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Receitas

pra fazer com


seu filho
PANQUECA ROSA

MEU FILHO

NÃO COME
3 REVELAÇÕES PARA SEU FILHO
COMER MELHOR QUE ESTÃO
DENTRO DE VOCÊ

MARIANA BRANCO
O QUE TE IMPEDE DE TER REFEIÇÕES
MAIS FELIZES COM SEU FILHO? O QUE
TEM TE INCOMODADO NO MOMENTO EM
QUE SEU FILHO FAZ AS REFEIÇÕES?

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Introdução
SE VOCÊ ... DESEJA TER REFEIÇÕES MAIS FELIZES ...
SEJA BEM-VINDA!
O sonho de milhares de mães de crianças pequenas, mas também
de muitas mães de crianças que já estão chegando à pré-
adolescência, é ver seus filhos comerem bem.

Mas, o que significa comer bem nos dias de hoje?

O conceito de comer bem pode ter diversas interpretações,


principalmente se você vive em um país como o Brasil, em que
muitas famílias têm arraigada a influência portuguesa (o meu caso,
diga-se de passagem!), quando o que eu ouvia da minha avó
(geralmente quando eu estava mais gordinha) era: "Mas que menina
linda, como está com saúde!".

Pois é, se eu e a minha irmã gêmea estivéssemos mais magrinhas,


aí era sinal de doença, fraqueza.

Já hoje em dia, com os inúmeros restaurantes de rodízio que se vê


nas grandes cidades brasileiras, para muitas famílias comer bem
significa, simplesmente, empanturrar-se em um desses tipos de
restaurantes comendo até não aguentar mais (e a barriga doer).
Você já viu alguma churrascaria com tamanho repertório de comida
capaz de te deixar confusa na hora de escolher o que comer?

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Mas se você morasse na França, você iria perceber que, por lá, o
conceito de comer bem tem um outro significado.

Como conta Karen Le Billon, mãe de duas meninas e autora do


livro Crianças francesas comem de tudo (editora Alaúde), desde bem
pequenas, as crianças aprendem a comer até se sentirem satisfeitas
(e não cheias), o que significa ensiná-las a identificarem as
sensações de fome e saciedade.

Além disso, comer, para os franceses, vai muito além da necessidade


puramente nutricional: as refeições em grupo são essenciais, pois
representam uma forte necessidade cultural dos franceses de praticar
uma interação social pautada no prazer de degustar os mais variados
alimentos e seus sabores.

E é aí que chegamos ao "x" da questão, e o que provavelmente te


trouxe até este eBook: a disponibilidade que as crianças demonstram
(ou não) em experimentar os diferentes alimentos.

Nas próximas páginas, eu vou te guiar a um caminho interno de


descobertas que vai te ajudar a se conectar com seu filho por meio de
uma alimentação equilibrada, mais caseira e, sobretudo, mais
saborosa e cheia de amor.

Se você não gosta de cozinhar, se acredita que não tem tempo para
cozinhar ou que tudo o que você faz o seu filho não gosta, calma!
Vamos dar um passo de cada vez. Vem comigo!

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Índice
Primeira revelação - página 8 O que você
encontra
Segunda revelação - página 10
neste eBook
Você sabe a diferença? - página 12

4 dicas de ouro pra você conseguir cozinhar


melhor e mais feliz - página 13

Terceira revelação - página 16

Cozinhe junto com seu filho - página 20

6 dicas antes de chamar seu filho pra cozinha - página 21

Panqueca rosa no formato de flor - página 23

Panqueca rosa (3 ideias de combinações) - página 25

Cupcake de cenoura com açúcar mascavo - página 26

Então, como ficamos? - página 27

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Muito prazer!

Sou Mariana Branco, mãe da Manuela, coach de mães e mentora


em Conexão Mãe e Filho Por Meio da Alimentação, no curso online
do Criando AMORas.

Sou também fã de biscoitos, mas nunca fui de comer bolachas


recheadas. O que eu gosto mesmo é de pão feito em casa, pão de
padaria e bolos caseiros (sem nenhum creme mesmo, bem aqueles
bolos pra comer com um cafezinho, sabe?).

Gosto também de testar receitas que misturam farinha de trigo


refinada com farinha de trigo integral, além de substituir o açúcar
branco pelo mascavo.

Mas o que mais tem me dado alegria ultimamente é incentivar a


minha filha a experimentar e conhecer os alimentos. Com ela, tenho
feito novas descobertas de receitas e sabores.

E como a "comida de verdade", in natura, vem da terra, também


temos nos aventurado a fazer hortinhas e até a observar a natureza;
os pássaros, as flores e diversas árvores frutíferas.

Eu não acredito em coincidências. Pra


mim, se você baixou este eBook não foi
por acaso. Assim como não é por acaso
que eu passei a me especializar nesse
universo da maternidade: primeiro com o
blog Mamãe Prática (desde 2013) e, mais
recentemente, com o curso online do
Criando AMORas, onde ensino às mães
como colocar em prática uma educação Eu e a Manu na revista Crescer
(com nosso Pão de Queijo Fit)
alimentar lúdica e afetiva.
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MAS COMO EU CHEGUEI ATÉ AQUI?

Antes de a minha filha nascer, eu evitava ao máximo cozinhar,


cozinhava muito mal (mal mesmo!!) e vivia queimando a minha
comida. Eu não tinha prazer em cozinhar. Eu não gostava!

Mas quando a minha filha passou a comer a dieta alimentar da


família, ou seja, as nossas refeições, foi justamente quando eu me vi
obrigada a cozinhar para ela todos os dias.

Eu cozinhava apenas como uma obrigação até que um dia uma


pessoa de fora veio almoçar em casa. Quando ela terminou a
refeição, ela disse sem cerimônia: "Nossa, Mariana, a sua comida é
assim, sem sal, sem tempero, sem nada ...".

Eu vi, na expressão do rosto dela, que a minha comida estava ruim,


péssima mesmo!

Foi aí que, naquele dia, eu decidi mudar, pois não era essa comida
sem graça que eu queria oferecer para a minha filha todos os dias.

Eu venci barreiras, derrubei algumas crenças limitantes e aprendi a


cozinhar com muito mais prazer e amor.

Após a realização de oficinas infantis e workshops com comidas


criativas, criei o curso online do Criando AMORas, onde eu
ajudo mães a viverem refeições mais felizes e a criarem filhos
motivados a experimentar e comer melhor.

Saiba mais:
Curso: http://criandoamoras.com.br/meufilhonaocome
E-mail: contato@criandoamoras.com.br
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Primeira revelação
ACREDITE NA MUDANÇA

Agora que você começou a ler este eBook, vou te pedir uma coisa, do
fundo do meu coração: seja sincera com você mesma.

No decorrer deste livro, eu vou lançar algumas perguntas e tarefas e


gostaria que você fizesse algumas anotações em um caderninho ou
bloquinho, que você pode chamar de "Caderno da Reflexão". Não é
nada elaborado e complicado não, pode ficar tranquila.

Desde que eu comecei esse trabalho maravilhoso de ajudar outras


mães a se conectarem com seus filhos por meio da alimentação,
tenho percebido que a maioria das queixas recai sobre a criança: é
ela que "dá trabalho pra comer", é ela que "não aceita determinados
alimentos", é ela que "grita e faz birra quando coloco brócolis ou outro
legumes verdes em seu prato". É o que as mães me dizem.

Então, a partir de agora, gostaria que você confiasse em mim e


parasse de se concentrar no seu filho, ou seja, no problema que te
causa angústia, e começasse a se concentrar em VOCÊ. Como?

A partir de agora, gostaria que você mudasse a sua atitude, o seu


pensamento e sentimento diante das refeições, pois a nossa primeira
revelação é: ACREDITE NA MUDANÇA.

A mudança virá e ela está dentro de VOCÊ e não do seu filho. A partir
do momento que você acredita que é possível viver refeições mais
tranquilas e felizes com seu filho, é isso que você precisa visualizar.

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Então, vamos lá:

3 ATITUDES PRA VOCÊ COLOCAR EM PRÁTICA (anote aí!)

1. Assim que acordar, visualize como você gostaria que fossem as


refeições do dia. Imagine-se feliz e sorrindo com seu filho em uma
refeição na qual ele estará provando novos alimentos, comendo com
mais vontade, enfim, visualize aquilo que você mais deseja. Repita
isto todos os dias ao acordar. Isso vai levar apenas alguns
minutinhos.

2. Encontre a coragem que existe dentro de você. Muitas mães


deixam de tentar novamente, pois já esperam uma resposta negativa
de seu filho. E mesmo que seu filho grite ou chore só de colocar
determinado alimento no seu prato, não tenha medo de continuar
tentando. Não tenha medo de tentar novas estratégias. Pare de sofrer
por antecipação. Afinal, o que mais pode acontecer que você já não
tenha visto? Na pior das hipóteses, ele não vai comer (ainda!).

3. Quando seu filho manifestar tristeza ou agressividade por colocar


algum alimento no seu prato, fique calma. Apenas diga com firmeza e
carinho (mas sem brigar) frases do tipo: "ok, você pode não comer
agora, mas vamos deixar no seu prato porque aí você pode algum um
dia querer experimentar". Ou, para as crianças menores: "ok, mas
vamos deixar no seu prato porque vai enfeitá-lo e deixá-lo ainda mais
colorido e bonito".

PS: Se você encontrar uma frase bacana, que serviu pra você e seu
filho, mande um e-mail pra mim (vou adorar conhecer a sua
experiência!).

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Segunda revelação
NÃO SOFRA PARA SER PERFEITA NA COZINHA

Muitas mães que se dizem insatisfeitas com a alimentação de seus


filhos alegam que não sabem cozinhar ou não têm tempo para
cozinhar e fazer novas receitas para a família, fatores que, para elas,
são grandes barreiras que as impedem de viver refeições mais felizes
com seus filhos.

Eu também pensava assim. Como eu já contei no início deste eBook,


eu sempre acreditei que não sabia cozinhar e fazia de tudo para não
precisar cozinhar, principalmente o jantar.

Mas quando eu percebi que tinha a tarefa de cozinhar todos os dias


para a minha filha, que estava em pleno processo de conhecer os
alimentos, eu decidi mudar e aprendi a cozinhar refeições muito mais
saborosas. E o mais bacana: aprendi a fazer isso não por obrigação,
mas por prazer.

Sem fazer cursos de culinária ou qualquer outro investimento, eu


descobri sozinha que, sim, eu poderia saber cozinhar uma comida "de
verdade", caseira, com os alimentos da terra, in natura, e usando o
mínimo possível de produtos minimamente processados.

Mas eu não sou radical e, por isso, concordo com a nutricionista


francesa/brasileira Sophie Deram, Doutora da Universidade de São
Paulo (USP), que diz: "Não tenha medo de abrir um pacote para usar
na sua cozinha"

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Por isso, não se culpe se precisar usar um molho de tomate pronto.
Por outro lado, descubra o prazer de fazer você mesma o seu molho
de tomate de vez em quando, entende?

Assim, chegamos a nossa segunda revelação: NÃO SOFRA PARA


SER PERFEITA NA COZINHA 100% DO TEMPO.

Nós, mulheres, já carregamos um peso enorme para dar conta de


tudo. Calma, respira!

Você não precisa ser chef de cozinha ou uma super cozinheira pra
fazer refeições mais saborosas pro seu filho. Basta dar um passinho
pequeno de cada vez.

"A PARTICIPAÇÃO DE TODA A FAMÍLIA NAS ATIVIDADES DE


PLANEJAR AS REFEIÇÕES, ADQUIRIR, PREPARAR E SERVIR OS
ALIMENTOS E CUIDAR DA LIMPEZA DOS UTENSÍLIOS
UTILIZADOS PROPICIA MOMENTOS ADICIONAIS DE CONVÍVIO
ENTRE ENTES QUERIDOS.

O ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA


COMPRA DE ALIMENTOS E NO PREPARO DE REFEIÇÕES
PERMITE QUE ELES CONHEÇAM NOVOS ALIMENTOS E NOVAS
FORMAS DE PREPARÁ-LOS E QUE SAIBAM MAIS SOBRE DE
ONDE ELES VÊM E COMO SÃO PRODUZIDOS"
Fonte: Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014

PS: Se você ainda não se convenceu de que cozinhar com amor é mais
simples do que você imagina, deixo, nas páginas seguintes, 4 dicas de ouro
que podem mudar a sua vida. Mas, antes, entenda as diferenças entre os
alimentos in natura, minimamente processados e ultraprocessados.

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VOCÊ SABE A DIFERENÇA?

ALIMENTOS IN NATURA são obtidos diretamente de plantas ou de


animais e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza.

ALIMENTOS MINIMAMENTE PROCESSADOS correspondem a


alimentos in natura que foram submetidos a processos de limpeza,
remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, fracionamento,
moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração,
congelamento e processos similares que não envolvam agregação
de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento
original.

ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS são formulações industriais


feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de
alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de
constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido
modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias
orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes,
realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os
produtos de propriedades sensoriais atraentes). Técnicas de
manufatura incluem extrusão, moldagem, e pré-processamento por
fritura ou cozimento.

Fonte: Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde,


Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2.
ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014

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4 DICAS DE OURO PRA VOCÊ CONSEGUIR COZINHAR MELHOR
E MAIS FELIZ (ANOTE AÍ!)

DICA 1: POR ONDE COMEÇAR?


Você pode simplesmente conversar com as pessoas sobre comida.
Com o verdureiro, o feirante, uma amiga ou aquela pessoa da
família que você sabe que cozinha muito bem. Converse, pergunte
o que a pessoa usa durante o preparo dos alimentos, como ela faz
determinada receita. Uma ideia, que eu adorei, é conversar com as
minhas amigas pelo whatsapp sobre o que estão fazendo no
almoço ou no jantar. A gente até tira fotos dos pratos, contamos o
que erramos, quando não deu certo (e quando foi uma catástrofe!).
Lembrando mais uma vez: você não precisa ser perfeita na
cozinha.

DICA 2: DE PASSINHO EM PASSINHO


Escolha 1 dia da semana para experimentar algo novo na cozinha.
Pode ser simplesmente usar um novo tempero (eu descobri só
recentemente a usar as folhas de coentro, e amei!), assar as
rodelas de batata-doce ao invés de cozinhá-las ou, se você não
costuma usar temperos frescos, comece comprando um macinho
de salsinha, por exemplo. Outra dica é experimentar cozinhar os
legumes do vapor. Faça 1 vez por semana uma pequena mudança
na cozinha e veja ao final de 1 mês a sua evolução.

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4 DICAS DE OURO PRA VOCÊ CONSEGUIR COZINHAR MELHOR
E MAIS FELIZ (ANOTE AÍ!)

DICA 3: OTIMIZE SEU TEMPO


Quando você priorizar a cozinha caseira, com sabor e amor na sua
vida, você vai descobrir que vai ser mais fácil "arranjar tempo" pra
comprar os alimentos e cozinhar. Uma dica fundamental para
quem tem criança pequena é envolvê-la em todos os processos -
da compra dos alimentos à preparação dos pratos, até porque
você vai precisar "otimizar seu tempo", então nada de esperar o
dia e a hora ideal de estar sozinha para comprar legumes e
verduras. O bacana é, justamente, levar as crianças junto com
você. Acha difícil fazer isso? Continue me acompanhando por
e-mail e nas redes sociais que vou te contar como eu faço isso.

DICA 4: FAÇA DESSA MUDANÇA UMA PRIORIDADE


Talvez você já tenha tido algum grande objetivo na sua vida. Você
se lembra qual foi? Conquistar um emprego? Emagrecer?
Engravidar? E o que você fez pra conquistar essas coisas? Você
se esforçou. E qual foi a primeira coisa que você fez para se
esforçar? Você priorizou! Então, se você me perguntasse
novamente, como é possível conseguir tempo para cozinhar, mais
tempo pra comprar alimentos in natura e fazer novas receitas, eu
apenas te diria: priorize cozinhar com amor, porque quando você
coloca na sua cabeça que algo tem que ser prioridade, aí o que
era difícil (ou até impossível) parece mais fácil, como acordar às
6 horas da manhã pra fazer exercício.
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Uma vez, ouvi pessoalmente da psicóloga Lidia Weber, professora da
Universidade Federal do Paraná (UFPR):

"Família é onde aprendemos a amar!" (Lidia Weber)

Mas pra mim, também acredito que:

"FAMÍLIA É ONDE APRENDEMOS


A AMAR OS ALIMENTOS"
(MARIANA BRANCO)

Pense nisso, acredite em você, comece a cozinhar com mais amor e


sabor, envolva seu filho na preparação dos pratos e vá em frente!

PS: O que você está achado deste eBook até aqui? Mande um
e-mail pra mim contando o que achou! Escreva para
contato@criandoamoras.com.br

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Terceira revelação
NÃO DESPEJE SUAS FRUSTRAÇÕES EM CIMA DO SEU FILHO

Em uma pesquisa recente, perguntei a diversas mães: "Quais são


as 3 maiores barreiras que estão te impedindo de viver refeições
mais felizes com seus filhos?".

O que VOCÊ responderia? Pare 1 minuto antes de continuar essa


leitura e pense. (Anote aí!)

Embora todas as mães com quem conversei tenham citado


questões práticas, como o filho não querer experimentar alimentos,
o filho preferir brincar e não comer na hora da refeição ou, ainda,
elas mesmas não saberem cozinhar ou não terem tempo para
cozinhar e comprar alimentos in natura, é na verdade a frustração o
que realmente gera um sentimento negativo.

Como mães, a gente cria muita expectativa desde que ficamos


grávidas ou iniciamos um processo de adoção, pois queremos que
tudo seja perfeito.

Por isso, quando nossos filhos não correspondem ao que


imaginávamos, fazemos disso um campo de batalha, ficamos muito
ansiosas e muitas vezes perdemos a paciência.

Sabe aquela palavra que sai com raiva? "Como Irrita!". Você já disse
ou pensou isso? Sem contar que você também pode estar (ou ficar)
frustrada por uma infinidade de outros motivos (carreira-casamento-
dinheiro), mas, por favor, não desconte isso no seu filho, e muito
menos na sua comida.
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"PERCEBA A SUA FRUSTRAÇÃO, ACALME O SEU
CORAÇÃO E NUNCA COZINHE COM
SENTIMENTOS DE RAIVA E TRISTEZA"
(MARIANA BRANCO)

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Então, da próxima vez que você perceber que está muito triste,
ansiosa e irritada, questione-se: será que seu filho merece mais
carinho ao invés de mais desaprovação na hora da refeição?

Procure não descontar as suas frustrações nele e não passar essa


ansiedade e esse peso pra ele.

Se um dia você estiver muito agitada e nervosa diante de outros


problemas que te incomodam no momento, opte por não cozinhar.

É melhor sair pra comer em um restaurante por quilo, por exemplo,


do que fazer uma refeição apressada demais, com sentimentos de
raiva e apressando seu filho pra comer logo.

RESPIRE, RESPIRE, RESPIRE

Se você sentir alguma frustração, respire! Antes de começar a


cozinhar e antes de se sentar à mesa pra comer com seu filho,
respire fundo. Faça isso, literalmente!

Procure focar em algo bom e não no que te deixa triste. Diminua as


suas expectativas, tire esse peso de você e do seu filho.

Para as coisas melhorarem, você precisa mudar a sua energia, agir


de forma mais positiva, porque assim o momento de cozinhar e
fazer a refeição irá melhorar e fluir mais naturalmente.

Também é interessante desligar a TV quando for cozinhar: cozinhe


em silêncio ou coloque músicas pra vocês ouvirem (seja um
repertório infantil ou não).

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Fique mais presente ao que você está fazendo, ao que
você está cozinhando.

Escute e sinta o cheiro da cebola e do alho refogando, escute a


água fervendo, sinta os aromas que vem do seu fogão e forno.

Por experiência própria, não é confrontando seu filho que você vai
conseguir fazer com que ele coma do jeito que você gostaria.

Para que seu filho esteja mais aberto aos alimentos, é preciso que
você também esteja aberta a ele, aos sentimentos dele, e respeite
quando ele não quer comer determinado alimento.

Não esqueça de dar o exemplo e, simplesmente, coma todos os


dias os alimentos saudáveis que você gostaria que toda a família
também comesse.

Acalme seu coração, respeite seu filho e siga em frente!

O próximo passo é: cozinhe junto com seu filho. E pra te ajudar,


separei receitas rápidas e muito simples pra fazer com as crianças
no dia a dia. Mãos à obra!

"A MELHOR MANEIRA - E ISSO NÃO É GARANTIA DE


SUCESSO - DE UMA CRIANÇA ACEITAR COMIDAS NOVAS É
COLOCAR ESSE ALIMENTO REPETIDAMENTE NA MESA,
SEM FAZER COMENTÁRIO ALGUM, SEM INSISTIR,
PRESSIONAR OU OFERECER PRÊMIOS, CASO ELA
EXPERIMENTE"
Pediatra espanhol Carlos González,
em entrevista ao UOL (15/11/16)

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Cozinhe junto com seu filho
Um estudo publicado em 2012 pela Public Health Nutrition, do
Canadá, reforça a importância de envolver as crianças no preparo
dos alimentos.

A pesquisa foi realizada pela Universidade de Alberta, no Canadá, e


contou com a participação de estudantes de 151 escolas de Alberta.
O estudo revelou que:

"EM GERAL, AS CRIANÇAS PREFERIAM FRUTAS DO


QUE VEGETAIS, MAS AQUELAS QUE AJUDAVAM NO
PREPARO DOS ALIMENTOS MOSTRARAM UMA
GRANDE PREFERÊNCIA POR ESSES DOIS GRUPOS
DE ALIMENTOS. E A PREFERÊNCIA POR VEGETAIS
TAMBÉM FOI 10% MAIOR ENTRE AS CRIANÇAS
QUE AJUDAVAM A COZINHAR"

Para te dar um empurrãozinho a mais a incentivá-la a cozinhar com


seu filho, selecionei neste eBook receitas interessantes pra você
fazer com as crianças. São receitas super simples, não tem nada
demais (mesmo!), mas vão te ajudar a levar seu filho pra cozinha.

Esses pratos vão, acima de tudo, te ajudar a se conectar com seu


filho por meio de uma alimentação mais equilibrada, colorida e
saborosa.

Mas, antes, quero te dar de presente mais 6 dicas práticas:

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6 DICAS ANTES DE CHAMAR SEU FILHO PRA COZINHA:

1. Não crie expectativas e não fique triste se ele não quiser


participar. Se ele não quiser, chame novamente outro dia.

2. Se a TV estiver ligada ou tiver outra distração que seu filho adora,


as chances dele não querer ir pra cozinha são maiores. Então, fique
atenta em qual momento fazer esse convite (aqui em casa eu gosto
de desligar a TV e ligar uma música).

3. Comece essa experiência com algum alimento que ele já aceita e,


depois que ele "pegar gosto" pela brincadeira, convide pra fazer uma
receita que tem algum ingrediente que ele não costuma comer.

4. Seu filho não precisa participar de todo o processo da receita, até


porque se a criança for pequena, é você quem vai cortar e
descascar os alimentos. Mas isso não representa um problema.

5. Torne a brincadeira ainda mais interessante com apetrechos fofos


de cozinha, como colher de pau ou recipientes coloridos e com
desenhos de bichinhos. Uma opção também é tornar o momento
mais especial e vestir seu filho com um avental ou até um chapéu ou
bandana de cozinheiro.

6. Ligue o botão "mamãe desencanada". Não é hora de criticar seu


filho o tempo todo (pra não derrubar o ovo, não molhar a cozinha se
ele for lavar algo na pia, não se sujar ou sujar tudo o que ver pela
frente com farinha, por exemplo. Principalmente se você tiver
criança pequena, deixe a magia acontecer, é assim que os
pequenos vão conhecendo os cheiros, sabores, formatos e texturas
dos alimentos. É hora de desencanar mesmo!

21
Receitas pra fazer
com as crianças

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Receitas pra fazer com as crianças

PANQUECA ROSA NO FORMATO DE FLOR

Ingredientes da massa:
- 1 ovo
- Farinha de trigo (de 2 a 3 xícaras)
- Leite (coloco no "olhômetro" até a massa
ficar mais líquida)
- 1 pitada de sal
- 2 a 4 fatias de beterraba cozida
- 1 cortador pequeno no formato de coração

Dica: Ao acrescentar a farinha e o leite observe para a massa não


ficar muito grossa (quanto mais líquida, mais fina será a panqueca).

Mode de preparo:
1. Em uma tigela grande, vá colocando os ingredientes aos poucos.
Chame a criança para fazer todo o processo: deixa-a colocar a
farinha, o leite e o ovo (ensine a criança a quebrar o ovo em um
recipiente separado).
2. Peça para seu filho ir mexendo aos poucos os ingredientes com
uma colher de pau.
3. Depois que a massa estiver na consistência desejada, peça para
a criança acrescentar uma pitada de sal e também uma "pitadinha
de amor" (as crianças pequenas adoram essa parte).
4. Bata um pouco a massa no liquidificador. Se precisar ajustar a
consistência da massa, acrescente mais leite ou farinha de trigo.
5. Agora diga que a mágica irá acontecer: a panqueca irá ficar rosa!
É só acrescentar as fatias de beterraba.
6. Com a massa pronta, é só fritar as panquecas na frigideira.

23
Receitas pra fazer com as crianças

Continuação...

PANQUECA ROSA NO FORMATO DE FLOR

A montagem:

1. Com o cortador, faça vários corações para que juntos formem


uma flor.

2. Use uma rodela de algum legumes ou verdura para fazer o miolo


da flor (como rodela de cenoura, batata doce ou inglesa já cozida
ou, se preferir, uma rodela de um pepino)

3. Para fazer o cabinho da flor, use uma cebolinha, vagem ou


rúcula.

4. Para fazer as folhinhas do cabinho, você pode usar folhas de


hortelã ou outra hortaliça (como salsinha ou coentro frescos).

5. Para fazer a graminha, você pode usar couve-manteiga (cortada


em tirinhas finas) e/ou espinafre picado já refogados.

Dica: para refogar a couve-manteiga e o espinafre,


gosto de variar com os seguintes ingredientes:
cebola, alho e linguiça defumada frita ou bacon.
Vai da sua criatividade.

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PANQUECA ROSA NO FORMATO DE FLOR
(COMBINAÇÕES)

Panqueca de beterraba,
cenoura assada,
cebolinha, folhas de
hortelã e espinafre
refogado

Panqueca de
beterraba, batata-
doce assada, vagem,
folhas de salsinha e couve-
manteiga refogada

Panqueca de beterraba,
pepino, cenoura assada,
rúcula e alface roxa crespa

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Receitas pra fazer com as crianças

CUPCAKES DE CENOURA
(COM AÇÚCAR MASCAVO E FARINHA INTEGRAL)

Ingredientes:
- 1 xícara de farinha de trigo integral
- 1 xícara de farinha de trigo
- 2 xícaras de açúcar mascavo
- 1 colher sobremesa de fermento em pó
- 3 cenouras médias raladas
- 3 ovos
- 2 xícaras de óleo de canola

Modo de preparo:
Todos esses passos são muito simples e podem ser feitos por
você e seu filho juntos!
1. Em uma tigela grande, peneire as farinhas e o açúcar
mascavo e, em seguida, acrescente o fermento em pó.
2. Bata em um liquidificador os ovos, o óleo e a cenoura já
ralada.
3. Com ajuda de um fouet ou colher de pau, acrescente a parte
líquida à seca e vá misturando aos poucos até formar uma
massa homogênea.
4. Coloque a massa em forminhas de cupcake já untadas (untei
de forma tradicional, como na forma de bolo).
5. Asse por cerca de 30-40 minutos a 200ºC (no meu forno
elétrico assou rapidinho, em cerca de 20 a 25 minutos).

Dica: pré-aqueça o forno a 200ºC por 10 minutos.

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Então, como ficamos?
Não vou te dizer que sempre é fácil incentivar seu filho a comer de
tudo. Esse processo não acontece da noite para o dia e não existe
uma receitinha pronta ou um botão que a gente possa ligar e aí,
como num passe de mágica, o nosso filho passa a querer comer
novos alimentos.

Não! Afinal, somos todos seres humanos, com todas as nossas


complexidades, dificuldades, angústias e sentimentos.

Até se chegar a esse momento em que uma criança mostra-se


disposta ou não a experimentar novos alimentos são inúmeras as
influências desde o nascimento: a forma como foram conduzidas a
introdução alimentar e a amamentação, se a criança apresentou
problemas de saúde (estomatite e quadros crônicos de vômito, por
exemplo), além de questões como mudança de rotina, morte
familiar e tantos outros fatores.

Por isso, o caminho, pra mim, não é fazer seu filho comer de tudo,
mas sim estimulá-lo a gostar de preparar alimentos com você,
entre muitas outras estratégias, para que esteja mais aberto às
texturas, cores, formatos e sabores dos alimentos.

Eu acredito que a conexão mãe e filho é capaz de promover essa


mudança e por isso preparei este eBook com as "3 revelações para
seu filho comer melhor que estão dentro de você".

27
Comece agora a praticar uma culinária caseira, simples e repleta de
amor, carinho e até de experiências mais divertidas na cozinha com
seu filho.

Saia do automático e veja as refeições do dia como uma


oportunidade maravilhosa de você se conectar com seu filho.

Mas também não crie expectativas muito altas, acalme seu coração
e absorva tudo de bom que uma biografia alimentar amorosa pode
fazer por vocês. Bom apetite!

"ACREDITE NA MUDANÇA, NÃO SOFRA PARA


SER PERFEITA NA COZINHA E NÃO DESPEJE
SUAS FRUSTRAÇÕES NO SEU FILHO"
(MARIANA BRANCO)

28
Gratidão
Por você ter me acompanhado até aqui! Espero, de coração, que
este eBook transforme a sua vida.

Este livro digital foi preparado exclusivamente para quem assinou a


minha lista e solicitou este presente lá no meu site
www.criandoamoras.com.br

Se você recebeu de alguém, em PDF, por e-mail, clique no link


acima e deixe seu e-mail lá para continuar aprendendo sobre a
conexão mãe e filho por meio da alimentação.

Só assim você vai receber os conteúdos enviados exclusivamente


para quem faz parte da minha lista (e que não são disponibilizados
em nenhum outro meio, nem nas minhas redes sociais).

29
Escreva pra mim!

Quero muito receber o seu depoimento sobre o que você


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Com amor,

Mariana Branco
Coach de mães, mãe da Manuela e mentora em Conexão
Mãe e Filho Por Meio da Alimentação, no curso online do
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