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LÍNGUA PORTUGUESA:
I - Compreensão de texto. ................................................................................................................................. 1
II - Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos. ............................................18
III - Pontuação. Estrutura e sequência lógica de frases e parágrafos. ...........................................................16
IV - Ortografia oficial; acentuação gráfica. ........................................................................................................ 9
V - Concordância nominal e verbal. ................................................................................................................40
VI - Regência nominal e verbal; crase. ............................................................................................................17
VII - Emprego dos verbos regulares, irregulares e anômalos. ........................................................................28
VIII - Emprego e colocação dos pronomes. .....................................................................................................42
RACIOCÍNIO LÓGICO:
I - Avaliação da habilidade do candidato em entender a estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares,
coisas ou eventos, deduzir novas informações e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura
daquelas relações. II - As questões da prova poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas; lógica
de argumentação; diagramas lógicos; aritmética; álgebra e geometria básica. .................................. Pp 1 a 71
CONHECIMENTOS GERAIS:
I - Elementos da política e do cotidiano brasileiros (políticas públicas, acontecimentos relevantes nacionais e
regionais). .......................................................................................................................................................... 1
II - Cultura e sociedade brasileira (música, literatura, artes, arquitetura, rádio, cinema, teatro, jornais, revistas
e televisão). .....................................................................................................................................................25
III - Aspectos relevantes da História do Brasil (descobertas e inovações científicas na atualidade e seus im-
pactos na sociedade contemporânea). ...........................................................................................................34
IV - Panorama da economia nacional (aspectos locais e aspectos globais). ..................................................52
GEOGRAFIA:
I - Noções básicas de Cartografia (orientação: pontos cardeais; localização: coordenadas geográficas, latitu-
de, longitude e altitude; representação: leitura, escala, legendas e convenções). ........................................... 1
II - Aspectos físicos e meio ambiente no Brasil (grandes domínios de clima, vegetação, relevo e hidrografia;
ecossistemas). .................................................................................................................................................10
III - Organização do espaço (agrário: atividades econômicas, modernização e conflitos; e urbano: atividades
econômicas, emprego e pobreza; rede urbana e regiões metropolitanas). ....................................................22
IV - Dinâmica da população brasileira (fluxos migratórios, áreas de crescimento e de perda populacional). 30
V - Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa (organização federativa). ......................................34
APOSTILAS OPÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA
tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica
da fonte e na identificação do autor.
I - Compreensão de texto.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de
II - Significação das palavras: sinônimos, antônimos, homôni-
resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-
mos e parônimos.
to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa-
III - Pontuação. Estrutura e sequência lógica de frases e pará-
da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
grafos.
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por
IV - Ortografia oficial; acentuação gráfica.
isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
V - Concordância nominal e verbal.
ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
VI - Regência nominal e verbal; crase.
alternativa mais completa.
VII - Emprego dos verbos regulares, irregulares e anômalos.
VIII - Emprego e colocação dos pronomes.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento
do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-
tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de será mais consciente e segura.
necessitar de um bom léxico internalizado.
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto.
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica- até o fim, ininterruptamente;
se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
diante de uma temática qualquer. umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
Denotação e Conotação 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres- 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con- 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- ensão;
ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação. 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
respondente;
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- exata ou a mais completa;
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
diferenciadas em seus leitores. lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste resposta;
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e definindo o tema e a mensagem;
esclareçam o sentido. 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
Como Ler e Entender Bem um Texto simos na interpretação do texto.
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e Ex.: Ele morreu de fome.
de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra- do fato (= morte de "ele").
em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo Ex.: Ele morreu faminto.
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para quando morreu.;
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-
a memória visual, favorecendo o entendimento. as estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim Cunegundes
de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto TEXTO NARRATIVO
com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da • As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for-
Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das ‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Pau-
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer lo aponta que as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças meno-
tema ou assunto. res de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violência se-
xual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Bying-
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar, ton.’’
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam rela- Passei no vestibular porque estudei muito
ções não só entre os elementos no interior de uma frase, mas também visto que
entre frases e sequências de frases dentro de um texto”. já que
uma vez que
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Mui- _________________ _____________________
tas vezes a comunicação se faz por meio de uma coesão implícita, apoia- consequência causa
da no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo
comunicativo têm da língua.
Estudei tanto que passei no vestibular.
A ligação lógica das ideias Estudei muito por isso passei no vestibular
Uma das características do texto é a organização sequencial dos ele- _________________ ____________________
mentos linguísticos que o compõem, isto é, as relações de sentido que se causa consequência
estabelecem entre as frases e os parágrafos que compõem um texto,
fazendo com que a interpretação de um elemento linguístico qualquer seja
dependente da de outro(s). Os principais fatores que determinam esse Como estudei passei no vestibular
encadeamento lógico são: a articulação, a referência, a substituição voca- Por ter estudado muito passei no vestibular
bular e a elipse. ___________________ ___________________
causa consequência
ARTICULAÇÃO
Os articuladores (também chamados nexos ou conectores) são conjun- finalidade: uma das proposições do período explicita o(s) meio(s) para
ções, advérbios e preposições responsáveis pela ligação entre si dos fatos se atingir determinado fim expresso na outra. Os articuladores principais
denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependên- são: para, afim de, para que.
cia de sentido das frases no processo de sequencialização textual. As
ideias ou proposições podem se relacionar indicando causa, consequência, Utilizo o automóvel a fim de facilitar minha vida.
finalidade, etc.
conformidade: essa relação expressa-se por meio de duas proposi-
Ingressei na Faculdade a fim de ascender socialmente. ções, em que se mostra a conformidade de conteúdo de uma delas em
Ingressei na Faculdade porque pretendo ser biólogo. relação a algo afirmado na outra.
temporalidade: é a relação por meio da qual se localizam no tempo Autor e Narrador: Diferenças
ações, eventos ou estados de coisas do mundo real, expressas por meio de Equipe Aprovação Vest
duas proposições.
Quando Qual é, afinal, a diferença entre Autor e Narrador? Existe uma diferença
Mal enorme entre ambos.
Logo que terminei o colégio, matriculei-me aqui.
Autor
Assim que
Depois que É um homem do mundo: tem carteira de identidade, vai ao supermer-
No momento em que cado, masca chiclete, eventualmente teve sarampo na infância e, mais
Nem bem eventualmente ainda, pode até tocar trombone, piano, flauta transversal.
Paga imposto.
a) concomitância de fatos: Enquanto todos se divertiam, ele estu-
dava com afinco. Narrador
Existe aqui uma simultaneidade entre os fatos descritos em cada É um ser intradiegético, ou seja, um ser que pertence à história que
uma das proposições. está sendo narrada. Está claro que é um preposto do autor, mas isso não
b) um tempo progressivo: significa que defenda nem compartilhe suas ideias. Se assim fosse, Ma-
À proporção que os alunos terminavam a prova, iam se retirando. chado de Assis seria um crápula como Bentinho ou um bígamo, porque,
• bar enchia de frequentadores à medida que a noite caía. casado com Carolina Xavier de Novais, casou-se também com Capitu, foi
amante de Virgília e de um sem-número de mulheres que permeiam seus
Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portan- contos e romances.
to, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece uma conclusão em O narrador passa a existir a partir do instante que se abre o livro e ele,
relação a algo dito no enunciado anterior: em primeira ou terceira pessoa, nos conta a história que o livro guarda.
Confundir narrador e autor é fazer a loucura de imaginar que, morto o autor,
Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Por- todos os seus narradores morreriam junto com ele e que, portanto, não
tanto tem condições de se sair bem na prova. disporíamos mais de nenhuma narrativa dele.
É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam
a articular frases. Eles podem articular parágrafos, capítulos.
FONÉTICA E FONOLOGIA
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como,
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que, Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo-
assim como. nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os
Ele é tão competente quanto Alberto. quais caracterizam a oposição entre os vocábulos.
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, por- Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre
que introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA.
referido.
Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e
Não se preocupe que eu voltarei seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais
pois fonemas.
porque No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fo-
nemas.
As pausas
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marca- É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o
das por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar sinal gráfico que representa o som.
tipos de relações diferentes.
Vejamos alguns exemplos:
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalida- Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã
de) Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa) Corre – letras: 5: fonemas: 4
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposi- Hora – letras: 4: fonemas: 3
ção) Aquela – letras: 6: fonemas: 5
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão) Guerra – letras: 6: fonemas: 4
http://www.seaac.com.br/ Fixo – letras: 4: fonemas: 5
Hoje – 4 letras e 3 fonemas
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do Canto – 5 letras e 4 fonemas
discurso. A identificação de expressões correferentes é importante em Tempo – 5 letras e 4 fonemas
diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões Campo – 5 letras e 4 fonemas
referenciais podem ser usadas para introduzir entidades em um discurso ou Chuva – 5 letras e 4 fonemas
podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de
redução lexical. LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um
determinado som.
Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes
na formação do aluno. Para realizá-las de modo satisfatório, é essencial CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do
B Cb,
D c,
F Gd,Hf,Jg,K h,
L j,
M l,N m,
K Pn,Rp,Sq,T r,
V s,
X t,Z v,
Y x,
Wz NOTAÇÕES LÉXICAS
São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes
ENCONTROS VOCÁLICOS dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras.
A sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de
encontro vocálico. São os seguintes:
Ex.: cooperativa 1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas;
2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, ânco-
Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato ra;
3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade;
DITONGO 4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã;
É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa. 5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude;
Dividem-se em: 6) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d’água, pau-d’alho;
- orais: pai, fui o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe, ex-aluno.
- nasais: mãe, bem, pão
- decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói
- crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo ORTOGRAFIA OFICIAL
TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal)
Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, iguais, mínguam As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de
HIATO modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua.
Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em du-
as diferentes emissões de voz. Eis algumas observações úteis:
Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei-ra, cru-el, ju-í-
zo DISTINÇÃO ENTRE J E G
1. Escrevem-se com J:
SÍLABA a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste,
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados canjerê, pajé, etc.
numa só emissão de voz. b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije-
cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em: c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei,
• Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol. despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo. d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc.
• Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta. e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais
• Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta- mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.
li-da-de.
2. Escrevem-se com G:
TONICIDADE a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se ferrugem, etc.
pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc.
pá. c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.
Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras
em: DISTINÇÃO ENTRE S E Z
• Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, do- 1. Escrevem-se com S:
mi-nó. a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
• Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-rá- b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios
ter, a-má-vel, qua-dro. ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu-
• Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do, guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa,
cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri-ma. burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.
c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
ENCONTROS CONSONANTAIS d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for
É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos num vocábulo. erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exege-
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc. se análise, trombose, etc.
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa,
DÍGRAFOS causa.
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia com- f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina
posta para um som simples. em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.
g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; preten-
1. Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo (subs- Uso do Hífen
tantivo)
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado (Parte V) – Uso do Hífen
2. Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por e lo).
3. pera (fruta) de pera (preposição arcaica). Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande
queixa entre os que usam a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita
A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras dar-se-á mediante o tem gerado em torno do seguinte questionamento: “por que mudar uma
contexto. coisa que a gente demorou um tempão para aprender?” Bom, para quem já
Acento agudo dominava a antiga ortografia, realmente essa mudança foi uma chateação.
Ditongos abertos “ei”, “oi” Quem saiu se beneficiando foram os que estão começando agora a adquirir
Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental I.
na penúltima sílaba. Se você tem dificuldades em memorizar regras, é inútil estudar o Novo
He-roi-co ji-boi-a Acordo comparando “o antes e o depois”, feito revista de propaganda de
As-sem-blei-a i-dei-a cosméticos. O ideal é que as mudanças sejam compreendidas e gravadas
Pa-ra-noi-co joi-a na memória: para isso, é preciso colocá-las em prática.
OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?
o som delas estiverem aberto. Regra Geral
Céu véu A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não
Dói herói tem som; em “Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer
Chapéu beleléu encostado em prefixos:
Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U” quando
• pré-história
forem paroxítonas (penúltima sílaba forte) e precedidas de ditongo.
• anti-higiênico
feiura baiuca
• sub-hepático
cheiinho saiinha
• super-homem
boiuno
Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos grupos “GUE/GUI”
e “QUE/QUI”. Por isso, esses verbos serão grafados da seguinte maneira: Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que 1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua
seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí- portuguesa?
lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas a) 23
palavras. b) 26
c) 28
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em: d) 20
e) 21
• L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível. 2. A regra atual para acentuação no português do Brasil manda acentuar
• N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen. todos os ditongos abertos “éu”, “éi”, “ói” (como ‘assembléia’, ‘céu’ ou ‘dói’).
• R – câncer, caráter, néctar, repórter. Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:
• X – tórax, látex, ônix, fênix. a) Assembléia, dói, céu
b) Assembléia, doi, ceu
• PS – fórceps, Quéops, bíceps.
c) Assembléia, dói, ceu
• Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs. d) Assembleia, dói, céu
• ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão. e) Assembleia, doi, céu
• I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
• ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon. 3. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com
• UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns. acento circunflexo. Qual delas?
• US – ânus, bônus, vírus, Vênus. a) Vôo
b) Crêem
c) Enjôo
Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescen- d) Pôde
tes (semivogal+vogal): e) Lêem
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
4. Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras grafadas
3. Todas as proparoxítonas são acentuadas. corretamente:
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân- a) bússola, império, platéia, cajú, Panamá
temo, público, pároco, proparoxítona. b) bussola, imperio, plateia, caju, Panama
c) bússola, imperio, plateia, caju, Panamá
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS d) bússola, império, plateia, caju, Panamá
e) bussola, imperio, plateia, cajú, Panamá
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
• Formarem sílabas sozinhos ou com “S” 5. De acordo com as novas regras para o hífen, passarão a ser corretas as
grafias:
a) Coautor, antissocial e micro-ondas
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta. b) Co-autor, anti-social e micro-ondas
c) Coautor, antissocial e microondas
IMPORTANTE d) Co-autor, antissocial e micro-ondas
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, e) Coautor, anti-social e microondas
se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
6. Qual das frases abaixo está redigida de acordo com a nova ortografia?
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos a) É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de
de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. infraestrutura recém-aprovado,
Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.
sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso. b) É preciso ter auto-estima e autocontrole para coordenar o projeto de
infra-estrutura recém-aprovado,
5. Trema ainda muito polemico e com ajustes a fazer.
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai c) É preciso ter auto-estima e autocontrole para co-ordenar o projeto de
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, infraestrutura recémaprovado,
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.
d) É preciso ter auto-estima e auto-controle para coordenar o projeto de
6. Acento Diferencial infra-estrutura recém-aprovado,
ainda muito polemico e com ajustes a fazer.
O acento diferencial permanece nas palavras: e) É preciso ter auto-estima e auto-controle para co-ordenar o projeto de
pôde (passado), pode (presente) infraestrutura recém-aprovado,
pôr (verbo), por (preposição) ainda muito polêmico e com ajústes a fazer.
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do
verbo está no singular ou plural: 7. Em quais das alternativas abaixo há apenas palavras grafadas de acordo
com a nova ortografia da língua portuguesa?
SINGULAR PLURAL a) Pára-choque, ultrassonografia, relêem, União Européia, inconseqüen-
Ele tem Eles têm te, arquirrival, saúde
b) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequen-
Ele vem Eles vêm te, arquirrival, saude
c) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequen-
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: te, arquirrival, saúde
conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc. d) Parachoque, ultra-sonografia, releem, União Européia, inconsequente,
arqui-rival, saúde
Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
3- correr: cor-rer desçam: des-çam É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas.
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
fascinar: fas-ci-nar Ó jovens! Lutemos!
Os principais elementos móficos são : • Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun-
zum, miau);
RADICAL • Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra. compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
enterrar = en + terra + ar
pronome = pro + nome
Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma São invariáveis:
de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães; a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-
ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc. sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo;
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém, molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-
armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns. desocupa-o-copo;
4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar, c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí- perde-ganha, os perde-ganha.
fens (ou hífenes). Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
FUGIR ADVÉRBIO
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-
vérbio, exprimindo uma circunstância.
IR
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam Os advérbios dividem-se em:
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão te, através, defronte, aonde, etc.
Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-
Gerúndio indo siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem,
Particípio ido mal, quase, apenas, etc.
5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc.
OUVIR 6) NEGAÇÃO: não.
Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
provavelmente, etc.
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Particípio ouvido
Há Muitas Locuções Adverbiais
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, 14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
sofrem variação normalmente. terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
Esses pneus custam caro. este sua impessoalidade.
Conversei bastante com eles. Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Conversei com bastantes pessoas. Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
Estas crianças moram longe.
Conheci longes terras. CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER
CONCORDÂNCIA VERBAL 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
CASOS GERAIS RECER concordam com o predicativo.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Aquilo é ilusão.
O menino chegou. Os meninos chegaram.
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
O pessoal ainda não chegou. corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
A turma não gostou disso. Que são florestas equatoriais?
Um bando de pássaros pousou na árvore. Quem eram aqueles homens?
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
Os Estados Unidos são um grande país. a expressão numérica.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. São oito horas.
Os Alpes vivem cobertos de neve. Hoje são 19 de setembro.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Flores já não leva acento.
O Amazonas deságua no Atlântico. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. fica no singular.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Três batalhões é muito pouco.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen- Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
temente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). Maria era as flores da casa.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o O homem é cinzas.
sujeito paciente.
Vende-se um apartamento. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
Vendem-se alguns apartamentos. concorda com o predicativo.
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o Dançar e cantar é a sua atividade.
verbo para a 3ª pessoa do singular. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
Precisa-se de funcionários.
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
singular e o verbo no singular ou no plural. concorda com o pronome.
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) A ciência, mestres, sois vós.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Em minha turma, o líder sou eu.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em
ou depois do verbo principal. conformidade com a norma culta.
Infinitivo Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
- Não lhe quero dizer o que aconteceu. interior da concha de moluscos reúne outras características interes-
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu. santes, como resistência e flexibilidade.
(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
Gerúndio componentes para a indústria.
- Não lhe ia dizendo a verdade. (B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
- Não ia dizendo-lhe a verdade. componentes para a indústria.
(C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de com-
ponentes para a indústria.
(D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de
Figuras de Linguagem componentes para a indústria.
(E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
Figuras sonoras componentes para a indústria.
Aliteração
05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema
repetição de sons consonantais (consoantes). para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que
Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características ele está empregado conforme o padrão culto.
marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia. (A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem.
(B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje.
(C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha.
(D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro.
11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às respeitam as regras de pontuação.
chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
mações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- te, apenas a:
res. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
Leia o período para responder às questões de números 19 e 20. 25. Felizmente, ninguém se machucou.
Lentamente, o navio foi se afastando da costa.
O livro de registro do processo que você procurava era o que estava Considere:
sobre o balcão. I. felizmente completa o sentido do verbo machucar;
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem modo;
a III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do
(A) processo e livro. fato;
(B) livro do processo. IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
(C) processos e processo. V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.
(D) livro de registro. Está correto o contido apenas em
(E) registro e processo. (A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período (C) I, III e IV.
acima: (D) II, III e IV.
I. há, no período, duas orações; (E) III, IV e V.
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; 26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. indicando concessão, é:
Está correto o contido apenas em (A) para poder trabalhar fora.
(A) II e IV. (B) como havia programado.
(B) III e IV. (C) assim que recebeu o prêmio.
(C) I, II e III. (D) porque conseguiu um desconto.
(D) I, II e IV. (E) apesar do preço muito elevado.
(E) I, III e IV.
27. É importante que todos participem da reunião.
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do O segmento que todos participem da reunião, em relação a
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: É importante, é uma oração subordinada
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; (A) adjetiva com valor restritivo.
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura (B) substantiva com a função de sujeito.
pelo Juiz; (C) substantiva com a função de objeto direto.
III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen- (D) adverbial com valor condicional.
te ao da palavra mas; (E) substantiva com a função de predicativo.
IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar. 28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe-
Está correto o contido apenas em lecida pelo termo como é de
(A) II e IV. (A) comparatividade.
(B) III e IV. (B) adição.
(C) I, II e III. (C) conformidade.
(D) I, III e IV. (D) explicação.
(E) II, III e IV. (E) consequência.
22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. 29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de
Ao transformar os dois períodos simples num único período compos- franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão
to, a alternativa correta é: contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di-
(A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
(B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. possíveis franqueados.
(C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e
(D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. (A) digo ... portanto ... mas
(B) como ... pois ... mas
23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci- (C) ou seja ... embora ... pois
dos galhos da velha árvore. (D) ou seja ... mas ... portanto
Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre (E) isto é ... mas ... como
o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
(A) Quem podou? e Quando podou? 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos
(B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados.
(C) Que jardineiro? e Podou o quê? A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-
(D) Que vizinho? e Que galhos? rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi-
(E) Quando podou? e Podou o quê? da, sem alterar o sentido da frase, é:
(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ...
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores...
correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua- (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...
ção em:
(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. A MISÉRIA É DE TODOS NÓS
(B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social
(C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
(D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tama-
Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste. 37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora:
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural, A) apareça algumas vezes nas grandes cidades;
esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem B) se manifeste de formas distintas;
posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cida- C) esteja escondida dos olhos de alguns;
des, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e D) seja combatida pelas autoridades;
se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações E) se torne mais disseminada e cruel.
é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente
em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da 38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em-
pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada sim- preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma
ples. INCORRETA é:
Veja, ed. 1735 A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica;
31. O título dado ao texto se justifica porque: C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante;
A) a miséria abrange grande parte de nossa população; D) não é um problema universal = é um problema particular;
B) a miséria é culpa da classe dominante; E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida.
C) todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós; 39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse
E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos. segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria:
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria;
32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no E) mantenha.
Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da coloniza-
ção?'': 40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos
A) tem sua resposta dada no último parágrafo; abaixo é:
B) representa o tema central de todo o texto; A) ''Como entender a resistência da miséria...'';
C) é só uma motivação para a leitura do texto; B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta; C) ''...desde que se passou a registrá-las...'';
E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta. D) ''...começa a exercitar seus músculos.'';
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''.
33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil
que ela: PROTESTO TÍMIDO
A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam
outras áreas; dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o
B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma
cidades; trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era
C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam um menino.
para a classe dominante;
D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra-
de outros indicadores sociais; ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os
E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esbura-
décadas. cada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de
34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é: sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo
A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abando-
indicadores sociais melhoraram; nado.
B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se
mantém onipresente; Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de
C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns
incompetentes; mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatru-
D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas, lha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém
a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo; tomava conhecimento da existência do menino.
E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da
miséria que leva à criminalidade. Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões
no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acor-
35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na dasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu
quantidade, exceto: problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social?
A) frequência escolar; (....)
B) liderança diplomática;
C) mortalidade infantil; Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imagina-
D) analfabetismo; ção não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem
E) desempenho econômico. onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo
imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de
36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a
41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor 48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do texto
definição: significa que:
A) registro de fatos históricos em ordem cronológica; A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava
B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano; morto;
C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado; B) a posição do menino era idêntica à de um morto;
D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas- C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou
tante variados; morto;
E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais. D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava
dormindo ou morto;
42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito - E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino.
vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei-
to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem: 49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos
A) do passado para o presente; históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre é:
B) da descrição para a narração; A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...'';
C) do impessoal para o pessoal; B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte'';
D) do geral para o específico; C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens'';
E) do positivo para o negativo. D) ''...isto é problema para o juizado de menores'';
E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''.
43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se 50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento
deve a que: do texto é uma:
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa; A) metonímia;
B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste B) comparação ou símile;
inútil; C) metáfora;
C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino; D) prosopopeia;
D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo; E) personificação.
E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-
as.
Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
de 100000 euros por mês. falsa; e
Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol.
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000 Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
euros por mês. verdadeira.
Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é Mas não podemos ter:
treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo, são falsa.
não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos
Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mouri-
lido? Podes seguir esta regra:
nho ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exem-
plo, o Mourinho como treinador de um clube do campeonato
regional de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
caso, a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
serem verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido. alguma circunstância em que, considerando as premissas
verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
não é válido. Se não, então o argumento é válido.
Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente
apresentado:
Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano. Argumentos sólidos e argumentos bons
Em filosofia não é suficiente termos argumentos válidos,
Este argumento é válido, pois é impossível que a
pois, como viste, podemos ter argumentos válidos com con-
premissa seja verdadeira e a conclusão falsa. Ao contrá-
clusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa).
rio do argumento que envolve o Mourinho, neste não po-
Em filosofia pretendemos chegar a conclusões verdadeiras.
demos imaginar nenhuma circunstância em que a premis-
Por isso, precisamos de argumentos sólidos.
sa seja verdadeira e a conclusão falsa. Podes imaginar o
caso em que o João não é aluno do 11.º ano. Bem, isto
significa que a conclusão é falsa, mas a premissa também Um argumento sólido é um argumento válido
é falsa. com premissas verdadeiras.
Repara, agora, no seguinte argumento: Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois,
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a
validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
Premissa 1: Todos os números primos são pares.
ras e conclusão falsa.
Premissa 2: Nove é um número primo.
Conclusão: Logo, nove é um número par.
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido:
Este argumento é válido, apesar de quer as premissas
quer a conclusão serem falsas. Continua a aplicar-se a no- Todos os minhotos são alentejanos.
ção de validade dedutiva anteriormente apresentada: é im- Todos os bracarenses são minhotos.
possível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão Logo, todos os bracarenses são alenteja-
falsa. A validade de um argumento dedutivo depende da nos.
conexão lógica entre as premissas e a conclusão do argu-
mento e não do valor de verdade das proposições que cons- Este argumento não é sólido, porque a primeira premissa
tituem o argumento. Como vês, a validade é uma proprieda- é falsa (os minhotos não são alentejanos). E é porque tem
de diferente da verdade. A verdade é uma propriedade das uma premissa falsa que a conclusão é falsa, apesar de o
proposições que constituem os argumentos (mas não dos argumento ser válido.
Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con- pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o
argumento não é persuasivo. As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
racterizadas por apresentarem mais de uma proposição
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen- conectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que letras maiúsculas: P, Q, R, S, T...
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a
esta: Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
que a proposição composta Q é formada pelas proposições
— Pai, preciso de um aumento da "mesa- simples r, s e t.
da".
Exemplo:
— Porquê?
— Porque sim. Proposições simples:
p: O número 24 é múltiplo de 3.
q: Brasília é a capital do Brasil.
O que temos aqui? O seguinte argumento: r: 8 + 1 = 3 . 3
s: O número 7 é ímpar
Preciso de um aumento da "mesada". t: O número 17 é primo
Logo, preciso de um aumento da "mesa- Proposições compostas
da". P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24.
Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3.
Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu- R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo.
são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para
esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja, Noções de Lógica
"Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um Sérgio Biagi Gregório
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse- 1. CONCEITO DE LÓGICA
gues persuadir ninguém.
Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte
Mas não penses que só os argumentos em que a conclu- de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é
mau (ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um
que a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumen- sistema de conhecimentos certos, baseados em princípios
to: universais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica
se apresenta como ciência normativa, uma vez que seu obje-
Se a vida não faz sentido, então Deus não to não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é,
existe. as normas do pensamento correto.
Mas Deus existe.
Logo, a vida faz sentido. A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo
que define os princípios universais do pensamento, estabele-
Este argumento é válido, mas não é um bom argumento, ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1).
porque as premissas não são menos discutíveis do que a
conclusão. 2. EXTENSÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS
Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou ne- Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da lógi-
gação entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, ca. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamen-
por exemplo, que “este livro é de filosofia”, acabamos de te, as leis do pensamento. Suas pesquisas lógicas foram
formular um juízo. reunidas, sob o nome de Organon, por Diógenes Laércio. As
leis do pensamento formuladas por Aristóteles se caracteri-
O enunciado verbal de um juízo é denomina- zam pelo rigor e pela exatidão. Por isso, foram adotadas
do proposição ou premissa. pelos pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, são
admitidas por muitos filósofos.
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coor-
denar dois ou mais juízos antecedentes, em busca de um O objetivo primacial da lógica é, portanto, o estudo da in-
juízo novo, denominado conclusão ou inferência. teligência sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
É ela que fornece ao filósofo o instrumento e a técnica ne-
Vejamos um exemplo típico de raciocínio: cessária para a investigação segura da verdade. Mas, para
1ª) premissa - o ser humano é racional; atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e racio-
2ª) premissa - você é um ser humano; cinar corretamente, a fim de que o espírito não caia em con-
conclusão - logo, você é racional. tradição consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, são. Daí as várias divisões
O enunciado de um raciocínio através da linguagem fala- da lógica.
da ou escrita é chamado de argumento. Argumentar signifi-
ca, portanto, expressar verbalmente um raciocínio (2). Assim sendo, a extensão e compreensão do conceito, o
juízo e o raciocínio, o argumento, o silogismo e o sofisma são
4. SILOGISMO estudados dentro do tema lógica. O silogismo, que é um
raciocínio composto de três proposições, dispostos de tal
Silogismo é o raciocínio composto de três proposições, maneira que a terceira, chamada conclusão, deriva logica-
dispostas de tal maneira que a terceira, chamada conclusão, mente das duas primeiras chamadas premissas, tem lugar de
deriva logicamente das duas primeiras, chamadas premis- destaque. É que todos os argumentos começam com uma
sas. afirmação caminhando depois por etapas até chegar à con-
clusão. Sérgio Biagi Gregório
Todo silogismo regular contém, portanto, três proposi-
ções nas quais três termos são comparados, dois a dois.
Exemplo: toda a virtude é louvável; ora, a caridade é uma LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
virtude; logo, a caridade é louvável (1).
1. Introdução
5. SOFISMA
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de
Sofisma é um raciocínio falso que se apresenta com apa-
Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
rência de verdadeiro. Todo erro provém de um raciocínio
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular-
ilegítimo, portanto, de um sofisma.
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro
O erro pode derivar de duas espécies de causas:
seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
das palavras que o exprimem ou das idéias que o constitu-
raciocínio.
em. No primeiro, os sofismas de palavras ou verbais; no
segundo, os sofismas de idéias ou intelectuais.
Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
Exemplo de sofisma verbal: usar mesma palavra com quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
duplo sentido; tomar a figura pela realidade. ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estu-
dar o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante- levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
cedente ou mera circunstância acidental (3). prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
(3) Pedro é europeu. Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte
e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a experi- qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi-
ência nos diz que a premissa é falsa. dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar-
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a de convencer mediante o discurso.
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex- A força de uma analogia depende, basicamente, de três
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de aspectos:
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e im-
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras portantes;
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos
sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí- b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o ção e outra deve ser significativo;
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou
persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor c) não devem existir divergências marcantes na compara-
lógico do raciocínio empregado na argumentação. ção.
Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, ca-
dotado de duas características fundamentais: ter premissas sos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões
aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria- adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a mo-
das. Dos raciocínios mais empregados na argumentação, tor é um meio de transporte que necessita de um condutor.
merecem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos Este, tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de
três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas- bom senso e de boa técnica para desempenhar adequada-
tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado mente seu papel.
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
Aplicação das regras acima a exemplos:
pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
formal. levantes, não imaginários ou insignificantes.tc
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de "a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo relevantes, não imaginários ou insignificantes."
como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento. Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade- roupas de sua filha.
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
como argumento contra a existência da alma o fato de esta fume francês e é um bom advogado;
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do cor-
po humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; lo-
que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon- go, deve ser um bom advogado.
trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequa- b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação
do para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos
ordem metafísica, não física. semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati-
vo."
2.1. Raciocínio analógico
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No de vida.
raciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida, Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
da vivência direta ou indireta da situação-referência. por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto c) Não devem existir divergências marcantes na compara-
de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia ção.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na com-
é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, paração.."
é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também
tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei ocasião de tormentas e tempestades;
do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo)
ou de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
a pescaria marinha não está tendo sucesso porque troveja
entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come- muito.
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va-
professor de ciência da computação da Universidade de lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
Michigan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um
da computação, uma situação semelhante à que ocorre no caso particular discorde da generalização obtida das premis-
da genética. Assim como na natureza espécies diferentes sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probali-
podem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento dade de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece
genético - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera
informática, também o cruzamento de programas pode con- coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
tribuir para montar um programa mais adequado para resol- há casos em que
ver um determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa
mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: uma simples análise das premissas é suficiente para de-
uma com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. tectar a sua fraqueza.
“Para resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos
um programa que dê conta de uma parte do problema e Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser
cruzamos com outro programa que solucione outra parte. aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de
Entre as várias soluções possíveis, selecionam-se aquelas um grupo ou de uma classe tendo como modelo o compor-
que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por tamento de alguns de seus componentes:
várias gerações - sempre selecionando o melhor programa -
até obter o descendente que mais se adapta à questão. É, 1. Adriana é mulher e dirige mal;
portanto, semelhante ao processo de seleção natural, em Ana Maria é mulher e dirige mal;
que só sobrevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, Mônica é mulher e dirige mal;
19/10/95, 1º cad., p. 12). Carla é mulher e dirige mal;
logo, todas as mulheres dirigem mal.
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi- 2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de Fernando é político e é corrupto;
raciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não. Paulo é político e é corrupto;
Estevão é político e é corrupto;
logo, todos os políticos são corruptos.
2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta-
Ainda que alguns autores considerem a analogia como refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe-
uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução.
base mais ampla de sustentação. A indução consiste em Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada.
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibi- Um exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da desco-
lidade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos berta da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos,
e, na maioria dos casos, também da verificação experimen- acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos porque
tal. Como dificilmente são investigados todos os casos pos- todos os até então observados eram brancos. Ao ser visto o
síveis, acaba-se aplicando o princípio das probabilidades. primeiro cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra.
Depois da série de protestos realizados pela população, 2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es-
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici-
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
ências da analogia e da indução.
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
nação. do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral,
para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
premissa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
raciocínio:
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan-
to alguns insinuavam a suaculpa, eu continuava seguro de
sua inocência. Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. univer-
sal
LÓGICA SENTENCIAL E DE PRIMEIRA ORDEM A sentença (1) é composta por um nome próprio, ‘Lula’, e
um predicado, ‘... é brasileiro’. Em lógica, para evitar o uso
de ‘...’, usamos uma variável para marcar o(s) lugar(es) em
Elementos de Lógica sentencial que podemos completar um predicado. Aqui, expressões do
1. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de pre- tipo x é brasileiro designam predicados. Considere agora a
dicados sentença (2) Xuxa é mãe de Sasha.
A lógica divide-se em lógica sentencial e lógica de predi- A sentença (2) pode ser analisada de três maneiras dife-
cados. A lógica sentencial estuda argumentos que não de- rentes, que correspondem a três predicados diferentes que
pendem da estrutura interna das sentenças. Por exemplo: podem ser formados a partir de (2):
(2a) x é mãe de Sasha;
(1) (2b) Xuxa é mãe de x;
Se Deus existe, então a felicidade eterna é possível. (2c) x é mãe de y.
Deus existe.
Logo, a felicidade eterna é possível. Do ponto de vista lógico, em (2c) temos o que é chamado
de um predicado binário, isto é, um predicado que, diferen-
A validade do argumento (1) depende do modo pelo qual temente de x é brasileiro, deve completado por dois nomes
as sentenças são conectadas, mas não depende da estrutura próprios para formar uma sentença.
interna das sentenças. A forma lógica de (1) deixa isso claro:
(1a) As sentenças (1) e (2) acima são denominadas sentenças
Se A, então B. atômicas. Uma sentença atômica é uma sentença formada
A. por um predicado com um ou mais espaços vazios, sendo
Logo, B. todos os espaços vazios completados por nomes próprios.
Sentenças atômicas não contêm nenhum dos operadores
Diferentemente, a lógica de predicados estuda argumen- lógicos e, ou, se...então etc., nem os quantificadores todo,
tos cuja validade depende da estrutura interna das senten- nenhum, algum etc.
ças. Por exemplo:
(2) Sentenças moleculares são sentenças formadas com o
Todos os cariocas são brasileiros. auxílio dos operadores sentenciais. Exemplos de sentenças
Alguns cariocas são flamenguistas. moleculares são
Logo, alguns brasileiros são flamenguistas. (3) Lula é brasileiro e Zidane é francês,
A forma lógica de (2) é a seguinte: (4) Se você beber, não dirija,
(2a) (5) João vai à praia ou vai ao clube.
Todo A é B.
Algum A é C. 3. A interpretação vero-funcional dos operadores senten-
Logo, algum B é A. ciais
Os operadores sentenciais que estudaremos aqui são as
A primeira premissa do argumento (2) diz que o conjunto partículas do português não, ou, e, se...então, se, e somente
dos indivíduos que são cariocas está contido no conjunto dos se. A lógica sentencial interpreta esses operadores como
brasileiros. A segunda, diz que ‘dentro’ do conjunto dos cari- funções de verdade ou vero-funcionalmente. Isso significa
ocas, há alguns indivíduos que são flamenguistas. É fácil que eles operam apenas com os valores de verdade dos
concluir então que existem alguns brasileiros que são fla- seus operandos, ou em outras palavras, o valor de verdade
menguistas, pois esses flamenguistas que são cariocas se- de uma sentença formada com um dos operadores é deter-
rão também brasileiros. Essa conclusão se segue das pre- minado somente pelos valores de verdade das sentenças
missas. que a constituem.
Note, entretanto, que as sentenças ‘todos os cariocas são Os operadores sentenciais se comportam de uma manei-
brasileiros’ e ‘alguns cariocas são flamenguistas’ têm uma ra análoga às funções matemáticas. Estas recebem números
estrutura diferente da sentença ‘se Deus existe, a felicidade como argumentos e produzem números como valores. Os
eterna é possível’. Esta última é formada a partir de duas operadores sentenciais são funções porque recebem valores
outras sentenças ‘Deus existe’ e ‘a felicidade eterna é possí- de verdade como argumentos e produzem valores de verda-
vel’, conectadas pelo operador lógico se...então. Já para de. Considere-se a seguinte função matemática:
analisar o argumento (2) precisamos analisar a estrutura (4) y =x + 1.
interna das sentenças, e não apenas o modo pelo qual sen-
tenças são conectadas umas às outras. O que caracteriza a
Dizemos que y =f(x), isto é, ‘y é função de x’, o que sig-
lógica de predicados é o uso dos quantificadores todo, algum
nifica que o valor de y depende do valor atribuído a x.
e nenhum. É por esse motivo que a validade de um argu-
mento como o (2) depende da estrutura interna das senten- Quando x =1, y =2;
ças. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de predi- x =2, y =3;
cados ficará mais clara no decorrer desta e da próxima uni- x = 3, y =4,
dade. e assim por diante. Analogamente a uma função matemá-
tica, uma função de verdade recebe valores de verdade co-
Usualmente o estudo da lógica começa pela lógica sen- mo argumentos e produz valores de verdade como valores.
tencial, e seguiremos esse caminho aqui. Nesta unidade
vamos estudar alguns elementos da lógica sentencial. Na As chamadas tabelas de verdade mostram como os ope-
próxima unidade, estudaremos elementos da lógica de predi- radores da lógica sentencial funcionam.
cados.
No lado esquerdo da tabela de verdade temos as senten-
2. Sentenças atômicas e moleculares ças a partir das quais a sentença composta foi formada – no
Considere-se a sentença caso da negação, uma única sentença. O valor produzido
pela função de verdade está na coluna da direita. As letras V
A negação em (9) é denominada negação predicativa, No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver-
pois nega o predicado, ao passo que em (6) há uma negação dadeira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou
sentencial porque toda a sentença é negada. No caso de quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva
sentenças atômicas, a negação predicativa é equivalente à admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente
negação sentencial, mas veremos que isso não ocorre com verdadeiras.
sentenças moleculares e sentenças com quantificadores.
Note que negar duas vezes uma sentença equivale a a- No sentido exclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver-
firmar a própria sentença. A negação de dadeira apenas em duas situações:
(5) Lula é brasileiro (i) A é verdadeira e B é falsa;
é (ii) B é verdadeira e A e falsa.
(9) Lula não é brasileiro,
e a negação de (9), Não há, na disjunção exclusiva, a possibilidade de serem
(10) Não é o caso que Lula não é brasileiro, é a negação ambas as sentenças verdadeiras. A tabela de verdade da
da negação de (5), que é equivalente à própria sentença (5). disjunção exclusiva é
A B A ou B
5. A conjunção VVF
Uma sentença do tipo A e B é denominada uma conjun- VFV
ção. Considere-se a sentença FVV
(11) João foi à praia e Pedro foi ao futebol. FFF
A sentença (1) é composta por duas sentenças,
(12) João foi à praia Um exemplo de disjunção exnclusiva é
e (20) Ou o PMDB ou o PP receberá o ministério da saúde,
(13) Pedro foi ao futebol que é formada a partir das sentenças:
conectadas pelo operador lógico e. Na interpretação vero- (21) o PMDB receberá o ministério da saúde;
funcional do operador e, o valor de verdade de (11) depende (22) o PP receberá o ministério da saúde.
apenas dos valores de verdade das sentenças (12) e (13). É
fácil perceber que (11) é verdadeira somente em uma situa- Quando se diz que um determinado partido receberá um
ção: quando (12) e (13) são ambas verdadeiras. A tabela de ministério, isso significa que um membro de tal partido será
verdade de uma conjunção A e B é a seguinte: nomeado ministro. Posto que há somente um ministro da
ABAeB saúde, não é possível que (21) e (22) sejam simultaneamen-
VVV te verdadeiras. O ou da sentença (20), portanto, é exclusivo.
VFF
FVF Na lógica simbólica, são usados símbolos diferentes para
FFF designar o ou inclusivo e o exclusivo. No latim, há duas pala-
vras diferentes, vel para a disjunção inclusiva e aut para a
Note que, na interpretação vero-funcional da conjunção, exclusiva. No português isso não ocorre. Na maioria das
A e B é equivalente a B e A. Não faz diferença alguma afir- vezes é apenas o contexto que deixa claro se se trata de
marmos (11) ou (14) Pedro foi ao futebol e João foi à praia. uma disjunção inclusiva ou exclusiva.
É importante observar que a interpretação vero-funcional Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo
português. A sentença quanto para o exclusivo.
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
quivalente a 7. A condicional
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun- Vejamos outro exemplo. Considere a condicional
ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Ana- (28) Se Pedro não jogar na loteria, não ganhará o prêmio.
lisada vero-funcionalmente, a condicional é denominada
condicional material. Essa é uma condicional verdadeira. Por quê? Porque é
impossível (em uma situação normal) o antecedente ser
Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta- verdadeiro e o conseqüente falso. Isto é, não é possível
ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde Pedro não jogar e ganhar na loteria. Fica como exercício
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural. para o leitor a construção da tabela de verdade de (28).
Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos Não é difícil perceber, em casos como (25) e (28) acima,
se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de por que uma condicional é verdadeira quando o antecedente
A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma é falso. O problema é que, sendo a condicional material uma
explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do função de verdade, coisas como (29) se 2 + 2 = 5, então a
se...então como uma função de verdade. A tabela de verda- Lua é de queijo são verdadeiras. Sem dúvida, esse é um
de da condicional material é a seguinte: resultado contra-intuitivo. Note que toda condicional material
A B se A, então B com antecedente falso será verdadeira. Mas no uso corrente
VVV da linguagem normalmente não formulamos condicionais
VFF com o antecedente falso.
FVV
FFV Mas cabe perguntar: se a condicional material de fato não
expressa todos os usos do se...então em português e, além
Uma condicional material é falsa apenas em um caso: disso, produz resultados contra-intuitivos como a sentença
quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso. (29), por que ela é útil para o estudo de argumentos constru-
ídos com a linguagem natural? A resposta é muito simples. O
A terceira e a quarta linhas da tabela de verdade da con- caso em que a condicional material é falsa, a segunda linha
dicional material costumam causar problemas para estudan- da tabela de verdade, corresponde exatamente ao caso em
tes iniciantes de lógica. Parece estranho que uma condicio- que, no uso corrente da linguagem, uma sentença se A,
nal seja verdadeira sempre que o antecedente é falso, mas então B é falsa. Considere-se a sentença (30) Se Lula con-
veremos que isso é menos estranho do que parece. seguir o apoio do PMDB, então fará um bom governo.
Suponha que você não conhece Victor, mas sabe que Em (30), o ponto é que Lula fará um bom governo porque
Victor é um parente do seu vizinho que acabou de chegar da tem o apoio do PMDB. Há um suposto nexo explicativo e
França. Você não sabe mais nada sobre Victor. Agora consi- causal entre o antecedente e o conseqüente. Suponha, en-
dere a sentença: tretanto, que Lula obtém o apoio do PMDB durante todo o
(25) Se Victor é carioca, então Victor é brasileiro. seu mandato, mas ainda assim faz um mau governo. Nesse
caso, em que o antecedente é verdadeiro e o conseqüente
O antecedente de (25) é (26) Victor é carioca e o conse- falso, (30) é falsa.
qüente é (27) Victor é brasileiro.
Abaixo, você encontra diferentes maneiras de expressar,
A sentença (25) é verdadeira, pois sabemos que todo ca- na linguagem natural, uma condicional se A, então B, todas
rioca é brasileiro. Em outras palavras, é impossível que al- equivalentes.
guém simultaneamente seja carioca e não seja brasileiro. Por Se A, B
esse motivo, a terceira linha da tabela de verdade, que torna- B, se A
ria a condicional falsa, nunca ocorre. Caso A, B
B, caso A
Descartada a terceira linha, ainda há três possibilidades,
que correspondem às seguintes situações: As expressões abaixo também são equivalentes a se A,
(a) Victor é carioca. então B:
(b) Victor é paulista. A, somente se B
(c) Victor é francês. Somente se B, A
A é condição suficiente para B
Suponha que Victor é carioca. Nesse caso, o antecedente B é condição necessária para A,mas elas serão vistas
08. (ABC) Se A negação de o gato mia e o rato chia é: Os resultados das proposições SEMPRE tem que dar
verdadeiro.
a) o gato não mia e o rato não chia;
b) o gato mia ou o rato chia; Há alguns princípios básicos:
c) o gato não mia ou o rato não chia;
d) o gato e o rato não chiam nem miam; Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e
e) o gato chia e o rato mia. falsa ao mesmo tempo.
Quando usamos a negação de uma proposição inverte- Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra
mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos: proposição exista. “P” será condição suficiente para “Q” e “Q”
é condição necessária para “P”.
Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi-
ca de P) Ex4.: P → Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é
bom.) → = “se...então”
~Q (não Q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de Q)
Regrinha para o conectivo condicional (→):
Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a ne-
gação vira falsa. P Q P→Q
V V V
Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vi-
V F F
ra verdadeira.
F V V
Regrinha para o conectivo de negação (~): F F V
P ~P BICONDICIONAL (símbolo ↔)
V F
O resultado dessas proposições será verdadeiro se e
F V
somente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
duas falsas). “P” será condição suficiente e necessária para
“Q”
CONJUNÇÃO (símbolo Λ):
Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo
não é bom.) ↔ = “se e somente se”
Este conectivo é utilizado para unir duas proposições
formando uma terceira. O resultado dessa união somente
Regrinha para o conectivo bicondicional (↔):
será verdadeiro se as duas proposições (P e Q) forem ver-
dadeiras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado
P Q P↔Q
será FALSO.
V V V
Ex.2: P Λ Q. (O Pão é barato e o Queijo não é bom.) Λ = V F F
“e”
F V F
Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ): F F V
A B A↔B
O número destas linhas é l = nt , sendo n o número de
valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do Cálculo V V V
Proposicional Clássico) e t o número de termos que a V F F
fórmula contém. Assim, se uma fórmula contém 2 termos, o F V F
número de linhas que expressam a permutações entre estes
será 4: um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V), F F V
dois casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F
DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR)
V) e um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a
fórmula contiver 3 termos, o número de linhas que
expressam a permutações entre estes será 8: um caso de A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um
todos termos serem verdadeiros (V V V), três casos de dos operandos for verdadeiro
apenas dois termos serem verdadeiros (V V F , V F V , F V
V), três casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F A B A((B
F , F V F , F F V) e um caso no qual todos termos são falsos V V F
(F F F). V F V
Tabelas das Principais Operações do Cálculo F V V
Proposicional Dei F F F
Negação
Adaga de Quine (NOR)
Disjunção (OU)
A B A→B
A disjunção é falsa se, e somente se ambos os V V V
operandos forem falsos
V F F
A B AvB F V V
V V V F F V
V F V
F V V
F F F
Afirmação do conseqüente
A B A→B
OBS: CONSIDERE QUE O TAMANHO DOS CÍRCULOS
V V V NÃO INDICA O TAMANHO RELATIVO DOS CONJUNTOS.
V F F
F V V LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS,
F F V INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.
1. Introdução
Comutação dos Condicionais
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de
A implica B. (A→B) Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular-
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
Logo, B implica A. (B→A)
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro
A B A→B B→A seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom
raciocínio.
V V V V
V F F V Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
F V V F quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estu-
F F V V
dar o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
Fonte: Wikipédia sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
DIAGRAMAS LÓGICOS prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
História no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico
Para entender os diagramas lógicos vamos dar uma rápi- ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do
da passada em sua origem. raciocínio”.
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen-
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”,
ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou “lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
forte etc. vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria- o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um
mente, manter-se num plano distante da existência humana, conceito, que é o ato mental correspondente ao signo.
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo- Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos “mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En- quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma
fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o nota característica comum a todos os elementos do conjunto,
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten- de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental.
tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada
do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático. como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou
1.3. Inferência Lógica aquela cuja trajetóriaexistencial destaca-se pela bondade,
virtude, afetividade e equilíbrio.
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um
raciocínio válido, visando à verdade. Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre-
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade manifestação de quem emite o juízo, o significado dos ter-
quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo, mos empregados no discurso.
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
de frases: as assertivas e as não assertivas, que também 1.5. Princípios lógicos
podem ser chamadas de proposições ou juízos.
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exem- non para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa
plos: “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se refe-
nas frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o rem tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto
verdadeiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral
caso das interrogações ou das frases que expressam esta- devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento
dos emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente deve respeitá-los. São eles:
ou ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa
nem verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo). a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali-
dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
As frases declaratórias ou assertivas podem ser combi- identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma
nadas de modo a levarem a conclusões conseqüentes, cons- vez conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-
tituindo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo: se ao longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de
um homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a
(1) Não há crime sem uma lei que o defina; Antônio.
(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime; b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é,
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
(3) logo, não é crime matar ET’s. tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu- embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são;
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o fal-
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda so e o verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verda-
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase deiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um
inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis- terceiro termo: está meio chovendo ou coisa parecida.
sas) deve levar a conclusões óbvias.
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três
1.4. Termo e Conceito princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve-
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído,
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala- admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro,
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi- como também ao indeterminado.
ficações de significado. Observe-se o exemplo:
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio
Os jaguares são quadrúpedes;
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
raciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida de vida.
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
da vivência direta ou indireta da situação-referência. noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto
de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia c) Não devem existir divergências marcantes na compa-
é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, ração.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na
é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também comparação.."
tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por
do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria marinha
ou de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No não está tendo sucesso porque troveja muito.
entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o sa-
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi- lário mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros,
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou tal como os operários suíços, também recebe um salário
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun- mínimo; logo, a maioria dos operários brasileiros também
vive bem, como os suíços.
A é N, L, Y, X; E é A e também é X;
Ainda que alguns autores considerem a analogia como 1. Adriana é mulher e dirige mal;
uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
base mais ampla de sustentação. A indução consiste em Ana Maria é mulher e dirige mal;
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibi- Mônica é mulher e dirige mal;
lidade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos
e, na maioria dos casos, também da verificação experimen-
tal. Como dificilmente são investigados todos os casos pos- Carla é mulher e dirige mal;
síveis, acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.
logo, todas as mulheres dirigem mal.
Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos 2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
logo, todos os políticos são corruptos. Depois da série de protestos realizados pela população,
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
tarefa simples, havendo muitos exemplos na história do co- depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
nhecimento indicadores dos riscos das conclusões por indu- e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
ção. Basta que um caso contrarie os exemplos até então moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
colhidos para que caia por terra uma “verdade” por ela sus- apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
tentada. Um exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
descoberta da Austrália, onde foram encontrados cisnes nação.
pretos, acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos
porque todos os até então observados eram brancos. Ao ser - Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
visto o primeiro cisne preto, uma certeza de séculos caiu por pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
terra. respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan-
to alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de
2.2.1. Procedimentos indutivos sua inocência.
Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas sendo empregando o método indutivo porque o argumento
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen- principal está sustentado pela observação de muitos casos
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de ou fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a con-
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien- clusão. No primeiro caso, a constatação de que diversas
te e o da indução por enumeração completa. tentativas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas
conduzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
a. Indução por enumeração incompleta suficiente
portamento do amigo infere-se sua inocência.
Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
Analogia, indução e probabilidade
como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas
particular, os que foram enumerados são representativos do chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso
todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”) ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas
não são sinônimas de certezas.
b. Indução por enumeração completa
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática,
a moral e a natural.
Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
baseado na enumeração completa.
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin-
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela o-
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de-
corre quando:
nominador representa os casos possíveis e o numerador o
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um
b.a. todos os casos são verificados e contabilizados; sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%.
b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos
Exemplos correspondentes às duas formas de indução destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
por enumeração completa: de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação
alegre ou triste etc.
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
em cada uma delas foi constatada uma característica própria Exemplos: considerando seu comportamento pregresso,
desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve- é provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo...
se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o
cabeça é um dos sintomas da dengue. receba bem, mas...
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na-
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças. turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas.
A previsão meteorológica é um exemplo particular de proba-
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po- lidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da impre-
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mes- visibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
mo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa eventos naturais.
científica.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado são passíveis de conclusões inexatas.
nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni- 2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
versal sos que os termos das premissas.
Exemplo de formulação correta:
Premissa menor: Pedro é homem. Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Termo Médio: Nikita é uma onça.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular Termo Menor: Nikita é feroz.
Exemplo de formulação incorreta:
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral Termo Maior: Antônio e José são poetas.
podem-se tirar conclusões de cunho particular. Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
os surfistas”.
qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”.
3) O predicado do termo médio não pode entrar na con-
Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que
clusão.
Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
Exemplo de formulação correta:
dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre-
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
Termo Médio: Pedro é homem.
a conclusão.
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
Exemplo de formulação incorreta:
2.3.1. Construção do Silogismo Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão) Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de lei.
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é i-
conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras noportuna.
palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride 4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez
através da premissa menor e infere, necessariamente, uma em sua extensão universal.
conclusão adequada. Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida-
Eis um exemplo de silogismo: des.
Termo Médio: Pedro é homem.
Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Maior A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Alguns homens são sábios.
Logo, a concussão é punível Conclusão Termo Médio: Ora os ignorantes são homens
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
O predicado “homens” do termo médio não é universal,
O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló-
mas particular.
gica, as premissas são chamadas de proposições que, por
2.3.1.1.2. Regras das Premissas
sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas
5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
Exemplo de formulação incorreta:
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
Conclusão: (?).
da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma con-
ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
clusão negativa.
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (nor-
Exemplo de formulação incorreta:
malmente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima,
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser dese-
punível é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e
jados.
concussão é o menor.
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.
2.3.1.1. As Regras do Silogismo
Se Sócrates era ateniense, era grego. Uma situação que esses diagramas poderão ser usados, é
Sócrates era grego. na determinação da quantidade de elementos que apresen-
Logo, era ateniense. tam uma determinada característica.
RESPOSTAS
1.B 11.C
2.C 12.E
3.D 13.A
4.E 14.C
5.B 15.C (certo)
6.A 16.C,E,C,C,E
7.B 17.E,C,E,C
8.E
9.E
10.D
PRINCÍPIO DA ADIÇÃO
PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Suponhamos um procedimento executado em k fases. A
fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2
Por meio do princípio fundamental da contagem, maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser
podemos determinar quantas vezes, de modo diferente, um executada. As fases são excludentes entre si, ou seja, não é
acontecimento pode ocorrer. possível que duas ou mais das fases sejam realizadas em
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk
Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas maneiras de ser realizado.
e independentes, de maneira que o número de
possibilidades: Exemplo
Na 1a etapa é k1, Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a
Na 2a etapa é k2, cidade B. Existem 5 caminhos possíveis para a cidade A e 3
Na 33 etapa é k3, possíveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
.......................... existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possíveis.
2 Notação
TEORIA DOS CONJUNTOS
Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a
seguinte notação:
CONJUNTO
• os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A,
Em matemática, um conjunto é uma coleção de B, C, ... ;
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os • os elementos são indicados por letras minúsculas: a,
elementos estão listados na coleção. Em contraste, uma b, c, x, y, ... ;
coleção de elementos na qual a multiplicidade, mas não a • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto C é
ordem, é relevante, é chamada multiconjunto. indicado com x ∈ C;
• o fato de um elemento y não pertencer a um conjunto
Conjuntos são um dos conceitos básicos da matemática. C é indicado y ∉ C.
Um conjunto é apenas uma coleção de entidades, chamadas
de elementos. A notação padrão lista os elementos 3. Representação dos conjuntos
separados por vírgulas entre chaves (o uso de "parênteses"
ou "colchetes" é incomum) como os seguintes exemplos: Um conjunto pode ser representado de três maneiras:
Exemplo:
a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto
formado pelos algarismos do nosso sistema de numeração.
b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v,
x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do nosso
alfabeto.
c) Quando um conjunto possui número elevado de Por esse tipo de representação gráfica, chamada
elementos, porém apresenta lei de formação bem clara, diagrama de Euler-Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈ C, z
podemos representa-lo, por enumeração, indicando os ∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ C, d ∉ C.
primeiros e os últimos elementos, intercalados por
reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o conjunto 4 Número de elementos de um conjunto
dos números pares positivos, menores do que100.
d) Ainda usando reticências, podemos representar, por Consideremos um conjunto C. Chamamos de número de
enumeração, conjuntos com infinitas elementos que tenham elementos deste conjunto, e indicamos com n(C), ao número
uma lei de formação bem clara, como os seguintes: de elementos diferentes entre si, que pertencem ao conjunto.
Exemplos
D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números
inteiros não negativos; a) O conjunto A = { a; e; i; o; u }
E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos é tal que n(A) = 5.
números inteiros; b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal que
F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números n(B) = 10.
ímpares positivos. c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n (C) =
99.
A representação de um conjunto por meio da descrição
de uma propriedade característica é mais sintética que sua 5 Conjunto unitário e conjunto vazio
representação por enumeração. Neste caso, um conjunto C,
de elementos x, será representado da seguinte maneira: Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C, tal que
n (C) = 1.
C = { x | x possui uma determinada propriedade }
Exemplo: C = ( 3 )
que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que possui
uma determinada propriedade: E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c, tal que
n(C) = 0.
Exemplos
2
Exemplo: M = { x | x = -25}
O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira: A = { x | x O conjunto vazio é representado por { } ou por ∅.
é algarismo do nosso sistema de numeração }
Exercício resolvido
O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser representado por
descrição da seguinte maneira G = { x | x é vogal do nosso
Determine o número de elementos dos seguintes com
alfabeto }
juntos :
O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser representado
a) A = { x | x é letra da palavra amor }
por descrição da seguinte maneira:
b) B = { x | x é letra da palavra alegria }
c) c é o conjunto esquematizado a seguir
H = { x | x é par positivo }
d) D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
e) E é o conjunto dos pontos comuns às relas
A representação gráfica de um conjunto é bastante cô-
r e s, esquematizadas a seguir :
moda. Através dela, os elementos de um conjunto são repre-
sentados por pontos interiores a uma linha fechada que não
se entrelaça. Os pontos exteriores a esta linha representam
os elementos que não pertencem ao conjunto.
Exemplo
Resolução
a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de possuir
dote letras, possui apenas seis letras distintas entre si.
Exemplos
Observações:
1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t ),
determinar os seguintes conjuntos:
a) A ∪ B f) B ∩ C
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C
c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C
d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C) Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30 elementos
e) B ∪ C de B, estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas
vezes; o que, evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este
Resolução erro, devemos subtrair uma vez os 5 elementos de A n B;
a) A ∪ B = {x; y; z; w; v } teremos então:
b) A ∩ B = {x }
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja:
c) A ∪ C = {x; y;z; u; t }
d) A ∩ C = {y }
n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então:
e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t}
f) B ∩ C= ∅ n(A ∪ B) = 45.
g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t}
h) A ∩ B ∩ C= ∅ 4 Conjunto complementar
i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y}
Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A, chamamos
2. Dado o diagrama seguinte, represente com hachuras de conjunto complementar de B em relação a A, e indicamos
os conjuntos: : com CA B, ao conjunto A - B.
Observação: O complementar é um caso particular de
a) A ∩ B ∩ C diferença em que o segundo conjunto é subconjunto do
b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C) primeiro.
Exercícios resolvidos:
4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y; u; t
}, determinar os seguintes conjuntos:
A–B C-A
B–A B–C
A–C C–B
Resolução
a) A - B = { y; z }
b) B - A= {w;v}
c) A - C= {x;z}
d) C – A = {u;t}
e) B – C = {x;w;v}
f) C – B = {y;u;t}
3. No diagrama seguinte temos:
n(A) = 20
n(B) = 30
n(A ∩ B) = 5
18 3 120
p(mais caro) = = = 0,75 = 75% b) p (pelo menos 1 mulher) = = 0,95 = 95%
54 4 126
As chances de esse freguês escolher um dos cardápios Os valores possíveis para as probabilidades
mais caros é de 75%.
No Exemplo 7 os grupos contados em a) e em b) comple-
EXEMPLO 5 tam todos os grupos possíveis (6 + 120 = 126). Portanto as
6 120 126
possibilidades somadas darão + = ou 100%
Numa urna estão 10 bolas de mesmo tamanho e de 126 126 126
mesmo material, sendo 8 pretas e 2 brancas. Pegando-se (5% + 95%).
uma bola qualquer dessa urna, qual a probabilidade de ela
ser branca? Já sabemos que:
Os eventos A e B não são independentes, pois é preciso Lembre-se de que qualquer uma das duas escolhas terá
ter aprovação na prova escrita e para fazer a prova prática um resultado favorável.
de direção. Como a ocorrência de B está condicionada à
ocorrência de A, criamos o evento: Se A e B são os eventos (escolher uma falta de Leonardo
ou escolher uma falta de André Cruz), estamos interessados
B/A: ter aprovação na prova prática de direção, sabendo na probabilidade do evento A ou B.
que o candidato foi aprovado na prova escrita.
Temos então:
Para calcular P(A e B), usamos: P(A e B) = P(A) · P(B/A)
P(A ou B) = P(A) + P(B)
Calculando:
Note que isso vale porque uma falta não pode ser come-
9 tida pelos dois jogadores ao mesmo tempo, ou seja, o evento
P(A) = A e B é impossível.
10
EXEMPLO 6
2
P(B/A) =
3 Uma empresa que fabrica suco de laranja fez uma pes-
quisa para saber como está a preferência do consumidor em
relação ao seu suco e ao fabricado por seu principal concor-
9 2 3 rente. Essa empresa é chamada SOSUMO, e seu concorren-
P(A e B) = x =
10 3 5 te SUMOBOM. A pesquisa concluiu que dos 500 entrevista-
dos, 300 preferiam o SUMOBOM, 100 consumiam os dois,
A probabilidade de passar na prova escrita e na prova de 250 preferiam SOSUMO e 50
3
direção é . nenhum dos dois. Um dos entrevistados foi escolhido ao
5 acaso. Qual a probabilidade de que ele seja:
subtrair de P(A) + P(B) o resultado de P(A e B) para reti- Inicialmente, eles farão uma prova escrita e, depois de
rar a “contagem dobrada”. serem aprovados nessa prova, farão uma prova prática.
Aquele que for aprovado na prova prática será contratado.
Temos então: Sabendo que a probabilidade de aprovação na prova escrita
1
é e de aprovação na prova prática (depois de ser aprova-
P (A ou B) = P (A) + P (B) P (A e B) 4
2
do na escrita) é , calcule a probabilidade de que um pro-
Calculando: 3
fessor, escolhido ao acaso, seja contratado.
250 1
P(A) = = Exercício 3
500 2
Em uma noite de sexta-feira, pesquisadores percorreram
300 3 500 casas perguntando em que canal estava ligada a televi-
P(B) = = são. Desse modo, descobriram que em 300 casas assistiam
500 5
ao canal VER-DE-PERTO, 100 viam o canal VERMELHOR e
outras 100 casas não estavam com a TV ligada. Escolhida
100 1 uma
P(A e B) = =
500 5
das 500 casas, ao acaso, qual a probabilidade de que a
TV esteja sintonizada no canal VER-DE-PERTO ou no canal
1 3 1 1 2 5+4 9 VER-MELHOR?
P(A ou B) = + - = + = =
2 5 5 2 5 10 10
Exercício 4
A probabilidade de que o escolhido consuma um suco ou
9 Dos 140 funcionários de uma fábrica, 70 preferem a mar-
outro é . ca de cigarros FUMAÇA, 80 preferem TOBACO e 30 fumam
10
ambas sem preferência.
Respostas
Lê-se: ângulo
1
1. Eventos independentes:
12 AOB e
são lados
1 do ângulo. O
2. Eventos dependentes: ponto O é o seu
6
vértice.
40 + 30 + 50 120 6
b) P (A ou B) = = =
140 140 7
40 2
5. a) =
140 7
50 5
b) =
140 14
40 + 50 9
c) =
140 14
20 1
d) =
140 7
Raciocínio Lógico 45 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Quando um arco é interceptado por um ângulo central,
ele é chamado de arco correspondente ao ângulo.
Ângulo inscrito
É inscrito numa circun-
ferência somente se o seu
vértice é um ponto da cir-
cunferência e cada um de
seus lados contém uma
corda dessa circunferência.
Quadrado
S = a²
Ângulo central
Losango
Um ângulo é central em relação a uma circunferên-
cia se o seu vértice coincide com o centro da mesma.
POLÍGONOS
Se conhecermos as medidas a e b de dois lados de um
triângulo e a sua medida α, podemos calcular sua área: É convexo somente se, quaisquer que sejam os pontos x
e y do seu interior, o segmento de reta xy está inteiramente
contido em seu interior.
Polígono convexo Polígono côncavo
Polígono regular
Um polígono regular
somente se, todos os seus
lados são congruentes e se
todos os seus ângulos Paralelogramos Notáveis
internos são congruentes.
RETÂNGULO
AD ≠ BC
Congruência de triângulos
Dois ou mais triângulos são congruentes somente se os
Trapézio isósceles seus lados e ângulos forem ordenados congruentes.
Os lados transversos
têm medidas iguais.
AD = BC
Trapézio retângulo
Um dos lados transver-
sos é perpendicular as
bases.
C a medida do cateto AB
b² + c² = a² (teorema de Pitágoras).
2) Caso LAL (lado, ângulo, lado)Dois triângulos são se-
melhantes somente se, têm dois lados, respectivamente, O quadrado da medida de um cateto é igual ao produto da
proporcionais; e são congruentes os ângulos formados medida da hipotenusa pela medida da projeção ortogo-
por esses lados. nal desse cateto sobre a hipotenusa, ou seja,
b² = a . m
c² = a . n
b.c=a.h.
Triângulo Equilátero
Quadrado
Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de
uma diagonal é dada por:
d = a √2
Teorema de Tales
Se um feixe de paralelas determina segmentos congru-
entes sobre uma transversal, então esse feixe determina
segmentos congruentes sobre qualquer outra transversal.
Fonte: http://www.brasilescola.com
ÁLGEBRA - EQUAÇÕES
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
IGUALDADES E PROPRIEDADES
São expressões constituídas por números e letras,
unidos por sinais de operações.
- Um feixe de paralelas separa, sobre duas transversais
2 2
quaisquer, segmentos de uma proporcionais aos segmentos Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x + 2 , é o mes-
3
correspondentes na outra. 2 2
mo que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a,
x, y e z representam um número qualquer.
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
maior grau, logo o grau do polinômio é 7. que exprime uma relação de igualdade.
2.º Caso : Quadrado da diferença 2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope-
2 2 2 ração inversa” dos produtos notáveis caso 1)
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b
↓ ↓
1.º 2.º
2
⇒ a – 2ab + b
2 Exemplo 1
2 2
a + 2ab + b ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-
Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o tremo a2 + 2ab + b2 ⇒ a 2 = a e b2 = b e o
2 2 2
quadrado do 2.º. termo do meio é 2.a.b, então a + 2ab + b = (a + b)
(quadrado da soma).
Exercícios. Resolver os produtos notáveis:
1) (a – 2)
2
2) (4 – 3a)
2 2
3) (y – 2b)
2 Exemplo 2:
2
4a + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos
Respostas: 2.º caso 4a + 4a + 1 ⇒ 4a2 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-
2
2 2
1) a – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a 2 2
4 2
3) y – 4y b + 4b
2 tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a + 4a + 1 = (2a + 1)
Exemplo 2: Exemplos:
1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2
a2
2
4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a) “raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes
Exercícios. Fatorar:
2 2 2 2
1) x – y 2) 9 – b 3) 16x – 1
Operações: Adição e Subtração
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan-
Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y)
tes.
2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)
Exemplos:
EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS
3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2
São Equações cujas variáveis estão no denominador 53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6
4 1 3
Ex: = 2, + = 8, note que nos dois exem-
x x 2x Multiplicação e Divisão de Radicais
plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre dife- Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e
rente de zero. usamos a propriedade: n a ⋅ n b = n ab
Exemplo:
REPRESENTAÇÃO Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
Representando a soma x’ + x” = S seu dobro é igual a 15?
Representando o produto x’ . x” = P número procurado : x
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0 2
equação: x + 2x = 15
Exemplos: Resolução:
2
a) raízes 3 e – 4 x + 2x –15 = 0
2 2
S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1 ∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12 ∆ = 64
x – Sx + P = 0
2 − 2 ± 64 −2 ± 8
x + x – 12 = 0 x= x=
2 ⋅1 2
b) 0,2 e 0,3 −2 + 8 6
x'= = =3
S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5 2 2
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06 −2 − 8 −10
2
x – Sx + P = 0 x"= = = −5
2 2 2
x – 0,5x + 0,06 = 0
Os números são 3 e – 5.
5 3
c) e
2 4 Verificação:
2 2
5 3 10 + 3 13 x + 2x –15 = 0 x + 2x –15 = 0
S = x’+ x” = + = = 2
(3) + 2 (3) – 15 = 0
2
(–5) + 2 (–5) – 15 = 0
2 4 4 4
9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0
Respostas:
1) 4 e – 8 2) – 5 e 2
3) −10 3 e 3 4) 0 e 3
Equacionando:
Outro exemplo
Encontre dois números cuja diferença seja 5 e a soma
dos quadrados seja 13.
Aplicando na segunda:
Logo:
Usando a fórmula:
Exemplo 1
x² + y² = 20
(6 – y)² + y² = 20
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da
equação por 2)
y² – 6y + 8 = 0
Logo:
∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
∆ = 36 – 32
∆=4
a = 1, b = –6 e c = 8
Substituindo em II:
Para y = 4, temos:
x=6–y
x=6–4
x=2
Para y = 2, temos:
x=6–y
40- Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D. 47- Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática.
Ora, B=D. Logo: Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda Medicina.
a) B ¹ C Ora, Luís estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo,
b) B ¹ A segue-se necessariamente que:
c) C = A a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
d) C = D b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
e) D ¹ A c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Me-
dicina
41- De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia
também, que ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais
velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos 48- Se Pedro é inocente, então Lauro é inocente. Se Roberto
são, respectivamente: é inocente, então Sônia é inocente. Ora, Pedro é culpado ou
a) Caio e José Sônia é culpada. Segue-se logicamente, portanto, que:
b) Caio e Adriano a) Lauro é culpado e Sônia é culpada
c) Adriano e Caio b) Sônia é culpada e Roberto é inocente
d) Adriano e José c) Pedro é culpado ou Roberto é culpado
e) José e Adriano d) Se Roberto é culpado, então Lauro é culpado
e) Roberto é inocente se e somente se Lauro é inocente
42- Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é
florido, então o passarinho não canta. Ora, o passarinho 49- Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta.
canta. Logo: Um dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul.
a) o jardim é florido e o gato mia Sabe-se que: 1) ou o Gol é branco, ou o Fiesta é branco, 2)
b) o jardim é florido e o gato não mia ou o Gol é preto, ou o Corsa é azul, 3) ou o Fiesta é azul, ou
c) o jardim não é florido e o gato mia o Corsa é azul, 4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto.
d) o jardim não é florido e o gato não mia Portanto, as cores do Gol, do Corsa e do Fiesta são, respec-
e) se o passarinho canta, então o gato não mia tivamente,
a) branco, preto, azul
43- Três amigos – Luís, Marcos e Nestor – são casados com b) preto, azul, branco
Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente nesta or- c) azul, branco, preto
dem). Perguntados sobre os nomes das respectivas espo- d) preto, branco, azul
sas, os três fizeram as seguintes declarações: e) branco, azul, preto
Nestor: "Marcos é casado com Teresa"
Luís: "Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é 50- Um rei diz a um jovem sábio: "dizei-me uma frase e se
Regina" ela for verdadeira prometo que vos darei ou um cavalo veloz,
Marcos: "Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é ou uma linda espada, ou a mão da princesa; se ela for falsa,
Sandra" não vos darei nada". O jovem sábio disse, então: "Vossa
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido Majestade não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda
de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de espada".
Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente: Para manter a promessa feita, o rei:
a) Sandra, Teresa, Regina a) deve dar o cavalo veloz e a linda espada
b) Sandra, Regina, Teresa b) deve dar a mão da princesa, mas não o cavalo veloz nem
c) Regina, Sandra, Teresa a linda espada
d) Teresa, Regina, Sandra c) deve dar a mão da princesa e o cavalo veloz ou a linda
e) Teresa, Sandra, Regina espada
d) deve dar o cavalo veloz ou a linda espada, mas não a mão
44- A negação da afirmação condicional "se estiver choven- da princesa
do, eu levo o guarda-chuva" é: e) não deve dar nem o cavalo veloz, nem a linda espada,
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva nem a mão da princesa
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
23 Escreva o número que falta. 16 3. (No sentido dos ponteiros do relógio, multiplique por
3).
24 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 22 232. (Subtraia a parte esquerda da parte direita e
12 (336) 14 multiplique o resultado por dois).
15 (. . .) 16
23 21. (Os números aumentam em intervalos de 2, 4, 6 e
25 Escreva o número que falta. 8).
4 7 6
8 4 8 24 480. (O número inserto no parêntese é o dobro do
6 5 ? produto dos números de fora do mesmo).
25. 2. (A terceira coluna é o dobro da diferença entre a pri-
RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE meira e a segunda).
NUMËRICA
TESTE DE HABILIDADE VÍSUO-ESPACIAL
1 48. (Some 2, 4, 8 e, finalmente 16).
1 Assinale a figura que não tem relação com as de-
2 24. (No sentido contrário aos ponteiros do relógio, os mais.
números aumentam em 2, 3, 4, 5 e 6).
7 86. (Multiplique o número por dois e subtraia 1, 2, 3 e 2 Assinale a figura que não tem relação com as de-
4). mais.
8 3. (Subtraia os números das duas primeiras colunas e
divida por 2).
14 33. (A série diminui em 16, 8, 4, 2 e 1 sucessivamen- 4 Escolha, dentre as numeradas, a figura que corres-
te). ponde à incógnita.
18 Assinale a figura que não tem relação com as de- 23 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.
19. Assinale a figura que não tem relação com as demais. 24 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.
Deste modo, vemos que este campo de estudo é multidisciplinar, po- Arenas Sociais – temos neste modelo a política pública como
dendo ser objeto de várias áreas e analisado por diversos olhares, entre os uma iniciativa de Empreendedores Políticos, que são pessoas que
quais a sociologia, a política e a economia. mostram o problema e buscam soluções por meio de 3 mecanismos:
Divulgação de indicadores; Repetição continuada do problema; Feed-
E afinal, o que são políticas públicas? Resumidamente, é o “campo do back que mostre falhas ou resultados ruins. Estes empreendedores po-
líticos divulgam o problema e tentam obter apoio a sua causa pelas re-
conhecimento que busca colocar o ‘governo em ação’ e/ou analisar essa des sociais, mas não só as da internet;
ação e propor mudanças no rumo ou curso dessas ações” (p. 69). Logo, “a Modelo “Equilíbrio Interrompido” – os formuladores deste mo-
formulação de políticas públicas constitui-se no estágio em que governos delo acreditam que as políticas públicas surgem em momentos onde a
democráticos traduzem seus propósitos e plataformas eleitorais em pro- estabilidade deu lugar a instabilidade, ou seja, momentos de crise, ge-
gramas e ações, que produzirão resultados ou mudanças no mundo real” rando mudança na política anterior. Para tanto, a mídia tem um papel
(p. 69). Ou seja, é o estudo do processo (do por que e do como) e não das fundamental na construção da imagem sobre a decisão ou política pú-
consequências. blica (policy image);
Souza nos apresenta 9 modelos de análise de políticas públicas. São “Gerencialismo Político” e Ajuste Fiscal – tais modelos estão
eles: voltados a busca de eficiência, que deve ser o objetivo principal de
qualquer política pública. Além da eficiência, a credibilidade também é
Modelo de Lowi – “a política pública faz a política”. Lowi nos a- importante, sendo possível com o estabelecimento de regras claras;
presenta 4 formatos de política pública: Distributivas (que não conside-
ram limitações de recursos e acabam privilegiando grupos específicos); Neoinstitucionalismo – enfatiza a importância das instituições e
Regulatórias (que envolvem políticos e grupos de interesse); Redistri- regras, as quais moldam o comportamento doas atores. A luta pelo po-
butivas (que são as políticas sociais universais); e Constitutivas (que li- der e recursos é medida pelas instituições que acaba privilegiando
dam com procedimentos); grupos.
Incrementalismo – Lindblom acredita que as políticas públicas Vale ressaltar que não devemos escolher primeiro a teoria e depois
não nascem do zero, mas de decisões marginais. Com isto, há uma tentar encaixar o problema nela. A teoria deve ser apenas uma lente para
manutenção de estruturas antigas e as decisões futuras são constran- nos auxiliar a compreender melhor a realidade, devendo ser escolhida de
gidas e limitadas pelas decisões passadas; acordo com o problema que queremos analisar. Por exemplo: no caso do
problema dos buracos no asfalto de Marília, teorias que não levem em
Ciclo da Política Pública – o ciclo passa por vários estágios e consideração a eficiência do serviço e o clamor popular, devido a quantida-
constitui um processo dinâmico e de aprendizado. O foco é no primeiro de extremamente alta de buracos, não produzirão boas análises.
estágio a definição da agenda, que pode ocorrer através do reconhe-
cimento do problema; da construção política da necessidade de se re- Nesta perspectiva, os elementos principais das Políticas Públicas são:
solver o problema; e pelos participantes (políticos, mídia, grupos de in- A distinção entre o que o Governo pretende fazer e o que de fato
teresse). Desta forma, o ciclo é: faz;
O envolvimento de diversos atores (formais e informais);
A abrangência – não se limita a leis e regras;
Neste ano, o ranking trouxe o Brasil com 42 pontos. No ano passado, o Mais cedo, o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Delúbio
saldo da avaliação era um pouco melhor - o País somava 43 pontos. De Soares, se entregou na sede da PF em Brasília. Ele foi condenado a oito
acordo com a metodologia da entidade, países com uma pontuação abaixo anos e 11 meses de prisão em regime semi-aberto pelos crimes de corrup-
de 50 teriam uma situação de corrupção considerada "grave". ção ativa e formação de quadrilha.
Quanto mais alta a pontuação, mais "limpo" o país. Para Alejandro Sa- Na noite de sexta-feira, outros dez condenados, entre eles José Dirceu,
las, representante da Transparência Internacional, o resultado da pesquisa José Genoíno e Marcos Valério, se apresentaram à PF.
"não é nada bom para o Brasil". Também já se entregaram os sócios de Valério, Cristiano de Mello Paz
"O País se apresenta como uma das principais economias do mundo e e Ramon Hollerbach, e sua ex-funcionária Simone Vasconcelos; a dona do
quer ocupar uma posição geopolítica importante. Não é uma boa notícia banco Rural, Kátia Rabello, e o ex-diretor do banco, José Roberto Salgado;
que fique na parte inferior do ranking", afirmou. As informações são do o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas e o ex-deputado Romeu
jornal O Estado de S. Paulo. Queiroz (PTB-MG).
Numa sessão longa, tumultuada e com desfecho confuso, o Su- A expedição dos mandados ocorreu após a publicação, no fim da tarde
premo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira que réus de quinta-feira, do resultado do julgamento realizado na véspera, que
condenados no julgamento do mensalão devem começar a cumprir as determinou a prisão de parte dos condenados no processo do mensalão.
penas imediatamente. O texto da publicação afirma que, "por unanimidade", os ministros de-
No entanto, não está claro qual o alcance exato da decisão e como ela cidiram pela "executoriedade imediata" das penas "que não foram objeto de
afetará réus que ainda terão analisados os recursos chamados de embar- embargos infringentes". Além disso, "por maioria", eles decidiram que não
gos infringentes. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, disse que escla- podem ser executadas "as condenações que já foram impugnadas por meio
receria a posição da corte na quinta-feira. de embargos infringentes".
Após a sessão, o STF anunciou em sua conta no Twitter que o cum- Dirceu
primento imediato das penas se aplica a todas as condenações, exceto as Na noite de sexta-feira, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, se en-
objetos dos embargos infringentes. tregou a agentes da Polícia Federal em São Paulo.
Nesse caso, mesmo réus que ainda aguardam o julgamento de embar- Dirceu afirmou por meio de nota que foi condenado sem provas. Ele
gos infringentes – como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José disse ainda que, mesmo preso, permanecerá lutando para provar sua
Genoino – já passariam a cumprir pena. inocência.
Isso porque eles foram condenados por mais de um crime, e nem todas Assessores de Genoino distribuíram um comunicado em que o ex-
as condenações serão objeto desses recursos. Os embargos infringentes presidente do PT alega inocência e se considera um "preso político".
só são cabíveis em condenações ocorridas com pelo menos quatro votos
contrários de ministros do STF. Uma nota divulgada por assessores do presidente Nacional do PT, Rui
Falcão, informou que as prisões ferem o princípio da ampla defesa - pois
Recursos esgotados nem todos os recursos à sentença haviam sido esgotados. O partido classi-
Outros 12 dos 25 réus condenados não podem apresentar mais recur- fica o julgamento como "injusto" e "político".
sos e não têm mais nenhuma instância para recorrer.
José Dirceu e José Genoino divulgaram notas alegando inocência pouco antesOdeBrasil é percebido como o 75º país menos corrupto do mundo,
se entregarem
perdendo para Romênia, Grécia, Macedônia e Bulgária por apenas um
Mais cedo, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, havia de- décimo. O país está empatado com os países sul-americanos da Colômbia,
terminado a prisão de 12 réus do processo. do Peru e do Suriname, e ganha da Argentina (106°), da Bolívia (120°),
da Guiana (126°), do Equador (146°), do Paraguai (154°) e
Dirceu e Genoino devem cumprir pena em regime semiaberto, ou seja, da Venezuela (162°) na região. O Brasil ainda está em situação melhor que
poderão trabalhar durante o dia, mas terão de retornar à prisão para dormir. todos os outros países do BRIC. A China se encontra 80º lugar, a Índia em
Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão, além de multa de R$ 84° e a Rússia em 146°.
676 mil. A sentença de Genoino foi de seis anos e 11 meses com multa de
R$ 468 mil. Organização
No momento da divulgação das ordens, Dirceu estava em sua casa em O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de
Vinhedo, no interior de São Paulo. Ele se dirigiu de carro com assessores poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O chefe do Poder
para a Superintendência da Polícia Federal na Lapa, onde se entregou. Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um
mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. Na esfera estadual o
Dirceu e Genoino permaneceram na carceragem da PF em São Paulo Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera
até serem transferidos para Brasília, onde chegaram na tarde deste sábado municipal pelos prefeitos. O Poder Legislativo é composto, em âmbito
em um jato da PF. A transferência ocorreu pois a competência de lidar com federal, pelo Congresso Nacional, sendo este bicameral: dividido entre
os detentos é da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. João a Câmara dos Deputados e o Senado. Para a Câmara, são eleitos
Fellet - Da BBC Brasil em São Paulo os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a
respeitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da
Federação, para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é
O Brasil é uma república federal presidencialista, de representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada. Em
regime democrático-representativo. Em nível federal, o poder executivo é âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembleias Legislativas
exercido pelo Presidente. É uma república porque o Chefe de Estado é Estaduais; e em âmbito municipal, pelas Câmaras Municipais.
eletivo e temporário. O Estado brasileiro é uma federação pois é composto
de estados dotados de autonomia política garantida pela Constituição Unidades federativas
Federal e do poder de promulgar suas próprias Constituições. É uma O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolúveis,
república presidencial porque as funções de chefe de Estado e chefe de cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de
governo estão reunidas em um único órgão: o Presidente da República. É quatro anos renovável por mais quatro, assim como acontece com
uma democracia representativa porque o povo dificilmente exerce sua os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municípios têm apenas uma casa
soberania, apenas elegendo o chefe do poder executivo e os seus parlamentar: no nível estadual os deputados estaduais são eleitos para 4
representantes nos órgãos legislativos, como também diretamente, anos na Assembleia Legislativa e no nível municipal, os vereadores são
mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. Isso acontece eleitos para a Câmara Municipal para igual período.
raramente, o que não caracteriza uma democracia representativa.
Poder Judiciário
Finalmente, há o Poder Judiciário , cuja instância máxima é o Supremo
Tribunal Federal , responsável por interpretar a Constituição Federal e
composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do
Senado, dentre indIvÍduos de renomado saber jurídico. A composição dos
ministros do STF não é completamente renovada a cada mandato
presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um
deles se aposenta ou vem a falecer.
Ecologia urbana. "É uma forma de desenvolvimento econômico e social. em cujo plane-
jamento se deve considerar a variável meio ambiente" (Strong, apud Hurtu-
"Estudo científico das relações biológicas, culturais e econômicas entre bia, 1980).
o homem e o meio ambiente urbano, que se estabelecem em função das
características particulares dos mesmos e das transformações que o ho- "Uma forma de desenvolvimento planejado que otimiza o uso dos re-
mem exerce através da urbanização"(SAHOP, 1978). cursos disponíveis num lugar, dentro das restrições ambientais locais"
(Munn, 1979).
ECOSSISTEMA
Tecnologia
Sistema aberto que inclui, em uma certa área, todos os fatores físicos e
biológicos (elementos bióticos e abióticos) do ambiente e suas interações. o Tecnologia (do grego τεχνη — "técnica, arte, ofício" e λογια —
que resulta em uma diversidade biótica com estrutura trófica claramente "estudo") é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e
definida e na troca de energia e matéria entre esses fatores. as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal
conhecimento. Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser:
A biocenose e seu biótopo constituem dois elementos inseparáveis que
reagem um sobre o outro para produzir um sistema mais ou menos estável As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas;
que recebe o nome de ecossistema (Tansley, 1935)...O ecossistema é a As técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e
unidade funcional de base em ecologia, porque inclui, ao mesmo tempo, os processos usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução
seres vivos e o meio onde vivem, com todas as interações recíprocas entre dos mesmos;
o meio e os organismos" (Daioz, 1973).
Um método ou processo de construção e trabalho (tal como
"Os vegetais, animais e microorganismos que vivem numa região e a tecnologia de manufatura, a tecnologia de infra-estrutura ou a tecnologia
constituem uma comunidade biológica estão ligados entre si por uma espacial);
intrincada rede de relações que inclui o ambiente tísico em que existem
estes organismos. Estes componentes físicos e biológicos interdependen- A aplicação de recursos para a resolução de problemas;
tes formam o que os biólogos designam com o nome de ecossiste-
ma"(Ehrlich & Ehrlich 1974). O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível
de conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada
"E o espaço limitado onde a ciclagem de recursos através de um ou vá- cultura;
rios níveis tróficos é feita por agentes mais ou menos fixos, utilizando
simultânea e sucessivamente processos mutuamente compatíveis que Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de
geram produtos utilizáveis a curto ou longo prazo" (Dansereau, 1978). como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso
conhecimento do que pode ser produzido).
"É um sistema aberto integrado por todos os organismos vivos (com-
preendido o homem) e os elementos não viventes de um setor ambiental Os recursos e como utilizá-los para se atingir a um determinado
definido no tempo e no espaço, cujas propriedades globais de funciona- objetivo, para se fazer algo, que pode ser a solução ou minimização de um
mento (fluxo de energia e ciclagem de matéria) e auto-regulação (controle) problema ou a geração de uma oportunidade, por exemplo.
derivam das relações entre todos os seus componentes,. tanto pertencen- A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência
tes aos sistemas naturais, quanto os criados ou modificados pelo homem" e engenharia. Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e
(Hurtubia, 1980). processos simples, tais como uma colher de madeira e a fermentação da
uva, até as ferramentas e processos mais complexos já criados pelo ser
A pesquisa sobre energia nuclear, cercada por intensa polêmica, A energia do Sol é convertida de várias formas para formatos
devido ao perigo de sua utilização militar e ao risco de poluição e radiação, conhecidos, como a biomassa (fotossíntese), a energia hidráulica
atingiu substancial progresso na segunda metade do século XX. (evaporação), a eólica (ventos) e a fotovoltaica, que contêm imensa
Fenômeno natural na formação do universo, a reação nuclear, devido à quantidade de energia, e que são capazes de se regenerar por meios
magnitude das energias liberadas no curso do processo, pode ser naturais.
Assim, são considerados os combustíveis fósseis não-renováveis já A formação de biomassa a partir de energia solar é realizada pelo
que a taxa de utilização é muito superior à taxa de formação do recurso processo denominado fotossíntese, pelas plantas que. Através da
propriamente dito. fotossíntese, as plantas que contêm clorofila transformam o dióxido de
carbono e a água em materiais orgânicos com alto teor energético que, por
Não-renováveis sua vez, servem de alimento para os outros seres vivos. A biomassa
Os combustíveis fósseis são fontes não-renováveis de energia: não é através destes processos armazena a curto prazo a energia solar sob a
possível repor o que se gasta, uma vez que podem ser necessários milhões forma de hidratos de carbono. A energia armazenada no processo
de anos para poder contar novamente com eles. São aqueles fotossintético pode ser posteriormente transformada em calor, liberando
cujas reservas são limitadas. As principais são a energia da fissão nuclear e novamente o dióxido de carbono e a água armazenados. Esse calor pode
os combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão). ser usado para mover motores ou esquentar água para gerar vapor e mover
uma turbina, gerando energia elétrica.
Combustíveis fósseis
Energia solar
Os combustíveis fósseis podem ser usados na forma sólida (carvão),
líquida (petróleo) ou gasosa (gás natural). Segundo a teoria mais aceita, A energia solar é aquela energia obtida pela luz do Sol, pode ser
foram formados por acumulações de seres vivos que viveram há milhões de captada com painéis solares. A radiação solar trazida para a Terra leva
anos e que foram fossilizados formando carvão ou hidrocarbonetos. No energia equivalente a vários milhares de vezes a quantidade de energia
caso do carvão se trata de bosques e florestas nas zonas úmidas e, no consumida pela humanidade.
caso do petróleo e do gás natural de grandes massas Através de coletores solares, a energia solar pode ser transformada
de plâncton acumuladas no fundo de bacias marinhas ou lacustres. Em em energia térmica, e usando painéis fotovoltaicos a energia luminosa pode
ambos os casos, a matéria orgânica foi parcialmente decomposta, pela ser convertida em energia elétrica. Ambos os processos não têm nada a ver
ação da temperatura, pressão e certas bactérias, na ausência de oxigênio, uns com os outros em termos de sua tecnologia. As centrais térmicas
de forma que foram armazenadas moléculas com ligações de alta energia. solares utilizam energia solar térmica a partir de coletores solares para
Se distinguem as "reservas identificadas", embora não sejam gerar eletricidade.
exploradas, e as "reservas prováveis", que poderão ser descobertas Há dois componentes na radiação solar: radiação direta e radiação
com tecnologias futuras. Segundo os cálculos, o planeta pode fornecer difusa. A radiação direta é a que vem diretamente do Sol, sem reflexões ou
energia para mais 40 anos (se for usado apenas o petróleo) e mais de 200 refrações intermediárias. A difusa, é emitida pelo céu durante o dia, graças
(se continuar a usar carvão). aos muitos fenômenos de reflexão e refração da atmosfera solar,
nas nuvens, e nos restantes elementos da atmosfera terrestre.
A radiação refletida direta pode ser concentrada e utilizada. No entanto,
tanto a radiação direta quanto a radiação difusa são utilizáveis.
As Políticas de Segurança e Seus Impactos para Desestruturar o A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração
Crime econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo
barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do
Há uma grande deficiência nas chamadas Políticas de Segurança apli- mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado
cadas em nosso sistema e convém neste ponto, realçar que em todo o país pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global
a manutenção da segurança interna, deixou de ser uma atividade monopo- que permita maiores mercados para os países centrais (ditos
lizada pelo Estado. desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de
Atualmente as funções de prevenção do crime, policiamento ostensivo Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam
e ressocialização dos condenados estão divididas entre o Estado, a socie- pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos
dade e a iniciativa privada. econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da
expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras,
Entre as causas dessa deficiência estão o aumento do crime, do senti- expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para
mento de insegurança, do sentimento de impunidade e o reconhecimento mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento
de que o Estado apesar de estar obrigado constitucionalmente a oferecer alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado
um serviço de segurança básico, não atende sequer, às mínimas necessi- permite tal expansão, porém, obtêm-se como consequência o aumento
dades específicas de segurança que formam a demanda exigida pelo acirrado da concorrência.
mercado.
História
Diversos acontecimentos têm-nos provado que é impossível pensar
num quadro de estabilidade com relação à segurança pública de tal manei- A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que começou na
ra que se protegesse por completo dos efeitos da criminalidade em sentido era dos descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução
Para o prêmio nobel em economia Stiglitz, a globalização, que poderia O pensador italiano Antonio Negri defende, em seu livro "Império", que
ser uma força propulsora de desenvolvimento e da redução das a nova realidade sócio-política do mundo é definida por uma forma de
desigualdades internacionais, está sendo corrompida por um organização diferente da hierarquia vertical ou das estruturas de poder
comportamento hipócrita que não contribui para a construção de uma "arborizadas" (ou seja, partindo de um tronco único para diversas
ordem econômica mais justa e para um mundo com menos conflitos. Esta ramificações ou galhos cada vez menores). Para Negri, esta nova
é, em síntese, a tese defendida em seu livro A globalização e seus dominação (que ele batiza de "Império") é constituída por redes
malefícios: a promessa não-cumprida de benefícios globais.[13] Críticos assimétricas, e as relações de poder se dão mais por via cultural e
argumentam que a globalização fracassou em alguns países, exatamente econômica do que uso coercitivo de força. Negri entende que entidades
por motivos opostos aos defendidos por Stiglitz: Porque foi refreada por organizadas como redes (tais como corporações, ONGs e até grupos
uma influência indesejada dos governos nas taxas de juros e na reforma terroristas) têm mais poder e mobilidade (portanto, mais chances de
tributária [1]. sobrevivência no novo ambiente) do que instituições paradigmáticas da
modernidade (como o Estado, partidos e empresas tradicionais).
Efeitos na indústria e serviços
Mário Murteira
Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com
a criação da modalidade de outsourcing de empregos para países com O economista português Mário Murteira, autor de uma das abordagens
mão-de-obra mais baratas para execução de serviços que não é necessário científicas mais antigas e consistentes sobre o fenômeno da
alta qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para Globalização[16], defende que, no século XXI, se verifica uma
criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para 'desocidentalização' da Globalização, visto que se constata que os países
criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e do Oriente, como a China, são os principais atores atuais do processo de
ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais. Globalização e a hegemonia do Ocidente, no sistema econômico mundial,
está a aproximar-se do seu ocaso, pelo que outras dinâmicas regionais,
O ponto mais evidente é o que o colunista David Brooks definiu como sobretudo na Ásia do Pacífico, ganharam mais força a nível global[17]. Para
"Era Cognitiva", onde a capacidade de uma pessoa em processar Mário Murteira, a Globalização está relacionada com um novo tipo de
informações ficou mais importante que sua capacidade de trabalhar como capitalismo em que o «mercado de conhecimento»[18] é o elemento mais
operário em uma empresa graças a automação, também conhecida como influente no processo de acumulação de capital e de crescimento
Era da Informação, uma transição da exausta era industrial para a era pós- econômico no capitalismo atual, ou seja, é o núcleo duro que determina a
industrial.[14] evolução de todo o sistema econômico mundial do presente século XXI[19].
Nicholas A. Ashford, acadêmico do MIT, conclui que a globalização Stuart Hall
aumenta o ritmo das mudanças disruptivas nos meios de produção,
tendendo a um aumento de tecnologias limpas e sustentáveis, apesar que Em A Identidade cultural na Pós-Modernidade, Stuart Hall (2003)[2]
isto irá requerer uma mudança de atitude por parte dos governos se este busca avaliar o processo de deslocamento das estruturas tradicionais
quiser continuar relevante mundialmente, com aumento da qualidade da ocorrido nas sociedades modernas, assim como o descentramento dos
educação, agir como evangelista do uso de novas tecnologias e investir em quadros de referências que ligavam o indivíduo ao seu mundo social e
pesquisa e desenvolvimento de ciências revolucionárias ou novas como cultural. Tais mudanças teriam sido ocasionadas, na contemporaneidade,
nanotecnologia ou fusão nuclear. O acadêmico, nota porém, que a principalmente, pelo processo de globalização. A globalização alteraria as
globalização por si só não traz estes benefícios sem um governo pró-ativo noções de tempo e de espaço, desalojaria o sistema social e as estruturas
nestes questões, exemplificando o cada vez mais globalizado mercados por muito tempo consideradas como fixas e possibilitaria o surgimento de
EUA, com aumento das disparidades de salários cada vez maior, e os uma pluralização dos centros de exercício do poder. Quanto ao
Países Baixos, integrante da UE, que se foca no comércio dentro da própria descentramento dos sistemas de referências, Hall considera seus efeitos
UE em vez de mundialmente, e as disparidades estão em redução.[15] nas identidades modernas, enfatizando as identidades nacionais,
observando o que gerou, quais as formas e quais as consequências da
Teorias da Globalização crise dos paradigmas do final do século XX.
A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da Benjamin Barber
evolução do mercado capitalista não direcionado por uma única entidade
ou pessoa, possui várias linhas teóricas que tentam explicar sua origem e Em seu artigo "Jihad vs. McWorld", Benjamin Barber expõe sua visão
seu impacto no mundo atual. dualista para a organização geopolítica global num futuro próximo. Os dois
caminhos que ele enxerga — não apenas como possíveis, mas também
A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização prováveis — são o do McMundo e o da Jihad. Mesmo que se utilizando de
desde o início da História, acelerado pela época dos Descobrimentos. Mas um termo específico da religião islâmica (cujo significado, segundo ele, é
o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, genericamente "luta", geralmente a "luta da alma contra o mal", e por
datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do extensão "guerra santa"), Barber não vê como exclusivamente muçulmana
bloco socialista e o consequente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do a tendência antiglobalização e pró-tribalista, ou pró-comunitária. Ele
refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975) classifica nesta corrente inúmeros movimentos de luta contra a ação
ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial. globalizante, inclusive ocidentais, como os zapatistas e outras guerrilhas
latino-americanas.
No geral a globalização é vista por alguns cientistas políticos como o
movimento sob o qual se constrói o processo de ampliação da hegemonia Está claro que a democracia, como regime de governo particular do
econômica, política e cultural ocidental sobre as demais nações. Ou ainda modo de produção da sociedade industrial, não se aplica mais à realidade
que a globalização é a reinvenção do processo expansionista americano no contemporânea. Nem se aplicará tampouco a quaisquer dos futuros
período pós guerra-fria (esta reinvenção tardaria quase 10 anos para econômicos pretendidos pelas duas tendências apontadas por Barber: ou o
ganhar forma) com a imposição (forçosa ou não) dos modelos políticos pré-industrialismo tribalista ou o pós-industrialismo globalizado. Os modos
(democracia), ideológico (liberalismo, hedonismo e individualismo) e de produção de ambos exigem outros tipos de organização política cujas
econômico (abertura de mercados e livre competição). demandas o sistema democrático não é capaz de atender.
Vale ressaltar que este projeto não é uma criação exclusiva do estado Daniele Conversi
norte-americano e que tampouco atende exclusivamente aos interesses
deste, mas também é um projeto das empresas, em especial das grandes Para Conversi, os acadêmicos ainda não chegaram a um acordo sobre
o real significado do termo globalização, para o qual ainda não há uma
definição coerente e universal: alguns autores se concentram nos aspectos
Segundo Ferreira, o Banco Mundial estabeleceu a linha de miséria em "É preciso pensar no que é necessário para que, daqui a uma geração,
US$ 1,25 ao dia para uniformizar seus estudos, mas cada país deveria os benefícios de transferência condicionada de renda não sejam mais
definir próprios critérios. "Não me parece adequado que o Brasil adote a necessários. Para isso, o foco tem que ser em boa educação, acesso à
mesma linha aplicável a um país como o Haiti, por exemplo." saúde, emprego de qualidade, melhoria da infraestrutura e espaço para o
desenvolvimento do talento empresarial."
Tiago Falcão, secretário de Superação da Pobreza Extrema do Ministé-
rio do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), reconhece que BIBLIOGRAFIA
mesmo que o Bolsa Família chegue a todos os brasileiros pobres sempre ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
haverá novas famílias que cairão abaixo da linha da miséria. Wikipédia, a enciclopédia livre.
Para Alexandre Barbosa, professor de história econômica do Instituto A consciência modernista aliava a necessidade de pesquisa de
de Estudos Brasileiros da USP, o governo deveria levar em conta outros novos meios formais de comunicação a uma nítida preocupação com o
critérios além da renda em sua definição de miséria. Em 2011, Barbosa conhecimento da realidade brasileira. A década de 30 aprofundou e deu
coordenou um estudo do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planeja- novos traços à questão de uma cultura brasileira dotada de força artística e
mento) intitulado "O Brasil Real: a desigualdade para além dos indicado- capaz de reflexão crítica.
res".
Por sua vez, o advento do rádio promoveu a popularização do
O estudo, que contou com apoio da ONG britânica Christian Aid, afirma
samba, que desceu definitivamente do morro para a cidade. Além do rádio,
que as políticas de transferência de renda melhoraram a vida dos mais
outro meio de comunicação de massa passou por uma decisiva transforma-
pobres, mas não alteraram a estrutura social brasileira. Barbosa é especi-
Os conturbados anos 40 foram o palco da II Guerra Mundial e de A explosão cultural dos anos 50
suas conseqüências. A principal delas foi a divisão do mundo em dois Nacionalismo cultural
grandes blocos econômicos e ideológicos: EUA e URSS, iniciando o perío-
do que se convencionou chamar de guerra fria. Uma série de expurgos e O segundo governo da terceira República foi ocupado por Var-
de sectarismos ideológicos marcou esse período, e o Brasil não fugiu à gas (1950-1954), que retornou ao poder pelo voto. Durante esse período,
regra. seu governo caracterizou-se por uma organização nacionalista da econo-
mia, evidenciada com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e da
Alinhado com os EUA, dos quais historicamente sempre esteve Petrobrás. Esse nacionalismo econômico, que continuou sob o governo de
mais ou menos dependente, o Brasil, através da política econômica, co- Juscelino como nacional-desenvolvimentismo, revitalizou as preocupações
nheceu também a dependência cultural. O interesse dos Estados Unidos com a questão da cultura brasileira, sobretudo na produção teatral e no
em manter sua influência ideológica diante do avanço da URSS e do socia- cinema.
lismo foi um fator determinante nesse processo.
Duas outras emissoras de televisão entraram no ar: a TV Rio e a A UNE assumiu dimensão nacional com a criação do CPC (Centro Po-
TV Record. Em 1956, a população brasileira assistiu à primeira partida de pular de Cultura); em 1963, o educador Paulo Freire alcançou notoriedade
futebol pela televisão: o jogo entre Brasil e Itália, no mês de janeiro. A nacional com seu "método" de alfabetização e conscientização de adultos,
televisão suplantava pouco a pouco o domínio do rádio, um fenômeno que em Pernambuco e em todo o Nordeste. O cinema conseguiu outro prêmio
se concretizaria com sua implantação a nível nacional. internacional em Cannes com o filme de Anselmo Duarte O pagador de
promessas. Em 1963, Nelson Pereira dos Santos filmou Vidas secas,
A literatura consagrou um escritor mineiro: Guimarães Rosa, baseado no clássico de Graciliano Ramos, e Glauber Rocha afirmou seu ta-
com a publicação de Grande sertão: veredas e Corpo de baile, ambos em lento com Deus e o diabo na tema do sol (1964). Com o golpe de 64, surgiu
1956. Sua estréia na literatura completava exatamente uma década, pois a necessidade de " resistência cultural''. O prédio da UNE foi incendiado no
seu primeiro livro, Sagarana, é de 1946. O Brasil passou também a discutir Rio; seguiram-se prisões de líderes políticos, estudantes, artistas e intelec-
o anúncio da construção da nova capital por Juscelino: Brasília. O populista tuais. O reacionarismo e tradicionalismo, além do patrulhamento ideológico,
Jânio Quadros, governador de São Paulo, alcançava as manchetes com a da censura e dos mecanismos de coação tomaram conta do cenário cultu-
proibição de execução de rock'n roll em bailes. Na área do esporte, Maria ral do país. No governo de Castelo Branco realizou-se em São Paulo uma
Ester Bueno tornou-se campeã de tênis em Wimbledon, enquanto Pelé campanha de " moralização'' nas escolas: estudantes foram obrigados a
estreava na seleção brasileira. cortar o cabelo, usar calças de boca estreita, e também proibidos de exibir
cores berrantes ou "roupas exóticas". Em 1965, a censura proibiu inúmeras
1958: Brasil campeão peças teatrais e filmes. Mesmo assim, foram lançados os filmes A falecida,
de Leon Hirzsman, e Opinião pública, de Arnaldo Jabor.
E, por fim, em 1958 o Brasil tornou-se campeão mundial de futebol,
vencendo a Suécia na final por 5x2. Pelé, Garrincha, Didi e Vavá tornaram- As transformações culturais e morais que o movimento hippie, os
se ídolos nacionais. Ainda em 1958, entrou em funcionamento a TV Cultura Beatles, o rock desencadeavam na sociedade internacional entraram no
- Canal 2, de São Paulo. Enquanto no Rio e em São Paulo um novo jeito de Brasil filtradas pela ditadura militar. Mesmo assim, a música popular nos
tocar violão e de cantar, cujos representantes maiores eram João Gilberto, anos 60 foi importante fator de resistência ao regime repressivo e apelo à
Nara Leão, Tom Jobim, Roberto Menescal e outros da chamada Bossa liberdade de expressão. Os festivais foram o palco privilegiado dessa
Nova, dava destaque para a suavidade, o intimismo, a voz como um ins- resistência. Em abril de 1965, a TV Excelsior de São Paulo promoveu o I
trumento, as notas baixas e dissonantes. Esse "som" brasileiro correria o Festival de Música Popular Brasileira, que deu a vitória à música Arrastão,
mundo; anos mais tarde, João Gilberto estaria no Carnegie Hall de Nova de Edu Lobo e Vinícius de Morais. Em setembro do mesmo ano, entra no ar
York, onde se radicaria definitivamente consagrando-se como um dos mais a TV Jovem Guarda, um programa comandado por Roberto Carlos e Eras-
respeitáveis músicos brasileiros, no exterior, ao lado de Tom Jobim. mo Carlos, vinculado ao rock. Ao mesmo tempo, a Universidade de Brasília
foi invadida e quinze de seus professores, presos. Os Atos Institucionais
A chanchada chegava ao fim, com a progressiva influência da extinguiam os partidos políticos, criando o sistema bipartidário: ARENA
tevê, simbolizada no fechamento e na falência das grandes companhias (governo) e MDB (oposição).
cinematográficas. Mas o teatro se revigorava com novos autores e temas
sociais, como a peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, Em 1966, no Festival de Música Popular da TV Record saíram
no Teatro de Arena, em São Paulo, ainda em 1958. Em 1959, Celso Furta- vencedoras as composições A Banda de Chico Buarque de Holanda, e
do publicou o clássico Formação econômica do Brasil e Antônio Cândido Disparada de Geraldo Vandré e Theo Azevedo. No ano seguinte, explodi-
lançou seu famoso ensaio Formação da literatura brasileira. As ciências ram as primeiras investidas armadas contra o regime: oito guerrilheiros do
humana e sociais alcançavam espaço e distinção nas universidades, des- MR-8 foram presos em Caparaó, MG. O festival de MPB desse ano teve
tacando-se entre estas a produção da USP. A formação cultural da década como vencedor Edu Lobo com a música Ponteio. Nesse mesmo ano, a
chegou ao fim com a montagem da peça O pagador de promessas, do CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou um manifesto
jovem autor Dias Gomes, e com a publicação de Laços de família, de denunciando a prisão de padres e freiras que tinham participação social de
Clarice Lispector, além da monumental História Geral da civilização brasilei- oposição ao governo. Ainda em 1967, o governo criou a FUNAI (Fundação
ra, organizada por Sérgio Buarque de Holanda. Nacional do Índio) e o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) e
a UNE realizou seu 29º Congresso na clandestinidade, e várias facções de
As diversidades econômicas, políticas e ideológicas da esquerda optaram pela ação terrorista e pela guerrilha para enfrentar a
sociedade brasileira refletiam-se ditadura.
na arte e nas expressões mais significativas dessa sociedade: a cultura,
com uma riqueza e efervescência ímpares em sua história. 68: o auge dos festivais
A Operação Bandeirantes (OBAN) - montada pelo governo - foi Os filmes O Homem que virou suco, de João Batista de Andrade,
responsável por inúmeras prisões, torturas e desaparecimentos. Em con- e Pixote, de Hector Babenco, foram premiados internacionalmente. Depois
trapartida, grupos guerrilheiros seqüestraram o embaixador norte- de uma crise com a Embrafilme e outra com a censura, o filme de Roberto
americano Charles Elbrick, exigindo para soltá-lo a libertação de presos Farias Pra frente Brasil conseguiu ser exibido, recebendo o prêmio no
políticos. Foram mortos os líderes guerrilheiros Virgílio e Carlos Marighella. Festival de Cinema de Berlim. Nelson Pereira dos Santos filmou Memórias
No topo desse confronto, foi eleito presidente o general Garrastazu Médici, do Cárcere, de Graciliano Ramos, estrelado por Carlos Vereza, que rece-
inaugurando a década de 70. beu um prêmio no Festival Internacional de Cinema da Índia por seu de-
sempenho. O beijo da mulher aranha, produção brasileira dirigida por
A década de 70: da repressão à abertura Hector Babenco, levou o Brasil até Hollyvvood e Eu sei que vou te amar, de
Tortura e TV em cores Arnaldo labor, deu à Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival
de Cannes.
Enquanto o Brasil conquistava o Tricampeonato Mundial de Fu-
tebol no México, embalado pela marchinha Pra frente Brasil, e os brasileiros Por ocasião da votação de uma emenda proposta pelo deputado
acompanhavam pela TV a maestria da "seleção canarinho", vibrando com Dante de Oliveira (PMDB) para eleições diretas como forma e condução da
Pelé, Jairziriho, Tostão, Gerson, acontecia muita coisa nos porões do DOI- sucessão presidencial, no final do governo Figueiredo, explodiu uma das
CODI. Aos atentados terroristas de esquerda o Estado respondia com maiores manifestações populares da História do país, consagrada como
tortura, morte, desaparecimento. Anunciaram-se a Transamazônica e mais "DIRETAS JÁ''. O comício da Candelária, no Rio, reuniu 1 milhão de pes-
tarde a Itaipu. O ministro Delfim Neto proclamava “milagre brasileiro". Em soas. Era o fim da ditadura militar.
1971, depois de torturado e morto pelas Forças Armadas, desaparece o
deputado Rubens Paiva. Enquanto isso, o Brasil via, em cores, as primeiras Depois que a morte afastou Tancredo Neves da presidência, a
emissões coloridas da América Latina, a propaganda do governo e seu Nova República começava com José Sarney. A proibição do filme Je vous
lema: "Brasil, ame-o ou deixe-o". O ministro Jarbas Passarinho reagiu às salue, Marie, de Jean-Luc Godard, e Teledeum, em 1987, demonstrava a
denúncias, encampadas por organismos internacionais, de tortura no Brasil: vigência, ainda que restrita, de mecanismos de censura de obras artísticas.
Afirmar que a tortura, no Brasil, é praticada como sistema de governo é
uma infâmia. O diálogo cultura-sociedade
Em 1972, a Rede Globo lançou a primeira novela em cores no 1930: reflexão sobre as contradições. A década de 30 continuou
Brasil - O Bem Amado - criada por Dias Gomes e estrelada por Paulo e aprofundou a reflexão crítica sobre a sociedade brasileira inaugurada pelo
Gracindo. As novelas da televisão, ou telenovelas, passavam a ter cada Modernismo. A sociedade que surgia via-se presa entre as contradições da
vez maior repercussão e audiência. Em 1972, a população brasileira che- ordem política internacional e as próprias contradições do embate interno
gou aos cem milhões de habitantes. A televisão adquiriu a condição de entre as classes sociais divergentes e antagônicas. Essas intensas contra-
moderadora de opiniões e comportamentos, quer pela padronização das dições, ao lado da emergência de um combate ideológico em todo o mun-
informações quer pela propaganda e excitação ao consumismo. do, foram aspectos decisivos para o impulso que orientou a cultura brasilei-
ra. O rádio, o cinema e a televisão, embora desenvolvam contornos e
O cinema recompôs-se com a organização do I Festival de Gra- peculiaridades ligados às nossas especificações, quase sempre foram os
mado (RS), onde o filme Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor, meios de padronização, veiculação e sustentação das expressões culturais
sagrou-se o grande vencedor. Em 1977, Raquel de Queirós tornou-se a dominantes, sob forte influência dos EUA, a nação hegemônica do hemisfé-
primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Com a "abertu- rio ocidental.
ra" do governo Geisel, retornaram ao Brasil alguns líderes políticos e artis-
tas exilados no exterior. Ainda nesse ano, um manifesto de 1 046 inte- Depois do modernismo, a ficção regionalista espelhou situações
lectuais exigia que o governo extinguisse a censura no país. Na mobiliza- que afetavam distorções e misérias presentes em nossa realidade. O traço
ção contra a censura, ganhou destaque uma campanha pela liberação da local não impediu que certas características essenciais de toda uma socie-
peça Rasga Coração, de Oduvaldo Viana Filho, proibida desde 1974 e dade fossem reveladas por Graciliano Ramos, José Lins e Jorge Amado. A
liberada em 1978. visão crítica desses autores era ainda eficaz devido à força artística de
suas obras.
Os anos 80
Redemocratização, sindicalismo. Igreja De outro lado, a própria cultura, como tudo o mais, passou a ser
tratada, pela era de consumo de massa do capitalismo, como mercadoria.
As lutas pela redemocratização do país ganham força no início
dos anos 80. As grandes redes de televisão tentavam reeditar os famosos 1940: americanização. A década de 40 marcou o período áureo
festivais dos anos 60, sem o sucesso esperado, mas revelando alguns do alinhamento político-ideológico do Brasil. Os traços já delineados da
talentos. O processo de redemocratização do país era saudado pelos cultura de massa adquiriram um raio de ação ainda mais amplo.
intelectuais, pela imprensa e pela Igreja, respaldada por amplos setores da
sociedade. O sindicalismo dos últimos dois anos da década anterior torna- Em contraposição, a universidade adquiria uma presença decisi-
ra-se importante movimento de conscientização e repolitização da socieda- va na vida intelectual brasileira, com ênfase especial para a Universidade
de. Os círculos reacionários, organizados em grupos e facções paramilita- de São Paulo, que na década de 30 realizou um intenso programa de
res, descontentes com o processo de "abertura", promoveram inúmeros intercâmbio com as universidades francesas. Por fim, a própria americani-
atentados, entre os quais se contam uma bomba colocada na sede da OAB zação pode ser vista também como a conseqüência da modernização do
(que matou uma pessoa) e o episódio Rio Centro, em que uma bomba país e de seu ingresso nos padrões de consumo do mercado internacional.
explodiu em um carro onde se encontravam oficiais do Exército, à paisana,
com o intuito de sabotar a celebração do li de Maio. 1950: a década da fermentação. Escritores como Carlos Drum-
mond de Andrade, Murilo Mendes, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e
Os inúmeros conflitos de terra, medrados pela Igreja, multiplica- João Cabral de Melo Neto dão continuidade às suas obras, mantendo suas
ram-se pelo país. O papa João Paulo II visitou o Brasil, encontrando-se qualidades e aprofundando suas pesquisas, oferecendo ao conjunto da
com os operários em São Paulo. Dois padres franceses foram presos por literatura brasileira uma elevação nunca antes atingida. No cinema, Nelson
envolvimento em conflitos de terra no Araguaia. Pereira dos Santos iniciava uma obra que anteciparia as preocupações do
Apesar disso, a cultura e os conhecimentos dos indígenas sobre a terra A influência da cultura africana é também evidente na culinária
foram determinantes durante a colonização, influenciando a língua, a regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma
culinária, o folclore e o uso de objetos caseiros diversos como a rede de palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é
descanso. Um dos aspectos mais notáveis da influência indígena foi a utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e
chamada língua geral (Língua geral paulista, Nheengatu), uma língua o acarajé.
derivada do Tupi-Guarani com termos da língua portuguesa que serviu Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base
de língua franca no interior do Brasil até meados do século XVIII, de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de
principalmente nas regiões de influência paulista e na região amazônica. influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica
O português brasileiro guarda, de fato, inúmeros termos de origem do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais.
indígena, especialmente derivados do Tupi-Guarani. De maneira geral, Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau,
nomes de origem indígena são frequentes na designação de animais e o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento
plantas nativos (jaguar, capivara, ipê, jacarandá, etc), além de serem muito utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura
frequentes na toponímia por todo o território. de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colonial.
A influência indígena é também forte no folclore do interior brasileiro, Os imigrantes
povoado de seres fantásticos como o curupira, osaci-pererê, o boitatá e
a iara, entre outros. Na culinária brasileira, a mandioca, a erva-mate, o açaí,
a jabuticaba, inúmeros pescados e outros frutos da terra, além de pratos
como os pirões, entraram na alimentação brasileira por influência indígena.
Essa influência se faz mais forte em certas regiões do país, em que esses
grupos conseguiram se manter mais distantes da ação colonizadora,
principalmente em porções da Região Norte do Brasil.
Os africanos
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos
da África durante o longo período em que durou o tráfico
negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na
diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que
O imigrante germânico e suas tradições: Oktoberfest em Igrejinha.
falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos
trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas A maior parte da população brasileira no século XIX era composta
deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de por negros e mestiços. Para povoar o território, suprir o fim da mão-de-obra
religiãoislâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura escrava mas também para "branquear" a população e cultura brasileiras, foi
africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os incentivada a imigração da Europa para o Brasil durante os séculos XIX e
escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses XX. Dentre os diversos grupos de imigrantes que aportaram no Brasil,
e obrigados a se converter ao catolicismo. foram os italianos que chegaram em maior número, quando considerada a
faixa de tempo entre 1870 e 1950. Eles se espalharam desde o sul
de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sendo a maior parte na região
de São Paulo. A estes se seguiram os portugueses, com quase o mesmo
número que os italianos. Destacaram-se também os alemães, que
chegaram em um fluxo contínuo desde 1824. Esses se fixaram
primariamente na Região Sul do Brasil, onde diversas regiões herdaram
influências germânicas desses colonos.
Os imigrantes que se fixaram na zona rural do Brasil meridional,
vivendo em pequenas propriedades familiares (sobretudo alemães e
italianos), conseguiram manter seus costumes do país de origem, criando
no Brasil uma cópia das terras que deixaram na Europa. Alguns povoados
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fundados por colonos europeus mantiveram a língua dos seus
antepassados durante muito tempo. Em contrapartida, os imigrantes que se
fixaram nas grandes fazendas e nos centros urbanos
do Sudeste (portugueses, italianos, espanhóis e árabes), rapidamente se
integraram na sociedade brasileira, perdendo muitos aspectos da herança
cultural do país de origem. A contribuição asiática veio com a imigração
japonesa, porém de forma mais limitada.
De maneira geral, as vagas de imigração europeia e de outras regiões
do mundo influenciaram todos os aspectos da cultura brasileira. Na
culinária, por exemplo, foi notável a influência italiana, que transformou os
pratos de massas e a pizza em comida popular em quase todo o Brasil.
Também houve influência na língua portuguesa em certas regiões, O Palácio da Alvorada em Brasília, obra de Oscar Niemeyer.
especialmente no sul do território. Nas artes eruditas a influência europeia
imigrante foi fundamental, através da chegada de imigrantes capacitados O patrimônio histórico brasileiro é um dos mais antigos da América,
em seus países de origem na pintura, arquitetura e outras artes. sendo especialmente rico em relíquias de arte e arquitetura barrocas,
concentradas sobretudo no estado de Minas Gerais (Ouro
Aspectos Preto,Mariana, Diamantina, São João del-Rei, Sabará, Congonhas, etc) e
Arquitetura e patrimônio histórico em centros históricos de Recife, São
Luis, Salvador, Olinda, Santos, Paraty, Goiana, Pirenópolis, Goiás, entre
outras cidades. Também possui nas grandes capitais numerosos e
importantes edifícios de arquitetura eclética, da transição entre
os séculos XIX e XX.
A partir de meados do século XX a construção de uma série de
obras modernistas, criadas por um grupo liderado porGregori
Warchavchik, Lucio Costa e sobretudo Oscar Niemeyer, projetou a
arquitetura brasileira internacionalmente.4 O movimento moderno culminou
na realização de Brasília, o único conjunto urbanístico moderno do mundo
reconhecido pelaUNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Sala São Paulo, em São Paulo, uma das salas de concerto com
melhoracústica no mundo.
Ao longo do tempo e com o crescente intercâmbio cultural com outros
países além da metrópole portuguesa, elementos musicais típicos de outros
países se tornariam importantes, como foi o caso da
voga operística italiana e francesa e das danças como a zarzuela,
Escultura de Aleijadinho "Cristo no horto das oliveiras", localizada o bolero e habanera de origem espanhola, e
Congonhas, Minas Gerais. as valsas e polcas germânicas, muito populares entre os séculos XVIII e
XIX, e o jazz norte-americano no século XX, que encontraram todos um
No campo da escultura, igualmente o barroco foi o momento fundador, fértil terreno no Brasil para enraizamento e transformação.
deixando uma imensa produção de trabalhos de talha dourada nas igrejas e
estatuária sacra, cujo coroamento é o ciclo de esculturas das Estações da Com grande participação negra, a música popular desde fins do século
Via Sacra e dos 12 profetas no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, XVIII começou a dar sinais de formação de uma sonoridade
obra de Aleijadinho. Experimentando um período de retraimento na primeira caracteristicamente brasileira. Na música clássica, contudo, aquela
metade do século XIX, a escultura nacional só voltaria a brilhar nas últimas diversidade de elementos se apresentou até tardiamente numa feição
décadas do século, em torno da Academia Imperial de Belas Artes e bastante indiferenciada, acompanhando de perto - dentro das
através da atuação de Rodolfo Bernardelli. Desde lá o gênero vem possibilidades técnicas locais, bastante modestas se comparadas com os
florescendo sem mais interrupções pela mão de mestres do quilate grandes centros europeus ou como os do México e do Peru - o que
de Victor Brecheret, um dos precursores da arte moderna brasileira, e acontecia na Europa e em grau menor na América espanhola em cada
depois dele Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Franz Weissmann, Frans período, e um caráter especificamente brasileiro na produção nacional só
Krajcberg, Amilcar de Castro e uma série de outros, que têm levado a se tornaria nítido após a grande síntese realizada por Villa Lobos, já em
produção brasileira aos fóruns internacionais da arte. meados do século XX.
Da metade do século XX em diante outras modalidades de artes Esportes
visuais têm merecido a atenção dos artistas brasileiros, e nota-se um rápido
e grande desenvolvimento na gravura, no desenho, na cerâmica artística, e
nos processos mistos como instalações e performances, com resultados
que se equiparam à melhor produção internacional.
Música
A música do Brasil se formou, principalmente, a partir da fusão de
elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por
colonizadores portugueses e escravos.
a) pela eliminação das disparidades regionais; 08. Em 06 de janeiro de 1963, realizou-se o plebiscito que reuniu os votos
b) pela queda da inflação e da dívida externa; de mais de 12 milhões de cidadãos. Após o resultado do plebiscito, Goulart
c) por uma política nacionalista e de rejeição ao capital estrangeiro; assumiu plenamente o poder presidencial. Que questão foi discutida no
d) pela entrada maciça de capitais estrangeiros e a internacionalização de plebiscito acima citado?
nossa economia;
e) por práticas antidemocráticas como a violenta repressão às rebeliões de a) A validade da eleição de João Goulart.
Jacareacanga e Aragarças; b) A implementação das reformas de base por Jango.
c) O sistema de governo (presidencialista X parlamentarista).
d) A renúncia do presidente Jânio Quadros.
02. Quais os partidos políticos que dominaram a vida parlamentar brasileira e) A Lei de Remessa de Lucros, reforma urbana e tributária.
durante o período democrático de 1946 e 1964?
a) PTB, UDN e PCB 09. (UNIFENAS) Os governos de 1964 e 1968 caracterizaram-se por:
b) PL, UDN e PSD
c) PDS, MDB e PCB a) pluripartidarismo e Lei de Segurança Nacional;
d) PSB, UDN e PTB b) bipartidarismo e balança comercial positiva;
e) PSD, UDN e PTB c) aumento do setor tecnoburocrático e uma crescente participação do
Estado na economia;
d) reforma constitucional e um crescimento das pequenas e médias empre-
03. (UFS) No Governo de Juscelino Kubitschek, a base do seu programa sas;
administrativo era constituído do trinômio: e) anistia política e uma melhor distribuição de renda.
a) populismo
b) parlamentarismo
01. (UFGO)
07. (FMU) Rui Barbosa teve atuação destacada como ministro da Fazenda
do Governo Provisório. Entre as medidas que implantou salienta-se:
I. A suspensão dos alvarás que proibiam as manufaturas no Brasil permitiu
que o país tivesse um considerável desenvolvimento industrial.
a) Ampliação do crédito à lavoura, com indenização aos donos de escra-
vos, em conseqüência da abolição;
II. A pequena dimensão do mercado interno brasileiro e o baixo poder
b) Reforma do sistema de crédito, com incentivo ao setor industrial;
aquisitivo da população foi fatores que tolheram o desenvolvimento indus-
c) Política tarifária, estimulando a importação de bens de consumo interno;
trial brasileiro.
d) Organização da legislação de sociedades anônimas, visando atrair
investimentos estrangeiros no setor industrial.
III. O grande momento no processo industrial brasileiro foi a II Guerra
Mundial, quando se instaurou um sistema que significava mudança na
estrutura da economia, principalmente em seu aspecto qualitativo.
08. (PUC) A base da economia brasileira durante a Primeira República foi o
café e isto se deveu:
02. (MACK)
a) À mudança de regime político, à liberdade de ação dada aos proprietá-
rios pela Constituição e aos assalariados italianos;
I. As facções liberal e realista da época da independência brasileira concili-
aram suas divergências para organizar e manter a unidade política do país.
b) Ao incentivo dado aos plantadores de café, á aceitação do nosso produto
pela Inglaterra e à libertação dos escravos;
II. Segundo alguns historiadores, Deodoro e Floriano desempenharam
papel de simples substitutos do Poder Moderador, na mesma tradição
c) À decadência da industrialização, à Guerra de Secessão dos Estados
centralizadora do Império, sem alterar as estruturas do país.
Unidos e à decadência da mineração;
III. Os ressentimentos dos oficiais com a chamada Questão Militar, de 1884
d) À qualidade das terras, ao clima favorável, à imigração européia e à
– 1885, foram capitalizados em prol da causa republicana.
aceitação do nosso produto no mercado externo.
e) n.d.a.
03. (UnB)
PROVA SIMULADA III 06. (FGV) "Redescobrir e revolucionar é também o lema do Verde-
Amarelismo, que, antes de organizar-se no movimento Anta (Cassiano
Ricardo, Menotti del Picchia, Plínio Salgado) e materializar-se no ideário
Exercícios sobre revolução de 1930 - era vargas 'curupira', passa pela xenofobia espingardeira da Revista Brasília."
Questões:
01. (FUVEST) O Brasil recuperou-se de forma relativamente rápida dos O texto acima fala de um movimento literário do Brasil dos anos 30, que
efeitos da Crise de 1929 porque: tem correspondência político-ideológica com:
a) o governo de Getúlio Vargas promoveu medidas de incentivo econômico, a) o Integralismo
com empréstimos obtidos no Exterior; b) o Marxismo-lenilismo
b) o País, não tendo uma economia capitalista desenvolvida, ficou menos c) o Anarco-sindicalismo
sujeito aos efeitos da crise; d) o Socialismo Utópico
c) houve redução do consumo de bens e, com isso foi possível equilibrar as e) a Maçonaria
finanças públicas;
d) acordos internacionais, fixando um preço mínimo para o café, facilitaram
a retomada da economia; 07. (UFRJ) A expressão Estado Novo foi empregada para identificar um
e) um efeito combinado positivo resultou da diversificação das exportações fato histórico a partir do momento em que:
e do crescimento industrial.
a) entrou em vigor a terceira Constituição brasileira, a de 1934;
b) foram reunidos num só os Estados do Rio de Janeiro e da Guanabara;
02. (FUVEST) A política cultural do Estado Novo com relação aos intelectu- c) Getúlio Vargas outorgou ao País a Carta de 1937, que lhe conferia
ais caracterizou-se: plenos poderes;
d) assumiu a Presidência da república, Jânio Quadros;
a) pela repressão indiscriminada, por serem os intelectuais considerados e) assumiu a Presidência da República, João Goulart.
adversários de regimes ditatoriais;
b) por um clima de ampla liberdade pois o governo cortejava os intelectuais 08. (MACKENZIE) Sobre o Estado Novo, é falso afirmar que:
para obter apoio ao seu projetonacional;
a) DIP, DASP e Polícia Secreta constituíram órgãos de sustentação do
c) pela indiferença, pois os intelectuais não tinham expressão e o governo regime;
se baseava nas forças militares; b) a centralização política e a indefinição ideológica identificaram esta fase;
c) a legislação trabalhista garantia o direito de greve e autonomia sindical,
d) pelo desinteresse com relação aos intelectuais, pois o governo se apoia- mantendo o Estado afastado das relações capital e trabalho;
va nos trabalhadores sindicalizados; d) o crescimento industrial se fez em parte graças à concentração de renda,
baixos salários e desemprego;
e) por uma política seletiva através da qual só os adversários frontais do e) as oligarquias apoiavam o governo já que este garantia a grande propri-
regime foram reprimidos. edade e não estendia às leis trabalhistas ao campo.
03. A Era Vargas (1930 - 1945) apresentou: 09. (FUVEST) O período entre as duas guerras mundiais (1919 - 1939), foi
marcado por:
a) O abandono definitivo da política de proteção ao café.
b) A crescente centralização político-administrativa. a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideo-
c) Um respeito aos princípios democráticos, em toda sua duração. lógica entre fascismo e comunismo;
d) Um leve "surto industrial", resultante da conjuntura da Grande Guerra
(1914 - 1918). b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência
e) Um caráter extremamente ditatorial, em todas as suas três fases. fraterna entre o fascismo e o comunismo;
a) Reforma Partidária;
05. Recuperação da autonomia, reconstitucionalização do País e nomea- b) Pacificação interna dos Estados;
ção de um interventor civil e paulista foram reivindicações que marcaram: c) Emenda Constitucional que consolida a Constituição de 1934;
d) Democratização do País;
a) o movimento tenentista da década de 1920; e) Constituição, a quinta do Brasil e a quarta da República, em setembro de
b) a reação da oligarquia paulista na Revolução de 1932; 1946.
c) as manifestações integralistas nos anos 30;
d) as intentonas comunistas de 1935;
e) as rebeliões promovidas pela ANL entre 1934 e 1937. Resolução:
01. E
a) Simón Bolívar, um dos líderes da América Espanhola. c) podem ser vistas como respostas à política centralizadora do Império,
b) Toussaint Louverture e Dessalines, líderes da Independência do Haiti. que restringia a autonomia financeira e administrativa das províncias;
c) Pedro I, imperador do Brasil.
d) em sua maioria, eram revoltas lideradas pelos grandes proprietários de
terras e exigiam uma posição mais forte e centralizadora do governo impe-
03. (UFES) rial;
Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário
e) apenas a Sabinada teve caráter republicano e separatista.
Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portu-
gal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os brasileiros
do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. 06. (PUC-SP)
Que desaforo atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensara esse A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria
estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por Monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real.
descender da casa de Bragança na Europa, de quem já fomos independen- Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase
tes de fato e de direito? Não há delírio igual (...). unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e
(BRANDÃO, Ulysses de Carvalho. A Confederação do Equador, Pernam- opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade indivi-
buco: Publicações Oficiais, 1924) dual. Mas (...) este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado
era macrocefálica: tinha cabeça grande mais braços muito curtos. Agigan-
A causa da Confederação do Equador foi a: tava-se na Corte mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as
províncias. (...) Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substitui- se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a
ção pelo Poder Moderador; imagem do todo-poderoso, era visto como responsável por todo o bem e
todo o mal do Império. (Carvalho, J. Murilo de. Teatro de Sombras. Rio de
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988)
brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível
aos portugueses; O fragmento acima se refere ao Segundo Império brasileiro, controlado por
D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889 do ponto de vista político, o Se-
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e gundo Império pode ser representado como:
outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao imperador;
a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de
d) liberação do sistema de mão-de-obra nas disposições constitucionais, princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violên-
por pressão do grupo português, que já não detinha o controle das grandes cia, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no
fazendas e da produção do açúcar; golpe da maioridade;
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio b) jogo de aparências, em que a situação política do imperador conheceu
português e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional. as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos – refletindo as
próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como
bem exemplificado na questão da abolição;
04. (CESGRANRIO) O período regencial que se iniciou em 1831teve no Ato
07. O movimento de Independência do Brasil foi pacífico, conduzido pela e) a desarticulação do movimento, devido às rebeliões de escravos contra
elite e manteve a unidade territorial, não havendo ruptura do processo os estancieiros, que voltaram suas forças para resolver essa questão
histórico. regional.
Na província do Grão-Pará, mesmo antes da Independência, já se tinha
notícia de lutas entre a população e os representantes da Junta Governati- Resolução:
va (...) em 1823 o povo invadiu o palácio do governador, proclamou a
Independência e entregou o poder provincial aos líderes populares. 01. a) Filhos de espanhóis nascidos na América.
b) Trata-se do interesse inglês na Independência política da América
a) Compare os dois textos. Espanhola.
b) Em qual outra província houve radicalização popular?
02. a) Independência do Império espanhol e do capitalismo inglês.
b) Independência política e econômica do Haiti e libertação dos escra-
08. Do ponto de vista político, podemos considerar o Primeiro Reinado vos.
como: c) Separação do Brasil em relação a Portugal diante das teses recoloni-
alistas das Cortes de Lisboa.
a) um período de consolidação do Estado Nacional em que o imperador, 03. C
apoiado pela elite agrária, implantou modernas instituições políticas no 04. D
Brasil; 05. C
06. B
b) um período de transição em que os grupos sociais progressistas, ligados 07. a) Ambos retratam a Independência do Brasil; o primeiro apresenta a
à elite agrária, conservaram-se no poder; visão tradicional do movimento, enquanto o segundo destaca a participação
de setores populares, de acordo com seus interesses.
c) um período de perfeito equilíbrio entre as forças sociais progressistas,
ligados à elite agrária, conservaram-se no poder; b) Na Bahia, onde a população de Salvador cercou a cidade tentando
expulsar o brigadeiro Madeira de Melo e os portugueses contrários à Inde-
d) um período de transição em que o imperador, apoiado nas forças portu- pendência.
guesas, se manteve no poder; 08. D
09. E
e) um período de transição em que as forças progressistas, apoiadas por 10. C
Pedro I, esmagaram todos os resquícios da reação portuguesa.
PROVA SIMULADA V
09. Sobre o Período Regencial, que vigorou no Brasil de 1831 a 1840,
sabemos que:
Exercícios sobre movimento da independência
a) sua origem remonta ao crescente antagonismo entre a Câmara dos
Deputados e o imperador, reflexo de profundas contradições sociais; Questões:
01. (UFAL) Entre as causas políticas imediatas da eclosão das lutas pela
b) a aprovação do Ato Adicional mostra que a centralização prevaleceu independência das colônias espanholas da América, pode-se apontar:
sobre a descentralização, como tendência político administrativa nesse
período; a) a derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo;
b) a formação da Santa Aliança;
c) o falecimento de D. Pedro I e a eclosão de revoltas fortaleceram os c) a imposição de José Bonaparte no trono espanhol;
partidários do regresso, que chegaram ao poder com a eleição do Padre d) as decisões do Congresso de Viena;
Feijó; e) a invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal e a coroação de D. João VI
no Brasil.
d) os regentes unos, Feijó e Araújo Lima, são eleitos com pleito nacional,
repudiando-se a idéia de eleição do Parlamento;
02. A independência do Brasil e das colônias espanholas na América
e) as tendências liberal e conservadora, que marcaram a história política do tiveram como elemento comum:
Segundo Reinado, nasceram nesse período.
a) as propostas de eliminação do regime escravista imposto pela metrópole;
b) o caráter pacífico, uma vez que não ocorreu a fragmentação política do
10. A mais longa das revoltas brasileiras do período regencial foi a Revolu- antigo bloco colonial ibérico;
ção Farroupilha (1835- 1845), na qual se chegou a proclamar a República c) os efeitos do expansionismo napoleônico, responsável direto pelo rom-
a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárqui- a) rompeu o processo histórico;
co como garantia de seus privilégios; b) adaptou a estrutura política do país às conveniências da aristocracia
b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social rural;
imediatamente após a independência; c) acelerou o processo de modernização econômica;
c) evitas a dependência dos mercados internacionais, criando uma econo- d) representou um sério golpe na economia escravista;
mia autônoma; e) representou um retrocesso político, devido à forma monárquica de go-
d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra verno adotada.
as tropas metropolitanas;
e) promover um governo liberal e descentralizado através da Constituição
de 1824. 09. O príncipe D. Pedro, na Independência do Brasil, foi:
a) foi um arranjo político que preservou a monarquia como forma de gover- a) da extinção do sistema de parceria na lavoura cafeeira;
no e também os privilégios da classe proprietária; b) da manutenção dos arrendamentos de terras;
b) as camadas senhoriais, defensoras do liberalismo político, pretendiam c) da extinção do tráfico indígena entre o norte e o sul do país;
não apenas a emancipação política, mas a alteração das estruturas eco- d) da manutenção do sistema de colonato na lavoura canavieira;
nômicas; e) da extinção do tráfico negreiro.
07. (UBC) Na Guerra do Paraguai (1865 - 1870), o Brasil teve como alia- 02. (FUVEST) No Brasil colonial, a escravidão caracterizou-se essencial-
dos: mente:
04. (FATEC) Bandeiras eram: 09. (UCSAL) A atual configuração do território brasileiro foi definida em
suas linhas gerais, na época do marquês de Pombal, pelo Tratado de:
a) expedições de portugueses que atraíam as tribos indígenas para serem
catequizadas pelos jesuítas; a) Lisboa
b) expedições organizadas pela Coroa com o objetivo de conquistar as b) Madri
áreas litorâneas e ribeirinhas do país; c) Utrecht
c) expedições particulares que aprisionavam índios e buscavam metais e d) Tordesilhas
pedras preciosas; e) Badajós
d) movimentos catequistas liderados pelos jesuítas e que pretendiam
formar uma nação indígena cristã;
e) expedições financiadas pela Coroa cujo objetivo era exclusivamente 10. Entre as medidas pombalinas para o Brasil destacamos, exceto:
descobrir metais e pedras preciosas.
a) a expulsão dos jesuítas;
b) a transferência da capital da colônia para o Rio de Janeiro;
05. (UNIP) Após a restauração Portuguesa, ocorrida em 1640: c) a extinção do Estado do Maranhão;
d) o estabelecimento da Inquisição na Bahia;
a) as relações entre Portugal e o Brasil tornaram-se mais liberais; e) a criação do Diretório dos Índios.
b) a autonomia administrativa do Brasil foi ampliada;
c) o Pacto Colonial luso enrijeceu-se; Resolução:
d) os capitães-donatários forma substituídos pelos vice-reis; 01. C
e) a justiça colonial passou a ser exercida pelos "homens novos". 02. C
03. B
04. C
06. O organograma abaixo foi instituído: 05. C
06. B
A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL APÓS A RESTAURAÇÃO 07. D
08. D
09. B
10. D
Questões:
a) Cabanagem
03. (UFGO) O Período Regencial apresentou as seguintes características, b) Balaiada
menos: c) Farroupilha
d) Sabinada
a) Durante as Regências surgiram nossos primeiros partidos políticos: o e) Confederação do Equador
Liberal e o Conservador.
b) O Partido Liberal representava as novas aspirações populares, revolu- 08. (UCSAL) Durante as primeiras décadas do Império, a Bahia passou
cionárias e republicanas. grande agitação política e social. Ocorreram várias revoltas contra a per-
manência de portugueses que haviam lutado contra os baianos na Guerra
c) Foi um período de crise econômica e social que resultou em revoluções da Independência. Entre as revoltas a que o texto se refere pode-se desta-
como a Cabanagem e a Balaiada. car, a:
04. (UNITAU) Sobre o Período Regencial (1831 - 1840), é incorreto afirmar 09. (FUVEST) A Sabinada que agitou a Bahia entre novembro de 1837 e
que: março de 1838:
a) foi um período de intensa agitação social, com a Cabanagem no Rio a) tinha objetivos separatistas, no que diferia frontalmente das outras rebe-
Grande do Sul e a guerra dos Farrapos no Rio de Janeiro; liões do período;
b) passou por três etapas: regência trina provisória, regência trina e regên-
cia una; b) foi uma rebelião contra o poder instituído no Rio de Janeiro que contou
c) foi criada a Guarda Nacional, formada por tropas controladas pelos com a participação popular;
grandes fazendeiros;
d) através do Ato Adicional as províncias ganharam mais autonomia; c) assemelhou-se à Guerra dos Farrapos, tanto pela posição anti-escravista
e) cai a participação do açúcar entre os produtos exportados pelo Brasil e quanto pela violência e duração da luta;
cresce a participação do café.
d) aproximou-se, em suas proposições políticas, das demais rebeliões do
período pela defesa do regime monárquico;
05. (UFS) " ... desligado o povo rio-grandense da comunhão brasileira,
reassume todos os direitos da primitiva liberdade; usa destes direitos im- e) pode ser vista como uma continuidade da Rebelião dos Alfaiates, pois os
prescritíveis constituindo-se República Independente; toma na extensa dois movimentos tinham os
escala dos Estados Soberanos o lugar que lhe compete ..." mesmos objetivos.
Exercícios sobre o sistema colonial 06. (MACKENZIE) No final do século XVIII, as restrições econômicas de
Portugal ao Brasil chegaram ao máximo; o ouro declinava e as idéias
Questões: liberais difundiam-se pelo país. Tais fatos provocaram um movimento pela
01. (FUVEST) Independência, a centuadamente popular, com fortes preocupações soci-
ais, conhecido por:
Atrás de portas fechadas,
à luz de velas acesas, a) Inconfidência Mineira;
entre sigilo e espionagem b) Guerra dos Mascates;
acontece a Inconfidência. (Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência) c) Revolta de Felipe dos Santos;
Explique: d) Conjura Literária;
e) Inconfidência Baiana.
a) Por que a Inconfidência, acima evocada, não obteve êxito?
b) Por que, não obstante seu fracasso, tornou-se o movimento emancipan-
cionista mais conhecido da história brasileira? 07. Em 12 de Agosto de 1798, os envolvidos na Conjuração Baiana ou
Revolução dos Alfaiates lançaram um manifesto em que expunham suas
posições. Identifique as idéias inspiradoras na conjura e caracterize o tipo
02. (UNICAMP) A Independência do Brasil, proclamada por Pedro I, foi, de insatisfação social que ela expressava contra o sistema colonial vigente.
para Portugal, um fato gravíssimo porque construía os alicerces da econo-
mia nacional. Ou voltava o Brasil a ser Colônia, alimentando a Metrópole
com suas riquezas, ou tinha-se de organizar a Metrópole para a sua auto- 08. A transferência do governo português para o Brasil, em 1808, teve
suficiência. O texto acima, do historiador português Antonio Sergio, trata do ligação estreita com o processo de emancipação política da Colônia, por-
aspecto econômico na Independência brasileira, que representou, para a que:
Metrópole, o fim definitivo do Pacto Colonial.
a) introduziu as idéias liberais na Colônia, incentivando várias rebeliões;
a) Quais eram as bases do Pacto Colonial? b) reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema colonial,
b) Por que, segundo o texto citado, a Independência do Brasil foi um “fato aumentando a insatisfação dos colonos;
gravíssimo” para a economia portuguesa? c) incentivou as atividades mercantis, contrariando os interesse da grande
lavoura;
d) instalou no Brasil a estrutura do Estado português, reforçando a unidade
03. (VUNESP) A respeito da Independência do Brasil, pode-se afirmar que: e a autonomia da Colônia;
e) favoreceu os comerciantes portugueses, prejudicando os brasileiros e os
a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador; ingleses ligados ao comércio de importação.
b) instituiu a Monarquia como forma de governo, a partir de amplo apoio
popular;
c) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a extinção do 09. Durante as últimas décadas do século XVIII, a Colônia portuguesa na
tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra; América foi palcos de movimentos como a Inconfidência Mineira (1789), a
d) provocou, a partir da constituição de 1824, profundas transformações Conjuração do Rio de Janeiro (1794) e a Conjuração Baiana (1798). A
nas estruturas econômicas e sociais do país; respeito desses movimentos, pode-se afirmar que:
e) implicou a adoção da forma monárquica de governo e preservou os
interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos. a) demonstravam a intenção das classes proprietárias, adeptas as idéias
liberais, de seguirem o exemplo da Revolução Americana (1776) e procla-
marem a Independência, construindo uma sociedade democrática em que
04. (PUCCAMP) A franquia dos portos teve um alcance histórico profundo, todos os homens seriam livres e iguais;
pois deu início a um grande processo:
b) expressavam a crise do antigo sistema colonial pela tomada de consci-
a) do desenvolvimento do primeiro surto manufatureiro no Brasil e o cres- ência, por parte de diferentes setores da
cimento do transporte ferroviário sociedade colonial, de que a exploração exercida pela Metrópole era con-
b) do arrefecimento dos ideais absolutistas no Brasil e a disseminação de trária aos interesses e responsável pelo empobrecimento da Colônia;
movimentos nativistas.
c) da emancipação política do Brasil e o seu crescimento na órbita da c) denunciavam a total adesão dos colonos às empresas da burguesia
influência britânica. industrial britânica a favor da Independência e da abolição do tráfico negrei-
d) da persistência do Pacto Colonial no Brasil e o seu ingresso no capita- ro, para se construir, no Brasil, um mercado de consumo para manufatura-
lismo monopolista. dos;
e) do fechamento das fronteiras do Brasil aos estrangeiros e a abertura
para as correntes ideológicas revolucionárias européias. d) representavam uma forma de resistência dos colonos às tentativas de
recolonização empreendidas, depois da Revolução do Porto, pelas Cortes
de Lisboa, liberais em Portugal, que queria reaver o monopólio do comércio
05. (UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações sobre a Inde- com o Brasil;
pendência do Brasil. Assinale a alternativa correta sobre esse fato:
e) tinham cunho separatista e uma ideologia marcadamente nacionalista,
a) A crença no liberalismo de D. Pedro I e a expectativa positiva quanto a visando à libertação da Colônia da Metrópole e à formação de um Império
uma constituição brasileira estavam presentes em 1822. no Brasil com a união das várias regiões até então desunidas.
b) A declaração de Independência estava diretamente relacionada às
determinações das Cortes de Lisboa enviadas a D. Pedro.
c) A ideologia monárquica enraizada fez com que o povo e os políticos 10. A Revolução do Porto, em 1820, pode ser considerada decisiva para a
apoiassem o príncipe. Independência do Brasil, porque:
Escala é a relação estabelecida entre a representação do fenômeno Outras espécies de cartogramas: os de superfície, bidimensionais, re-
no mapa e sua verdadeira dimensão. A escala 1:1.000.000 significa que comendados para indicar as variações de determinados fenômenos por
cada medida linear do espaço real está reduzida, no mapa, à milionésima meio do uso de áreas sombreadas ou coloridas; cartogramas de aparência
parte (1km = 1mm). O plano, que representa áreas menores, geralmente tridimensional, também denominados blocos-diagramas, em que os fatos
trabalha com a escala 1:500 ou 1:50.000. O principal problema da cartogra- são expostos em perspectiva, exibindo-se o mapa esquemático.
fia é a projeção da superfície curva da Terra sobre uma superfície plana, o História
que necessariamente provoca alterações nos ângulos e linhas definidos
pelas coordenadas geográficas. Amostras de primitivos trabalhos cartográficos encontradas em pe-
dras, papiros, metais e peles representam o meio ambiente e a situação
Divisões da cartografia. Três são as divisões básicas da cartografia: das terras por meio de figuras e símbolos. Usaram-se, ainda, varas de
(1) cartografia topográfica, topocartografia ou cartografia original; (2) carto- bambu, madeira, tecido de algodão ou cânhamo, fibras de palmeira e
grafia geográfica ou geocartografia; (3) cartografia temática ou cartografia conchas.
aplicada.
O Museu Semítico da Universidade de Harvard, em Cambridge, Esta-
Cartografia topográfica. Vinculada à geodésia, a cartografia topográfi- dos Unidos, possui um mapa de origem ainda mais remota; gravado em
ca dedica-se à transformação direta das medidas e fotografias, obtidas pedra argilosa, foi achado na região mesopotâmica de Ga-Sur e parece
pelos levantamentos de campo, em desenho manual ou pelos levantamen- datar de 2500 a 3000 a.C. Outro trabalho de cartografia muito antigo
tos fotográficos. É quase exclusivamente praticada em instituições gover- (c.2000 a.C.), desenhado em rocha, foi localizado numa região do norte da
namentais que se dedicam à execução da carta de um país. Trabalho Itália, habitada outrora por um povo denominado camunos (camuni) pelos
permanente, de contínuo aperfeiçoamento e pormenorização, passou a ser romanos. O Museu de Turim, na Itália, conserva a planta, desenhada em
indispensável à tomada de decisões da administração pública e à defesa papiro, de uma mina de ouro da Núbia, na África, que data da época de
do território nacional. Com o emprego de escalas pequenas, produzem-se Ramsés II do Egito (1304-c.1237 a.C.).
mapas detalhados, matematicamente corretos e que servem de base para
outros menos detalhados. Coube aos gregos os primeiros fundamentos da geografia e das nor-
mas cartográficas, e ainda hoje os alicerces do sistema cartográfico repou-
O uso de imagens estereoscópicas nos levantamentos aerofotogra- sam na contribuição que deixaram: a concepção da esfericidade da Terra e
métricos simplificou o desenho cartográfico, tornando-o de mais rápida as noções de pólos, equador e trópicos; as primeiras medições da circunfe-
execução e menos dependente do esforço individual. A aerofotogrametria rência terrestre; a idealização dos primeiros sistemas de projeções e con-
O MAGNETISMO TERRESTRE
O homem, para facilitar o seu deslocamento sobre a superfície terres- Além dos meios de orientação já conhecidos, à noite é possível nos
tre, tomando por base o nascer e o pôr do Sol, criou alguns pontos de orientarmos por meio das estrelas.
orientação.
Um importante elemento de orientação em nosso hemisfério é o Cru-
Devido à marcante influência que o Sol exerce sobre a Terra, o ho- zeiro do Sul, para nós bastante visível.
mem, observando sua aparente marcha pelo espaço, fixou a direção em
que ele surge no horizonte’. A forma de nos orientarmos por ele consiste em prolongarmos quatro
vezes o braço maior da cruz e, desse ponto imaginário, baixarmos uma
O ponto em que o Sol aparece diariamente no horizonte, o nascente, perpendicular à linha do horizonte.
é conhecido também por leste ou oriente, e o local onde ele se põe, o
poente, corresponde ao oeste ou ocidente. Assim teremos o sul. Se nos colocarmos de costas para a constelação
teremos à frente o norte, à direita o leste e à esquerda o oeste.
Estendendo a mão direita para leste e a esquerda para oeste, encon-
tramos mais dois pontos de orientação — o norte, à nossa frente, e o sul, No hemisfério norte usa-se a estrela Polar como meio de orientação.
às nossas costas. Ela aponta sempre a direção norte.
Esses quatro principais pontos de orientação: norte, sul, leste e oeste, AS LINHAS E CÍRCULOS DA TERRA
constituem os pontos cardeais.
Devido à grande extensão do nosso planeta, para facilitar a localiza-
Entre os pontos cardeais, foram criados mais quatro pontos de orien- ção de qualquer ponto da sua superfície foram imaginadas algumas linhas
tação, os colaterais, que são: nordeste, sudeste, noroeste e sudoeste. ou círculos.
Para tornar mais segura a orientação sobre a superfície terrestre, en- Para se traçar essas linhas foi necessário representar-se graficamente
tre um ponto cardeal e um colateral foi criado o subcolateral. a Terra por meio de uma figura semelhante à sua forma — a esfera.
NNE — nor-nordeste;
ENE — es-nordeste;
PARALELOS
Zonas frias ou glaciais: situam-se no interior dos círculos polares Árti- Ela pode ser definida como o ângulo que a vertical desse lugar forma
co e Antártico e constituem as regiões mais frias do globo, quase que com o plano do Equador.
permanentemente cobertas de gelo.
A Latitude pode ser norte ou sul e variar de 00 a 900. Cada grau divi-
MERIDIANOS de-se em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos.
Atravessando perpendicularmente o Equador, temos também linhas Todos os pontos da superfície terrestre que têm a mesma latitude en-
ou círculos que vão de um pólo a outro — os meridianos. contram-se evidentemente sobre o mesmo paralelo.
Para dar uma volta completa sobre si, diante do Sol, a Terra leva 24 Existem duas formas por meio das quais representamos graficamente
horas, o que corresponde a um dia (um dia e uma noite). o nosso planeta: os globos e os mapas.
Sabendo-se que a esfera terrestre se divide em 3600 e que o Sol leva O globo terrestre é a melhor forma de se representar a Terra, pois não
24 horas para iluminá-la, conclui-se que, a cada hora, são iluminados distorce a área e a forma dos oceanos e continentes. Porém, os mapas,
diretamente pelo astro-rei 15 meridianos (360 : 24 = 15). além de oferecerem maior comodidade no seu manuseio e transporte, são
menos custosos e permitem, também, que as indicações neles contidas
O espaço da superfície terrestre compreendido entre 15 meridianos sejam mais completas e minuciosas do que nos globos.
ou 150 recebe o nome de fuso horário. A Terra possui, portanto, 24 fusos
horários, que representam as 24 horas do dia. ESCALAS
Para calcular a hora, convencionou-se que o fuso horário inicial, isto Para reproduzirmos a Terra ou parte dela em um mapa, precisamos
é, o fuso a partir do qual a hora começaria a ser contada, seria o fuso que diminuir o tamanho da área a ser representada.
passa por Greenwich.
Para este fim é que dispomos das escalas. Chamamos escala à rela-
A hora determinada por este fuso horário recebe o nome de hora ção de redução que existe entre as dimensões reais do terreno e as que ele
GMT. apresenta no mapa. As escalas podem ser de duas espécies:
Partindo-se da hora GMT, quando na região que corresponde ao me- Numérica ou aritmética: representada por uma fração ordinária ou sob
ridiano inicial for meio-dia, nas regiões compreendidas em cada um dos 1
fusos a leste desse meridiano teremos uma hora a mais, e a oeste, uma a forma de uma razão — 1:500 000.
hora a menos, isto porque, conforme vimos, a Terra gira de oeste para 500 000
leste.
Consideradas as ilhas oceânicas, o Brasil possui 4 fusos horários. Isto significa que o objeto da representação foi reduzido em quinhen-
tas mil vezes para ser transportado com detalhes para o mapa.
Observamos pelo mapa que há um limite prático e um teórico dos fu-
sos horários. Assim, para se saber o valor real de cada centímetro basta fazer a
seguinte operação:
O meridiano que divide o 1º fuso do 2º passa pelos Estados do Nor-
deste. Se esse limite teórico prevalecesse, esses Estados teriam horas Escala 1: 500 000
diferentes. Como a diferença não é muito grande, criou-se um limite prático,
através do desvio do meridiano que divide o 1º do 2º fuso horário. Assim, 1 cm = 5 000 metros ou 5 km
todo o território nordestino permanece no 2º fuso horário brasileiro.
Conhecendo o valor real de cada centímetro, com o auxílio de uma
Notamos também que do 2º para o 3º fuso houve um desvio para co- régua, poderemos calcular a distância em linha reta entre dois ou mais
incidir com os limites políticos dos Estados, exceção feita ao Pará, cujo pontos do mapa.
território se encontra no 2º e 3º fusos.
Basta, por exemplo, medir os centímetros que separam duas cidades
O 1º fuso horário brasileiro está atrasado duas horas em relação a e multiplicá-los pelo valor equivalente a 1 cm, já encontrado pela operação
Greenwich. acima exemplificada.
O 2º fuso horário, atrasado três horas em relação a Greenwich, consti- Gráfica: representada por uma linha reta dividida em
tui a hora legal do nosso país (hora de Brasília). Nele encontra-se a maioria partes, na qual encontramos diretamente os valores.
dos Estados brasileiros. Um mapa é feito em grande escala quando a redução ou o denomina-
dor da fração é pequeno (1:80000; 1:50000). Um mapa é elaborado em
O 3º fuso horário está atrasado quatro horas em relação a Londres e pequena escala quando a redução ou o denominador da fração é grande
uma hora em relação a Brasília.. (1:500 000; 1:10 000 000).
O 4º fuso horário, com cinco horas de atraso em relação a Greenwich, PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
está atrasado também duas horas em relação a Brasília. Nele estão inseri-
dos apenas o Acre e o extremo-oeste do Estado do Amazonas. Como a representação da Terra ou de parte dela em um mapa não
pode ser feita com exatidão matemática, posto que a esfera é um corpo
LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DA DATA geométrico de certa incompatibilidade com as figuras planas, é preciso
deformá-la um pouco.
Estabelecido o sistema de fusos horários, tornava-se necessário de-
terminar o meridiano a partir do qual deveríamos começar a contagem de Essas deformações serão tanto maiores quanto menor for a superfície
um novo dia. Escolheu-se para tal fim o meridiano de 1800 ou linha interna- representada.
cional da data, onde ocorre a mudança de datas. Cruzando-se esta linha no
sentido oeste-leste, deve-se subtrair um dia (24 horas) e, cruzando-a no As deformações que a Terra ou parte dela sofre ao ser representada
sentido leste-oeste, deve-se acrescentar um dia. em figuras planas —os mapas — ocorrem devido às projeções cartográfi-
cas.
A REPRESENTAÇÃO DA TERRA
Diversos tipos de projeções permitem-nos passar para um plano, com
A representação gráfica da Terra é uma tarefa que cabe a um impor- o mínimo possível de deformações, as figuras construídas sobre uma
tante ramo da ciência geográfica — a Cartografia. esfera.
A Cartografia tem por objetivo estudar os métodos científicos mais Em todos os tipos de projeções, primeiro é transportada, da esfera pa-
adequados para uma melhor e mais segura representação da Terra, ocu- ra a superfície, a rede de paralelos e meridianos, depois, ponto por ponto,
as figuras ou formas que se deseja representar.
Uma vez que nenhuma projeção reúne os requisitos de conservação CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
do ângulo, da área, da distância e da forma, o cartógrafo deve usá-las de
acordo com a superfície que deseja representar e a finalidade a que o Várias técnicas são empregadas pelos cartógrafos para se represen-
mapa se destina. tar, em um mapa, os aspectos físicos, humanos e econômicos de um
continente, país ou região.
As projeções costumam ser reunidas em três tipos básicos: cilíndri-
cas, cônicas, e azimutais. SÍMBOLOS
Neste tipo de projeção, muito utilizada na confecção dos planisférios, A REPRESENTAÇÃO DO RELEVO TERRESTRE
os paralelos e meridianos são representados por linhas retas que se cortam
em ângulos retos. Os paralelos aparecem tanto mais separados à medida A representação do relevo terrestre pode ser feita por meio de vários
que se aproximam dos pólos, acarretando grandes distorções nas altas processos: graduação de cores, curvas de nível, hachuras e mapas som-
latitudes. breados.
Dessa forma, a Groenlândia, por exemplo, que é bem menor que a MAPAS COM GRADUAÇÃO DE CORES
América do Sul, no planisfério aparece quase do mesmo tamanho que essa
parte do continente americano. Como exemplo de mapas com graduação de cores, temos:
Por essa projeção, obtemos mapas ou cartas com meridianos for- mapas oceânicos ou batimétricos: onde observamos as
mando uma rede de linhas retas, que convergem para os pólos, e paralelos diferentes profundidades oceânicas, peas tonalidades do a-
constituindo círculos concêntricos que têm o pólo como centro. zul: azul claro, para representar as pequenas profundidades,
e vários tons de azul, até o mais escuro, para as maiores pro-
Na projeção cônica, as deformações são pequenas próximo ao para- fundidades.
lelo de contato, mas tendem a aumentar à medida que as zonas represen-
tadas estão mais distantes. CURVAS DE NÍVEL
Devemos recorrer a este tipo de projeção para representarmos mapas As curvas de nível são linhas empregadas para unir os pontos da su-
regionais, onde são apresentadas apenas pequenas partes da superfície perfície terrestre de igual altitude sobre o nível do mar.
terrestre.
PROJEÇÃO AZIMUTAL
O Uruguai é formado pelos rios Pelotas e Canoas, que nascem perto A fauna brasileira não conta com espécies de grande porte, semelhan-
da escarpa da serra Geral. Separa o Rio Grande do Sul de Santa Catarina tes às que se encontram nas savanas e selvas da África. Na selva amazô-
e da Argentina e confronta depois esse país com o Uruguai. Seu regime nica existe uma abundante fauna de peixes e mamíferos aquáticos que
constitui exceção no Brasil: tem enchentes na primavera. O rio Paraguai habitam os rios e igapós. As espécies mais conhecidas são o pirarucu e o
nasce em Mato Grosso, no planalto central, perto de Diamantino. Após peixe-boi (este em vias de extinção). Nas várzeas há jacarés e tartarugas
curto trecho, penetra no pantanal, ao qual inunda parcialmente nas cheias, (também ameaçados de desaparecimento), bem como algumas espécies
que ocorrem no outono. Seus principais afluentes são: pela margem es- anfíbias, notadamente a lontra e a capivara e certas serpentes, como a
querda, o São Lourenço, o Taquari, o Miranda e o Apa; pela direita, o sucuriju. Nas florestas em geral predominam a anta, a onça, os macacos, a
Jauru. Em certos trechos, separa o Brasil da Bolívia e do Paraguai, até que preguiça, o caititu, a jibóia, a sucuri, os papagaios, araras e tucanos e uma
se interna nesse país. imensa variedade de insetos e aracnídeos.
O rio São Francisco nasce na serra da Canastra, em Minas Gerais, e Nas caatingas, cerrados e campos são mais comuns a raposa, o ta-
corre nas direções gerais sul-norte e oeste-leste. É chamado "rio da unida- manduá, o tatu, o veado, o lobo guará, o guaxinim, a ema, a siriema, perdi-
de nacional", porque liga as duas regiões de mais alta densidade demográ- zes e codornas, e os batráquios (rãs, sapos e pererecas) e répteis (casca-
fica e mais antigo povoamento do país: o Sudeste e a zona da Mata nor- vel, surucucu e jararaca). Há abundância de térmitas, que constroem mon-
destina. É um rio de planalto, que forma várias cachoeiras: Paulo Afonso, tículos duros como habitação. De maneira geral, a fauna ornitológica brasi-
Itaparica, Sobradinho, Pirapora. Seus principais afluentes são: na margem leira não encontra rival em variedade, com muitas espécies inexistentes em
esquerda, o Indaiá, o Abaeté, o Paracatu, o Pardo, o Carinhanha, o Corren- outras partes do mundo. São inúmeras as aves de rapina, como os gavi-
te e o Grande; pela direita, o Pará, o Paraopeba, o das Velhas e o Verde ões, as aves noturnas, como as corujas e mochos, as trepadoras, os gali-
Grande, todos perenes. Tem enchentes de verão. náceos, as pernaltas, os columbídeos e os palmípedes.
Situado ao norte brasileiro, o domínio Amazônico é a maior região mor- Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
foclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões km² – Nos dias atuais é grande a devastação ambiental na Amazônia – quei-
equivalente a 60% do território nacional – abrangendo os Estados: Amazo- madas, desmatamentos, extinção de espécies, etc. – fazem com que a
nas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato região e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maior
Grosso. Encontram-se como principais cidades desta região: Manaus, reserva florestal do globo. Ecologicamente a Amazônia está correndo muito
Belém, Rio Branco, Macapá e Santarém. perigo, devido ao grande atrativo econômico natural que é encontrado
Características do Povoamento nesta região, o equilíbrio é colocado muitas vezes em risco. A exploração
descontrolada faz com que as ideologias conservacionistas sejam deixadas
A Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, ori- Só a partir do século XVIII com a mineração e o início das plantações
ginalmente foi a floresta com a maior extensão latitudinal do planeta, indo de café, que a partir do século XIX seriam o principal produto brasileiro, é
de cerca de 6 a 32oS. Esta já cobriu cerca de 11% do território nacional. que o cultivo de outros vegetais começa a ganhar mais expressividade.
Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original. A Muitos engenhos são abandonados e a atividade canavieira se estagna
variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde devido à transferência da mão-de-obra para a mineração e o cultivo do
climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi- café.
árido no nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda Tal como ocorrera com o período de grande produção da cana-de-
mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se açúcar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma nova fase eco-
desenvolvem muito, formando uma floresta densa. Nas enconstas esta nômica. Por isso, podemos dizer que a história da agricultura no Brasil está
floresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos intimamente associada com a história do desenvolvimento do próprio país.
dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo Ainda mais, quando se considera o período a partir do século XIX quando o
sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a floresta de Araucárias. café se tornou o principal artigo de exportação brasileiro, logo após o declí-
O Pantanal Mato-Grossense nio da mineração.
O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua Mas o cultivo do café, que durante todo o século XIX faria fortunas e in-
do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa fluenciaria fortemente a política do país, começa a declinar por volta de
1,8% do território nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em 1902 quando a crise atinge seu ponto culminante, o Brasil produzira mais
grande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a varie- de 16 milhões de sacas de café enquanto que o consumo mundial pouco
dade de microrelevos e regimes de inundação. Como área transicional ultrapassava os 15 milhões fazendo com que o preço do café, que já estava
entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossiste- em queda, chegasse a 33 francos (bem menos que os 102 francos de
mas terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado. 1885).
Um dos propulsores do desenvolvimento econômico brasileiro dos O país dispõe de setor tecnológico sofisticado e desenvolve projetos
últimos anos, o setor terciário, que corresponde à venda de produtos e que vão desde submarinos a aeronaves (a Embraer é a terceira maior
aos serviços comerciais oferecidos à população, é ainda uma das razões empresa fabricante de aviões no mundo). O Brasil também está envolvido
do aumento da competitividade interna e externa do Brasil, acelerando o na pesquisa espacial. Possui um centro de lançamento de satélites e foi o
seu progresso tecnológico. Segundo a Central Brasileira do Setor de único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe responsável pela
Serviços (CEBRASSE), das 500 maiores empresas no Brasil, 124 atuam construção do Estação Espacial Internacional (EEI).[25] É também o
nesse setor. Nessas empresas destacam-se, sucessivamente, as ativi- pioneiro na introdução, em sua matriz energética, de um biocombustível – o
dades de telecomunicações, serviços públicos, tecnologia e computação, etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.Em 2008, a Petrobrás criou a
além das comunicações. Para o investidor estrangeiro são várias as subsidiária, a Petrobrás Biocombustível, que tem como objetivo principal a
opções de negócio no país, como o comércio de veículos, objetos pesso- produção de biodiesel e etanol, a partir de fontes renováveis,
ais e domésticos, combustíveis, alimentos, além das atividades imobiliá- como biomassa e produtos agrícolas.
rias, aluguéis e serviços prestados às empresas. História
A indústria, parte do setor secundário, é também um setor de grande Quando os exploradores portugueses chegaram no século XV,
importância na formação da riqueza nacional. Com destaque na produ- as tribos indígenas do Brasil totalizavam cerca de 2,5 milhões de pessoas,
ção de bens de capital, ela tem na região Sudeste, em especial a Região que praticamente viviam de maneira inalterada desde a Idade da Pedra. Da
Metropolitana de São Paulo, a maior concentração do país. Por categoria colonização portuguesa do Brasil (1500-1822) até o final dos anos 1930, os
de uso, essa atividade divide-se em indústrias de bens de capital, bens elementos de mercado da economia brasileira basearam-se na produção
intermediários, bens de consumo duráveis, semiduráveis e não duráveis. de produtos primários para exportação. Dentro do Império Português, o
A indústria de capital (produtora de bens que serão utilizados no proces- Brasil era uma colônia submetida a uma política imperial mercantil, que
so produtivo, como máquinas e equipamentos) é um dos destaques entre tinha três principais grandes ciclos de produção econômica - o açúcar,
as categorias no Brasil, tanto em termos de produção física, quanto em o ouro e, a partir do início do século XIX, o café. A economia do Brasil foi
termos de faturamento. Os produtos mais vendidos da indústria brasileira fortemente dependente do trabalho escravizado Africano até o final do
são o óleo diesel, minério de ferro beneficiado, automóveis com cilindra- século XIX (cerca de 3 milhões de escravos africanos importados no total).
das, gasolina automotiva (exceto para aviação), óleos brutos de petróleo, Desde então, o Brasil viveu um período de crescimento econômico e
álcool combustível, telefones celulares, açúcar cristal e cervejas ou demográfico forte, acompanhado de imigração em massa da
chope. Europa (principalmente Portugal, Itália, Espanha e Alemanha) até os anos
1930. Na América, os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá e
Já o setor primário no Brasil, dividido em atividades de agricultura, a Argentina (em ordem decrescente) foram os países que receberam a
pecuária, extrativismo vegetal, caça, pesca e mineração, tem como maioria dos imigrantes. No caso do Brasil, as estatísticas mostram que 4,5
destaque a agropecuária. Essa atividade, que faz uso do solo para o milhões de pessoas emigraram para o país entre 1882 e 1934.
cultivo de plantas e a criação de animais, é responsável por cerca de
A verdade é que ultimamente as relações entre as cidades brasileiras Aglomeração Urbana de Jundiaí;
estão bem mais integradas, as cidades não estão mais inseridas, somente, Aglomeração Urbana de Piracicaba;
na economia regional. “Trata-se, em toda parte, de uma rede urbana que
sofreu o impacto da globalização, na qual, cada centro, por minúsculo que Aglomeração urbana do Litoral Norte (Rio Grande do Sul);
seja, participa, ainda que não exclusivamente, de um ou mais circuitos
Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul (região de
espaciais de produção” (SANTOS, 1988).
Caxias do Sul);
A rede de cidades continua sendo um sistema integrado e hierarquizado
Aglomeração urbana do Sul (Rio Grande do Sul) (região de Pelotas).
que vai dos pequenos aglomerados às regiões metropolitanas ou grandes
cidades, mas suas conexões, no entanto, adquirem contornos complexos, Ainda há mais uma aglomerações existentes somente para fins
agora não mais exibindo um padrão exclusivamente christalleriano e muito estatísticos, são elas:
menos dendrítico como aponta Corrêa (2001, p. 365), estabelece-se assim
uma relação de múltiplos circuitos na rede urbana. Lázaro Wandson de Aglomeração Urbana Central
Nazaré Teles
Não tem a função de uma região metropolitana, no entanto para fim Cláudio Mendonça
estatístico agrupa vários municípios com características socioeconômicas No último século a população brasileira multiplicou por dez: em 1900
similares. residiam noBrasil cerca de 17 milhões de pessoas, no ano 2000 quase 170
Conurbações não-oficiais milhões. Desde o primeiro recenseamento (1872) ocorreram várias mudan-
ças no padrão da evoluçãodemográfica brasileira.
Aglomerados urbanos não-metropolitanos
Até o início da década de 1930 o crescimento da população do Brasil
Um aglomerado urbano não-metropolitano é o espaço contou com forte contribuição da imigração. A partir de 1934, com a adoção
urbano semicontínuo (às vezes sem nenhuma continuidade), resultante de da "Lei de Cotas" que estabelecia limites à entrada de imigrantes, o aumen-
um virtual processo de conurbação. Não pode ser classificado como um to da população dependeu, principalmente, do crescimento vegetativo (cv),
espaço urbano metropolitano, mas já apresenta um nível de interligação de isto é, a diferença entre as taxas de natalidade e a de mortalidade expressa
transportes e serviços muito grandes. Este fenômeno é observado nas em % (por cem) ou %0 ( por mil) habitantes.
seguintes cidades (e seus entornos): Campo Grande; Santa Maria;Porto
Velho; Castanhal e Três Lagoas-Andradina. No entanto, foi depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45) que o
crescimento tornou-se acelerado, devido à diminuição das taxas de mortali-
Aglomerados urbanos fronteiriços dade. Isso é explicado por fatores como a expansão da rede de esgoto,
Assim como os aglomerados urbanos não-metropolitanos, um acesso à água encanada, campanhas de vacinação em massa, acesso a
aglomerado urbano fronteiriço é o espaço urbano resultante de um virtual medicamentos básicos, etc. Entre 1940 a 1960 foi registrada a maior evolu-
processo de conurbação fronteiriço entre dois ou mais países. Este ção das taxas de crescimento populacional, atingindo em 1960 a taxa de
fenômeno é observado nas seguintes cidades (e seus entornos) de 2,9% a.a. (ao ano - ou 29%0 a.a.). Este período marcou a primeira fase de
fronteira: Marco das Três Fronteiras; Zona de Fronteira Corumbá-Puerto transição demográfica brasileira.
Suárez e a Fronteira da Paz.
jovens (0-17 anos); No Brasil, a pirâmide etária tem se modificado a cada década. Sua
forma revela uma situação intermediária entre as duas primeiras pirâmides
adultos (18-64 anos); e apresentadas, de acordo com as alterações recentes ocorridas do padrão
demográfico brasileiro. Observe estas mudanças através da sobreposição
idosos (acima de 65 anos).
das pirâmides de 1980 a 2000.
Nos países desenvolvidos, a estrutura etária é caracterizada pela pre-
sença marcante da população adulta e de uma porcentagem expressiva de
idosos, conseqüência do baixo crescimento vegetativo e da elevada expec-
tativa de vida. Essa situação tem levado a reformas sociais, particularmen-
te, no sistema previdenciário em diversos países do mundo, já que
o envelhecimento da população obriga o Estado a destinar boa parte de
seus recursos econômicos para a aposentadoria.
Nos países subdesenvolvidos os jovens superam os adultos e os ido-
sos, conseqüência do alto crescimento vegetativo e da baixa expectativa de
vida. Essa situação coloca os países subdesenvolvidos numa situação de
desvantagem, particularmente os pobres que possuem famílias mais nume-
rosas: sustentar um número maior de filhos limita as possibilidades do
Estado e da família em oferecer uma formação de boa qualidade, coloca a
criança no mercado de trabalho e reproduz o círculo vicioso da pobreza e
da miséria ao dificultar a possibilidade de ascensão social futura.
No caso do Brasil, e de outros países classificados como "emergentes",
a proporção de jovens tem diminuído a cada ano, ao passo que o índice da
população idosa vem aumentando. Essa é uma das razões das mudanças
recentes no sistema de previdência social, com estabelecimento de idade
mínima para a aposentadoria e teto máximo para pagamento ao aposenta-
do.
Pirâmides etárias
A pirâmides etárias são representações gráficas (histograma) da popu- Observação: Não existe um critério único para a distribuição da popu-
lação classificada por sexo e idade. No eixo vertical (y) estão indicadas as lação por faixa etária; o mais adotado (inclusive pelo IBGE, atualmente)
Divisão político-administrativa atual do Brasil O caput do art. 1º da CF estabelece que em relação à forma de
governo e à forma de Estado o Brasil é uma República Federativa, formada
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.
O Brasil é um país autônomo e independente politicamente, possui um A forma de governo indica a maneira como se dá a instituição do poder
território dividido em estados, que nesse caso são vinte seis, além do na sociedade e a relação entre o povo e seus governantes. As formas mais
distrito federal que representa uma unidade da federação que foi instituída comuns de governo são a Monarquia (poder singular), caracterizada pela
com intuito de abrigar a capital do Brasil e também a sede do Governo ascensão automática, hereditária e vitalícia ao trono, e a República (poder
Federal. plural), cuja marca principal é a eletividade periódica do Chefe de Estado
para um mandato cujo prazo é fixado na Constituição.
Foram vários os motivos que levaram o Brasil a realizar uma divisão in-
terna do território, dentre eles os fundamentais foram os fatores históricos e Na Monarquia absoluta o rei ou o imperador exerce o poder de forma
político-administrativos. Esse processo teve início ainda no período coloni- ilimitada. Na Monarquia constitucional, mais comum na atualidade, o rei ou
Em matéria tributária, porém, a competência residual foi atribuída à Hely Lopes Meirelles sustenta que diante de sua grande importância e
União, que mediante lei complementar poderá instituir impostos não autonomia na federação brasileira o Município é uma “entidade estatal de
previstos expressamente na CF, nos termos do seu art. 154, I. terceiro grau, integrante e necessária ao nosso sistema federativo”, ou seja,
nossa Federação é trina (tríplice), e não dualista.. No mesmo sentido
decidiu o C. STF na ADIn-MC 2.38 1/RS, DJU, 14-12-2001. O art. 87 do
a) no Meio-Norte.
b) no Agreste. 10. (UNISA) Chamamos de sistemas agrícolas:
c) na Zona da Mata.
d) no Sertão a) As formas de divisão de glebas, em relação às culturas desenvolvidas.
e) no Recôncavo. b) O sistema de distribuição dos cultivos, em relação ao solo e todos produ-
tos agrícolas.
c) As formas de financiamento da produção e da comercialização dos
04. (PUC) Entre as explorações tradicionais do Nordeste, aquela tem sido produtos agrícolas.
melhor aproveitada pela indústria moderna é a: d) Aos sistemas planejados de produção agrícola.
e) Ao conjunto de técnicas empregadas para obtenção da produção agro-
a) de algodão mocó. pastoril.
b) da cana-de-açúcar.
c) do couro.
d) do agrave.
e) da mandioca. Resolução:
01. E
02. E
05. (FGV) O litoral sul da Bahia caracteriza-se pela presença da monocultu- 03. B
ra de: 04. A
05. D
a) cana-de-açúcar 06. E
b) algodão 07. B
c) amendoim 08. C
d) cacau 09. E
e) sisal 10. E
06. O produto que acusou uma rápida expansão nos últimos anos, estando PROVA SIMULADA II
entre os quatro mais importantes atualmente exportados pelo Brasil é:
Exercícios sobre comércio externo
a) o arroz, cultivado principalmente no Rio Grande do Sul e Goiás;
b) o fumo, cultivado principalmente em Santa Catarina e Bahia; Questões:
c) o amendoim, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Mato 01. (CESGRANRIO) No 1º aniversário do Plano Real, festejou-se a queda
Grosso; das taxas de inflação de 50% para 2% ao mês. Para muitos analistas, no
d) o milho, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais; entanto, o desempenho do Real, no início de 1995, esteve ameaçado,
e) a soja, cultivada principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná. tendo em vista repercussões das dificuldades experimentadas pelos planos
da estabilização econômica dos governos do México e da Argentina, que
rediriam na manutenção prolongada de políticas de:
a) Houve grande aumento das exportações de manufaturados e semi- a) sistema de conjugação de transportes, portos, silos e frigoríficos para
industrializados superando exportações de produtos primários. receber, conservar e exportar os produtos para o mercado externo;
b) Menor dependência em relação ao mercado norte-americano. b) conjunto de rodovias que alcançam os mais distantes e interiorizados
centros de produção para conectá-los com os grandes eixos viários;
c) Grande diversificação quanto aos tipos de produtos exportados e quanto
aos parceiros comerciais. c) tratamento preferencial que, enfatiza os principais produtos locais, como
a soja em Paranaguá, o café em Santos, o minério de ferro em Vitória e
d) Apresenta diminuição gradativa do volume de mercadorias exportadas e outros;
do valor de exportações.
d) conjunto de normas e processos fiscais e financeiros que desburocratiza-
e) A balança comercial apresenta um superávit, desde 82, apesar de não ram e agilizaram as exportações;
poder ser considerado como lucro.
e) sistema de empresas de produção, transporte e armazenamento - as
trading companies - para escoamento e exportação de produção.
04. (UFPA) As regiões brasileiras exercem diferentes papéis no que diz
respeito a “divisão inter-regional do trabalho” ressaltando-se que:
08. O acordo com os europeus
a) a Região Sudeste coordenando o mercado nacional, caracteriza-se por
ser exportadora unicamente de produtos provenientes do setor primário. "O acordo de cooperação entre a União Européia e o Mercosul, assinado
nos dias 15 e 20 de dezembro de 1995, prevê o fomento do intercâmbio em
b) A Região Sul desempenha um papel eminentemente industrial, como diversos setores. Por este acordo, ficou acertado que os Estados-partes da
fornecedora de produtos do setor secundário. União Européia e os países-membros do Mercosul envidarão esforços a fim
de promover a cooperação empresarial com o propósito de criar um marco
c) A Região Norte, caracteriza-se pela exportação de matéria-prima de favorável de desenvolvimento econômico que tenha em conta seus interes-
origem diversa, com destaque para os minérios. ses mútuos. Para reafirmar as bases de tal acordo, particularmente o
presidente francês Chirac empenhou-se em convencer o Brasil das vanta-
d) A Região Nordeste, mesmo com seus problemas endêmicos consegue gens de atrelar os negócios nacionais preferencialmente à Europa em lugar
ser fornecedora de alimentos para a força de trabalho de outras regiões. de fazê-lo com os Estados Unidos. Chirac ofereceu a França como porta de
entrada para ampliar o comércio brasileiro com a União Européia."
e) A Região Centro-Oeste caracteriza-se principalmente pela exportação de (adaptado da Revista Mercosul, maio de 1996 e Revista Veja, março de
produtos agrícolas com destaque para o cacau e o fumo. 1997)
06. (UFMG) Com a abertura das fronteiras brasileiras aos produtos manufa- d) Dentro da Nova Ordem Mundial a idéia é ampliar cada vez mais os
turados estrangeiros, evidenciou-se a fraca competitividade da maioria dos blocos econômicos.
setores industriais do país. Sobre esse aspecto da nossa indústria, todas as
alternativas estão corretas, exceto: e) O Mercosul já mantém relações amplas com a U.E.
a) Solar, hidrelétrica e eólica. 09. O levantamento do potencial hidráulico das principais bacias hidrográfi-
b) Hidráulica, lenha e biomassa. cas brasileiras demonstra a grande supremacia dos rios da bacia:
c) Hidráulica, xisto e solar.
d) Petróleo, solar e lenha. a) Amazônica
e) Álcool, eólica e solar. b) do São Francisco
c) do Paraná
d) do Tocantins-Araguaia
03. (PUC) A Usina de Itaipu é um empreendimento conjunto: e) do Leste
a) Brasil – Paraguai;
b) Brasil – Argentina; 10. (OSEC) O conjunto hidroelétrico de Urubupungá, situado na divisa de
c) Brasil – Paraguai – Argentina; São Paulo com Mato Grosso do Sul, é constituído pelas usinas:
d) Argentina – Paraguai;
e) Brasil – Uruguai. a) Furnas e Mascarenhas de Morais
b) Volta Grande e Estreito
c) Três Marias e Furnas
04. (PUC) A área carbonífera de Santa Catarina compreende os municípios d) Jupiá e Ilha Solteira
de: e) Presidente Bernardes e Manguinhos
a) siderúrgicas e alimentícias.
b) alimentícias e petroquímicas. 07. (UNIFOR) Os novos investimentos em regiões mais distantes do eixo
c) eletroeletrônicas e de calçados. Rio-São Paulo estão permitindo a algumas cidades nordestinas, um cres-
d) siderúrgicas e petroquímicas. cimento industrial maior do que alguns pólos econômicos do Centro-Sul.
e) eletroeletrônicas e têxteis. Essa expansão se deve, basicamente:
a) metalúrgica – construção civil – naval. I. A Vale não tinha importância estratégica para o desenvolvimento econô-
b) petroquímica – automobilística – siderúrgica. mico-social do país.
c) elétrica – eletrônica – têxtil. II. O Estado deveria deixar a função de empresário.
d) informática – microeletrônica – biotecnológica. III. O financiamento da Vale seria um mau negócio para o Estado.
e) alimentícia – de bebidas finas – de cosméticos. IV. Privatizar a Vale não seria privatizar o solo brasileiro.
V. A própria empresa, livre de burocracia, poderia produzir mais, pagar
mais impostos e gerar mais empregos.
04. (UESPI) A respeito da indústria moderna, é correto afirmar:
Da relação anterior, são, particularmente, eram argumentos neoliberais:
a) com as inovações tecnológicas atuais, eliminou-se a divisão técnica do
trabalho. a) I e IV
b) seus trabalhadores, chamados de artesãos, possuem uma clara idéia de b) II e IV
como ocorre todo o processo de produção, trocando freqüentemente de c) III e IV
função dentro da empresa. d) V e IV
c) não mais se baseia no assalariamento, mas no regime de parceria. e) Todas
d) tende a absorver maior capacidade técnica e científica, deslocando
tarefas para a terceirização.
e) não se preocupa com a produtividade, passando a intensificar a competi- 09. (UNIMEP) A crise econômica por que passou o Brasil na década de 80 -
tividade. a "década perdida", como ficou conhecida - pôs fim ao período de extraor-
dinário crescimento econômico ocorrido nas três décadas anteriores. Da
década de 50 até a de 70, impulsionado por um processo de industrializa-
05. (ESCCAI) “No mundo capitalista a preocupação primordial é obtenção ção da sociedade, o Brasil apresentou bom desenvolvimento econômico
de lucros cada vez maiores. É dessa busca incessante de lucros máximos tanto em nível regional quanto mundial. Nesse período, os ingredientes
que resultam as estratégias de localização geográfica das empresas indus- básicos do grande crescimento econômico industrial do país foram:
triais, que em inúmeros fatores têm de ser considerados isoladamente e em
conjunto.” a) a forte participação de capital estatal e estrangeiro na economia;
b) o fácil endividamento externo;
A partir do texto acima conclui-se que os fatores mais importantes são, c) a abundância de mão-de-obra;
exceto: d) a grande disponibilidade de recursos naturais;
e) a crescente presença estrangeira na indústria de bens não-duráveis.
a) Mercado consumidor.
b) Energia.
c) Matéria-prima. 10. (UNIFENAS) A organização do espaço geográfico brasileiro após a
d) Legislação ambiental. industrialização sofreu mudanças profundas. Seria errado afirmar:
e) Mão-de-obra.
a) grande concentração de atividades e decisões no Sudeste, tendo São
Paulo como centro polarizador;
06. (UFF) O interesse dos governos estaduais em instalar indústrias em
PROVA SIMULADA VI
Exercícios sobre transportes
Questões:
01. (OSEC) Qual é o maior corredor de exportação do Brasil?
04. (PUCC) A linha principal da Ferrovia do Aço destina-se a ligar: a) São Luis – Itaqui e Vitória – Tubarão.
b) Paranaguá e Santos.
a) Belo Horizonte ao Rio de Janeiro. c) São Luis – Itaqui e Rio Grande.
b) São Paulo ao Rio de Janeiro. d) Santos e Rio Grande.
c) Belo Horizonte ao Espírito Santo. e) Vitória – Tubarão e Paranaguá.
d) Belo Horizonte a São Paulo.
e) Brasília a Belo Horizonte.
07. A grande importância da Estrada de Ferro Vitória - Minas está ligada:
a) os marítimos
b) os rodoviários
c) as ferrovias
d) os transportes aéreos
e) os transportes fluviais
a) à boa situação geográfica de Santos, que atraiu as ferrovias; a) do teor mais baixo do minério.
b) ao tipo de produção agrícola voltada para a exportação implantada no b) da pequena quantidade de minério.
Estado; c) das dificuldades de transporte.
c) à situação geográfica da capital paulista, próxima ao litoral; d) do grande consumo das proximidades.
d) aos problemas geográficos representados pela movimentação orogênica e) n.d.a.
do planalto;
e) aos incentivos estatais.
06. (UNIRIO) Muitos fatores geográficos favorecem a extração de sal
marinho na fachada litorânea do Rio Grande do Norte:
Resolução:
a) o clima tropical de altitude;
01. Porto de Santos. b) as fortes marés, cuja altura oscila entre 3 e 4m;
02. A c) as baixas temperaturas ali reinantes (18º - 36º em média);
03. E d) o clima equatorial superúmido.
04. D e) n.d.a.
05. D
06. A
07. A 07. (FAAP) A Companhia Vale do Rio Doce é uma empresa:
08. C
09. B a) de exploração madeireira
10. B b) hidrelétrica
c) siderúrgica
PROVA SIMULADA VII d) exportadora de minério de ferro
e) de navegação fluvial
Exercícios sobre indústria de extração mineral
02. (CESGRANRIO) Porto salineiro mais importante, situado no Nordeste a) Amapá, Santa Catarina e Rio Grande do Norte;
do País: b) Amazonas, Pará e Acre;
c) Amapá, Rio Grande do Sul e Goiás;
a) Areia Branca d) Rondônia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul;
b) Aracati e) n.d.a.
c) Mucuripe
d) Camocim
e) Luiz Correia 10. A exploração das salinas no Brasil está mais desenvolvida nos Estados
do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro. Qual a combinação correta
dos dois maiores centros produtores desses dois Estados?
03. (CESGRANRIO) mais importante área de extração de sal no Brasil:
a) Macau - Macaé
a) região salineira de Cabo Frio (RJ) b) Açu - Cabo Frio
b) região salineira potiguar (RN) c) Macaé - Açu
c) região salineira do Ceará (CE) d) Macau - Cabo Frio
d) região salineira do Rio Grande do Sul (RS) e) Areia Branca - Cabo Frio
e) n.d.a.
Resolução:
04. (PUC) A exploração de reservas de ferro e de manganês do Brasil 01. C
Sudeste se desenvolve em Minas Gerais e, mais precisamente: 02. A
03. B
a) no vale do Jequitinhonha. 04. C
b) no vale do São Francisco. 05. C
c) nos vales superiores dos rios das Velhas, Doce e Paraopeba. 06. B
02. Leia os textos: 06. (PUC) As porções orientais do território brasileiro, em termos de clima,
sofrem maior intervenção da massa de ar:
I. Calcula-se que a poluição do ar tenha provocado um crescimento do teor
de gás carbônico na atmosfera, que teria sofrido um aumento de 14% entre a) Equatorial Continental (Ec)
1830 e 1930, aumentando hoje em dia de 0,3% ao ano. Os desmatamentos b) Equatorial Atlântica (Ea)
contribuem bastante para isso, pois a queimada das florestas produz gran- c) Tropical Continental (Tc)
de quantidade de gás carbônico tem a propriedade de absorver calor, pelo d) Tropical Atlântica (Ta)
chamado “efeito estufa”, um aumento da proporção desse gás na atmosfera e) Polar Atlântica (Pa)
pode ocasionar um aquecimento de superfícies terrestres.
II. Inversão térmica é período em que o ar fica estagnado sobre um local, 07. (MACK) Dominam no inverno austral as massas de ar procedentes de
sem a formação de ventos ou correntes ascendentes na atmosfera. Sabe- áreas anticicloniais localizadas no Atlântico Sul e na Argentina, as quais
se que o ar mais elevado é mais que o que se encontra embaixo; esse fato invadem o Planalto Brasileiro e implicam na formação:
dá origem a correntes ascendentes na atmosfera, pois o ar quente é mais
leve que o ar mais frio. Mas sobre o efeito de uma inversão térmica ocorre o a) das brisas
inverso: o ar mais quente está acima do ar mais frio, impendido-o de subir. b) dos ventos contra-alísios do Nordeste
O ar fica estagnado e carregado de poluentes. As inversões térmicas c) do terral
ocorrem bastante no Sul do país, principalmente em São Paulo, no período d) dos ventos alísios do Sudeste
do inverno. e) dos ventos do Noroeste
As afirmações I e II estão:
08. (OSEC) O deslocamento das massas de ar, que dão origem aos ven-
a) totalmente corretas. tos, se fazem sempre:
b) totalmente erradas.
c) a I correta e a II errada. a) das áreas mais elevadas para as mais baixas;
d) a I errada e a II correta. b) das áreas de temperaturas mais altas para as de temperatura mais
e) as duas parcialmente corretas. baixa;
c) das áreas de alta pressão para as de baixa pressão;
d) das áreas mais úmidas para as mais secas;
03. (FUVEST) Explique as características e as causas da ocorrência do e) de oeste para leste.
clima subtropical no Brasil.
09. (OSEC) (...) "Ventos periódicos beneficiam toda a extensa orla litorâ-
04. Observe as afirmações e coloque V verdadeiro ou F falso: nea: são... que, como alhures se apresentam sob a forma da "viração" ... e
do "terral"... (Areldo de Azevedo)
( ) I. Domínio é o conjunto natural onde há uma interação entre os elemen-
tos da natureza com um deles predominando. a) os ventos alísios do Sudeste;
b) os ventos alísios do Nordeste;
( ) II. Faixa de transição é a área de terra onde há uma certa homogenei- c) os ventos variáveis, "Pampeiro e Noroeste";
dade dos elementos naturais. d) as brisas marítimas e terrestres;
e) as frentes frias do Sul.
( ) III. O domínio morfoclimático inclui, além do clima e do relevo, elemen-
tos da vegetação, hidrografia e pedologia.
10. (OSEC) A "friagem" consiste na queda brusca da temperatura, na
( ) IV. Clima e relevo são os elementos mais importantes do domínio por região amazônica. Sobre ela pode-se afirmar que:
se constituírem na causa dos demais.
I. O relevo baixo, de planície, facilita a incursão de massas de ar frio que
( ) V. A vegetação não é considerada um dos elementos definidos da atingem a Amazônia.
paisagem, pois é o elemento mais resistente da paisagem. II. A massa de ar responsável pela ocorrência de friagem é a Tropical
Atlântica.
III. A friagem ocorre no inverno.
Resolução: a) Rússia
b) Canadá
01. E c) Inglaterra
d) França
02. A e) EUA
PROVA SIMULADA X b) O rio Paraguai nasce na serra de Araporé, em Mato Grosso, com o nome
de rio das Pedras, de Amolar.
Exercícios sobre hidrografia
c) Durante as cheias do rio Paraguai, no início de outono, todo o Pantanal
Questões: vê-se invadido pela águas do rio, constituindo, então, a lagoa Xarajes.
01. (UFPA) Define-se “LAGOS DE VÁRZEA” como sendo aqueles oriundos d) O rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas.
da acumulação de aluviões fluviais. Deduz-se que tais formações devem
ser encontradas: e) O rio Uruguai é o principal rio da Bacia Platina em potencial hidrelétrico.
03. (FGV) “Em virtude da existência de inúmeros fatores históricos e eco- a) Piratini
nômicos, os baixos cursos dos rios geralmente apresentam elevadas den- b) Uruguai
sidades demográficas”. Comprovam a afirmação os rios: c) Paraguai
d) Paraná
a) Mackenzie e Volga. e) São Francisco
b) Yukon e Reno.
c) Nilo e Ganges.
d) Ob e Mississipi. 09. (UNIV. ESTÁCIO DE SÁ) Aponte a afirmativa incorreta:
e) Ienissei e São Francisco.
a) O regime dos rios brasileiros depende das chuvas de verão.
b) Talvegue é a linha de maior profundidade do leito do rio.
04. (UNOPAR) A expressão “Bacia Hidrográfica” pode ser entendida como: c) Os rios brasileiros possuem um regime pluvial, excetuando-se o Amazo-
nas que é complexo.
a) o conjunto das terras drenadas ou percorridas por um rio principal e seus d) Todos os rios do Brasil podem ser caracterizados como perenes.
afluentes. e) A foz de um rio pode ser de dois tipos: o estuário, livre de obstáculos, e o
b) a área ocupada pelas águas de um rio principal e seus afluentes no delta, com ilhas de luvião separadas por uma rede de canais.
período normal de chuvas.
c) o conjunto de lagoas isoladas que se formam no leito dos rios quando o
nível de água da água baixa. 10. (FAC. AGRONOMIA E ZOOTECNIA de Uberaba) Leia as afirmativas
d) o aumento exagerado do volume de água de um rio principal e seus abaixo sobre a hidrografia brasileira:
afluentes quando chove acima do normal.
e) o lago formado pelo represamento das águas de um rio principal e seus I. É a maior das três bacias que formam a Bacia Platina, pois possui
afluentes. 891.309 km2, o que corresponde a 10,4% da área do território brasileiro.
04. Os países são classificados de 0 a 1, após analisados todos os fatores a) lavoura de subsistência, lavoura comercial e extrativa vegetal.
de ponderação, sendo que, quanto mais próximo de 1, mais b) extrativa vegetal, agricultura comercial e lavoura de subsistência.
____________________ é o país e, conseqüentemente, quanto mais c) extrativa vegetal, pecuária e agricultura comercial.
próximo de 0, mais _______________________ é o país. d) extrativa mineral, pecuária intensiva e agropecuária comercial.
e) pecuária, lavoura comercial e extrativa vegetal.
a) A cidade de São Paulo corresponde a uma metrópole nacional, situada b) Praticaram a policultura, introduziram no país os minifúndios, ou peque-
nas margens do Rio Paraíba do Sul. nas propriedades.
b) A cidade de Washington corresponde a uma metrópole nacional.
c) O êxodo rural é um dos fatores que mais têm contribuído para o inchaço c) São Leopoldo (RS), Novo Hamburgo (RS), Itajaí (SC), Brusque (SC),
das metrópoles brasileiras. Joinville (SC), Colatina (ES) e Santo Amaro (SP) são localidades em que se
d) No Brasil, verifica-se o predomínio de população rural. fixaram um grande número de alemães.
e) A partir da década de 1980, o êxodo rural deixou de ocorrer devido ao
assentamento dos sem-terra pelo Incra. d) Integrou-se facilmente na comunidade brasileira, especialmente nos
estados sulinos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
09. (CEFET - PR) Um conjunto de municípios contíguos e integrados socio- e) Influenciaram a alimentação, as construções e costumes, notadamente
economicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infra- em Santa Catarina.
estrutura comuns, define a:
a) metropolização 03. (MED. ABC) “Muitos colonos gaúchos e catarinenses estão ajudando na
b) área metropolitana conquista de uma nova fronteira agrícola: a região de Dourados, responsá-
c) rede urbana vel por 50% da produção de soja de Mato Grosso do Sul. Rondônia, nossa
d) megalópole última fronteira, recebeu, nos últimos três anos, cerca de 200.000 migran-
e) hierarquia urbana tes. Só 10% de sua população economicamente ativa nasceu ali.” (Jornal
da Tarde,de 16/5/81)
10. Sobre o surto de urbanização que se verifica no mundo, é correto Identifique, no mapa abaixo, a seta que corresponde à direção do fluxo
afirmar que: populacional descrito no texto anterior.
Resolução:
05. (UNOPAR) Dos imigrantes que vieram para o Brasil, a maior contribui- Resolução:
ção populacional populacional foi dada pelos:
01. 0-V;1-V; 2-V; 3-V; 4-V
a) portugueses e japoneses 02. D
b) italianos e alemães 03. A
c) alemães e espanhóis 04. D
d) japoneses e espanhóis 05. E
e) portugueses e italianos 06. E
07. A
08. E
06. (PUC) Entre os fatores que impulsionaram a migração européia para o 09. A
Brasil entre 1870 - 1930, podemos excluir: 10. C
e) devido à estabilidade política da Europa, que estimulava a fixação do 02. Sobre a imigração alemã (1850 – 1870) não é certo afirmarmos:
homem ao solo europeu, pois este não iria se aventurar em novas terras.
a) Radicou-se principalmente em Santa Catarina, no Vale do Itajaí e no Rio
Grande do Sul, no Vale do Jacuí e Vale dos Sinos.
08. (FEI) Migrações pendulares são:
b) Praticaram a policultura, introduziram no país os minifúndios, ou peque-
a) movimentos ligados a atividades pastoris; nas propriedades.
b) movimentos da população rural em direção aos grandes centros urba-
nos; c) São Leopoldo (RS), Novo Hamburgo (RS), Itajaí (SC), Brusque (SC),
c) troca de imigrantes entre as grandes regiões; Joinville (SC), Colatina (ES) e Santo Amaro (SP) são localidades em que se
d) deslocamento maciço de populações urbanas em direção ao campo; fixaram um grande número de alemães.
e) movimentos diários de trabalhadores entre o local de residência e o local
de trabalho. d) Integrou-se facilmente na comunidade brasileira, especialmente nos
estados sulinos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
09. (UNIUBE) Na história da imigração para o Brasil, no século XX, há de e) Influenciaram a alimentação, as construções e costumes, notadamente
se destacar a Lei de Cotas, de 1934. Por essa lei, só poderiam ingressar, em Santa Catarina.
anualmente, até 2% do total de imigrantes de uma mesma nacionalidade já
estabelecidos no país nos 50 anos anteriores. Com isso, o Governo Federal
visava a diminuir a importância política da mão-de-obra operária de origem: 03. (MED. ABC) “Muitos colonos gaúchos e catarinenses estão ajudando na
conquista de uma nova fronteira agrícola: a região de Dourados, responsá-
a) italiana vel por 50% da produção de soja de Mato Grosso do Sul. Rondônia, nossa
b) portuguesa última fronteira, recebeu, nos últimos três anos, cerca de 200.000 migran-
c) japonesa tes. Só 10% de sua população economicamente ativa nasceu ali.” (Jornal
d) sírio-libanesa da Tarde,de 16/5/81)
e) coreana
Identifique, no mapa abaixo, a seta que corresponde à direção do fluxo
populacional descrito no texto anterior.
10. (UNIUBE) Na segunda metade do século XIX, o Brasil recebeu um
grande contingente imigratório. Um dos grupos de imigrantes se destaca
por ter participado da fundação de várias cidades, tais como: Blumenau,
Joinville, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O texto refere-se aos imigrantes:
a) 5 a) italiana
b) 3 b) portuguesa
c) 3 c) japonesa
d) 1 d) sírio-libanesa
e) 4 e) coreana
04. (UNIFOR) A região que forneceu o maior contingente de colonos- 10. (UNIUBE) Na segunda metade do século XIX, o Brasil recebeu um
migrantes para a ocupação da fronteira agrícola, no Mato Grosso, Rondô- grande contingente imigratório. Um dos grupos de imigrantes se destaca
nia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a: por ter participado da fundação de várias cidades, tais como: Blumenau,
Joinville, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O texto refere-se aos imigrantes:
a) Norte
b) Nordeste a) italianos
c) Centro-Oeste b) franceses
d) Sul c) alemães
e) Sudeste d) espanhóis
e) portugueses
05. (UNOPAR) Dos imigrantes que vieram para o Brasil, a maior contribui- Resolução:
ção populacional populacional foi dada pelos:
01. 0-V;1-V; 2-V; 3-V; 4-V
a) portugueses e japoneses 02. D
b) italianos e alemães 03. A
c) alemães e espanhóis 04. D
d) japoneses e espanhóis 05. E
e) portugueses e italianos 06. E
07. A
08. E
06. (PUC) Entre os fatores que impulsionaram a migração européia para o 09. A
Brasil entre 1870 - 1930, podemos excluir: 10. C
a) o desenvolvimento da cafeicultura;
b) as iniciativas dos fazendeiros de auxiliar colonos; PROVA SIMULADA XV
c) a abolição da escravatura e a conseqüente liberação da mão-de-obra;
d) a unificação política e industrialização tardia da Itália; Exercícios sobre relevo
e) a Primeira Guerra Mundial.
Questões:
01. Sobre o domínio amazônico, assinale a alternativa falsa:
07. (UFPA) A reduzida entrada de imigrantes no primeiro período pode ser
melhor explicada: a) Compõe-se em sua maior parte por baixos planaltos e planícies.
b) A hidrografia é riquíssima, com furos, igarapés, paranás-mirins e lagos
a) devido à abundância de mão-de-obra escrava no período; da várzea.
c) Devido a riqueza mineral orgânica das águas dos rios é grande a pisco-
b) pela suspensão de financiamentos para o imigrante em 1830 e a exigên- sidade.
cia de que 25% deles se destinassem à agricultura; d) Devido à exportação de peixes a matança tem-se descontrolado, colo-
cando em risco várias espécies.
c) pelo estabelecimento de cotas de imigração em 2%, segundo a naciona- e) O solo amazônico tem-se mostrado fertilíssimo, prestando-se a grande
lidade, a partir de 1910; monocultura exportadora.