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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DA AMAZÔNIA

CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

A influência do Marketing na formação dos


Hábitos alimentares infantil.

João Paulo Morais Gomes


Graduando em Nutrição
moraisgomes007@gmail.com
Nathan Passos Barros Ferreira
Graduando em Nutrição
nathan_passosbarroa23@hotmail.com
Nilza Santos de Souza
Graduanda em Nutrição
santosnilza799@gmail.com
Patrício de Sousa Bispo
Graduando em Nutrição
bispopatricio@hotmail.com
Rislany Reis de Sousa
Graduanda em Nutrição
@rislanyreis8@gmail.com

Orientador: Profº. Me. Klauberth Alberth Reis

Boa Vista – RR
Abril/ 2023
SUMÁRIO

Página
RESUMO ...................................................................................................... 03
.
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 04
OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 06
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 06
MATERIAIS E 08
MÉTODOS .............................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 09
RESUMO
A forma com que se comporta a criança como consumidora vem sendo sendo
objeto de estudo desde meados de 1970. De lá para cá, o poder econômico e
a influência das crianças sobre as decisões familiares aumentou
consideravelmente, aliado ao desenvolvimento de estratégias publicitarias
direcionadas especificamente ao consumidor infantil. O aumento de doenças
crônicas não transmissíveis (obesidade, diabetes) tem chamado a atenção para
o papel da mídia: em média crianças e adolescentes gastam em média 5- 6
horas por dia assistindo televisão, e o número de comerciais veiculados
aumentou de 11 para 40 por hora nos últimos 20 anos. No Brasil, alimentos
ocupam a maior frequência de anúncios, sendo que 60% deles pertencem ao
grupo representado por gorduras, óleos, açúcares e doces na pirâmide
alimentar. De um modo geral, crianças e adolescentes não têm maturidade
suficiente para controlar suas decisões de compra; apesar da
regulamentação envolvendo o marketing de alimentos para crianças estar
evoluindo rapidamente, são poucos os modelos que podem gerar o
desenvolvimento de estratégias futuras eficazes. Ainda existe muito a ser
aprendido sobre o processo de socialização do consumidor. O campo está
aberto para pesquisas que analisem aspectos culturais e tecnológicos,
avaliando os conceitos atuais e suscitando novas questões.

Palavras chaves: Marketing; Consumidor infantil; doenças; comportamento


infantil; nutrição.

ABSTRACT

The way in which children behave as consumers has been the object of study since the mid-
1970s. Since then, the economic power and influence of children on family decisions has increased
considerably, combined with the development of advertising strategies aimed specifically at child
consumer. The increase in non-communicable chronic diseases (obesity, diabetes) has drawn attention to
the role of the media: on average children and adolescents spend an average of 5-6 hours a day watching
television, and the number of commercials aired has increased from 11 to 40 per hour for the past 20
years. In Brazil, food occupies the highest frequency of advertisements, with 60% of them belonging to
the group represented by fats, oils, sugars and sweets in the food pyramid. Generally speaking, children
and adolescents are not mature enough to control their purchasing decisions; although regulations
surrounding the marketing of food to children are evolving rapidly, there are few models that can lead to
the development of effective future strategies. There is still much to be learned about the consumer
socialization process. The field is open for research that analyzes cultural and technological aspects,
evaluating current concepts and raising new questions.

INTRODUÇÃO

A infância é uma das mais importantes fases da evolução humana. É


nesse momento em que se estabelece os hábitos e as preferências
alimentares. A criança que está submetida a uma alimentação impropria e de
baixo valor nutricional, que normalmente é rico em produtos altamente
industrializados, pode ter seu desenvolvimento físico e psíquico comprometido.
(COSTA, 2021).

Crianças não tem a capacidade para escolher sua alimentação levando


em consideração o seu valor nutricional, pelo contrário, seus costumes
alimentares levam em consideração a experiência, da observação e da
educação. Sendo assim, se faz necessário ressaltar a importância de se
oferecer informações às famílias acerca de uma alimentação saudável e seus
benefícios para essas crianças. (MARIN; BERTON; SANTOS, 2009).

Uma alimentação saudável, tem a necessidade de ser ofertada em


quantidades suficientes e deve ser nutricionalmente completa. Levando em
conta também, que os componentes também deverão estar disponíveis de
forma harmónica e adequados para sua finalidade e ao organismo a que se
destina (ESCUDERO, 1934).

Nos dias de hoje a alimentação de crianças, vem apresentando dados


alarmantes devido ao crescimento de doenças que anteriormente eram
características de indivíduos de idades mais avançadas, como, doenças
crônicas não transmissíveis (como Obesidade, Diabetes, Melittus, Hipertensão
Arterial Sistêmica, Dislipidemias), observando-se o comportamento infantil
inadequado, com teores de açúcar elevado, gorduras, sódio, ou com baixo
valor nutricional (ALMEIDA, 2002).

O público infantil é o mais vulnerável as propagandas e publicidade


envolvendo a promoção de alimentos de baixa qualidade nutricional, como
biscoitos, refrigerantes, guloseimas, e alimentos ultraprocessados, transmitindo
assim, uma falsa ideia de que esses alimentos são saudáveis (BATISTA
FILHO; RISSIN, 2003; BARROS, 2015). E por sua vez, o Marketing é o método
utilizado pelas indústrias alimentícias para convencer o consumo de seus
produtos, envolvendo a idealização, compreensão, atribuição de preço e valor,
promoção, reparticção de bens, serviços e imaginações (RODRIGUES, 2011).

As mídias tecnológicas são umas das principais responsáveis por


veicular propagandas atrativas sobre uma alimentação indevida, fazendo com
que a família da criança e ela mesma acreditem que tal alimento seja o melhor
a ser consumido. Em resultado disso, os filhos são expostos precocemente a
uma alimentação que não são indicadas para a idade, com quantidades
inadequadas de nutrientes essenciais e superior em calorias (PADILHA, 2021).

Cada vez mais, podemos observar o crescimento de crianças com


sobrepeso que consequentemente vem acompanhado do crescente volume
designado em marketing infantil pela indústria de alimentos (HENRIQUES,
2008).

Dentro desse aspecto, o presente estudo tem por objetivo saber se


existe e identificar qual a real influência do marketing na construção de hábitos
alimentares infantil? ”.
OBJETIVO GERAL

Realizar uma revisão bibliográfica afim de identificar a influência que o


marketing exerce na construção e manutenção de hábitos alimentares nas
crianças.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar a influência da propaganda na formação de hábitos alimentares;


 Avaliar as consequências do excesso da publicidade infantil,
ocasionando altos índices de doenças crônicas não transmissíveis;
 Identificar a relação do crescimento do marketing de alimentos para
crianças com o crescimento de obesidade infantil.
METODOLOGIA

O presente artigo de revisão foi estruturado por meio de pesquisa


bibliográfica realizada em artigos científicos, dissertações e teses localizados
nas bases de dados online/portais de pesquisa: Scielo (Scientific Eletronic
Library Online), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação
em Ciências da Saúde), Bireme (Biblioteca Virtual em Saúde) e Google
Acadêmico, publicados do ano de 1934 a 2021.

As palavras-chaves utilizadas para buscas do material bibliográfico


foram influência da mídia na alimentação infantil, alimentação infantil e
tecnologia, obesidade infantil, alimentação saudável, educação nutricional,
obesidade na adolescência, políticas contra consumo de alimentos
ultraprocessados, transtornos alimentares, e o marketing da indústria de
alimentos.
Em relação aos artigos, foram analisadas informações contidas nas
bases de dados citadas anteriormente, buscando uma visão clara dos
resultados e capacidades que os meios de comunicação exercem em relação
a alimentação infantil.
Mediante a um processo de seleção, foram descartados estudos que
por sua vez não apresentavam informações relacionadas ao tema abordado.
Portanto, foram excluídos da pesquisa termos relacionados a obesidade em
idosos, transtornos alimentares em adultos e influência da mídia nos hábitos
alimentares na fase adulta. O período de seleção dos artigos foi de março a
abril de 2023.
CONCLUSÃO

O presente trabalho não deixa questionamentos que as crianças, de


uma forma geral, são consumidoras frequentes e assumem este papel desde
tos primeiros anos de idade. Ao longo da infância, desenvolvem o
conhecimento, as técnicas e valores que irão utilizar ao fazer compras no
futuro. Ainda existe muito a ser aprendido sobre os antecedentes, influências e
resultados do processo de socialização do consumidor. O campo está aberto
para pesquisas teóricas e aplicadas que analisem aspectos culturais e
tecnológicos, reavaliando os conceitos atuais e suscitando novas questões. As
evidências mostram que o marketing afeta as escolhas alimentares e
influenciam hábitos dietéticos, com implicações sobre o ganho de peso e a
obesidade. Talvez o mais apropriado seja partir do princípio que, quando se
trata de crianças, a saúde deva vir em primeiro lugar, e estratégias de
regulamentação sejam criadas no sentido de garantir que isto realmente
aconteça.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Sebastião de Souza et al. Quantidade e qualidade de produtos


alimentícios anunciados na televisão brasileira. Rev. Saúde Pública, 2002, p.
333- 355.

BATISTA FILHO, Malaquias; RISSIN, Anete. A transição nutricional no Brasil:


tendências regionais e temporais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19,
supl. 1, p. S181-S191, 2003.

ESCUDERO, P. M. Alimentação. Trad., Helion Póvoa; Waldemar Berardinelli.


Rio de Janeiro: Scientifica. 1934.

HENRIQUES, I.V.M. Publicidade abusiva: comerciais televisivos. Carta


enviada ao Ministério Público do Estado de São Paulo - Promotoria de Justiça
do Consumidor, 2008.

HENRIQUES, P. et al. Regulamentação da propaganda de alimentos infantis


como estratégia para a promoção da saúde. Revista Ciência e Saúde
Coletiva, v.17, n.2, p. 481-490, 2012.

RODRIGUES, R. M. A. Marketing: Uma Abordagem Nutricional. 2011. 54f.


Monografia (Licenciatura em Ciências da Nutrição) – Universidade do Porto,
Porto, 2011.

RODRIGUES, A. S. et al. Associação entre o marketing de produtos


alimentares de elevada densidade energética e a obesidade infantil. Rev. Port
Saúde Pública, v.29, n.2, p. 180-187, 2011.
MARIN T; BERTON, P; SANTO, L. K. R. E. Educação nutricional e alimentar:
por uma correta formação dos hábitos alimentares. Rev. F@pciencia, v. 3, p.
72-78, 2009.

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