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SUMÁRIO
Introdução..............................................03
1. O que é introdução alimentar....................06
2. Aleitamento materno................................11
3. Erros na introdução alimentar....................15
4. Quando começar?...................................18
Como começar?....................................18
Quanto o bebê deve comer?...................21
5. Higienização de frutas e verduras..............31
6. Métodos de introdução alimentar...............39
Método tradicional................................39
Método BLW.........................................40
Método alimentação participativa............44
Conclusão................................................52
SOBRE A AUTORA...................................54

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INTRODUÇÃO
S er mãe é querer dar o melhor para os nossos filhos,
querer estar sempre presente e fazer tudo o que é
preciso fazer com muito amor e carinho. É, muitas ve-
zes, esquecer de nós mesmas para ter certeza de que
o nosso bebê está bem e feliz.

Eu me lembro de quando ainda não tinha minha fi-


lha, da vida que eu tinha. Era independente, tinha a
liberdade para fazer o que queria e quando queria.
Lembro de sonhar em ter um bebezinho para cuidar
e amar e desde sempre procurei me informar através
de fontes confiáveis para que eu pudesse ser a melhor
mãe que eu pudesse ser.

As leituras sempre me trouxeram informações úteis,


mas é somente sendo mãe que podemos entender o
que é maternidade de verdade. Foi quando a Laví-
nia nasceu que eu percebi que a minha vida não era
mais só para mim. Eu passei a me doar sem esperar
nada em troca, a acordar de madrugada sem pensar
no meu sono – mesmo que parecendo um zumbi em
alguns momentos – a comer correndo, tomar banho de
porta aberta para ouvir caso meu bebê chorasse.

Apesar de muitas vezes ser difícil, eu estava ali.

E, como toda mãe dedicada, eu tenho certeza de que


você também fez ou faz as mesmas coisas. Tenho cer-
teza de que você já chorou muitas vezes sozinha, es-

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perando ser compreendida, apoiada, querendo com-
panhia. Em outros momentos, um aperto bateu, porque
no início tudo é tão novo que a cada dia é um novo
desafio. “O que mais vem pela frente? Será que vou
dar conta? Como eu posso me preparar para o que
está por vir? ”.

Você não está sozinha.

Eu não sei de tudo o que está acontecendo na sua vida


neste momento, mas de uma coisa eu tenho certeza:

VOCÊ É UMA MÃE MARAVILHOSA!

Você estar fazendo este curso, lendo este pequeno li-


vro escrito de mamãe para mamãe, é uma prova de
que você se importa tanto que aproveita os pequenos
momentos de folga para se desenvolver e se educar –
para se tornar uma mãe mais preparada, mais expe-
riente.

Tenho orgulho de saber que você está aqui. E uma


imensa gratidão.

Neste livro você irá encontrar o conteúdo do curso


Bebê Bem Nutrido, em forma de textos e tópicos, para
consultas em momentos de dúvida. Você pode assistir
às aulas quantas vezes quiser e este livro é um presen-
te para você, a fim de solidificar seu conhecimento.

Se surgirem dúvidas, meus canais de comunicação es-

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tão sempre abertos para você.

Tenha uma ótima leitura!

Jenifer.

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1. O QUE É INTRODUÇÃO ALIMENTAR?

É a famosa fase em que o nosso bebê deixa de se


alimentar apenas do leite da mamãe, ou da ma-
madeira com a fórmula, e passa a comer alguns
alimentos. Esse processo de alimentar-se com no-
vos alimentos é chamado de Alimentação Com-
plementar. Isto é, a partir desse momento vamos
complementar o leite materno ou a fórmula in-
fantil com outros alimentos e não os substituir.

E como será que é para o bebê, em termos de


paladar e textura, comer um alimento novo?

Pense em alguma vez em que você experimen-


tou um alimento diferente. Talvez a primeira vez
em que você experimentou sashimi (peixe cru fa-
tiado). Foi diferente, o cérebro ainda não tinha
referências de que sabor esperar, a língua não
reconheceu a textura. É possível que você nem
tenha gostado muito naquele momento, mas, aos
poucos, foi se acostumando e no final passou a
gostar.

Mas você provavelmente já era adulta e com-


preendia muito bem as coisas.

Para os pequenos, que estão há tão pouco tempo


entre nós, e cuja vida é uma constante descober-

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ta, a experiência é ainda mais profunda. Além
de novo, os alimentos são percebidos com muita
sensibilidade pois a fase de introdução alimentar
é feita na fase oral deles. Esta fase é aquela em
que tudo o que eles vêm eles levam à boca, pois
é assim que aprendem a reconhecer padrões mo-
tores antes de desenvolver todas as habilidades
com as mãos.

É por isso que eles podem estranhar tanto.

E, como são pequenos e ainda completando a


formação do intestino e de todo o sistema diges-
tório, os bebês comem muito pouquinho. Lembre-
-se de que eles estão acostumados a alimentar-se
com o alimento líquido. Então, quando oferece-
mos novos alimentos, as caretas vão vir mesmo! É
normal. Nas primeiras vezes em que oferecemos
um alimento é comum que os bebês até rejeitem.
Mas, fique tranquila, é normal e ele vai se acos-
tumar – você só precisa continuar tentando.

A maior fonte de energia e de nutrientes


ainda será do leite materno ou fórmula
infantil até o 1 ano de vida do bebê.
Aos 6 meses de idade, o esperado é que o bebê con-
suma de 2 a 3 colheres de sopa do alimento. Essa
quantidade pode ou não ser alcançada já nas primei-
ras tentativas, dependendo do estado do bebê.

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De acordo com alguns estudos, os ali-
mentos ofertados nos primeiros meses
de vida podem influenciar as preferên-
cias alimentares da infância e fase adul-
ta.
Mas antes de falarmos sobre como começar a introdu-
ção alimentar, vamos aprender a avaliar a evolução
do crescimento e aspectos importantes para a manu-
tenção desse desenvolvimento.

O GANHO DE PESO E DE ESTATURA DO BEBÊ

Cada criança nasce com um potencial genético de


crescimento que poderá ou não ser atingido, pois de-
pende de fatores ambientais e fisiológicos durante o
seu crescimento e desenvolvimento.

Ao nascer, os bebês perdem em torno de 10% do peso.


Isso porque há excreção de urina, mecônio e porque
eles entram em um estado de jejum – pois não recebem
mais a glicose e outros nutrientes que recebiam através
do cordão umbilical. É esperado que esse peso seja re-
cuperado entre 10 e 14 dias após o nascimento, que
coincide com a primeira consulta com o pediatra.

No primeiro mês de vida, o ganho de peso esperado


é de 30 gramas ao dia. Mas, caso o bebê não este-
ja ganhando peso conforme o esperado, é importante
comunicar o pediatra nesta fase e avaliar o número e
duração das mamadas.

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O PESO DO BEBÊ

O ganho médio de peso esperado para cada fase está


na tabela abaixo. Lembre-se que é uma média de gan-
ho de peso e que isso também depende de fatores
genéticos e do apetite do bebê – tanto nas mamadas
quanto nas papinhas.

A ESTATURA DO BEBÊ

A genética é ainda mais relevante quando o assunto


é estatura. Abaixo está uma tabela de média de esta-
tura em cada fase da infância, mas esses valores não
são fixos, já que podem variar de bebê para bebê.

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Uma forma de tentar prever a altura que seu bebê po-
derá ter quando for adulto é calculando da seguinte
forma:

A CIRCUNFERÊNCIA DA CABEÇA DO BEBÊ

Você irá observar que todos os meses o pediatra irá


avaliar também o crescimento do perímetro cefálico
do bebê. O crescimento esperado é de acordo com a
tabela abaixo:

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2. ALEITAMENTO MATERNO

Existem diferentes maneiras pelas quais os bebês po-


dem receber aleitamento, veja em qual dessas opções
você se encaixa:

• Aleitamento materno exclusivo: quando a


criança recebe somente leite materno, direto da
mama ou ordenhado, ou leite humano de outra
fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exce-
ção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais
de reidratação oral, suplementos minerais ou me-
dicamentos.

• Aleitamento materno predominante: quan-


do a criança recebe, além do leite materno, água
ou bebidas à base de água (chás, infusões) e sucos de

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frutas.

• Aleitamento materno: quando a criança rece-


be leite materno (direto da mama ou ordenhado),
independentemente de receber ou não outros ali-
mentos.

• Aleitamento materno complementado:


quando a criança recebe, além do leite materno,
qualquer alimento sólido ou semissólido com a fi-
nalidade de complementá-lo, e não de substituí-
-lo.

• Aleitamento materno misto ou parcial:


quando a criança recebe leite materno e outros
tipos de leite.

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BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO

Benefícios para o Bebê:


1. Evita Mortes Infantis: cerca de 1,47 milhões de
vidas por ano poderiam ser salvas se a recomen-
dação de aleitamento materno exclusivo por seis
meses e complementado por dois anos fosse cum-
prida1.
2. Evita diarreia: crianças não amamentadas têm um
risco 3x maior de desidratação e morte por diar-
reia.
3. Evita infecção respiratória: a proteção é maior
quando a amamentação é exclusiva nos primeiros
seis meses.
4. Gravidade da doença é menor: bronquiolite 7x
maior em crianças amamentadas por menos de
um mês.
5. Diminui o risco de alergias2.
6. Diminui o risco de alergia à proteína do leite de
vaca, de dermatite atópica e de asma.
7. Ofertar o leite de vaca nos primeiros dias de vida
parece aumentar o risco de alergia ao leite de
vaca.
8. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e
diabetes

Benefícios de longo prazo


a. Pressão Arterial e níveis de Colesterol Total mais
baixos;

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b. Risco 37% menor de apresentar Diabetes Tipo 23.
c. A oferta precoce do leite de vaca é pode aumen-
tar o risco do Diabetes Tipo I em 50%4.
d. Reduz a chance de Obesidade.
e. 22% menos chances de vir a apresentar sobrepe-
so/obesidade.
f. Efeito positivo na inteligência.
g. Contribui para um melhor desenvolvimento cogni-
tivo5 (HORTA, 2007).
h. Vantagem observada em diferentes idades, inclu-
sive em adultos6
i. Possíveis substâncias no leite materno que podem
otimizar o desenvolvimento cerebral
Fontes: 1. VAN ODIJK, 2003. 2. HORTA, 2007. 3. GERSTEIN, 1994. 4. DEWEY, 2003.
5. ANDERSON; JOHNSTONE; REMLEY, 1999. 6. MORTENSEN, 2002.

Benefícios para a Mamãe:


1. Proteção contra câncer de mama: o risco de con-
trair a doença diminui em 4,3% a cada 12 meses
de duração de amamentação1. Essa proteção in-
depende de idade, etnia, paridade e presença ou
não de menopausa.
2. Evita nova gravidez: primeiros seis meses após o
parto: 98% de eficácia Mães que estão amamen-
tação exclusiva ou predominantemente e ainda
não tenham menstruado2.
3. Outras possíveis vantagens para as mulheres: pro-
teção também contra o câncer de ovário, câncer
de útero; hipercolesterolemia, hipertensão e doen-
ça coronariana; obesidade; doença metabólica;

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osteoporose e fratura de quadril; artrite reumatoi-
de; depressão pós-parto; e diminuição do risco de
recaída de esclerose múltipla pós-parto3.
Fontes: 1. ALBERNAZ; MENEZES; CESAR, 2003, VICTORIA, 1992. 2. GRAY, 1990. 3.
IP et al., 2009; ROSENBLATT; THOMAS, 1995; SCHWARTZ, 2009; KULIE, 2011; GUN-
DERSON et al., 2010; DURSEN et al., 2006; PIKWER et al., 2009; HENDERSON et al.,
2004; LANGER-GOULD et al., 2009.

Outros Benefícios:
• Menores custos financeiros
• Custo da Fórmula Infantil
• Mamadeiras, bicos, além de eventuais gastos de-
correntes de doenças, que são mais comuns em
crianças não amamentadas.
• Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho
• Uma amamentação prazerosa e a troca de olha-
res entre a mãe e o bebê fortalecem os laços afe-
tivos entre eles.
• Melhor qualidade de vida
• Crianças amamentadas adoecem menos, preci-
sam de menos atendimento médico assim como
hospitalizações e medicamentos.
• Os pais faltam menos ao trabalho, têm menos gas-
tos além de evitar situações estressantes.

3. ERROS NA INTRODUÇÃO ALIMENTAR

Muitos erros comuns na introdução alimentar não são


percebidos como erros, mas como algo comum e que
muitas mães fazem – apenas por falta de informação.
Os principais são:

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1. Bater a comida no liquidificador ou passar na pe-
neira: processar os alimentos, seja no liquidifica-
dor ou em processadores, pode fazer com que
alguns alimentos percam seus nutrientes e suas fi-
bras. O ideal é que os alimentos devem ser bem
cozidos e amassadas com o garfo, pois assim,
além de conservar seus nutrientes, podemos come-
çar a estimular o bebê a mastigar.

2. Adicionar sal: não há necessidade alguma em colocar


sal na comida do bebê. Nessa faixa etária a capacidade
renal do lactante ainda é limitada, e a adição do
sódio presente no sal de cozinha pode para ele.
Caso você esteja pensando no iodo (presente no
sal) não se preocupe. A alimentação da mamãe
estará garantindo este iodo para o bebê através
do leite materno. Além disso encontramos iodo em
alguns alimentos que já podem ser ofertados para
o bebê a partir dos 6 meses: Carnes, Hortaliças,
Ovos e peixes. A partir do 1 ano da criança ela
pode consumir a alimentação da família, tempe-
rada com sal.

3. Oferecer suco de fruta todos os dias: a nova re-


comendação da Academia Americana de Pedia-
tria é ofertar suco de fruta natural a partir dos 12
meses da criança. Nessa fase, a partir dos 6
meses, hábitos alimentares estarão sen-
do criados. Se ofertarmos diariamente suco a
criança ficará habituada a consumi-los diariamen-
te. Como os bebês possuem capacidade gástri-
ca pequena, o melhor é oferecer a própria fruta,
que contém mais fibras, vitaminas e minerais do

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que o suco da fruta. E mais uma vez, como esta-
mos criando hábitos, nada melhor do que criar o
habito na criança de consumir a fruta do que o
suco. Porque basta observar para identificar mui-
tas crianças que consomem muito mais o suco do
que a fruta em si.

4. Iniciar antes dos 6 meses de idade: introdução


alimentar no momento certo não é frescura, é PRE-
VENÇÃO. Antes dos 6 meses, o bebê ainda não
atingiu o desenvolvimento necessário para rece-
ber alimentos sólidos.

5. Misturar os alimentos sempre e oferecer como


uma papinha só: ofereça tudo separadinho para
o bebê identificar os diferentes sabores e diferen-
tes texturas de cada alimento. Eventualmente, você
pode misturar tudo.

6. Forçar o bebê a comer: é preciso muita calma


e paciência. Mesmo que já esteja demonstrando
interesse pela comida, por volta dos 6 meses o
bebê ainda não sabe o que é e nem que gosto
tem. Não se preocupe se a criança comer pouqui-
nho no início e colocar mais a comida para fora
da boca do que para dentro.

Observe os sinais: Assim que o bebe se habituar a


esse novo universo ele vai dizer, através da linguagem
corporal, quando estiver satisfeito. Virando o rosto, jo-
gando o alimento longe (no caso do BLW – falaremos
mais adiante) ou jogando a cabeça para trás, você irá

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observar que ele está satisfeito. Respeite sempre a von-
tade da criança. Porque são os adultos que escolhem o
que ela vai comer, mas é ela que vai definir o quanto
vai comer.

4. QUANDO COMEÇAR?

Até os 4 meses de idade, o bebê ainda não atingiu


o desenvolvimento necessário para receber os alimentos
sólidos. Ele ainda não senta sem apoio, o que ofere-
ce um risco maior de engasgo. Além disso, o bebê
ainda não desenvolveu o controle neuromuscular da
cabeça e do pescoço que servem, entre outras coisas,
para sinalizar desinteresse ou saciedade. Nesta fase,
o leite materno é capaz de suprir todas as necessida-
des nutricionais do bebê e não há a necessidade de
complementar com alimentos. A fórmula é uma alterna-
tiva para os casos em que as mamães tenham alguma
dificuldade em amamentar, ou por conta da rotina de
trabalho, ou até porque o bebê preferiu a mamadeira.

Os bebês que recebem leite materno exclusivo desen-


volvem a capacidade de autocontrole da ingestão
desde cedo e sabem distinguir as sensações de fome,
durante o jejum e de saciedade, após a alimentação.
Isso também vale para os bebês que recebem comple-
mentação de fórmulas, especialmente se intercaladas
com o leite materno.

Já aos 6 meses, o reflexo lingual está desenvolvido. Isto


é, o bebê passa a manifestar excitação ao ver alimen-
tos – é quando ele começa a babar ao ver os adultos

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comerem. Nesta fase o bebê já sustenta a cabeça, o
que facilita a alimentação oferecida com a utilização
de uma colher. Aqui é comum o aparecimento dos pri-
meiros dentinhos, e isso ajuda a estimular a mastiga-
ção. O paladar está mais desenvolvido e, por isso, ele
já possui maiores condições físicas e fisiológicas para
receber alimentos em variadas texturas e sabores. E, o
mais importante, o bebê agora possui maior tolerância
gastrointestinal e maior capacidade de absorção de
nutrientes.

É muito importante obedecer a fase ideal de introdução


alimentar, pois ela complementa as necessidades nutri-
cionais e energéticas do bebê que agora passa a se
movimentar mais, a permanecer sentado sozinho e a
demonstrar interesse por objetos. Isso leva a um maior
consumo energético que antes não acontecia.

A introdução alimentar deve começar de forma lenta


e gradual.

COMO COMEÇAR?

O principal fator a se observar ao iniciar a introdução


alimentar do seu bebê é a sua própria expectativa em
relação a essa transição. É comum a gente esperar
que será fácil, que o bebê irá comer toda a papinha
que preparamos com tanto amor e carinho. Mas, você
deve lembrar do que vimos lá atrás e diminuir suas ex-
pectativas.

Para aumentar suas chances de sucesso, observe o se-

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guinte quando decidir que é o momento para começar
a dar alimentos para o seu bebê:

1. Escolha o dia: de preferência um dia em que você


terá tempo disponível para dar atenção sem pres-
sa, sem compromissos, com atenção integral.

2. Faça a compra do alimento escolhido.

3. Tenha os utensílios em mãos: colheres, babado-


res, cadeirinha, etc.

4. Quando chegar o dia, programe-se para ofereça


o alimento no meio da tarde. Antes de oferecer o
leite materno ou a fórmula infantil, ofereça o ali-
mento escolhido.

5. Separe 2 a 3 colheres de chá do alimento.

6. Coloque o bebê no seu colo.

7. Se possível, separe uma porção do alimento para


você e coma com o bebê.

8. Ofereça o peito ou a fórmula infantil depois do


alimento ofertado. Porque leva um tempo até o
bebê comer uma porção que seja suficiente para
substituir o leite materno ou a fórmula infantil nes-
sa refeição

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QUANTO O BEBÊ DEVE COMER?

Isso quem define é o próprio bebê. Na tabela abaixo


temos uma ideia do quanto eles normalmente ingerem
em cada fase:

PAPINHAS INDUSTRIALIZADAS:
Por que não recomendo?

Apesar da comodidade, as papinhas industrializadas


devem ser oferecidas apenas em casos emergenciais,
quando não há outra opção. Elas podem conter con-

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servantes e níveis elevados de sódio e açúcar. Além de
não serem capazes de manter os nutrientes que somen-
te a opção caseira é capaz de ofertar.

Entretanto, caso precise delas para alguma emergên-


cia, observe:

1. DATA DE VALIDADE: após a abertura das emba-


lagens, a validade passa a ser de 24 horas sob
refrigeração.

2. A conservação das papinhas é garantida por um


rigoroso processo de esterilização e a embalagem
a vácuo impede a deterioração do alimento por
muito tempo, desde que a embalagem esteja
intacta. Quando a embalagem é aberta, a papi-
nha fica exposta ao oxigênio e perde sua
esterilização.

3. NÃO PODEM SER CONGELADAS.

4. Se o bebê consumir a papinha diretamente do


pote, a sobra não poderá ser reutilizada.

5. Podem ser aquecidas no fogão em banho-


-maria até a temperatura de 36 °C (morno), me-
xendo de vez em quando para uniformizar a tem-
peratura.

Observar nos ingredientes das papinhas se há a pre-


sença de pelo menos um alimento representante

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de cada grupo alimentar, ou seja:

• 1 alimento fonte de carboidrato (arroz, batata,


milho, mandioca, mandioquinha, aveia, macar-
rão)

• 1 um alimento fonte de proteína (carne, fran-


go, peixe, ovo, queijo, leguminosas como feijão,
grão-de-bico, ervilha, lentilha)

• 1 um alimento fonte de vitaminas, sais mine-


rais e fibras (legumes, verduras e frutas).

*Algumas têm adição de açúcar, outras são adoçadas


com sucos de fruta concentrados. Então, sempre leia
os rótulos.

E A AMAMENTAÇÃO, COMO FICA?

Lembre-se: os alimentos serão complementares ao leite


materno e não o contrário. Seu bebê ainda precisa
muito mais do leite materno ou fórmula infantil do que
de outros alimentos. Por isso, nesta fase é importante
que você se preste atenção a alguns pontos importan-
tes:

• No início pode ser que o alimento não satisfaça


as necessidades nutricionais e o bebê pode ainda
estar com fome. Por isso, ofereça o leite materno
ou a fórmula infantil após oferecer os alimentos ao
bebê.

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• Aos poucos o bebê vai ingerir uma porção maior
dos alimentos, o que poderá substituir o leite ma-
terno ou a fórmula infantil gradativamente.

• O leite materno continua sendo uma importan-


te fonte de nutrientes após os 6 meses de idade,
além dos fatores de proteção que fazem parte da
sua composição.

• Entre os seis aos 12 meses de vida, a criança ne-


cessita se adaptar aos novos alimentos, cujos sa-
bores, texturas e consistências são muito diferen-
tes do leite materno ou da fórmula infantil.

• Com 1 ano de idade a criança já deve receber,


no mínimo, cinco refeições ao dia. Porém, não
será mais necessário preparar uma alimentação
exclusiva para a criança. A alimentação da famí-
lia passa a ser também a alimentação da criança.
Desde que seja uma alimentação saudável.

HORÁRIOS DAS REFEIÇÕES

A Alimentação complementar deverá ser oferecida sem


rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade
da criança, porém é importante incluir todas as refei-
ções para a criação dos hábitos saudáveis da criança.

LEMBRETE:
1. O bebê deve estar descansado.

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2. Faça a refeição junto com o bebê.
3. Coloque a colher no começo da língua.
4. Prepare-se para as caretas.

*Água nos intervalos


6/7h Desjejum
9/9:30h Lanche da manhã
12h Almoço
15/15:30h Lanche da tarde
18h Jantar
21h Ceia

QUANDO OFERECER LÍQUIDOS


Quando oferecer água, chás, água de coco e sucos de fruta?

• ÁGUA: A água deve ser oferecida diariamente


para o bebê a partir dos 6 meses, filtrada e fer-
vida. Ela hidrata, ajuda no equilíbrio e funciona-
mento do organismo e deve fazer parte da rotina
por toda a vida. Porém, procure oferecer após a
refeição terminar ou longe das refeições para não
atrapalhar o apetite e o volume de alimento inge-
rido pela criança – isso evita a criação do hábito
de consumir líquido junto à refeição.

• CHÁS: passado o primeiro semestre de vida, os


chás podem ser introduzidos na alimentação dos
bebês. As melhores opões de chás são:

 Erva –doce

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 Camomila

 Erva –cidreira

 Hortelã

Podem ser oferecidas às crianças, em forma de infu-


são, sem contraindicações.

ATENÇÃO: Chás que contêm cafeína devem


ser evitados, como o chá mate ou chá preto
porque, além de poder causar irritabilidade
e atrapalhar a qualidade do sono, a cafeína
pode dificultar a absorção de ferro (poden-
do causar anemia) e de zinco (prejudicando o
sistema imunológico).

ÁGUA DE CÔCO: a água de coco é um isotônico natu-


ral, rico em sódio e potássio. É um excelente alimento.
Após os 6 meses nós podemos oferecer água de coco
ao bebê, mas não cometa o erro que muitos pais co-
metem de oferecer somente quando o bebê não está
aceitando a água normal. No começo, a aceitação de
tudo é difícil mesmo, e ele precisa tomar água, princi-
palmente se você não estiver mais amamentando com
leite materno. Por isso não desista, vá de pouquinho
em pouquinho e obedeça a quantidade que ele conse-
guir ingerir.

A água de coco é muito boa, mas em excesso, a inges-


tão da água de coco pode sobrecarregar os rins. Tome

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cuidado com a água de coco industrializada: muitas
contêm conservantes e adição de açúcar. Portanto, leia
atentamente o rótulo das marcas.

SUCO DE FRUTA: a Academia Americana de Pedia-


tria limita o consumo de sucos na infância sob algumas
justificativas:

 Sucos de fruta não oferecem nenhum benefício nu-


tricional para bebês menores de 1 ano de idade,
tampouco em relação às frutas.

 Sucos naturais sem adição de açúcar podem ser


incluídos moderadamente como parte de uma die-
ta equilibrada em maiores de 1 ano, mas sucos in-
dustrializados não são equivalentes e não devem
ser oferecidos.

 Sucos possuem um alto teor de carboidratos com


baixo conteúdo de proteína, fibras, gordura e al-
gumas vitaminas e minerais. Quando seu consu-
mo é excessivo acaba reduzindo a ingestão de
outros alimentos mais completos e pode contribuir
para má nutrição.

O consumo de sucos, especialmente quando ofereci-


dos na mamadeira, está relacionado ao aumento da
ocorrência de cárie dentária, devido ao seu maior con-
teúdo de carboidrato. Seu consumo excessivo pode
provocar diarreia, flatulência excessiva e dores abdo-
minais.

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Segundo o Ministério da Saúde (2013), os sucos não
devem ser utilizados como uma refeição ou lanche,
por conterem menor densidade energética que a fruta
em pedaços, especialmente durante a introdução ali-
mentar, uma vez que a capacidade gástrica dos bebês
é pequena.

A recomendação de consumo de suco de fruta natural


é a seguinte:

• Crianças de 1 a 6 anos: 120 a 180 ml ao dia

• Crianças acima de 7 anos: 240 a 350 ml ao dia


para.

Eu, como nutricionista, contraindico os sucos para me-


nores de 1 ano porque:

 A capacidade gástrica dos bebês é pequena,


então o suco pode vir a substituir outros ali-
mentos.

 Nesta fase, nosso foco é ajudar o bebê a criar


hábitos saudáveis. Apesar de serem uma op-
ção saudável para adultos, para os bebês os
sucos devem ser substituídos pelo consumo
da própria fruta. Isso irá ajudar o nosso bebê
a consumir frutas com mais frequência quan-
do adulto.

 O suco pode fazer parte de uma alimenta-

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ção saudável, mas apenas após o 1º ano da
criança. E, mesmo assim, não sirva diaria-
mente, deixe para ocasiões especiais e fins
de semana. Ao oferecer líquidos, dê prefe-
rência para a água.

DE QUAIS UTENSÍLIOS EU PRECISO?

Para facilitar o início da alimentação do seu bebê, é


importante tem em mãos alguns utensílios para ajudar
na hora da refeição. São medidas simples que irão
facilitar sua vida, pois com as ferramentas corretas, a
gente consegue construir o que quiser.

Neste caso, não é diferente.

Como você acompanhou nas vídeo-aulas, os principais


itens são:

• Colher: a colher ideal é a de silicone porque é


macia e não traz risco de machucar a boquinha do
bebê. Ela não altera a temperatura com alimentos
quentes e ainda serve para coçar as gengivas. De
10 a 15 dias antes da introdução alimentar apre-
sente a colher para a criança conhecer, sempre
supervisionando, para que ela possa se familiari-
zar.

• Potinhos Redondos: para oferecer as frutas e os


mingaus.

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• Pratos com divisórias: para servir os alimentos se-
parados. Assim o bebê experimenta os sabores
de cada alimento e consegue perceber as diferen-
tes cores e apresentação de cada um deles. Exem-
plo: ao oferecer banana e abacate, colocar cada
frutinha numa divisória.

• Pratos com ventosas: são uma boa opção para


evitar bagunça.

• Potes de vidro ou de plásticos livres de BPA: são a


melhor opção para armazenar os alimentos pois
não passam nenhum resíduo para o alimento. Se
for utilizar potes plásticos utilizar aqueles que não
contém BPA.

• Formas de gelo com tampa: ótimos para conge-


lar algumas preparações e descongelar para o
preparo de uma refeição. Os bebês normalmente
consomem em torno de 2 cubinhos de uma prepa-
ração de lentilha, por exemplo. Caldo de legumes
e de carne caseiros – não industrializados - tam-
bém podem ser armazenados em forminhas de
gelo.

• Panelas Específicas: de cerâmica, inox ou vidro


- materiais que transferem menos resíduos aos ali-
mentos. Além de panelas específicas para comida
do bebê, é bom ter também aquele utensílio para
preparar os legumes no vapor, pois ele não altera
o valor nutricional dos alimentos.

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• Forminhas de silicone: as mesmas que utilizamos
para fazer bolo, pães e omeletes. Essas forminhas
são uma mão na roda! Como são de silicone, elas
possuem baixa aderência e o alimento desliza fa-
cilmente na hora de servir. Existem de vários tipos,
tamanhos e formatos e são fáceis de encontrar.

• Cadeirinha: de preferência com cinto de conten-


ção ou de segurança para prevenir quedas, essas
cadeirinhas permitem que o bebê participe das
refeições junto à mesa da família.

5. HIGIENIZAÇÃO: FRUTAS E VERDURAS

Durante o aleitamento materno exclusivo, o bebê está


protegido contra microrganismos patogênicos, pois
além de ser estéril – isto é, livre de vírus e de bactérias
– o leite é fonte de anticorpos que ajudam na defesa
imunológica do bebê. Mas quando a criança passa a
comer alimentos sólidos ela passar a estar exposta a
um risco que até então estava ausente: o risco de infec-
ções por falta de cuidados na higiene dos alimentos.

Para prevenir que seu bebê adoeça, é preciso higie-


nizar corretamente todos os vegetais, frutas e legumes
que a família consumir.

A recomendação do Ministério da Saúde é que frutas


que sejam consumidas com casca e verduras e horta-
liças consumidas cruas sejam higienizadas ficando de
molho em soluções à base de cloro, e não no vinagre.
O vinagre não é suficiente para matar os microrga-

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nismos que podem causar doenças na criança e na
família toda.

Outra orientação importante do Ministério da Saúde


é manter os alimentos refrigerados a uma temperatura
abaixo de 5 graus e cozinhar apenas a quantidade
que será consumida naquela refeição. Antes de prepa-
rar ou oferecer os alimentos para as crianças é impor-
tante lavar bem as mãos com água e sabão.

As frutas, legumes e verduras precisam ser lavadas em


água corrente e deixados de molho em água clorada
por dez minutos. Dilua uma colher do produto para
cada litro de água. Após isso, enxague em água cor-
rente antes que eles sejam descascados.

Ao cozinhar é importante que os alimentos sejam bem


cozidos. Os utensílios que serão utilizados tanto para
o preparo quanto para oferecer a comida devem ser
bem lavados e mantidos em locais secos e limpos.

No caso de você não ter à mão esse tipo de produto


especial, pode usar água sanitária, que é feita com o
mesmo princípio ativo, hipoclorito de sódio, desde que
o rótulo recomende esse uso. A proporção recomenda-
da pelo Ministério da Saúde é uma colher de sopa de
água sanitária para 1 litro de água.

A diferença entre os desinfetantes para hortifrutícolas


à base de hipoclorito (como o Hidrosteril) e a água
sanitária que comprova eficácia contra E. coli e E. fae-
cium é o preço: a água sanitária é bem mais barata. A

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fórmula é praticamente a mesma, e a eficácia é exata-
mente a mesma (pois ambos os produtos passam pelos
mesmos testes)”, explica a assessoria de imprensa da
Anvisa.

Mas atenção: você não pode usar para higienizar ali-


mentos produtos que digam na embalagem que são al-
vejantes, limpadores, tira-manchas etc. Só pode quan-
do está escrito “ água sanitária”.

Na água sanitária é proibido acrescentar outras subs-


tâncias. Por isso, a embalagem precisa dizer claramen-
te que se trata de água sanitária, e que o produto está
de acordo com a regulamentação da Anvisa.

Em produtos como alvejantes, limpadores, tira-man-


chas etc., além do hipoclorito de sódio, pode haver
corantes, fragrâncias, detergentes, entre outros, que
podem ser tóxicos.

Há algumas águas sanitárias, porém, que dizem na


embalagem que não devem ser usadas na higieniza-
ção de alimentos. Segundo a Anvisa, são produtos de
empresas que preferiram não passar pelos testes de
eficácia contra microrganismos.

Portanto, você pode usar água sanitária segundo a


recomendação do Ministério da Saúde (1 colher de
sopa de água sanitária por litro de água), ou seguir
as instruções do rótulo das águas sanitárias que fazem
indicação para hortifrutícolas.

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PREPARO E ARMAZENAMENTO

FRUTAS: dê preferência para frutas da época e que se-


jam da sua região. Elas precisam estar maduras e são
para consumo imediato.

Legumes e Hortaliças: fazer a técnica de branquea-


mento. Higienizar o alimento, cozinhar por 2 minutos
em água fervente, retirar da água fervente e colocar
em água fria com gelo. Após utilizar essa técnica você
pode armazenar em geladeira ou congelar. No tópico
congelamento e descongelamento eu falamos quais le-
gumes e hortaliças podemos congelar (incluir GIF da
aula no PDF).

Carnes: sempre preparar carnes frescas. Para armaze-


nar, congele em porções pequenas por até 30 dias no
freezer ou em potes de vidro em geladeira por até 24
horas.

Caldo de carne/legumes: prepare uma quantidade


grande e congele em forminhas de gelo. Ou em gela-
deira por até 24 horas.

Ovos: preparar na hora de servir. Conservar por até


24 horas em geladeira.

Leguminosas: podem ser preparadas no dia de servir


ou preparadas em maior quantidade e serem conge-
ladas. Em geladeira, conservar em potes de vidro por
até 2 dias.

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Cereais: podem ser preparadas no dia de servir ou
preparadas em maior quantidade e serem congeladas.
Em geladeira, conservar em potes de vidro por até 2
dias.

COMO CONSERVAR MELHOR OS ALIMENTOS


Para conservar melhor o alimento, as melhores opções
de recipiente são os potes de vidro, porque o vidro
não libera nenhum resíduo no alimento e não permite
a troca gasosa do seu interior com o ambiente externo.
Portanto, o alimento demora mais para oxidar.
Potes plásticos também podem ser utilizados desde que
sejam livres de Bisfenol A (BPA). Para saber se o pote é
livre desta substância, observe se essa informação está
na embalagem do produto.
Lembre-se de que alimentos cozidos devem ser conser-
vados por até 24h na geladeira. Caso queira conser-
var por mais tempo, a melhor opção é o congelamento.
Apesar disso, o tempo de validade varia de alimento
para alimento. Portanto, como medida de segurança,
minha sugestão é não ultrapassar 30 dias no freezer
para qualquer alimento. Assim a gente não se perde e
não corre o riso de consumir algum alimento fora da
validade.
PRÉ-PREPARO DE LEGUMINOSAS
As leguminosas são, em sua maioria, grãos que nas-
cem em forma de vagem como o feijão e a lentilha
e ervilhas, e também o grão-de-bico. Esses alimentos
são ricos em proteínas, fibras, vitaminas e minerais
como o ferro, magnésio, manganês e, ainda, zinco e
cálcio. Quando combinados com cereais formam uma
proteína de alto valor biológico. Um exemplo dessa

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combinação é o tradicional feijão (leguminosa) e arroz
(cereal).
As leguminosas, apesar de ricas em nutrientes, contêm
fatores antinutricionais. Esses fatores prejudicam
a digestibilidade e absorção de seus nutrientes, levan-
do à redução da biodisponibilidade de vitaminas e
minerais – podendo causar sensação de inchaço e es-
tufamento causados por gases, e causando distensão
abdominal.
Os principais fatores antinutricionais são:
 Fitatos: é um antinutriente que se associa a metais
como cálcio, ferro, magnésio e zinco, impedindo
o seu aproveitamento.

 Taninos: podem diminuir a atividade de enzimas


reduzindo a digestão de amido e proteínas.

 Lectinas: podem danificar as paredes da mucosa


intestinal impedindo a absorção de nutrientes o
que pode levar a perda de peso e desnutrição.

 Inibidores enzimáticos: diminuem a atividade de


enzimas o que impede o aproveitamento de vita-
minas.

O adequado pré-preparo das leguminosas minimiza


esses efeitos negativos dos fatores antinutricionais.

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COMO PREPARAR

Lavar os grãos e deixar de molho por 12 horas em


água potável. Colocar 3 vezes o volume de água em
relação ao grão. Descartar a água e lavar novamente
os grãos em água corrente. Cozinhar por aproximada-
mente 20 minutos em panela de pressão com o dobro
de água em relação ao grão.

CONGELAMENTO DE LEGUMINOSAS

Congelar as leguminosas é uma boa opção, porque


ganhamos tempo e podemos separar apenas o que
vamos consumir em cada refeição.

Para congelar:

Após o cozimento espere esfriar e disponha em formi-


nhas de gelo com tampa. Para o bebê não há neces-
sidade de temperar. Apenas acrescentar um pouco de
azeite de boa qualidade na hora de servir no pratinho
mesmo do bebê.

Ele vai consumir em torno de 2 cubinhos de legumino-


sa.

Você pode aproveitar e fazer desta forma para a fa-


mília toda também, basta separar uma porção para o
bebê antes de temperar para o restante da família.

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FERNANDES, A. C.; PROENÇA, R. P. C. Técnicas recomendadas para pré-preparo de
feijão: remolho e descarte de água. Nutrição em Pauta, v. 19, n. 111, p. 50-56, 2011.

CONGELAMENTO E DESCONGELAMENTO
FRUTAS: Diversas frutas podem ser congeladas. Mas,
para os bebês de 6 a 12 meses, minha indicação é
servir as frutas da estação frescas.
VERDURAS: algumas NÃO podem ser congeladas:
• As que consumimos cruas, por exemplo: Folhas.
• Alimentos ricos em amido: batatas.
Congelar cru: Abóbora, aipim, cebola, temperos, ervi-
lha fresca e pimentão.
Congelar após branqueamento: Abobrinha, acelga,
brócolis, couve-flor, couve-manteiga, espinafre, quia-
bo, repolho, vagem.

DESCONGELAMENTO

O descongelamento, para ser seguro, ou seja, livre de


contaminação por bactérias, deve ser feito somente em
refrigeração. A maneira correta de fazer isso é retirar
do congelador a porção que você queira descongelar,
colocar na geladeira na noite anterior para desconge-
lar OU colocar direto na panela com um pouquinho de
água na hora de servir e ferver bem.

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IMPORTANTE

 O que já foi congelado não pode ser congelado


novamente.
 Se o alimento estava congelado cru, você pode
cozinha-lo e congelá-lo novamente.
 Para garantir que o alimento descongelado não
contamine, utilize-o em até 24horas.
 Coloque uma etiqueta de identificação nas emba-
lagens que você guardar os alimentos!
 Exemplo de Etiqueta de Feijão Cozido conserva-
do em congelador

Alimento: Feijão Carioca


Data do Preparo 28/03/2018
Data de Validade 28/04/2018

6. MÉTODOS DE INTRODUÇÃO

MÉTODO TRADICIONAL

Neste método os alimentos devem estar maduros, no


caso de frutas, ou bem cozidos, no caso de papinhas,
pois serão servidos amassadinhos com o garfo. Com o
garfo mesmo, não precisa de liquidificador ou peneira.
É muito importante que os alimentos sejam servidos
separados para que o bebê experimente as diferentes
texturas e sabores de cada alimento.

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O adulto seleciona o que vai oferecer ao bebê com
uma colher, respeitando a vontade da criança e sem-
pre observando os sinais de desinteresse ou saciedade
e jamais forçar o bebê a comer.

Aos poucos vamos evoluindo esses alimentos bem


amassadinhos para pedaços um pouco maiores, esti-
mulando cada vez mais a mastigação do bebê.

Na tabela abaixo está uma programação resumida da


introdução alimentar:

MÉTODO BLW – BABY LED WEANING

Método proposto por Gill Rapley, agente de saúde Bri-


tânica, autora do livro Baby-led Weaning: Helping Your
Baby to Love Good Food. A proposta é que o bebê
seja participativo e tenha papel de decisão acerca do
“desmame”, sendo o termo utilizado para o momento
de introdução dos sólidos na alimentação do bebê, e
não relacionado ao cessar do aleitamento materno.

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O QUE É: é a exploração dos alimentos pelo bebê.
Consiste em oferecer os alimentos cortados em peda-
ços grandes ao alcance da criança, para que ela esco-
lha, pegue, explore e leve o alimento à boca.

QUANDO FAZER: a recomendação é que, assim


como no método tradicional, se inicie a partir do 6º
mês desde que alguns sinais sejam observados como:

• Quando o bebê começa a demonstrar interesse


pelo que a família come;

• Quando o bebê já consegue sentar-se sem apoio;

• Quando o bebê perde o reflexo de colocar para


fora todo alimento sólido que é oferecido;

• Quando o bebê mostra que já sabe mastigar, mes-


mo quando ainda não tem dentes;

• Quando o bebê já consegue pegar objetos com


facilidade.

BENEFÍCIOS:

• Estimula uma relação saudável e lúdica com a co-


mida.

• Incentiva a autonomia desde cedo, pois permi-

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te escolher o que, quando e quanto se come.

• Desenvolvimento da mastigação, capacidade de


aguçar o paladar.

• Sem necessidade de preparar comida separada


para o bebê, pois ele pode comer o que os adul-
tos estão comendo (alimentação saudável).

DICAS E CUIDADOS:

• O bebê estar bem alimentado só depende de


você: você tem a responsabilidade de ofere-
cer alimentos nutritivos e que compõem uma
dieta equilibrada

• No início, é esperado que o bebê mais brinque


com os alimentos do que coma.

• Tenha paciência, não apresse o bebê, deixe


que ele leve o tempo necessário. Escolha uma hora
em que não esteja irritado ou com muita fome.

• Apesar de a ideia central do BLW ser que o bebê


se alimente sozinho, os pais devem estar pre-
sentes a todo momento.

• Se o bebê estiver sentado com as costas encosta-


das no cadeirão, o risco de engasgo é muito
pequeno.

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• Cortar o alimento para caber na palma da
mão do bebê.

• Como ainda não há um gama importante de es-


tudos cientificamente qualificados para justificar a
escolha do método, a Sociedade Brasileira de Pe-
diatria e a Organização Mundial da Saúde ainda
não contemplam orientações sobre o método em
seus materiais.

COMO COZINHAR AS VERDURAS:

• No vapor.

• Em água.

TAMANHOS DOS ALIMENTOS:

• No início o bebê ainda não tem o movimento de


pinça do dedo indicador com o dedo polegar.

• Por isso os alimentos são cortados em formato


“batata frita” sendo maior que o punho do bebê.

• Quando ele já conseguir fazer o movimento de


pinça, você pode cortar menorzinho para o bebê
explorar e comer.

* Pode congelar em saquinhos*

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MÉTODO ALIMENTAÇÃO PARTICIPATIVA

Neste método utilizamos fundamentos do método tra-


dicional e do BLW. Ele é um excelente método para
os pais que se identificam com o BLW mas não conse-
guem colocá-lo 100% em prática. Nele, o adulto esco-
lhe quando utilizar a papinha tradicional ou mesmo os
alimentos em pedaços para o bebê explorar. Inclusive
essa mistura de métodos pode ser feita na mesma refei-
ção. Com algumas preparações servidas amassadas
com o garfo e outro alimento ao alcance da criança
para explorar, deixando ela livre para decidir se pega
o alimento e se leva à boca ou não.

1º MÊS DA INTRODUÇÃO ALIMENTAR – 6 ME-


SES

Neste primeiro mês, a organização dos horários das


refeições é a seguinte:

O objetivo é iniciar a Introdução Alimentar do seu bebê


de forma lenta e gradual. Neste primeiro mês, va-
mos oferecer:
• 1 fruta

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• 1 vez ao dia (no lanche da tarde)
Passo a Passo:
1. Todas as frutas devem estar maduras.
2. Separe uma porção e amasse bem com o garfo.
3. Repita a mesma fruta por 2 dias.
4. Ofereça o leite materno ou fórmula infantil após o
consumo da fruta.
5. Após os primeiros 15 dias não precisa mais repe-
tir a fruta. Ofereça cada dia uma fruta diferente.

Importante: Essa foi a ordem das frutas escolhidas


por mim para oferecer para a minha filha. É apenas
uma sugestão. Você pode alterar e caso essas frutas
não sejam comuns na sua região, escolha aquelas
que você tem o hábito de consumir.

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2º MÊS DA INTRODUÇÃO ALIMENTAR – 7 ME-
SES
Neste segundo mês, a organização dos horários das
refeições é a seguinte:

Agora vamos incluir na Introdução Alimentar o almo-


ço. Abaixo lado uma sugestão de combinação dos ali-
mentos para compor a alimentação do seu bebê para
os primeiros 5 dias. Após o 5º dia você pode fazer
a composição que quiser, escolhendo um alimento de
cada grupo.: 1 Tubérculo, 1 Hortaliça e 1 Legume.

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O caldo de carne vai enriquecer e deixar a refeição
mais saborosa e fácil de consumir porque vai umede-
cer os alimentos. O azeite de oliva deve ser usado
quando a refeição estiver pronta.
1. Passo a Passo:
2. Preparar o caldo de carne.
3. Cozinhar os alimentos no caldo de carne ou em
água;
4. Amassar bem com o garfo. Não bater no liquidi-
ficador.
5. Colocar uma colher de sobremesa de azeite de
oliva em cada alimento quando já estiver pronto.
6. Servir.

3º MÊS DA INTRODUÇÃO ALIMENTAR – 8 ME-


SES
Neste terceiro mês, a organização dos horários das
refeições é a seguinte:

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Chegamos ao 8º mês do seu bebê. Já podemos ofere-
cer as seguintes refeições: lanche da manhã e lanche
da tarde, almoço e jantar. Agora vamos incluir as car-
nes, o caldinho de feijão e demais preparações. Ainda
vamos amassar os alimentos, porém deixando alguns
pedacinhos para estimular a mastigação. Esses peda-
cinhos devem estar bem cozidos e bem macios.

Abaixo está uma sugestão de combinação que você


pode repetir o almoço no jantar.

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4º MÊS DA INTRODUÇÃO ALIMENTAR – 9 A 11
MESES
Neste terceiro mês, a organização dos horários das
refeições é a seguinte:

A partir do 9º mês, você já poderá incluir, além do cal-

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dinho do feijão, o próprio grão. Já podemos incluir as
demais leguminosas como o grão de bico, ervilha, len-
tilha. Abaixo está uma sugestão de combinação para
cinco dias.

Você pode escolher a combinação que quiser, basta


escolher um alimento de cada grupo alimentar.

12 MESES DE VIDA – O PRIMEIRO ANINHO DO


BEBÊ

A partir do 1º ano do seu bebê a alimentação da famí-


lia passa a ser também a alimentação do bebê. Desde
que a alimentação da família seja saudável, é claro!

A partir de agora não tem mais a necessidade de pre-


parar nada separado para o bebê. Entretanto, os ali-
mentos ainda devem ser bem cozidos, além dos cuida-

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dos com a higiene e com o preparo e armazenamento
que devem ser mantidos.

Supervisione esse momento e faça pelo menos uma


refeição junto ao bebê.

Como a partir daqui as refeições do bebê seguem o


cardápio familiar, o sal pode ser adicionado. Contu-
do, cuidado com o açúcar: a recomendação é que
seja apresentado somente a partir dos 2 anos.

O leite materno ou fórmula infantil podem continuar


sendo oferecidos, no início da manhã e antes de dor-
mir.

É importante manter a variedade da alimentação, deixar


o prato colorido. Lembre-se dos grupos alimentares e,
caso haja dúvidas, consulte a tabela abaixo para ajudar na
escolha dos alimentos.

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CONCLUSÃO

A Introdução Alimentar é uma fase muito especial e


cheia de expectativas, e muito importante para o de-
senvolvimento do bebê. É nesta fase que são formados
os hábitos alimentares que estarão presentes durante
sua vida inteira.

Começar essa nova fase no momento certo é funda-


mental. Para isso, lembre-se de observar aquelas ca-
racterísticas como: ter seis meses de idade, permane-
cer sentado e sem apoio e conseguir firmar a cabeça
sozinho. Desta forma, seu bebê poderá indicar com a
linguagem corporal se está satisfeito ou não.

Observando os métodos disponíveis atualmente – tradi-


cional, BLW e participativa – você poderá ter se identi-
ficado mais com um ou mais deles. É natural que em um
primeiro momento nós queiramos fazer essa escolha,
mas você deve sempre adaptar os métodos à sua rea-
lidade. Isto é, se você optou pelo BLW, observe se seu
filho tem comido o suficiente a cada refeição. Caso ele
não esteja se alimentando conforme o esperado, tente
outro método, e observe como ele irá reagir. Pois, as-
sim como é o bebê quem determina a quantidade de
alimento que ele irá comer, a maneira que o alimento
é apresentado também será o bebê que fará a melhor
seleção.

Nosso papel como mães é oferecer da melhor maneira


para que ele possa se alimentar corretamente. E, para
isso, nós precisamos estar preparadas para sermos ar-

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ticuladas nas nossas escolhas.

Continue com a amamentação, ela é fundamental,


pois estamos em uma fase de transição. Você poderá
manter o leite materno ou fórmula mesmo depois do
primeiro ano de vida, de preferência pelas manhãs e
antes de dormir.

Lembre-se de que a partir de agora seu filho irá consu-


mir alimentos que contêm carboidratos e frutose – açú-
car da fruta. Lembre-se também que é nesta fase que
os dentinhos começam a aparecer. Portanto, providen-
cie a primeira escovinha de dentes para ele –algumas
marcas comercializam escovas para bebês de 0 a 12
meses, com cerdas superfinas – pois a higiene bucal
começa desde cedo. Converse com seu dentista para
saber o que é necessário para isso.

Eu fico por aqui e espero que você tenha aprendido


bastante com este livro.

Como está sendo a introdução alimentar do seu pe-


queno ou da sua pequena? Conta pra mim no e-mail
jenifer@vidabemnutrida.com.br e aproveite para es-
clarecer qualquer dúvida. Vai ser um prazer receber
notícias suas.

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SOBRE A AUTORA

Meu nome é Jenifer Knabben, sou Nutricionista e mãe


da Lavínia.

Mesmo sendo nutricionista e conhecer bastante sobre


alimentação infantil, quando a Introdução Alimentar
da minha filha estava para começar eu fiquei bastante
ansiosa. Eu desejava fazer da melhor maneira possí-
vel, e sem erros. Eu tinha ouvido falar que era possível
incluir todos os grupos alimentares para o bebê a par-
tir dos 6 meses e fui colocar em prática com a minha
filha. Eu ofereci feijão para ela, porém ela acabou por
sofrer com gases e intestino preso. O resultado foi mui-
to choro e noites mal dormidas.

A teoria e principalmente a prática me fizeram des-


cobrir a melhor e mais saudável maneira de iniciar
a Introdução Alimentar da minha filha, cujo passo-a-
-passo eu detalhei no curso Bebê Bem Nutrido e neste
e-book. Foi através de muito esforço, leitura, pesquisa,
tentativa e erro que eu consegui elaborar uma rotina
de comidinhas para a minha bebê. Eu anotei tudo o
que deu certo, o que deu errado e todas as soluções
que eu encontrei. Descobri que meu principal erro foi
a falta de planejamento de uma rotina alimentar, o que
me custou mais idas ao supermercado, mais tempo na
cozinha preparando alimentos e muito desperdício.

Conhecimento precisa ser compartilhado. Eu percebi


que o meu método me salvou tanto tempo, que toda
aquela angústia que eu sentia antes de desenvolvê-lo

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foi embora. Fiquei tão aliviada de ter encontrado um
meio de ajudar minha filhinha a comer certinho que é
essa a sensação que eu desejo para você ao aplicar
as técnicas que venho compartilhando. Eu sei como é
ser mãe, e sei o quanto a gente deseja que os nossos
bebês cresçam felizes e saudáveis.

Mais do que um método, eu estou compartilhando com


você a experiência de viver um momento especial jun-
to do seu bebê, de aproveitar essa fase tão linda com
tranquilidade e mente livre de culpas. Porque o que
nós queremos é que os nossos bebês se alimentem bem
hoje para que sejam adultos felizes e bem nutridos no
futuro. Mais do que mães, somos tutoras e ensinar a
comer certinho começa já.

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