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ETEC GETÚLIO VARGAS

RESUMO/RESENHA – PROFA. CAROLINE – 1º/2023.


NOME (S): _________________________________________________________________. 1º R.

LEIA O TEXTO A SEGUIR:


LEVE AS CRIANÇAS PARA A COZINHA
Quer ver seu filho experimentando novos alimentos e comendo melhor? Incentive-o a colocar a mão na massa (e na
salada, na torta, no frango...)
Por Chloé Pinheiro (colaboradora) Atualizado em 21 mar 2017, 10h56 - Publicado em 11 Maio 2016, 09h30

Nos consultórios pediátricos, a queixa é clássica: “Meu filho não come, doutor”. E as maiores vítimas de
rejeição, relatam os pais, são verduras, legumes e frutas. Mas de onde vem a história de que a molecada não gosta
desse grupo de alimentos? “A dificuldade de aceitação de vegetais é notória, mas, por outro lado, a oferta também
é limitada”, afirma Gabriela Kapim, nutricionista e apresentadora do programa Meu Filho Come Mal, do canal GNT.
“No menu infantil dos restaurantes, por exemplo, só costumamos encontrar a batata, seja frita ou no purê”,
completa.
Em casa, a situação não é muito melhor. “Há pais que encaram o consumo de itens saudáveis e até mesmo a
refeição apenas como obrigatoriedades”, conta Ana Paula Del Arco, nutricionista da Capitão Pão Consultoria, em
São Paulo. Mas e o prazer? Ora, se a salada é apresentada sem capricho ou composta dos mesmos itens todo dia,
sobe o risco de a meninada desenvolver, com o tempo, uma antipatia pela porção colorida (e vitaminada) do prato.
E isso também vale para arroz, frango, macarrão e por aí vai.

Como fazer as crianças gostarem de frutas


Quer ver a história piorar? Boa parte das crianças dá suas garfadas de maneira automática, geralmente em
frente à televisão. Dessa forma, não estabelece vínculo algum com os alimentos. Mas como estimular o interesse
pela comida de verdade desde o início da vida e, assim, diminuir o abismo entre o apetite da garotada e os brócolis?
Uma das principais apostas para aproximar as duas pontas é convidar meninos e meninas a desvendarem o mundo
mágico da gastronomia. E não como meros espectadores.
“Quanto maior o envolvimento no preparo das refeições, mais fácil é educar sobre alimentação. Até porque a
participação da criança nesse processo aumenta a chance de ela experimentar o resultado final”, justifica Antonia
Demas, antropóloga, nutricionista e professora da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, nos
Estados Unidos. A especialista também é presidente do Food Studies Institute, que há 45 anos aplica um currículo
especial para introduzir a culinária no dia a dia de jovens estudantes. “Posso observar na prática o efeito positivo
que essa inclusão tem no entusiasmo das crianças por ingredientes que favorecem a saúde”, destaca.
Não faltam estudos que atestam a eficácia da tática. Um deles, publicado recentemente pela Universidade de
Montford, na Inglaterra, revela que pré-escolares que manuseiam vegetais têm menos medo de provar
combinações inusitadas. Em 2012, cientistas da Universidade de Alberta, no Canadá, avaliaram a relação de 151
moleques com a comida e concluíram: aqueles que auxiliavam na cozinha eram justamente os que mais curtiam
verduras, legumes e frutas. Para ter ideia, o interesse por esses itens era 10% maior entre os pequenos que vestiam
o avental.
Em um trabalho da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, famílias habituadas a jantar fora
receberam aulas de culinária por dez semanas. Após esse período, os voluntários não só passaram a aproveitar mais
as refeições no lar como também reduziram a ingestão diária de colesterol. Os autores da experiência enxergam
nessa interação um dos caminhos para afastar a obesidade e os problemas atrelados a ela. “A dieta está por trás de
doenças como diabete tipo 2 e hipertensão. Se a criança começa a gostar de alimentos que previnem esses males,
há um impacto significativo em sua qualidade de vida no futuro”, argumenta Antonia.
Um dos segredos para fazer maçãs, peixes, feijões e afins virarem parte da infância (e do resto da vida) é
mostrar a vasta diversidade de sabores e texturas de cada alimento assim que acabar a fase das papinhas – ou seja,
normalmente após o primeiro aniversário. É que os bebês estão mais abertos às novidades. “O paladar é
desenvolvido principalmente até os 2 anos de idade. Tudo o que for apresentado nesse período colabora na sua
construção”, enfatiza Ana Paula. Passada essa etapa, fica um pouco mais difícil aceitar novas experiências.

PROPOSTA DE ATIVIDADE: faça uma resenha do texto individual ou em grupos de até 3 (três) integrantes.

FONTE: Leve as crianças para a cozinha | Veja Saúde (abril.com.br). Acesso em: 09.03.2022.

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