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TESTE DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE SAÚDE PÚBLICA -

UNIDADE - II

Nome do aluno: Feliciano da Costa Luís Nº 22-037 Contacto: 846432979

Província de Nampula Curso de Gestão de Meio Ambiente

Semestre: I Ano: II Data: 25 de Maio de 2023

Classificação________________ ( ) valores

Assinatura do prof.__________________

ESPAÇO RESERVADO AO COMENTÁRIO DO DOCENTE


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1. Comento a seguinte afirmação
a) ‘‘A saúde ambiental não só inclui aspectos sobre a biomedicina, mas outros como
qualidade de vida, determinados por factores físicos, químicos, biológicos, sociais e
psicológicos no meio ambiente’’. (3.0 valores)

R: A afirmação é verdadeira, pois a saúde ambiental não se limita aos aspectos biomédicos da
saúde e da doença, mas abrange também outros fatores que influenciam a qualidade de vida das
pessoas e das comunidades, como os fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos
presentes no meio ambiente. Esses fatores podem ser fontes de risco ou de proteção para a saúde,
dependendo das condições de exposição e de vulnerabilidade dos indivíduos e dos grupos
populacionais. A saúde ambiental busca identificar, prevenir e controlar esses fatores, bem como
promover ambientes saudáveis que favoreçam o bem-estar físico, mental e social.

b) Debruço me sobre o contributo de Hipócrates para o desenvolvimento da saúde pública.

R: O contributo de Hipócrates para o desenvolvimento da saúde pública foi fundamental,


pois ele foi o primeiro a estabelecer uma relação entre a saúde e o meio ambiente, rompendo
com as concepções míticas e religiosas que predominavam na Antiguidade. Hipócrates
defendia que a saúde era um estado de equilíbrio entre o organismo humano e o ambiente
natural, e que a doença era causada por um desequilíbrio entre esses elementos. Ele propôs
uma medicina baseada na observação empírica dos fenómenos naturais e na análise dos
factores ambientais que poderiam afectar a saúde, como o clima, a água, o solo, os alimentos,
os hábitos de vida, etc. Ele também enfatizou a importância da prevenção das doenças por
meio de medidas higiénicas e dietéticas.

2. O saneamento do meio é um dos aspectos importantes para garantir a saúde pública.


a) A forma que a gestão dos esgotos concorre para a promoção da saúde é:

R: A gestão dos esgotos concorre para a promoção da saúde ao evitar ou reduzir a


contaminação do solo, da água e do ar por agentes patogénicos e poluentes presentes nas
águas residuais provenientes das actividades humanas. A gestão dos esgotos envolve a
colecta, o transporte, o tratamento e a disposição final adequados dos esgotos, de forma a
atender aos padrões de qualidade ambiental e de saúde pública. A gestão dos esgotos
contribui para prevenir e controlar doenças de veiculação hídrica, como diarreia, cólera, febre
tifóide, hepatite A e outras, que podem causar morbidade e mortalidade, especialmente em
crianças. Além disso, contribui para preservar os recursos hídricos e os ecossistemas
aquáticos, que são essenciais para a vida e o desenvolvimento

b) Refiro-me as quatro medidas básicas de sanemento do meio para a prevencao de doenças.


(2.0 valores)

Abastecimento de água potável: consiste em fornecer água de qualidade e em quantidade


suficiente para atender às necessidades de consumo e higiene da população. A água potável deve
ser captada, tratada, armazenada e distribuída de forma adequada, evitando a contaminação por
agentes patogênicos e poluentes que podem causar doenças.

Colecta e tratamento de resíduos sólidos: consiste em recolher, transportar, tratar e destinar


correctamente os resíduos sólidos gerados pelas actividades humanas, como lixo doméstico,
industrial, hospitalar e outros. Os resíduos sólidos devem ser segregados na fonte, reduzidos,
reutilizados ou reciclados sempre que possível, e dispostos em locais adequados, como aterros
sanitários ou usinas de compostagem. A colecta e tratamento de resíduos sólidos contribuem para
evitar a proliferação de vectores de doenças, como ratos, baratas e mosquitos, bem como a
poluição do solo, da água e do ar.

Drenagem urbana: consiste em implantar e manter sistemas de captação e escoamento das


águas pluviais nas áreas urbanas, evitando alagamentos, erosões e inundações que podem causar
danos à saúde e ao patrimônio da população. A drenagem urbana deve ser integrada ao
planejamento urbano e à gestão dos recursos hídricos, considerando os aspectos hidrológicos,
ambientais e sociais da bacia hidrográfica.

Educação sanitária: consiste em promover a conscientização e a participação da população na


preservação do meio ambiente e na prevenção de doenças relacionadas ao saneamento. A
educação sanitária deve envolver ações de informação, comunicação, mobilização e capacitação
dos diversos segmentos sociais sobre os benefícios do saneamento básico para a saúde individual
e colectiva.

3. A pobreza é um dos determinantes com maior influência na saúde da população.

a) Explico os impactos da pobreza na saúde da população. (3.0 valores)

Os impactos da pobreza na saúde da população são múltiplos e complexos, pois a pobreza está
associada a diversos fatores que afetam negativamente as condições de vida e de saúde das
pessoas. Alguns desses fatores são:
A falta ou insuficiência de renda, que limita o acesso a bens e serviços essenciais para a saúde,
como alimentação, moradia, educação, transporte, lazer, etc.
A exclusão ou precarização do trabalho, que reduz as oportunidades de geração de renda, de
protecção social e de realização pessoal e profissional.
A baixa escolaridade, que dificulta o acesso à informação, à qualificação e ao exercício da
cidadania.
A insegurança alimentar e nutricional, que compromete o estado nutricional e a imunidade das
pessoas, aumentando a vulnerabilidade a doenças infecciosas e crónicas.
A falta ou inadequação de saneamento básico, que expõe as pessoas a agentes patogénicos e
poluentes presentes na água, no solo e no ar, causando doenças de veiculação hídrica,
respiratórias, dermatológicas e outras.
A falta ou insuficiência de acesso aos serviços de saúde, que dificulta a prevenção, o diagnóstico
e o tratamento das doenças, bem como a promoção da saúde.
A violência e a violação de direitos humanos, que afectam a integridade física, mental e social
das pessoas, gerando sofrimento, trauma e morte.
Todos esses factores se inter-relacionam e se retroalimentam, gerando um ciclo vicioso de
pobreza e doença que afecta principalmente as populações mais vulneráveis socialmente.

b) Relaciono a saúde pública e os desastres ambientais em Moçambique. (3.0 valores)


A saúde pública e os desastres ambientais em Moçambique estão intimamente relacionados, pois
os desastres ambientais provocam graves consequências para a saúde da população
afetada. Alguns exemplos de desastres ambientais que ocorreram em Moçambique são as secas,
as inundações, os ciclones e os terremotos.
Esses eventos causam danos directos e indirectos à saúde das pessoas, tais como:

Danos diretos: mortes, ferimentos, doenças e incapacidades causados pelo impacto físico dos
desastres sobre as pessoas e as infra-estruturas.

Danos indiretos: doenças e mortes causadas pelas alterações nas condições ambientais e sociais
provocadas pelos desastres, como a contaminação da água e dos alimentos, a proliferação de
vectores de doenças, o deslocamento forçado de populações, a perda de bens e meios de
subsistência, o aumento da pobreza e da violência, o estresse psicológico e o trauma.

A saúde pública tem um papel fundamental na prevenção, na preparação, na resposta e na


recuperação dos desastres ambientais em Moçambique. Algumas das ações que devem ser
realizadas pela saúde pública nesse contexto são:

Prevenção: identificar os riscos ambientais existentes no território e implementar medidas para


reduzi-los ou eliminá-los; fortalecer as capacidades locais de gestão de riscos; promover a
educação ambiental e sanitária das comunidades; integrar a saúde nos planos nacionais de
desenvolvimento sustentável.

Preparação: elaborar planos de contingência para os diferentes cenários de desastres;


estabelecer sistemas de alerta precoce; organizar redes de comunicação e coordenação entre os
diferentes atores envolvidos; capacitar os profissionais de saúde para atuar em situações de
emergência; garantir estoques suficientes de medicamentos e insumos essenciais; mobilizar.

4.As correntes de desenvolvimento são: Corrente do crescimento económico; Corrente da


complexificação institucional; Corrente difusionista; Corrente das alterações estruturais e
Corrente ecológica.
Corrente do crescimento económico: para esta corrente, o desenvolvimento tem por base a
produção de bens, sobretudo materiais, que deve aumentar ao longo do tempo e considera
indicadores como o PNB (Produto Nacional Bruto) que é a quantidade de bens e serviços
produzidos ao nível nacional num determinado país e num certo período de tempo.

Corrente da complexificação institucional: para esta corrente, o desenvolvimento evidencia as


diferenças que existem entre instituições ou países, devido ao seu grau de conhecimentos e
tecnologia.

Corrente difusionista: esta corrente advoga que o desenvolvimento fica a dever-se à acção de
agentes externos, os quais difundem em cada circunstância inovações julgadas necessárias.
Admite-se que as chamadas “sociedades tradicionais ou primitivas” não conseguem atingir por si
só um nível avançado da evolução, daí elas deverem optar “de fora” novas ideias, práticas,
instrumentos ou produtos, dando assim eficácia aos processos operativos.

Corrente das alterações estruturais: para esta corrente de inspiração marxista (Karl Marx foi
um economista, filósofo e socialista Alemão que advoga luta de classes e que sempre existem na
sociedade dominantes e dominados), o desenvolvimento não decorre de acréscimos materiais ou
especializações funcionais, como no crescimento económico e na complexificação institucional,
mas de alterações de fundo, que abalam todo o sistema social. Esta corrente assenta na dinâmica
do conflito e na luta de classes. Do seu ponto de vista, o desenvolvimento só se torna possível
com a sucessão dos modos de produção, cujo início é violento e mostra o desajuste ou
contradição entre as forças produtivas e as relações de produção.

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