneficiada.
c) Farinha de centeio - produto obtido pela moagem do grão de centeio (Secale cereale, L.),
beneficiado.
e) Farinha de Glúten - produto obtido da farinha de trigo (Triticum vulgare), privado de quase
todo o seu amido.
f) Farinha integral - produto obtido pela moagem ou raladura da parte comestível dos grãos,
rizomas, frutas ou tubérculos integrais.
g) Farinha de mandioca - produto obtido pela ligeira torração da raladura das raízes de
mandioca (Manibot utilissima) previamente descascada, lavada, e isentas do radical cianeto.
O produto submetido à nova torração é denominado "farinha de mandioca torrada".
h) Farinha de milho - produto obtido pela torração do grão de milho (Zea maya, L.),
desgerminado ou não, previamente macerado, socado e peneirado.
j) Farinha de milho ou fubá - produto obtido pela moagem do grão de milho (Zea mays, L.),
desgerminado ou não.
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Bactérias do grupo coliforme de Ausência em 1 g
origem fecal
No rotulo das farinhas integrais, deve constar o nome "Farinha integral", seguida do nome
vegetal comum de origem. No rótulo das farinhas mistas deve constar a expressão: "Farinha
mista", bem como a especificação e a quantidade das farinhas empregadas.
4.2. Pães
Pães: são os produtos obtidos da farinha de trigo e ou outras farinhas, adicionados de líquido,
resultantes do processo de fermentação ou não e cocção, podendo conter outros ingredientes,
desde que não descaracterizem os produtos. Podem apresentar cobertura, recheio, formato e
textura diversos.
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Tipos de pães
Existem muitas maneiras de categorizar as diferentes massas fermentadas e suas respectivas
modelagens. Uma das definições diz que há dois tipos básicos de pão – branco e integral –, e
todos os pães podem ser categorizados dentro desses dois tipos.
Pão branco
Elaborado com farinha de trigo comum, que contém apenas a parte do endosperma do trigo.
Pães integrais
Elaborados com farinha de trigo integral, que preserva todo o conteúdo do grão de trigo, bem
como de outros grãos e cereais. Caracteristicamente densos e firmes, com forte sabor, sua
coloração varia de marrom-claro a escuro. No mercado, a variedade fica por conta da
quantidade de farinha integral, centeio, cevada, aveia e outros ingredientes. Corantes, como o
café escuro e o café mascavo, são usados para acentuar não só a coloração como o sabor.
4.3. Massas
Massas: Massa alimentícia é o produto não fermentado, obtido pelo amassamento da farinha
de trigo, da semolina ou da sêmola de trigo com água, adicionado ou não de outras
substâncias permitidas.
As massas alimentícias são designadas por nomes próprios de acordo com a sua forma, tipo e
substancias adicionais. Ex: "espaguete", "aletria", "massa com ovos", "massa com espinafre".
Quando preparadas pela mistura de farinha de trigo com outras farinhas são consideradas
"Massa alimentícias mista" e designadas pela espécie das farinhas constituintes da mistura.
Classificação
As massas alimentícias serão classificadas:
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a) Massa comprida ou longa - massa tipo espaguete, talharim, e outra;
a) Massa mista - preparada pela mistura de farinha de trigo com outras farinhas;
As massas devem ser fabricadas a partir de matérias primas sãs e limpas, isentas de matéria
terrosa e de parasitos. As massas alimentícias com ovos só podem ser expostas à venda com a
designação "massa com ovos"
4.4. Biscoitos
Biscoitos ou bolachas são definidos como produto obtido pelo amassamento e cozimento
convenientes de massa preparada com farinhas, amidos, féculas (fermentadas ou não) e outras
substâncias alimentícias.
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A busca pela qualidade dos grãos e subprodutos é prioridade para produtores, processadores e,
finalmente, para os distribuidores desses produtos. Longevidade, teor de umidade,
suscetibilidade a danos mecânicos, danos térmicos, ambiente e condições de armazenagem,
fungos, e pragas afetam a qualidade dos produtos. Especial atenção deve ser dada aos danos
mecânicos sofridos pelos produtos agrícolas durante as fases de colheita, de preparo e de
armazenagem.
Durante a secagem, a danificação térmica sofrida pelos produtos deve ser seriamente
considerada. Temperaturas elevadas causam reduções na germinação e no vigor, trincas
devido ao choque térmico e transformações bioquímicas.
A qualidade das sementes é igualmente controlada: não devem estar contaminadas por
doenças ou conter erva daninhas. Devem apresentar as qualidades necessárias para a
utilização que lhes será dada (qualidade para panificação, para o trigo que servirá para o
fabrico do pão, qualidade da cevada, para o fabrico da cerveja).
Cereais flocados,
Salmonelas; ausência em 25 g
(máximo) ----------
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Deverão ser efetuadas determinações de outros microrganismos e/ou de substâncias tóxicas de
origem microbiana, sempre que se tornar necessária a obtenção de dados adicionais sobre o
estado higiênico-sanitário dessa classe de alimento, ou quando ocorrerem tóxi-infecções
alimentares.
5.1. Producao
Como a colheita manual não é viável em grande escala, todas as etapas mecanizadas
possibilitam a ocorrência de danos mecânicos ao produto. Mesmo com equipamentos
regulados, a mecanização provoca danos durante as operações de colheita, preparo e
beneficiamento. A mecanização causa danificação, principalmente se o produto for colhido
muito secos (quebra) ou muito úmidos (esmagamento).Toda vez que passa por elevadores,
transportadores e máquinas de beneficiamento, o produto sofre quedas, impactos e abrasões
que causam lesões, altamente prejudiciais aos grãos e sementes.
5.2. Transformacao
Durante a secagem, a danificação térmica sofrida pelos produtos deve ser seriamente
considerada. Temperaturas elevadas causam reduções na germinação e no vigor, trincas
devido ao choque térmico e transformações bioquímicas.
A busca pela qualidade dos grãos e subprodutos é prioridade para produtores, processadores e,
finalmente, para os distribuidores desses produtos. A seguir iremos destacar alguns desses
fatores.
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unidades comerciais de secagem, bem como grandes quantidades de grãos passaram a ser
secas nas fazendas.
Dois fatores afetam de modo especial a qualidade dos grãos: alto teor de umidade e colheita
inadequada. Os grãos e sementes podem ser extremamente duráveis, mas são também
altamente perecíveis. Se forem colhidos em boas condições e subsequentemente mantidos
com baixos teores de umidade e baixa temperatura, eles podem reter seu poder de germinação
e outras qualidades por longos períodos.
pontos: teor de umidade abaixo de 13% inibe o crescimento da maioria dos microorganismos
e ácaros; teor de umidade abaixo de 10% limita o desenvolvimento da maioria dos insetos-
pragas de grãos armazenados; e teores de umidade dentro da uma massa de grãos são
raramente uniformemente distribuídos e variam de estação para estação e de uma zona
climática para outra. O controle do teor de umidade tem grande importância, visando:
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A colheita e o beneficiamento;
A conservação da germinação e do vigor durante a armazenagem;
O peso durante a comercialização;
O controle de insetos e microrganismos.
5.3. Armazenamento
Sistemas básicos
O armazenamento dos cereais é feito em grandes torres, os silos. Cada silo pode conter entre
algumas centenas até alguns milhares de toneladas de sementes. Estes silos pertencem a
cooperativas ou a empresas privadas. À chegada ao silo, os técnicos retiram uma amostra de
sementes do reboque do agricultor para verificar o grau de umidade e a qualidade das
sementes: se as sementes forem demasiadas úmidas, será necessário secá-las primeiro
As Principais alterações provocadas nos grãos são causadas por: microrganismos, insetos e
roedores.
Microrganismos
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A ação dos microorganismos afeta o poder germinativo das sementes, as qualidades
organolépticas, o valor nutritivo e o aproveitamento industrial dos grãos e seus subprodutos.
Alguns são produtores de substâncias extremamente tóxicas (micotoxinas).
As várias espécies de fungos invadem várias partes das sementes, incluindo o germe,
causando ou contribuindo para redução do poder germinativo. As matérias graxas
(combinação de ácidos graxos e glicerina) são muito instáveis quando armazenadas em
condições desfavoráveis à sua preservação, provocando rancidez.
Os principais fatores que afetam a atividade dos fungos são: teor de umidade dos grãos,
temperatura, taxa de oxigênio, condições do tegumento dos grãos e impurezas existentes na
massa de grãos armazenada.
Quando a umidade relativa do ar intersticial da massa de grãos alcança 75%, a maioria dos
cereais apresenta teor de umidade entre 14 e 15%. Este teor de umidade é suficiente para que
os esporos germinem e se desenvolvam; com o aumento da temperatura em níveis superiores
a 25ºC, o crescimento dos fungos é acelerado.
Apesar de ser bastante comum em amendoim, sabe-se que essa toxina se desenvolve em
diversos outros grãos. Quanto ao efeito, a aflatoxina é extremamente tóxica e cancerígena. A
intoxicação é chamada de aflatoxicose. Esta se trata da falha do fígado devido à destruição
das células parenquimatosas, o que pode ser acompanhado de hemorragias e alterações das
funções nervosas em combinação com espasmos.
Insetos
As principais pragas dos grãos são os insetos dos grãos armazenados, eles possuem
características peculiares que distinguem dos encontrados nas outras culturas. Normalmente
são pequenos, preferem o escuro e conseguem se esconder em locais como fendas e pequenas
cavidades. A reprodução é de forma rápida e produzem diversas gerações em curto espaço de
tempo. Provocam danos que atingem, sempre, um mínimo de 10 % da produção, de qualquer
agricultor.
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Em clima tropical, o ataque dos insetos é bem significativo uma vez que as condições de
temperatura e umidade são favoráveis aos ataques. Cada espécie de inseto necessita de um
conjunto de condições físicas do meio, para seu desenvolvimento. A medida que as condições
de temperatura e/ou teor de umidade se afastam dos valores considerados ótimos, o ciclo
vegetativo do insetos sofre alteração.Os principais insetos dos grãos armazenados são:
gorgulho do arroz, gorgulho do milho, caruncho das tulhas, caruncho do feijão, besouro do
milho, cereais e castanha do pará, traça dos cereais, traça da farinha e traça do amendoim.
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Sitotroga cerealella (Lep., Gelechiidae - traça): de 18-48% de perda
Qualitativos
perda do poder germinativo
depreciação do grão para o consumo
perda do valor nutricional: consumo de partes proteicas dos grãos pelas pragas
quando os prejuízos causados por S. zeamais = 25,9% de perda de peso, o valor
nutricional é zero
perda do valor comercial
Roedores e pragas
Alimentos armazenados geralmente estão propensos ao ataque de roedores, tornando estes
mamíferos pragas em várias regiões do mundo. Os produtos vulneráveis ao ataque de ratos e
camundongos são o milho, arroz, sorgo, cevada, trigo e seus subprodutos (farinhas e fubás).
Espécies de pássaros são atraídas inicialmente, quando a cultura ainda se encontra no campo,
durante o amadurecimento, secagem e debulha no momento da colheita. Os pássaros são
hospedeiros de piolhos e ácaros, que são prejudiciais ao homem quando os ninhos estão
próximos da unidade armazenadora. Os ninhos servem como abrigo para várias espécies de
insetos-pragas de grãos armazenados. As fezes, as penas e os restos de pássaros mortos em
decomposição podem contaminar seriamente os estoques de alimentos por meio de
microrganismos patogênicos.
6. Fraudes de cereais
A fraude alimentar é uma preocupação por parte das autoridades responsáveis pelo controle
de alimentos e também para os consumidores, pois os mesmos são expostos diariamente ao
risco de contaminação por um produto violado ou adulterado. Estes alimentos podem causar
uma intoxicação ou um agravo a saúde do consumidor. (3,4) De uma forma geral, fraude
alimentar dos cereais refere-se à substituição ou adição deliberada e até intencional de uma
substância ao um produto com intuito de aumentar o valor do produto e o ganho económico,
não tendo a intenção de provocar danos na saúde e nem algum tipo de prejuízo a empresa,
mas quando a fraude alimentar é capaz de prejudicar a saúde do consumidor, torna-se um
problema de saúde pública, afligindo a segurança alimentar. (5)
7. Legislação de cereais
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Portanto, são necessárias medidas de inspecções pelos órgãos públicos, para detectar qualquer
anormalidade desta espécie. (3) Segundo a norma Moçambicana 4 de 2009 e norma
Moçambicana 52 e 57 de 2007 diz que, a qualidade do grão de milho e arroz apresenta
alterações avariados por 5%.
Segundo as normas Brasileira, diz que, os rótulos das barras de cereais disponíveis no
mercado devem estar em acordo com as seguintes legislações vigentes (3,4,6):
a) RDC nº 259, de 20 de Setembro de 2002, que estabelece os itens obrigatórios que
os rótulos devem conter;
b) Lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003, que torna obrigatória a informação quanto à
presença de glúten, como medida de controlo e prevenção contra a doença celíaca;
c) RDC n° 359, de 23 de dezembro de 2003 que tem por objectivo informar as porções
dos alimentos embalados com a finalidade para rotulagem nutricional;
d) RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 que torna obrigatória a rotulagem
nutricional;
e) RDC nº 26, de 02 de julho de 2015 que estabelece os requisitos para a rotulagem
obrigatória dos principais alimentos causadores de alergias alimentares; e
f) RDC nº 135, de 08 de fevereiro de 2017 que dispõe a respeito das informações que
devem constar nos rótulos de produtos para dietas com restrição de lactose.
Alterações leguminosa
A alteração também pode ser caracterizada sem haver interferência humana, mas pode ser
causada por agentes físicos, químicos, biológicos, enzimáticos, estado de sanidade e valor
Nutritivo, se esquecendo as características sensoriais. (1) Essas medidas acontecem pelo
simples fato das normas técnicas do produto, serem negligenciadas, ignoradas e
desobedecidas, mas só se configura como alteração, se porventura o comércio souber da
qualidade duvidosa do alimento e os comercializa normalmente. (2)
Defeitos de leguminosa
Em relação aos defeitos, são classificados de acordo com qualidade de grão %, as categorias,
segundo a norma Moçambicana 113, 114,156 de 2009, nomeadamente a categoria A
apresentam grande defeito quando tem 1% e pequeno defeito tendo 7%. (2)
Em relação a categoria B apresenta grande defeito quando tem 3% e pequeno defeito tendo
8,5%. (2,3)
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Fraudes nas leguminosas
Segundo a norma Moçambicana 113, 114,156 de 2009, a leguminosa não devem apresentar
superior de 3 % partido na categoria A e 4% na categoria B, isso de acordo com a qualidade
de grão de leguminosa. Caso isso aconteça, sendo superior, demonstra fraude. (3,4)
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Conclusão
Os cereais apresentam padrão comum de composição química, constituindo-se de
carboidratos, proteínas, lipídeos, sais minerais, vitaminas, entre outras substâncias.
As leguminosas são grãos que dão em vagens. Podem ser secas, que incluem feijão, grão-de-
bico, soja e lentilhas; ou frescas, como ervilha, vagens e favas.
No caso dos cereais integrais, além desses nutrientes, há quantidade significante de fibras. Em
relação aos carboidratos, estes aparecem em altos índices no grão, variando com o tipo de
cereal e plantio, sendo o amido o seu principal representante (75 a 80%). Os cereais são
deficientes nos aminoácidos lisina e metionina; contudo, essa deficiência é compensada com a
combinação de alimentos, por exemplo, arroz com feijão.
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Referências bibliográficas
1. Correia, A. M. N. Fraude Alimentar: factores de risco e medidas de controlo e
prevenção. Tese de doutorado. Lisboa, PT: Universidade Nova de Lisboa. 2018.
2. Dong, H., Luo, D., & Luo, H. Uso efectivo da rastreabilidade de alimentos nas
cadeias de suprimento de grãos de cereais. In M. Espiñeira & F.J. Santaclara (Eds.),
Avanços nas técnicas e tecnologias de rastreabilidade de alimentos: Melhorando a
qualidade em toda a cadeia alimentar. 2016.
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