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Docente:
Estefânia Álvaro no 16
Florinda Florêncio no 17
Gaspar Fernando no 18
Gimo António no 19
Ilda Carlos no 20
Isaías no 21
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1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo geral: Abordar sobre a historiografia africana de forma sintética e de fácil
compreensão.
1.1.2.Objectivos específicos
Descrever as principais correntes da historiografia africana;
Caracterizar as fases da evolução da historiografia africana;
Mencionar os problemas da historiografia africana, as tarefas da Historia africana e
caracteriza-los;
Explicar os métodos da historiografia africana.
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2.Historiografia africana
A historiografia africana é a história da história de África. A maneira como a história africana é
escrita e interpretada ao longo dos tempos. Ela visa analisar e avaliar as várias fases pelas quais
passou a investigação, o ensino e as formas de abordagem da história de África.
Eurocêntrista
Afrocêntrista
Progressista ou africanista
2.1.1.Corrente Eurocêntrista
A corrente eurocêntrista é uma corrente marcadamente racista que defende a superioridade da
raça branca sobre a negra e sustenta que os africanos não têm Historia antes de estabelecer
contactos com os europeus. É a abordagem da História de africa feita por historiadores e outros
estudiosos que defendem a exploração e pilhagem dos recursos humanos e naturais do continente
africano durante as fases mercantil e colonial.
2.1.2.Corrente Afrocêntrista
A corrente Afrocêntrista é uma corrente que surge intimamente ligada ao nacionalismo africano.
É caracterizada por valorizar excessivamente as relações dos povos africanos. É radical e oposta
ao eurocêntrismo, recusando a influência que os povos brancos exercem sobre a Historia de
África.
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2.1.3.Corrente progressista
As duas primeiras correntes, eurocêntrista e afrocêntrista, revelam- se retrógradas e racistas, uma
vez que se sustentam em factos que lhes convêm para suas ideias preconcebidas, desprezando o
que não esta de acordo com as suas pretensões. Para além disso, não tinham um fundamento
científico sério. É, neste contexto, que as duas primeiras correntes encontram uma nova que as
contrapõe: a corrente progressista.
2.1.3.1.3.Interesse no estudo
Há o restauro da Historia de África, motivado pelo interesse do estudo de África noutros
continentes.
2.1.3.1.4.Independências
Cria-se um renovado interesse pela África e uma considerável curiosidade popular, fruto das
independências dos países africanos, a partir de 1960.
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3.A evolução da historiografia africana
A evolução histórica do continente africano influenciou a evolução historiográfica, por ter sido
caracterizada por grandes disparidades. Existem diferenças entre o norte e o sul do Saara, entre a
costa e o interior, entre o oriente e o ocidente – Todas estas particularidades iriam fazer-se sentir
no curso da historiografia africana.
O resto do continente, que ainda desconhecia a escrita e tinha escassos contactos com outras
civilizações, não produziu muito neste domínio. O saber era, via de regra, conservado e
transmitido por via da oralidade e da experiência. Durante este período, o estudo da África
tropical foi bastante limitado, e as informações eram raras e pouco credíveis.
Exceptuam-se desta realidade as fontes clássicas sobre o mar Vermelho e o oceano índico
produzidas por mercadores. Embora nos pareça ter havido nesta época algum dinamismo no
processo de elaboração, a verdade é que estas produções não passaram de descrições de regiões
de África a partir das informações possíveis na época. Não existia, pois, nenhum estudo
sistemático sobre as mudanças ocorridas ao longo do tempo e as informações eram em geral
duvidosas.
Um dos primeiros e mais importantes historiadores de África foi Ibn Khaldun (1332-1395).
Estudou África e as suas relações com o Mediterrâneo e o Próximo Oriente, introduziu na
História de África o modelo de ciclo e tentou chegar à verdade histórica através da crítica e da
comparação. Estudou, igualmente, o Mali, com base na tradição oral da época. Quando o Islão, e
com ele a escrita, chegou à África oriental, os negros africanos começaram a conservar a sua
História através de textos escritos. Foi assim que surgiram o Ta'rikh al-Sudan (c. 1655), Ta'rikh
al-Fattash, a Crónica de Kano, a Crónica de Kilwa.
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3.1.1.Principais historiadores, contributo para a historiografia africana
Sobre a África ocidental, norte do Sudão e África oriental, as melhores informações dos séculos
XI-XV são da autoria de mercadores árabes como Al-Masu'di (?-956), Al-Bakri (1014-1094),
Al-Idrisi (?-1166), Ibn Battuta (1304-1377), Hassan Ibn Muhammad al Wazza'n (o Leão
Africano 1494-1554?), Ilb khaldun (1332 -1395).
3.1.1.2.Al- Bakri (1014-1094): nunca viajou nem conheceu os lugares que descreveu, mas fê-lo
com consulta de relatos de viajantes e mercadores (Yusuf al-Warraq e Abraham bem Jacob) e
com uma exactidão impressionante. A sua obra mais conhecida foi escrita em 1060 e intitulava-
se Kisalik wa- al-Mamalik, onde há relatos interessantes sobre África.
3.1.1.3.Al-Idrisi (? 1165/1166): reconhecido geografo árabe cujos mapas são famosos pela
qualidade pela precisão. Em vários mapas, descreveu África com precisão sobretudo a norte do
Sara.
3.1.1.4.Ibn Battuta (1304-1337): geografo e explorador árabe descreveu a obra intitulada thuft
anozzar fi ajaib alamsar, esta obra narra as várias epopeias e jornadas aventurosas da sua vida de
viajante e explorador berbere, esteve em vários países da África Ocidental e Norte, Ásia Menor,
Europa e Ásia, dos quais faz importantes fez relatos históricos e culturais.
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Foi o precursor do intercâmbio da História com as ciências afins, autor da obra sobre a teoria da
História cíclica, escreveu narrativas baseadas nas descrições de Timur, o líder mongol, redigiu a
importante obra Al-Muquddimiagh, onde aborda a Historia de África desde as suas relações com
o Mediterrâneo e o próximo Oriente.
A partir do século XVIII, a Europa começaria a prestar uma certa atenção a África. Os livros
europeus começavam a contemplar à África com um número considerável de páginas. A visão
eurocêntrista da História resultou da convergência do Renascimento, do Humanismo e da
evolução científica e industrial. Partindo do que chamavam herança greco-romana única, os
eurocêntrista julgavam os objectos, os conhecimentos, o poder e a riqueza da sua sociedade
preponderantes; como tal, julgavam que a civilização europeia devia sobrepor-se as demais;
consequentemente, a sua História era a Chave de todo o conhecimento e a História dos outros
continentes e, em especial, a africana sem nenhuma importância.
Hegel foi muito claro a este respeito quando disse: África não é um continente histórico, ela não
demonstra nem mudança nem desenvolvimento, Este ponto de vista manteve-se no século XIX e
tinha ainda alguns adeptos em pleno século XX.
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3.4.A nova historia africana
A implantação de uma nova História de África foi produto de historiadores profissionais que
fizeram dela o objecto do seu ensino e dos seus escritos. A promoção de uma História de África
descolonizada começaria por volta de 1947, quando intelectuais africanos começaram a definir a
sua própria concepção em relação ao passado africano buscando, nele, as fontes de uma
identidade cultural negada pelo colonialismo.
O estudo da História tem-se mostrado particularmente difícil para os historiadores, devido a uma
série de factores. Entre esses factores temos a escassez das fontes, as deficiências em termos de
cronologia, a predominância de mitos.
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A escassez de fontes escritas podia ser minimizada pelo recurso à arqueologia, mas não é o que
sucede, como veremos mais adiante. As dificuldades no uso da arqueologia têm a ver com a
exiguidade de meios financeiros para suportar os custos das escavações e também a ausência de
especialistas em diferentes ciências auxiliares, uteis à actividade arqueológica.
4.2.Problema da cronologia
Uma das grandezas básicas para a reconstituição da História é o tempo. Entretanto, para o caso
de África, são muito poucos os registos de datas referentes ao período anterior à nossa época. Os
africanos sempre consideraram o tempo e tentaram estabelecer formas de contagem, dai que
certos reis, uma vez chegados ao poder, depositavam anualmente num vaso, pepitas de ouro até à
morte, o que permitia contabilizar os anos de reinado. Ora, este procedimento era insuficiente
para uma correcta datação, pois apenas permite saber quanto tempo o rei esteve no poder ou
quantas dinastias governaram um certo império. Entretanto, não permite saber com precisão o
momento em que os acontecimentos tiveram lugar. Portanto, qualquer um que se lance na tarefa
de reconstituir a História de África terá como obstáculo a deficiente datação dos acontecimentos.
Acredita na passividade histórica dos povos africanos e dos povos negros em particular. Esta
forma de pensar influenciou sobremaneira a elaboração da História africana nos séculos XIX e
XX, falseando as perspectivas em favor de uma concepção eurocêntrica da História, que se
difundiu por todo o lado, mesmo nos países que nunca tinham sido colonizados. Hoje, essa visão
tende a desaparecer; contudo, prevalece ainda em muitos historiadores, tanto no ocidente como
fora dele. O período colonial e a pós-independência geraram, igualmente, novos pontos de vista;
naturalmente, este aspecto dificulta o estudo da História deste continente. Portanto, ao estudar a
História de África, o historiador deve estar sempre atento ao perigo de manipulação de fontes
resultante da influência dos mitos.
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5.Tarefas da História Africana
As tarefas da História africana compreendem a desmistificação da História africana e
descolonização da História africana.
Quando os racistas tentavam fazer crer que a Historia da África não tinha valor algum e “ os
africanos não poderiam ser os autores de uma civilização digna desse nome e por isso não havia
entre eles nada admirável que não houvesse sido copiado de outros povos ”,o papel dos
historiadores africanos mostra-se particularmente importante para desmistificá-lo. Este racismo
pseudocientífico atingiu o seu máximo no século XX, mas a partir de 1920 começou a declinar
embora a sua herança se mantivesse nalguns círculos sob diversos formatos.
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Os historiadores de África fizeram um trabalho pioneiro neste âmbito ao se debruçarem sobre os
períodos pré-colonial e colonial. Este trabalho conheceu duas etapas principais:
A primeira que vai desde 1890 a 1914: altura em que os administradores letrados ao
serviço da administração colonial começaram a preocupar-se em conversar as tradições
orais de relevância histórica.
A segunda etapa vai de 1914 até à década de 60: é a época das independências, onde
começa a surgir uma vaga de historiadores que se interessam pelo estudo das fontes da
Historia africana, com maior destaque para a tradição oral, a linguística e a arqueologia.
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7.Conclusão
Após uma pesquisa atenciosa, feita com muito zelo e dedicação em relação a historiografia
africana um tema bastante interessante para nos como alunos da disciplina de história. Conclui-se
que a historiografia africana é a história da história de África. A maneira como a história africana
é escrita e interpretada ao longo dos tempos. E tem por objectivo analisar e avaliar as várias fases
pelas quais passou a investigação, o ensino e as formas de abordagem da história de África. Ela
tem como principais correntes: a eurocêntrista, afrocêntrista, e progressista ou africanista. De
igual modo que pude se perceber que a evolução histórica do continente africano teve influência
na evolução historiográfica, por ter sido caracterizada por grandes disparidades. Fazem parte da
historiografia africana duas tarefas nomeadamente a desmistificação da história africana, e
descolonização da história africana. Dentro da historiografia africana pode se verificar certos
problemas como: problemas de fontes, problemas da cronologia e problemas dos mitos.
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8. Referencias Bibliografias
TELÉSFERO De Jesus Nhapulo, G. C. (2019). HISTÓRIA - 11a classe. (P. editores, Ed.) Grupo
porto.2019.
SUMBANE, Salvador Agostinho. H11 - História -11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo,
2017.
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