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LISTA DE EXERCÍCIOS I – 2ª série

ESCRAVIDÃO

1. (ENEM-2021) Alguns escravos morreram em consequência da violência essencial à sua captura na África, muitos
outros nas jornadas entre os lugares que habitavam no interior e os portos dos oceanos Atlântico e Índico, ou enquanto
aguardavam o embarque, muito mais ainda no mar, outros nos mercados de escravos brasileiros, e mais ainda durante
o processo de ajustamento físico e mental ao sistema escravista no Brasil. (CONRAD, RE. Tumbeiros: o tráfico de
escravos para o Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1885). As formas de violência relacionadas ao tráfico negreiro no Brasil
colonial destacadas no texto derivam da
A) intensificação do expansionismo ultramarino.
B) exploração das atividades indígenas.
C) supressão da catequese jesuítica.
D) extinção dos contratos comerciais.
E) contração da economia ibérica.

2. (ENEM-2019) A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se
estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro. (FRANÇA, R. O
tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 - adaptado). Na matéria, o jornalista informa uma mudança na
dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:
A) Coleta de drogas do sertão.
B) Extração de metais preciosos.
C) Adoção da pecuária extensiva.
D) Retirada de madeira do litoral.
E) Exploração da lavoura de tabaco.

3. (ENEM-2010) DEBRET, 1.8; SOUZA L M (Org). História da vida privada no


Brasi: cotidiano e vida privada na América Portuguesa, v. 1. São Paulo:
Companhia das Letras, 1997.
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escravos urbanos no início
do século XIX. Lembrando que as atividades desempenhadas por esses
trabalhadores eram diversas, os escravos de aluguel representados na pintura
A) vendiam a produção da lavoura cafeeira para os moradores das cidades.
B) trabalhavam nas casas de seus senhores e acompanhavam as donzelas na
rua.
C) realizavam trabalhos temporários em troca de pagamento para os seus
senhores.
D) eram autônomos, sendo contratados por outros senhores para realizarem
atividades comerciais.
E) aguardavam a sua própria venda após desembarcarem no porto.

4. (ENEM)

Considerando a linha do tempo acima e o processo de abolição da escravatura no Brasil, assinale a opção correta.
A) O processo abolicionista foi rápido porque recebeu a adesão de todas as correntes políticas do país.
B) O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a proibição do uso dos serviços das crianças nascidas em
cativeiro.
C) Antes que a compra de escravos no exterior fosse proibida, decidiu-se pela libertação dos cativos mais velhos.
D) Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o processo abolicionista, tornando ilegal a escravidão no Brasil.
E) Ao abolir o tráfico negreiro, a Lei Eusébio de Queirós bloqueou a formulação de novas leis antiescravidão no Brasil.
5. (FATEC-2020)
Texto I
O branco açúcar que adoçará meu café E veio dos canaviais extensos
Nesta manhã de Ipanema Que não nascem por acaso
Não foi produzido por mim No regaço do vale.
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre Em lugares distantes, onde não há hospital
Vejo-o puro Nem escola,
E afável ao paladar Homens que não sabem ler e morrem de fome
Como beijo de moça, água Aos 27 anos
Na pele, flor Plantaram e colheram a cana
Que se dissolve na boca. Mas este açúcar Que viraria açúcar.
Não foi feito por mim. Em usinas escuras,
Este açúcar veio Homens de vida amarga
Da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, E dura
Dono da mercearia. Produziram este açúcar
Este açúcar veio Branco e puro
De uma usina de açúcar em Pernambuco Com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Ou no Estado do Rio GULLAR, F. “O Açúcar”. Toda poesia. Rio de Janeiro,
E tampouco o fez o dono da usina. Civilização Brasileira, 1980
Este açúcar era cana

Texto II
<https://tinyurl.com/y4ur7lhb&gt; Acesso em: 18.10.2019.
Original colorido.
* Texto da imagem: “Em 1888, a princesa Isabel assinou a Lei
Áurea, mas nem todo mundo conseguiu ler.”
As informações contidas na imagem do texto II, localizadas no
canto inferior direito, não foram reproduzidas, pois não
interferem na resolução das questões apresentadas.
O texto II remete a um período de produção do açúcar em que
se estabeleceu um tipo característico de relação social e de
trabalho. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente,
algumas das características dessas relações sociais e de
trabalho nos engenhos de açúcar da América portuguesa, no século XVI.

A) Ao contrário das capitanias do Nordeste, que utilizavam mão de obra escravizada, a capitania de São Vicente se
caracterizou pelo açúcar de alta qualidade, produzido a partir da mão de obra livre de imigrantes italianos e alemães,
que vinham para a América fugindo das guerras de unificação de seus respectivos países.
B) A escravidão de africanos e afrodescendentes nos engenhos de açúcar coloniais seguia a lógica interna das
sociedades africanas, cujo sistema de produção de commodities em larga escala foi tomado como mod elo para o
desenvolvimento das colônias europeias em todo o continente americano.
C) O modelo de produção de açúcar na América portuguesa beneficiou-se da prática corrente entre os povos africanos,
que se ofereciam voluntariamente à escravidão, como forma de fugir das más condições econômicas e climáticas
características do subdesenvolvimento do seu continente.
D) Embora no sudeste prevalecesse a escravidão africana, nos engenhos de açúcar do Nordeste, a mão de obra
escravizada era predominantemente de origem indígena andina, fornecida por traficantes de escravos especializados
em atravessar clandestinamente a linha de fronteira demarcada pelo Tratado de Tordesilhas.
E) A escravidão africana foi justificada por diferentes narrativas que utilizavam passagens bíblicas para defender o
trabalho forçado como castigo divino ou como forma de expiação dos supostos pecados dos africanos, que, muitas
vezes, na América portuguesa, foram separados de membros de suas famílias e comunidades.

6. (UFT TO/2019) As afirmativas a seguir abordam sobre os quilombos e quilombolas na formação territorial do Brasil.
I. Os negros lutando pela liberdade nunca aceitaram passivamente a escravidão. Muitos fugiram e formaram quilombos
que são espécies de vila onde os refugiados, os quilombolas, tinham autonomia.
II. São considerados quilombolas os remanescentes das comunidades que mantém certas tradições culturais ao longo
do tempo.
III. O quilombo dos Palmares localizado na serra da Barriga no estado de Alagoas teve como principal líder d e resistência
e escravidão Zumbi dos Palmares.
IV. Os quilombos estão distribuídos e reconhecidos nas regiões Norte e Nordeste, não havendo registros em outras
regiões do Brasil.
Considerando-se as afirmativas assinale a alternativa CORRETA.
A) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
C) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
D) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas

7. (ENEM-2018) Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos
conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade
generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos
roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o
costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens
brancos. (CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa
da Palavra, 2013 – adaptado). A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a)
A) expressão do valor das festividades da população pobre.
B) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
C) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.
D) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
E) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.

8. (ENEM MEC/2016) A África Ocidental é conhecida pela dinâmica das suas mulheres comerciantes, caracterizadas pela
perícia, autonomia e mobilidade. A sua presença, que fora atestada por viajantes e por missionários portugueses que
visitaram a costa a partir do século XV, consta também na ampla documentação sobre a região. A literatura é rica em
referências às grandes mulheres como as vendedoras ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a autonomia e
mobilidade, é tão típico da região. (HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência feminina e
representações em mudança na Guiné (séculos XIX e XX). In: PANTOJA, S. (Org.). Identidades, memórias e histórias em
terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006). A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social da África
Ocidental pode ser relacionada a uma característica marcante das cidades no Brasil escravista nos séculos XVIII e XIX,
que se observa pela
A) entrada de imigrantes portugueses nas atividades ligadas ao pequeno comé rcio urbano.
B) convivência entre homens e mulheres livres, de diversas origens, no pequeno comércio.
C) restrição à realização do comércio ambulante por africanos escravizados e seus descendentes.
D) dissolução dos hábitos culturais trazidos do continente de origem dos escravizados.
E) presença de mulheres negras no comércio de rua de diversos produtos e alimentos.

9. (FUVEST-2021) [No Brasil] a transição da predominância indígena para a africana na composição da força de trabalho
escrava ocorreu aos poucos ao longo de aproximadamente meio século. Quando os senhores de engenho,
individualmente, acumulavam recursos financeiros suficientes, compravam alguns cativos africanos, e iam
acrescentando outros à medida que capital e crédito tornavam-se disponíveis. Em fins do século XVI, a mão de obra dos
engenhos era mista do ponto de vista racial, e a proporção foi mudando crescentemente em favor dos africanos
importados e sua prole.
(Stuart Schwartz, Segredos internos. São Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 68). Com base na leitura do trecho e em
seus conhecimentos, pode-se afirmar corretamente que, no Brasil,
A) a implementação da escravidão de origem africana não fez desaparecer a escravidão indígena, pois o emprego de
ambas podia variar segundo épocas e regiões específicas.
B) do ponto de vista senhorial, valia a pena pagar mais caro por escravos africanos porque estes viviam mais do que os
escravos indígenas, que eram mais baratos.
C) a escravização dos indígenas pelos portugueses foi inviabilizada pelo f ato de que os povos nativos americanos eram
contrários ao aprisionamento de seres humanos.
D) o comércio de escravos africanos foi incompatível com o comércio de indígenas porque eram exercidos por
diferentes traficantes, que concorriam entre si.
E) havia créditos disponível para a compra de escravos africanos, mas não de escravos indígenas, pois a Igreja estava
interessada na manutenção de boas relações com os nativos.

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