Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Sumário
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
2. BREVE HISTÓRICO SOBRE SANEAMENTO .................................................... 7
3. O SANEAMENTO BÁSICO ................................................................................. 10
3.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................................ 11
3.2. SISTEMA DE ESGOTOS ................................................................................... 14
3.3. DISPOSIÇÃO DO LIXO .................................................................................... 15
3.4. DRENAGEM URBANA..................................................................................... 17
4. O SANEAMENTO E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SAÚDE DA
HUMANIDADE ............................................................................................................. 18
5. CONSUMO, GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E O DANO AMBIENTAL
21
6. ÁGUA E SAÚDE: DOENÇAS DE ORIGEM HÍDRICA, RELACIONADAS E
VEICULADAS PELA ÁGUA ....................................................................................... 22
6.1. DOENÇAS DE ORIGEM HÍDRICA E DE VEICULAÇÃO HÍDRICA ........... 25
6.2. DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E RELACIONADAS COM A
ÁGUA............................................................................................................................. 27
7. INDICADORES MICROBIOLÓGICOS DE POLUIÇÃO ................................... 29
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 40
2
NOSSA HISTÓRIA
3
1. INTRODUÇÃO
Fonte: https://pontobiologia.com.br/meio-ambiente-biodiversidade/
4
• Coleta, tratamento e disposição ambientalmente adequada e sa-
nitariamente segura de águas residuárias (esgotos sanitários, re-
síduos líquidos industriais e agrícolas);
• Acondicionamento, coleta, transporte e destino final dos resíduos
sólidos (incluindo os rejeitos provenientes das atividades domés-
tica, comercial e de serviços, industrial e pública);
• Coleta de águas pluviais e controle de empoçamentos e inunda-
ções;
• Controle de vetores de doenças transmissíveis (insetos, roedores,
moluscos, etc.);
• Saneamento dos alimentos;
• Saneamento dos meios de transportes;
• Saneamento e planejamento territorial;
• Saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação,
de recreação e dos hospitais;
• Controle da poluição ambiental – água, ar, solo, acústica e visual.
5
A maioria dos problemas sanitários que afetam a população mundial es-
tão intrinsecamente relacionados com o meio ambiente. Um exemplo disso é a
diarreia que, com mais de quatro bilhões de casos por ano, é uma das doenças
que mais aflige a humanidade, já que causa 30% das mortes de crianças com
menos de um ano de idade. Entre as causas dessa doença destacam-se as
condições inadequadas de saneamento (GUIMARÃES, CARVALHO e SILVA,
2007).
6
atender aos anseios de cidadãos de ter acesso a certos confortos da socieda-
de moderna.
Figura 2: Saneamento.
Fonte: https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2018/09/11/material-tecnico-
os-desafios-do-saneamento-basico-e-as-perspectivas-futuras/
7
lizado por egípcios, japoneses e também chineses, a água passava de uma
vasilha para a outra por meio de tiras de tecido, que removiam as impurezas.
Eigenheer (2003) explica que até o final do século XIV inúmeros decre-
tos relativos à limpeza pública disseminaram-se pela Europa. Em tais decretos,
segundo Holsen (apud EIGENHEER, 2003), percebe-se o seguinte:
8
de ruas e quintais, e com a construção de chafarizes em praças públicas para a
distribuição de água à população, transportada em recipientes pelos escravos.
9
de Janeiro uma luta tentando erradicar epidemias. Para acabar com os criadou-
ros de insetos e também focos de roedores, sua equipe utilizou todos os meios
disponíveis para limpar casarões, ruas e terrenos. A campanha teve ótimos
resultados, porém, enfrentou polêmicas, pois a maioria da população não acre-
ditava que os animais pudessem veicular doenças.
3. O SANEAMENTO BÁSICO
10
Fonte: http://www.tratabrasil.org.br/blog/2018/08/29/saneamento-e-desenvolvimento-
humano-no-mundo-o-acesso-a-agua-e-esgoto/
Fonte: https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2019/08/17/abastecimento-
de-agua-sera-interrompido-em-todos-os-bairros-de-volta-redonda-no-domingo.ghtml
A água potável é a água própria para o consumo humano. Para ser as-
sim considerada, ela deve atender aos padrões de potabilidade. Se ela contém
substâncias que desrespeitam estes padrões, ela é considerada imprópria para
o consumo humano. As substâncias que indicam esta poluição por matéria or-
gânica são compostos nitrogenados, oxigênio consumido e cloretos.
11
A água constitui elemento essencial à vida. O homem necessita de água
de qualidade adequada e em quantidade suficiente para atender a suas neces-
sidades, para proteção de sua saúde e para propiciar o desenvolvimento eco-
nômico.
12
• Melhoria da saúde e das condições de vida de uma comunidade;
• Diminuição da mortalidade em geral, principalmente da infantil;
• Aumento da esperança de vida da população;
• Diminuição da incidência de doenças relacionadas à água;
• Implantação de hábitos de higiene na população;
• Facilidade na implantação e melhoria da limpeza pública;
• Facilidade na implantação e melhoria dos sistemas de esgotos
sanitários;
• Possibilidade de proporcionar conforto e bem-estar;
• Incentivo ao desenvolvimento econômico.
13
3.2. SISTEMA DE ESGOTOS
Fonte: http://www.ecoeficientes.com.br/como-se-conectar-a-rede-publica-ou-instalar-
sistema-individual-de-tratamento-de-esgoto/
14
Tabela 1: Consequências de poluentes encontrados nos esgotos.
Figura 6: Lixo.
15
Fonte: https://portalresiduossolidos.com/disposicao-final-ambientalmente-
adequada-de-rejeitos/
16
percolados pela decomposição do lixo. A coleta e o tratamento do biogás tam-
bém não são feitos, havendo, portanto, a poluição atmosférica.
17
Fonte: https://www.sjc.sp.gov.br/noticias/2019/abril/24/encontro-aborda-
inovacoes-de-drenagem-para-as-cidades/
18
Fonte: https://www.eosconsultores.com.br/saneamento-basico/
19
Em 1991, dois marinheiros chegaram ao porto de Chimbote, no Peru, ao
norte de Lima, portando o vírus do Cólera (doença causada por um microrga-
nismo presente na água e alimentos contaminados) que daí se espalhou rapi-
damente. Extinto há mais de 100 anos na América Latina, o Cólera volta a ser
uma ameaça aos países deste continente, dentre eles, o Brasil (CAVINATTO,
1992).
20
de qualidade, além do controle de vetores. Incluem-se ainda no campo de atu-
ação do saneamento a drenagem das águas das chuvas, prevenção de en-
chentes e cuidados com as águas subterrâneas.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=PiAARUAPpEY
21
to em córregos, rios, praias, encostas e canais, além dos lixões a céu aberto. O
problema se torna complexo com o aumento de produtos descartáveis - plásti-
co, alumínio, vidro - e com a crescente presença de substâncias tóxicas como
removedores, tintas, pilhas, baterias, etc.
Fonte: https://www.saudebusiness.com/mercado/sade-e-acesso-gua-no-brasil
22
em torno de 85% no recém-nascido. Em alguns organismos marinhos, ultra-
passa 90% e 95% (nas medusas), assim como é elevado em vegetais (tubércu-
los da batata, 78%) e algumas frutas (tomate, 95%) (BRANCO, 1993; GRASSI,
2001).
23
usos, não sendo relevante, naquela época, a qualidade, embora fossem esco-
lhidas, intuitivamente, as águas mais limpas e claras, de bom sabor e sem
odor, as quais eram abundantes (CEBALLOS; DANIEL; BASTOS, 2009).
Séculos passaram até o homem perceber que não era suficiente para
usar uma água com segurança, verificar apenas sua transparência, cor, odor e
sabor. Somente no século XIX, em 1840, John Snow, ao estudar as epidemias
de cólera em Londres, confirmou a transmissão da doença pela água contami-
nada com fezes dos doentes (SNOW, 1990). Poucos anos depois, em 1864,
Louis Pasteur propôs a teoria microbiana das doenças (um germe – uma doen-
ça) e forneceu evidências científicas para o reconhecimento da associação en-
tre qualidade da água e saúde pública.
24
das tecnologias permitiram orientar o tratamento da água à eliminação de mi-
crorganismos para proteção à saúde.
Até os inícios do século XX, não havia padrões para avaliar a qualidade
microbiológica da água de consumo humano. Foi em 1990 que Theodor Esche-
rich descobriu os coliformes no intestino grosso de humanos com e sem diar-
reia e que logo foram aplicados como indicadores de contaminação de fecal de
animais homeotermos nas águas. Em 1890, a United States Public Health Ser-
vice (USPHS) dos Estados Unidos propôs a padronização das técnicas para a
avaliação da qualidade da água e entre elas as análises bacteriológicas. Esse
trabalho foi a base para a primeira edição, em 1905, do Standard Methods for
the Examination of Water and Wastewater. A importância desses padrões téc-
nicos continua até hoje, estando em circulação a mais nova Edição, número
22, de 2012.
Fonte: https://pt.slideshare.net/val120/doenas-de-veiculao-hidrica
25
Doenças de Origem Hídrica: enfermidades causadas por substâncias
químicas (orgânicas ou inorgânicas) presentes na água em concentrações ele-
vadas (superiores aos Valores Máximos Permitidos - VMP) pela legislação es-
pecífica - para água potável: a Portaria 2914/2011 – MS, que causam danos
graves à saúde (BRASIL, 2011). São exemplos:
26
gênio se transforma em meta-hemoglobina. Essa transformação diminui a con-
centração de oxigênio transportado pelo sangue que ainda pode ser incapaz de
liberar efetivamente o oxigênio para os tecidos corporais e em lactentes causa
a doença conhecida como metemoglobinemia infantil que pode levar a morte
por asfixia (síndrome do bebê azul). Também se apresenta de forma drástica
em indivíduos deficientes em vitamina C.
27
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/44263/
28
risco à saúde pública, causado pelas falhas dos sistemas de vigilância epide-
miológica, o controle insuficiente da população de mosquitos transmissores de
microrganismos patogênicos e a aproximação da fauna silvestre aos grupos
humanos urbanos ou rurais, pelo desflorestamento e outros impactos (LAR-
REINAGA; CORCHO, 2001; BRASIL, 2013).
Fonte: https://amazonasatual.com.br/programa-indica-parametros-de-poluicao-
em-igarapes-de-manaus/
29
essenciais para a vida através dos ciclos biogeoquímicos. Nesses ciclos, os
microrganismos transformam a matéria orgânica em inorgânica (estabilizam-
na), recuperam a energia contida nessas moléculas e disponibilizam para o
ambiente nitrogênio, fósforo e enxofre, entre muitos outros elementos existen-
tes e na forma de sais (nitratos, fosfatos, sulfatos, etc.). Simultaneamente, sin-
tetizam nova biomassa.
30
mos na comunidade. Dessa forma, fornecem informações das condições ambi-
entais e das situações de mudanças.
31
qualidade da água e as primeiras consequências ocorrem na zona de descarga
dos esgotos ou de entrada das cargas poluidoras e são o aumento da matéria
orgânica e sua biodegradação que provocam forte depleção de oxigênio, morte
de peixes e de outros organismos aquáticos. A concentração da matéria orgâ-
nica biodegradável (a ser degrada por bactérias e fungos, prinipalemnte) é me-
dida como Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5,20). Junto com o decrés-
cimo do oxigênio dissolvido, ocorre aumento da turbidez da água. O crescimen-
to excessivo de bactérias aeróbias, que são os principais agentes da degrada-
ção das proteínas, carboidratos e lipídeos presentes nas descargas, libera íons
nitrogenados (nitrato) e fosfatados (ortofosfato) entre outros. O consumo de
oxigênio gera condições anaeróbias e microrganismos fermentativos e anóxi-
cos crescem rapidamente e substituem os aeróbios, produzindo gases de odo-
res desagradáveis pela redução dos sulfatos até H2 S, e dos nitratos em nitrito
e até amônia, produção de metano e mercaptanas.
32
dimentação, a água recupera lentamente a transparência. A luz que penetra na
coluna de água estimula a proliferação dos organismos fotossintéticos oxigêni-
cos, aparecem assim maiores números de cianobactérias e algas, com predo-
minância de flageladas verdes, como Chlamydomonas spp e Euglena spp, de
metabolismo mixotrófico (seu metabolismo inclui simultaneamente a fotossínte-
se e a oxidação de compostos orgânicos externos). O ambiente já não é hipe-
reutrófico, não é dominado pelos fungos dos esgotos, mas é eutrófico.
33
Fonte: Mota (1995)
34
Os desenhos da Figura são apenas ilustrativos. Os peixes da zona de
águas limpas (vida aquática superior) representam a biota de um ambiente oxi-
genado com baixa concentração de matéria orgânica. Nessa zona, o ecossis-
tema biótico está formado por peixes, bactérias, cianobactérias, algas, protozo-
ários e fungos sem predominância de grupos ou gêneros. Na zona de degra-
dação, reduz-se a diversidade junto com o oxigênio e, na seguinte, tornam-se
predominantes os organismos anaeróbios com destaque para as bactérias e
alguns fungos. Algas e cianobactérias retornam na zona seguinte, de águas
limpas 2, estimuladas pela luz e as altas concentrações de nutrientes liberados
nos processos de biodegradação em todas as etapas anteriores. O ambiente
está recuperado em relação às concentrações de oxigênio dissolvido e de
DBO, mas a biota autotrófica (algas, cianobactérias e macrófitas) é mais abun-
dante que na zona de águas limpas, evidenciando o enriquecimento com nutri-
entes, ou seja, a água ficou com níveis mais altos de eutrofização.
35
úmidas (wetlands). O efluente mostrou boa eficiência de remoção de poluentes
(a água passou de polisapróbica na entrada para alfa mesosapróbica na saí-
da). E pode também ter importante papel na redução de bactérias patogênicas
(PARESCHI, 2004).
36
sedimentação. Os flocos com excesso de bactérias filamentosas também não
sedimentarão, ficarão flutuando no tanque de decantação causando o intumes-
cimento do lodo ou bulking.
Figura 16: Flocos biológicos pequenos bem formados (a), floco biológico ideal
com um ciliado livre aderido (b), flocos filamentosos (c).
37
São esses protozoários e os outros componentes do zooplâncton que
determinam o sucesso do tratamento.
38
a curva de crescimento declina rapidamente. Aparecem ciliados sésseis perítri-
cos com pedúnculos que se prendem à superfície dos flocos, e atingem até
1.500 indivíduos.dia -1/mL, no 15º, passam a declinar. Predominam os perítri-
cos Opercularia, Epistylis, Pyxidium. Finalmente declinam estes e se deformam
os flocos com presença de alguns de ciliados livre-nadantes, dos gêneros Lio-
tus, Amphileptus e Loxodes;
39
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKER, M. N.; TARAS, M. J. The quest for pure water: the history of the
twentieth century. 2. ed. Denver: AWWA, 1981. Volume I.
40
FEACHEM, R. G. Interventions for the control of diarrhoeal diseases
among young children: promotion of personal and domestic hygiene. Bull
World Health Organ, n. 62, p.467-76, 1984.
BITTON, G. Wastewater Microbiology. Ed. Wiley and Sons, 2005. 789 p. Blog
Biossegurança. 2011.
41
CAVALCANTI, A. J. M.; DINIZ, C. R.; SILVA, M. C. B. C.; CEBALLOS, B. S. O.
Comunidade zooplanctônica de um açude do semiárido paraibano e viabi-
lidade de seu uso como bioindicadora do estado trófico. In: SIMPÓSIO DE
RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE, 11. 2012, João Pessoa. Anais... Rio
de Janeiro: ABES, 2012.
42