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- Trinta e cinco municípios nas 100 maiores cidades do país têm menos de 60% da população
com coleta de esgoto (Ranking do Saneamento 2021 – Instituto Trata Brasil).
- No Brasil, a proporção de municípios com serviço de esgotamento sanitário passou de
47,3%, em 1989, para 60,3%, em 2017 (Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2017 –
IBGE).
1.2 Saneamento
As atividades do saneamento envolvem principalmente os seguintes aspectos:
- Abastecimento público e seguro de água;
- Coleta e disposição de águas residuárias (esgotos sanitários, resíduos líquidos industriais e
águas pluviais);
- Acondicionamento, coleta, transporte e tratamento e/ou disposição final dos resíduos sólidos;
- Controle da poluição ambiental – água, ar e solo, acústica e visual;
- Saneamento dos alimentos;
- Saneamento da habitação e dos locais de trabalho, de educação e de recreação e dos hospitais;
- Controle de artrópodes e de roedores de importância em saúde pública;
- Saneamento e planejamento territorial, sistemas de drenagem e de controle de inundações e
de erosão;
- Saneamento em situação de emergência;
- Aspectos diversos de interesse no saneamento do meio (cemitérios, aeroportos, ventilação,
iluminação, insolação etc.).
Por outro lado, a importância econômica do abastecimento de água é também de grande relevância.
Sua implantação, sem dúvida, pode traduzir-se em aumento da vida média, aumento da vida efetiva
e redução do número de horas perdidas com diversas doenças, o que consequentemente resulta em
aumento da produtividade. A influência da água, sob o aspecto econômico, repercute mais
diretamente no desenvolvimento industrial, por constituir a matéria prima ou ser utilizada no
processo ou ainda por ser meio de operação.
b) Poluição atmosférica
A poluição atmosférica prejudica a fauna, a flora e a saúde do homem. Ataca os animais, causando-
lhes a morte ou seu desenvolvimento insuficiente, com danos desastrosos para a economia.
Em relação à flora, a poluição pode trazer o decréscimo da penetração da luz, por escurecimento
da atmosfera ou por deposição de resíduos sobre as folhas, prejudicando a fotossíntese.
Relativamente ao homem, a poluição atmosférica é a responsável pelo maior número de doenças
das vias respiratórias, particularmente de fundo alérgico, dos olhos, além de ser cancerígena. Ainda
a poluição atmosférica é responsável pelo aumento da corrosividade da atmosfera, ocasionando
desgaste prematuro em prédios, ferramentas entre outros.
c) Poluição do solo
A poluição do solo poderá resultar em prejuízos tanto para as águas superficiais devido ao arraste
dos poluentes pelo escoamento superficial, como para as águas subterrâneas que poderão ser
contaminadas pela infiltração.
Notas de aula - 1. Introdução ao saneamento básico 5
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
Na Tabela 1 são apresentados alguns microrganismos de transmissão hídrica e via oral e sua
importância para o abastecimento de água.
Hoje se deve considerar, também, os Patógenos emergentes de veiculação hídrica. Segundo a OMS
patógenos emergentes são considerados aqueles organismos que tem aparecido em uma população
pela primeira vez ou que já ocorreram previamente, mas sua incidência vem aumentando e se
expandindo para outras áreas, onde até então não haviam sido detectados (HELLER e PÁDUA,
2010).
Dentre os organismos emergentes, tem recebido atenção especial os protozoários Giardia e
Cryptosporidium. A giardíase e a criptosporidiose são zoonoses, cujas principais fontes de
contaminação da água são os esgotos sanitários e as atividades agropecuárias.
b) Doenças de origem hídrica
São as doenças decorrentes de certas substâncias contidas na água em teor inadequado.
Quatro tipos de contaminantes tóxicos podem ser encontrados nos sistemas públicos de
abastecimento de água:
- Contaminantes naturais de uma água que esteve em contato com formações minerais, como
exemplo tem-se: flúor, selênio, arsênico, boro.
Notas de aula - 1. Introdução ao saneamento básico 7
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
Bibliografia
BRASIL, Ministério das Cidades, SNIS. Disponível em < http://www.snis.gov.br/diagnosticos >
Acesso em: 10 de abril de 2016.
DACACH, N. G. Saneamento Básico. Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro,
1984.
HELLER, L.; PÁDUA, V. L. Abastecimento de água para consumo humano. 2º Ed. Editora
UFMG. Belo Horizonte, Minas Gerais. 2010.
INSTITUTO TRATA BRASIL. Situação do Saneamento no Brasil. Disponível em <
https://tratabrasil.org.br/pt/saneamento/principais-estatisticas > Acesso em: 08 de agosto de
2021.
LEME, F. P. Engenharia do Saneamento Ambiental. Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio
de Janeiro, 1982.
LIBÂNIO, M.. Fundamentos de qualidade e Tratamento de água. 3ª Ed. Editora Átomo,
Campinas, SP. 2010.
TSUTIYA, MILTON TOMOYUKI. Abastecimento de água. 2ª Ed. Departamento de
Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica de São Paulo, São Paulo, 2005. 643
p.
Notas de aula - 1. Introdução ao saneamento básico 8
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
Quadro 1 - Alguns tipos de doenças relacionadas a água (veiculação hídrica), formas de transmissão e prevenção.
Grupo de doenças Formas de transmissão Principais doenças Formas de prevenção
Transmitidas pela via fecal-oral O organismo patogênico (agente -diarréias e disenterias, como: cólera -Proteger e tratar as águas de
(alimentos contaminados por causador de doença) é ingerido. e a giardíase; abastecimento e evitar uso de fontes
fezes) -Febre tifóide e paratifóide contaminadas
-Leptospirose -Fornecer água em quantidades adequada e
promover a higiene pessoal, doméstica e
-Amebíase
dos alimentos.
-Hepatite infecciosa
-Ascaridíase (lombrigas)
Controladas pela limpeza com a A falta de água e de higiene -Infecções na pele e nos olhos, como -Fornecer água em quantidades adequada e
água (associadas ao pessoal criam condições o tracoma e o tifo relacionado com promover a higiene pessoal e doméstica
abastecimento insuficiente de favoráveis para a sua piolhos, e a escabiose.
água) disseminação
Associada à água (uma parte do O patogênico penetra pela pele -Esquistossomose. -evitar o contato de pessoas com águas
ciclo da vida do agente ou é ingerido. infectadas
infeccioso ocorre em um animal -proteger mananciais
aquático)
-adotar medidas adequadas para a
disposição de esgotos
-combater o hospedeiro intermediário.
Transmitidas por vetores que se As doenças são propagadas por -Malária -combater os insetos transmissores
relacionam com a água insetos que nascem na água ou -Febre amarela -eliminar condições que possam favorecer
picam perto dela. criadouros
-Dengue
-filariose (elefantíase) -evitar o contato com criadouros
-utilizar meios de proteção individual
Notas de aula - 1. Introdução ao saneamento básico 9
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
Tab. 1- Organismos patogênicos de transmissão hídrica e via oral e sua importância para o
abastecimento de água (HELLER e PÁDUA, 2010).
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
2.1 Definição:
“É o conjunto de obras civis, equipamentos e serviços destinados à produção e distribuição de água
potável para populações, sob a responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em
regime de concessão ou permissão” (HELLER e PÁDUA, 2010).
O sistema de abastecimento de água deve fornecer água, de boa qualidade, quantidade adequada e
pressão suficiente, para o abastecimento da população e para a viabilização de atividades
econômicas.
Pressões adequadas
-Pressão mínima para atendimento aos usos;
-Pressão máxima para a proteção de equipamentos e a minimização de perdas;
-Prevenção da ocorrência de contaminações devidas a pressões inferiores à atmosférica na rede.
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
Qualidade apropriada
-Características sanitárias;
-Características estéticas (organolépticas);
-Características econômicas.
Essas características são determinadas por meio de exames físicos, análises químicas, exames
bacteriológicos e completados com inspeção sanitária de campo.
Custos aceitáveis
-Implantação (escolha de mananciais, otimização de traçados, técnicas de tratamento etc.);
-Operação e manutenção (pessoal, energia, materiais, perdas e desperdícios, cobranças etc.).
Sustentabilidade
A água potável é um produto industrial e que, como tal, depende das condições da matéria prima,
dos equipamentos, do pessoal etc.
O padrão de potabilidade deve ser considerado sob duplo aspecto:
-Elaboração e distribuição do produto;
-Condição final quando entregue ao consumidor.
1 captação; 2 adutora água bruta; 3 elevatória água bruta; 4 ETA; 5 elevatória água tratada; 6
adutora água tratada; 7 reservatório de distribuição; 8 adutora água tratada; 9 rede de distribuição.
1 reservatório de acumulação; 2 adutora água bruta; 3 elevatória água bruta; 4 adutora água bruta;
5 ETA; 6 adutora água tratada; 7 reservatório de distribuição; 8 adutora água tratada; 9 rede de
distribuição.
1 reservatório de acumulação; 2 adutora água bruta; 3 elevatória água bruta; 4 adutora água bruta;
5 ETA; 6 adutora água tratada; 7 rede de distribuição; 8 adutora água tratada; 9 reservatório de
distribuição (de jusante).
1 captação; 2 adutora água bruta; 3 ETA; 4 adutora água tratada; 5 reservatório de distribuição; 6
adutora água tratada; 7 adutora água tratada; 8 rede de distribuição.
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
2.6. Estudo de concepção de sistema de abastecimento de água
De um modo geral, a concepção de sistemas de abastecimento depende principalmente do tipo de
manancial, da topografia da área e população a ser atendida. Para o estudo de concepção de um
SAA de água, é necessário o desenvolvimento de uma série de atividades. A NBR 12211/92 fixa
as condições necessárias para estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de
água.
Atividade Discriminação
1.1 Características físicas
O projeto deverá reunir de maneira clara e objetiva todas as informações necessárias para:
▪ contratação das obras;
▪ construção e fiscalização;
▪ aquisição e instalação de materiais e equipamentos;
▪ operação e manutenção do sistema.
O objetivo da fase “estudo preliminar” é o estudo das soluções alternativas, finalizando com a
seleção da alternativa mais interessante, que será apresentada na forma de um esquema básico, em
geral em escala (conforme indicado na NBR – 12211/92).
O estudo da concepção das alternativas deve ser desenvolvido de acordo com a ABNT – NBR
12211/92- Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água.
O esquema da Figura 1 apresenta uma situação em que existem algumas alternativas para
manancial abastecedor da cidade A:
-Alternativa 1 – captação no Rio B, que exigirá recalque para conduzir a água até a cidade e
tratamento;
-Alternativa 2 – captação na cabeceira do Rio A, que é mais distante, entretanto a água poderá
ser conduzida por gravidade;
-Alternativa 3 – captação de água subterrânea.
Essas alternativas, desde que viáveis tecnicamente, deverão ser pré-dimensionadas e estudadas
economicamente, e deverá ser adotada aquela que propicie o menor custo, mas que atenda os
aspectos técnicos e ambientais.
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
3. Usos da água
3.1 Introdução
A água constitui parte integrante do organismo humano, representando proporção considerável
(cerca de 70%) de sua composição. Além disso, desempenha funções fisiológicas fundamentais,
como: dissolver e diluir todos os componentes solúveis que entram no organismo ou que
permanecem como constituintes celulares; constituir veículo de elementos e compostos a serem
excretados; regular a temperatura corporal pelo processo de absorção de calor e evaporação no
processo contínuo de transpiração.
Nenhum outro solvente apresenta, reunidas às temperaturas e pressões usuais na superfície de
nosso planeta, as propriedades químicas, físicas e físico-químicas tão compatíveis com os
processos biológicos essenciais reconhecidos na água. Pode-se afirmar, de maneira complementar,
que os processos biológicos têm as características atuais porque se desenvolveram a partir desta
disponibilidade, caso contrário o caminho da evolução deveria ter sido completamente diverso.
Mas, além disso, a água é importante como ambiente para a vida. A maior parte dos seres vivos
na terra é aquática e houve época em que os seres terrestres inexistiam.
Por todas essas razões, a água constitui elemento vital não só à natureza de um modo geral, como
a todas as atividades desenvolvidas pelo homem.
Entre os principais usos da água pode-se citar: abastecimento doméstico, abastecimento industrial,
irrigação, dessedentação de animais, aquicultura, preservação da flora e da fauna, recreação e lazer,
harmonia paisagística, geração de energia elétrica, navegação e diluição de despejos.
A interrelação entre o uso da água e a qualidade requerida para a mesma é direta. Na lista de usos
acima, pode-se considerar que o uso mais nobre seja representado pelo abastecimento de água
doméstico, o qual requer a satisfação de diversos critérios de qualidade. De forma oposta, o uso
menos nobre é o da simples diluição de despejos, o qual não possui nenhum requisito especial em
termos de qualidade. No entanto, diversos cursos d’água têm usos múltiplos previstos para os
mesmos, decorrendo daí a necessidade da satisfação simultânea de diversos critérios de qualidade.
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
O setor de abastecimento é considerado prioritário como usuário dos recursos hídricos segundo a
legislação (Lei Federal no 9.433/1997). As condições de outorga de uso dos recursos hídricos
devem atender a legislação. A captação permitida é de apenas uma parcela da vazão mínima do
manancial, garantindo permanentemente uma vazão residual escoando para jusante.
A vazão de referência para a outorga pode ser: 𝑄𝑜𝑢𝑡𝑜𝑟𝑔𝑎 = 𝑥. 𝑄7,10 ou 𝑄𝑜𝑢𝑡𝑜𝑟𝑔𝑎 = 𝑥. 𝑄𝑦%
A vazão máxima outorgável numa determinada seção do corpo hídrico, pode ser quantificada, de
forma expedita, com base nas seguintes formulações (SUDERHSA, 2006):
𝑄𝑜𝑢𝑡𝑜𝑟𝑔á𝑣𝑒𝑙 𝑖 = 0,50(𝑄95% )𝑖 − 𝑄𝑛ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑖
No Quadro 2 são mostrados exemplos de vazões de outorga das águas e os métodos usados para
aferição da vazão ambiental adotados por alguns estados brasileiros (adaptados de SANTOS e
CUNHA, 2013).
Quadro 2 - vazões de outorga das águas e os métodos utilizados para aferição da vazão ambiental
adotados por alguns estados brasileiros.
Autoridade Vazão máxima outorgável (o complemento para
Legislação
outorgante 100% corresponde à "vazão ecológica")
Decreto Estadual nº
SHR-CE 90% da Q90reg.
23.067/94.
30% de Q7,10 para captações a fio d'água
Para captações em reservatórios, podem ser liberadas Portarias do IGAM nº 010/98
IGAM-MG
vazões superiores, mantendo o mínimo residual de e 007/99
70% da Q7,10 durante todo o tempo
SUDERHSA- Decreto Estadual nº
50% DA Q95
PR 4646/2001
50% da Q7,10 por Bacia. Individualmente nunca
DAEE-SP Decreto nº 43.284/98
ultrapassar 20% da Q7,10
Fonte: adaptados de SANTOS E CUNHA, 2013
É compreensível que cada tipo de uso da água requeira características qualitativas diferentes, isto
é, as exigências quanto ao grau de pureza absoluta ou relativa variam com o emprego que será
feito da água. Assim, a água usada em processos químicos de alta precisão, como em laboratórios
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
de análise ou mesmo em baterias de automóvel deve ser, tanto quanto possível, isentas de sais e
outras substâncias químicas estranhas em solução ou suspensão. Já para a navegação ou para a
geração de energia, no extremo oposto, a água deverá apenas atender ao requisito de não ser
agressiva às estruturas intervenientes. Para os processos biológicos em geral, isto é, sustentação
da vida aquática, irrigação e alimentação do homem e animais as exigências são intermediárias.
Não se prestam, a essa utilização, as águas com elevado grau de pureza química, uma vez que os
seres vivos necessitam vários tipos de sais e gases em solução que, normalmente, são fornecidos
pela própria água. Além disso, a água em contato com o corpo deve possuir um valor osmótico tal
que não comprometa a manutenção das concentrações internas nos tecidos do organismo.
Levando em conta todas essas propriedades e razões, a expressão corrente qualidade da água não
se refere a um grau de pureza absoluto ou mesmo próximo do absoluto. Refere-se, isto sim, a um
padrão tão próximo quanto possível do natural, isto é, da água tal como se encontra nos rios e
nascentes, antes do contato com o homem. Além disso, há um grau de pureza desejável, o qual
depende do uso que dela será feito. Essa qualidade varia, pois, de uma água destinada à pesca, ao
uso industrial, à geração de energia, à irrigação ou ao consumo humano (água potável). Mesmo
tomando-se o uso potável como o mais nobre, há variações extremas de tolerância às impurezas
pelo sistema de tratamento a que será submetida, dependendo das operações e processos
empregados. Entretanto, embora existam possibilidades técnicas quase infinitas de depuração,
haverá sempre uma limitação econômica que faz com que, mesmo para águas a serem submetidas
ao tratamento, seja exigida uma qualidade mínima a ser preservada no manancial. Daí a
conveniência do estabelecimento de políticas de preservação compreendendo: a realização
frequente ou sistemática de levantamentos sanitários, o zoneamento preventivo, o disciplinamento
do uso do solo nas bacias hidrográficas e medidas de interceptação, derivação ou tratamento de
águas residuárias ou poluídas.
Na Figura 1 é mostrada a inter-relação entre uso e ocupação do solo e agentes alteradores da
qualidade da água.
Figura 1 - Interrelação entre uso e ocupação do solo e agentes alteradores da qualidade da água.
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
3.2 Critérios e padrões de qualidade das águas
A análise de uma água revela a presença de gases, de substâncias orgânicas e inorgânicas em
suspensão e em solução e organismos vivos. São a qualidade e a quantidade desses diversos
“contaminantes” que caracterizam uma água e condicionam sua aptidão aos usos mais
diversificados.
A água destinada ao consumo humano deve respeitar uma série de requisitos, de maneira que não
venha causar mal à saúde do homem, quer ela seja consumida por um período, quer ela seja
consumida durante toda vida.
Sabe-se que atualmente 80 % das doenças que ocorrem na população humana são de origem
hídrica. A ausência de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de condições de higiene
é responsável por 2.200.000 mortes no mundo, o que corresponde a 4,0% de todas as mortes. As
doenças associadas à falta ou deficiência de saneamento provocaram, segundo a WHO, 2000,
citada por Heller e Pádua, 2010, o seguinte número de ocorrências em 2000:
▪ Doenças diarreicas>2.200.000 mortes de crianças menores de cinco anos;
▪ Ascaridíase: 900.000.000 casos;
▪ Esquistossomose: 200.000.000 casos;
▪ Tracoma: 6.000.000 de pessoas ficaram cegas devido a doença.
Essas considerações iniciais demonstram a responsabilidade e o dever que recaem sobre os
dirigentes, pesquisadores e profissionais que se dedicam ao saneamento, principalmente, aqueles
que vivem em países em desenvolvimento.
Por outro lado, a cada dia que passa, maior se torna o número de novos produtos sintéticos que
têm acesso aos mananciais disponíveis, obrigando a maiores cuidados com o tratamento da água.
Os países desenvolvidos têm sentido com maior intensidade os problemas associados à presença
desses novos produtos no meio ambiente, porém mesmo os países não desenvolvidos acabam por
sofrer a agressão de novos contaminantes em regiões específicas, onde ocorre densidade
populacional elevada associada a grande concentração de indústrias.
A água distribuída para uma comunidade deve respeitar condições mínimas para que possa ser
ingerida e utilizada para fins de higiene, sem provocar danos à saúde do usuário. É importante que
essa água não apresente microrganismos patogênicos, nem substâncias tóxicas ou nocivas ao
Homem. Na Tabela 1 são moatrados alguns usos da água e seus principais requisitos de qualidade.
Como requisito complementar, é desejável, que essa água se apresente agradável ao consumo,
através de suas propriedades organolépticas e que não produza danos ao sistema de distribuição
nem aos sistemas privados.
Ultimamente houve um grande salto tecnológico a respeito do conhecimento dos contaminantes
da água para abastecimento, o que interferiu diretamente na elaboração de recomendações, de
critérios, de padrões e de normas concernentes com a qualidade da água a ser consumida.
Critérios de qualidade da água especificam concentrações e limites de alguns parâmetros que
interferem na manutenção do ecossistema aquático e na proteção da saúde humana. Alguns
parâmetros podem apresentar mais de um critério de controle, dependendo do uso e das condições
naturais da água.
Os critérios de qualidade da água são baseados em levantamentos científicos e devem refletir o
conhecimento sobre:
- Todos os efeitos provocados por poluentes existentes num corpo hídrico sobre a saúde e bem-
estar do homem, sobre o ecossistema aquático, sobre as características estéticas, sobre a
possibilidade de uso recreacional;
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
- A concentração e dispersão de poluentes e seus produtos secundários devido a processos
biológicos, físicos e químicos;
- Os efeitos dos poluentes sobre a diversidade, produtividade e estabilidade do ecossistema
aquático.
Padrões: são formas de exigências legais dos critérios estudados e fixados através de um
dispositivo legal. Padrões regulam, portanto, a qualidade da água: antes de ser usada
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Notas de aula -2. Sistema de Abastecimento de Água
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
satisfatoriamente e depois quando ela deve ser lançada de volta ao ambiente.
Os padrões devem ser cumpridos, por força da legislação, pelas entidades envolvidas com a água
a ser utilizada. Da mesma forma que os requisitos, também os padrões são função do uso previsto
para a água.
Em termos práticos, há três tipos de padrão de interesse direto dentro da Engenharia ambiental no
que tange à qualidade da água: padrões de lançamento no corpo receptor; padrões de qualidade do
corpo receptor e padrões de qualidade para determinado uso imediato (ex. padrões de potabilidade,
padrões de balneabilidade).
Um ser humano ingere aproximadamente 2 litros de água por dia, mais um litro por dia nos
alimentos. Tem-se que 80 % do corpo humano é constituído por água, se esta porcentagem cai
para 70 % a capacidade produtiva cai, seguindo-se da morte.
As principais classes de consumo de água são as seguintes: doméstico, comercial ou industrial,
público e perdas e fugas.
É a água consumida nas habitações e compreende as parcelas destinadas a fins higiênicos, potáveis
e alimentares, e à lavagem em geral (Tabelas 3 e 4).
As vazões destinadas ao uso doméstico variam com o nível de vida da população, sendo tanto
maiores, quanto mais elevado esse padrão.
Com relação a água para uso comercial, destaca-se a parcela utilizada pelos restaurantes, bares,
hotéis, pensões, postos de gasolina e garagens, onde se manifesta um consumo muito superior ao
das residências.
Quanto às indústrias, aquelas que utilizam a água como matéria-prima ou para lavagens e
refrigeração apresentam consumos mais elevados (Tabela 6).
Em ambos os casos, é difícil conhecer a demanda provável numa cidade sem que seja feito um
levantamento das necessidades de cada estabelecimento.
a) Tamanho da cidade
O tamanho da cidade está relacionado proporcionalmente ao consumo de água. Quanto maior a
cidade, maior a probabilidade de existirem indústrias e comércio que em cidades menores,
aumentando assim a demanda de água.
Outro fator importante neste sentido é que em cidades maiores as redes de água também são
maiores, aumentando assim as perdas nas canalizações.
b) Características da cidade
Dependendo do tipo de atividade predominante na cidade tem-se um maior ou menor consumo de
água. Nas cidades industriais, por exemplo, o consumo per capita tende a aumentar.
c) Tipo de indústria
Mesmo em cidades industriais pode-se ter diferença de consumo de uma para outra. Isto ocorre de
acordo com o tipo de indústrias instaladas no local. No caso da indústria de calçados o consumo
de água é mínimo, já as indústrias de aço e petróleo tem uma demanda muito grande de água.
e) Clima
Teoricamente as regiões mais quentes consomem mais água que as regiões mais frias. E as mais
secas consomem mais que as mais úmidas. Porém em Curitiba o consumo de água é em torno de
250 L/hab.dia e o de salvador é de 210 L/hab.dia. No caso em questão não são levados em conta
apenas fatores climáticos, mas também os socioeconômicos. As regiões onde existem mudanças
bruscas de temperaturas também apresentam maior consumo de água.
Bibliografia
DACACH, N. G. Saneamento Básico Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1984.
HELLER, L.; PÁDUA, V. L. Abastecimento de água para consumo humano. 2º Ed. Editora UFMG.
Belo Horizonte, Minas Gerais. 2010.
LEME, F. P. Engenharia do Saneamento Ambiental. Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de
Janeiro, 1982.
LIBÂNIO, M.. Fundamentos de qualidade e Tratamento de água. 3ª Ed. Editora Átomo, Campinas, SP.
2010.
SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO
AMBIENTAL (SUDERHSA) Manual Técnico de Outorgas. Novembro de 2006.
TSUTIYA, MILTON TOMOYUKI. Abastecimento de água. 2ª Ed. Departamento de Engenharia
Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica de São Paulo, São Paulo, 2005. 643 p.
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Notas de aula -3. Previsão de População
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
3 Previsão de população
3.1 Introdução
O projeto de obras de saneamento requer a “estimativa” do crescimento da população a ser
beneficiada. A previsão de população aliada à adoção de um período de alcance de projeto
adequado é fundamental para a fixação das vazões de projeto.
A estimativa do crescimento populacional de núcleos urbanos constitui processo bastante
suscetível de erros, pois a dinâmica do crescimento urbano em geral envolve fatores econômicos,
políticos e sociais, todos de difícil previsão.
Diversos são os métodos aplicáveis para o estudo demográfico, destacando-se os seguintes:
- Método dos componentes demográficos
- Métodos matemáticos
- Métodos de extrapolação gráfica
𝑃 = 𝑃0 + (𝑁 − 𝑀) + (𝐼 − 𝐸)
em que:
P: população numa data futura “T”;
*P0: população na data inicial “T0”;
*N: nascimentos no período “T0” a T;
*M: óbitos no período “T0” a T;
*I: imigrantes no período “T0” a T;
*E: emigrantes no período “T0” a T;
*esses dados dependem de fatores econômicos (atividades comerciais e industriais), políticos ou
sociais (com grau de incerteza).
É importante considerar ainda a população flutuante (por ex. balneários turísticos litorâneos).
Na prática, para previsão de população, utiliza-se métodos simplificados de previsão, é claro que
há necessidade de uma dose de bom senso aliada a visão de conjunto dos fatores anteriormente
citados.
b) Processo geométrico
Supõe que o crescimento segue uma progressão geométrica, ou seja, admite-se uma porcentagem
constante de crescimento para iguais períodos.
𝑙𝑛 𝑃2 − 𝑙𝑛 𝑃1
𝑘𝑔 = 𝑃 = 𝑃2 . 𝑒 𝑘𝑔(𝑡−𝑡2)
𝑡2 − 𝑡1
Neste método considera-se o logaritmo da população variando linearmente com o tempo. Como
no método aritmético neste caso também o crescimento é considerado ilimitado.
No Brasil cidades com menos de 20.000 hab. (90% do total) tendem a crescer geometricamente
em grande número de casos.
Esse método é aplicável nos casos em que não surgem, acontecimentos que possam perturbar o
ritmo regular de crescimento da cidade. Não é aconselhável para previsões de longo alcance.
c) Método exponencial
Supõe crescimento exponencial da população com taxas crescentes. Os dados censitários devem
ser ajustados para uma curva exponencial através do método dos mínimos quadrados.
𝑃 = 𝑃0 . 𝑒 𝑎(𝑡−𝑡0) 𝑙𝑛
⏟ 𝑃 = 𝑙𝑛
⏟ 𝑃0 + 𝑎. (𝑡
⏟ − 𝑡0 ) 𝑌𝑖 = 𝐴 + 𝑋𝑖
𝑌𝑖 𝐴 𝑋𝑖
onde:
t= data relativa à previsão que se quer;
t0= data de censo mais antigo;
P0= população relativa a t0;
Curva logística
Isto é: t0 = 0; t1 = d; t2 = 2d
t: contado a partir de t0, resultam:
Sob a hipótese da curva logística, como se viu, a população cresce assintoticamente para um valor
limite de K.
OBS.: esse método é mais aplicável a grandes cidades (capitais) cujas populações se encontram
mais próximas à saturação.
Tabela 2 – Distribuição das densidades demográficas na área urbana (número de habitantes por
hectare)
Tipo de ocupação Densidade demográfica (hab./ha)
Áreas periféricas, casas isoladas, grandes lotes 25 a 50
Casas isoladas, lotes médios e pequenos 50 a 75
Prédios de apartamentos pequenos 150 a 250
Prédios de apartamentos grandes 250 a 750
Bibliografia
DACACH, N. G. Saneamento Básico Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1984.
HELLER, L.; PÁDUA, V. L. Abastecimento de água para consumo humano. 2º Ed. Editora UFMG. Belo
Horizonte, Minas Gerais. 2010.
TSUTIYA, MILTON TOMOYUKI. Abastecimento de água. 2ª Ed. Departamento de Engenharia
Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica de São Paulo, São Paulo, 2005. 643 p.
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Notas de aula -4. Mananciais
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
4. Mananciais
A qualidade e quantidade da água a ser utilizada num sistema de abastecimento estão intimamente
relacionadas às características do manancial. É necessário e conveniente, nos estudos de um
sistema de abastecimento de água, que se considere as diversas finalidades a que se destinam as
águas naturais, inclusive para garantir a qualidade e quantidade suficiente para os usos de uma
comunidade e, também, para a devida proteção dos mananciais de água de uma região contra a
poluição.
4.1.1 Superficiais
• rios perenes sem necessidade de represamento;
• rio ou curso d’água com reservatórios de acumulação – represa;
• lagos naturais.
As características dos mananciais de superfície dependem da: área da bacia contribuinte, geologia
e topografia da bacia, das condições atmosférica e das atividades humanas na bacia.
4.1.2 Subterrâneos:
Água subterrânea é a água em condições de escoar, presente nos interstícios, fendas, falhas ou
canais existentes no subsolo.
• Surgência natural: fontes, minas e nascentes;
• Retirada artificial: poços rasos ou profundos (tubulares ou escavados);
• Drenos e galerias filtrantes.
4.1.3 Outros
- Subsuperficiais;
- Pluviais;
- Reuso da água.
Obs. Ver Quadro 1 comparação entre os tipos de mananciais.
Quadro 1 – Comparação entre os diversos tipos de mananciais
Manancial Quantidade de água
depende de fatores como:
Superficial área da bacia de contribuição; relevo da bacia; condições da superfície do solo;
constituição geológica do subsolo; clima; existência de obras de controle e
utilização da água a montante do local de captação.
Subterrâneo
- Geralmente capaz de atender a uma família ou a um pequeno grupo de
Freático
famílias.
artesiano - Pode atender a cidades de pequeno, médio ou grande porte, dependendo das
(confinado) características geológicas do subsolo, entre outros fatores.
Subterrâneo
-Água sofre filtração natural pelas camadas do solo; grande exposição a
contaminação por organismos patogênicos, devido principalmente à
Freático
proximidade de fossas, falta de higiene no manuseio ou entrada de água da
chuva.
artesiano Pouca exposição a contaminação por atividades humanas, podendo haver
(confinado) presença de substâncias químicas nocivas ao homem
-Por não possuir sais dissolvidos é insípida e pouco digestiva. Pode sofrer
Água da chuva
contaminação nos telhados por partículas ou por fezes de pequenos animais
37
Notas de aula -4. Mananciais
OBS. As notas de aula são apenas um roteiro, estudem pelos livros.
4.2 Escolha do manancial
a) Quantitativos
• -Características da bacia hidrográfica;
• -Registros hidrológicos;
• -Medições de vazão, velocidade e nível d’água;
• -Previsões de vazões máximas e mínimas;
• -Estudos hidrológicos.
Condições a observar:
Se a vazão mínima do manancial for maior que a vazão de demanda da população a tomada de
água poderá ser direta. Pode ser necessária a construção de uma pequena barragem para elevação
do nível.
𝑄𝑚𝑖𝑛. manancial > 𝑄𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎
Caso a vazão mínima do rio seja menor que a de demanda, mas a vazão média do (rio) manancial
seja maior que a demanda, deverá ser construído um reservatório de acumulação.
𝑄𝑚𝑖𝑛. manancial < 𝑄𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎
Pode ocorrer da vazão de demanda ser maior que a vazão mínima e média do rio.
𝑄𝑚é𝑑𝑖𝑎 manancial < 𝑄𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎
neste caso, a opção escolhida deve ser abandonada ou utilizada junto com outro manancial.
b) Qualitativos
• -Análises físico-químicas e bacteriológicas;
• -Análises e estudos de tratabilidade;
• -Caracterização do uso e ocupação do solo na bacia.
Condições a observar:
-Viabilidade do manancial para uso em abastecimento público;
-Tipo de tratamento a ser usado;
-Condições de proteção sanitária do manancial: disciplinamento do uso do solo, legislação,
medidas concretas de proteção.
Condições a observar:
-Tipo de adução: gravidade ou recalque;
-Custos de deslocamentos;
-Facilidade de execução das obras;
-Tipos de equipamentos necessários (bombas, equipamentos de tratamento, distância ao ponto
de consumo, etc.).
SEGURANÇA ÁGUA POTÁVEL
As características do manancial podem variar tanto sazonalmente como durante o período de sua
utilização. Portanto a escolha do manancial, além de obedecer aos critérios a que se destina –
consumo humano, também precisa evitar que surjam problemas decorrentes de alterações
significativas de qualidade, que podem, com o tempo, tornar inviável a tecnologia adotada de
tratamento.
O crescimento das populações urbanas, a concentração demográfica, a expansão industrial e os
diferentes usos do solo da bacia hidrográfica do manancial dão uma idéia preliminar das
possibilidades de utilização do manancial.
Economicamente nem sempre se pode tratar qualquer água. No Brasil há normas que
regulamentam o uso das águas para abastecimento, em função da qualidade destas.