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FACULDADE BATISTA BRASILEIRA – FBB

CURSO TECNOLOGIA EM GASTRONOMIA

ANA VICTORIA RICCIO


EDUARDO VINICIUS MORAES SILVA

MARCUS VINICIUS SANTOS SOUZA

CUBA LIBRE

SALVADOR
2021
ANA VICTORIA RICCIO
EDUARDO VINICIUS MORAES SILVA

MARCUS VINICIUS SANTOS SOUZA

CUBA LIBRE

Pesquisa apresentada como


atividade avaliativa III da disciplina de
Drinks e Coquetéis, turma do primeiro
semestre do Curso Tecnologia em
Gastronomia, turno noturno, da
Faculdade Batista Brasileira, FBB,
orientado pelo professor Cassio Lazaro
Bispo.

Salvador
2020
Segundo a versão mais difundida, o drinque surgiu, como o nome antecipa, em Cuba,
em 1900. Cinco anos antes, em 1895, o poeta José Martí e os generais Máximo Gómez e
Antonio Maceo deram início à guerra de independência, a fim de livrar a ilha do domínio da
Espanha. Martí foi morto em uma emboscada e virou o maior herói nacional do país. Em
1898, os Estados Unidos entraram no conflito, derrotaram os espanhóis e governaram Cuba
até 1902, quando, enfim, a ilha conquistou a independência.

Uma independência que veio com uma polêmica nota de rodapé: os EUA teriam
direito de intervir na política interna cubana até 1934 e ganharam uma base naval e a prisão
de Guantánamo. Mas essa é outra história. Então, lá estamos em 1900, na ensolarada Havana,
celebrando a derrota dos espanhóis colonialistas. Em um bar da capital, um oficial americano,
um certo capitão Russell, pediu uma dose de rum misturada com suco de limão e Coca-Cola
para celebrar a união dos dois países americanos com suas bebidas típicas. Brindou aos
convivas: "Por uma Cuba livre!". Todos brindaram e o drinque caiu nas graças do povo.

É possível que seja verdade, não sejamos tão cínicos. Mas é difícil. Para começo de
conversa, o depoimento de Rodríguez foi divulgado em um espaço publicitário na revista
"Life". Quem pagou o anúncio foi a fabricante do rum Bacardí. E o próprio Rodríguez era
diretor de publicidade da empresa. Ele pode ter sido um destemido adolescente que
presenciou o nascimento de um drinque superpopular e depois fez carreira justamente na
empresa que produz o principal ingrediente dessa receita? Pode. "Mas esses fatos tornam o
documento apenas um pouco mais crível do que um homem vestido de Papai Noel dizer a
você que ele é, de fato, Papai Noel", resume o jornalista Wayne Curtis no livro "And a a
Bottle of Rum" ("E uma garrafa de rum", sem edição brasileira).

Além disso, a Bacardí, uma empresa familiar fundada em Santiago de Cuba em 1862,
deixou o país em 1960, depois da Revolução Cubana. O grupo, até hoje sediado em Bermuda,
apoiou os revolucionários no início, mas rompeu com Fidel Castro quando o novo regime
confiscou empresas e propriedades, segundo o jornalista Tom Gjelten no livro "Bacardí and
the Long Fight for Cuba" ("Bacardí e a longa luta por Cuba", também sem versão brasileira).
Apenas cinco anos depois, ela lançou a narrativa da Cuba livre com a suposta origem do
drinque.

Em 1906, o famoso músico trinitário Lionel Belasco compôs um calipso chamado


"L'Année Passée", que falava de uma jovem do campo, de boa família, que se apaixonou por
um sujeito meio canalha e acabou na prostituição. Décadas depois, durante a guerra, outro
cantor da ilha, que tinha o sugestivo nome Lord Invader, adaptou a música para narrar as
aventuras dos americanos. Parte da letra, em inglês, dizia o seguinte: "Eles compram rum e
Coca-Cola, Vão lá em Point Koomhana Tanto a mãe quanto a filha Trabalham para os
dólares dos ianques.".

A nova canção falava do romance entre um soldado e uma nativa e foi um sucesso
assombroso nas vozes do grupo The Andrews Sisters. Com um sotaque caribenho falso, as
cantoras levaram "Rum and Coca-Cola" ao topo da Billboard por dois meses, em 1945.

Elevada ao status de megahit internacional, a música virou caso de justiça, porque


Amsterdam achou que tudo bem adaptar a composição sem pagar direitos autorais. Ele
acreditava que, por se tratar de um calipso, "L'Année Passée" era uma canção folclórica, de
domínio público. Em 1947, um juiz determinou que Amsterdam roubou a música e que todos
os direitos deveriam ser pagos a Belasco, então com 66 anos. A história do cuba libre não fala
tanto de harmonia e paz entre povos amigos. Em vez disso, é uma saga de colonialismo,
misoginia, exploração sexual e apropriação cultural. Mas que terminou bem para Belasco.
Um brinde a seu calipso, então, porque o drinque combina bem mais com músic.

A internet além de poder contribuir com a disseminação de receitas de drinks e


bebidas, ela nos ajuda a abrir uma gama enorme de possíveis técnicas para empregar em
drinks, podendo mudar uma receita mantendo os sabores, apresentando-o com texturas
diferentes, ou fazendo o inverso, mantendo técnicas de uma receita especifica, e empregando
novos sabores. Há Inúmeras possibilidades, e a internet é o maior corroborador dessa ideia. A
tecnologia da internet contribui diretamente na produção dentro das cozinhas e bares, pois ela
também nos ajuda a operar de forma eficiente, ajudando na padronização de itens, na
precificação, no padrão de qualidade, monitoramento e uma vaga lista de funções que a
internet pode oferecer. A internet também conecta as pessoas, podendo um chef ou um
barman, oferecer seus serviços para alguém desconhecido, apenas sendo recomendado por
sites que fazem essa conexão ou até mesmo pelas redes sociais.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

DEURSEN, Felipe Van, disponível em


<ttps://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2021/05/27/historia-do-cuba-libre-mistura-
exploracao-sexual-com-apropriacao-cultural.html> acesso em 22 de Novembro de 2021.

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