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TESTE DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE DIREITO PROCESSUAL

CIVIL II - UNIDADE-I

Nome do aluno: Mogente Inácio Tomocene Nº 18-265 Contacto:

Província de Nampula Curso de Direito

Semestre: I Ano: V Data: 01 de Julho de 2023

Classificação________________ ( ) valores

Assinatura do prof.__________________

ESPAÇO RESERVADO AO COMENTÁRIO DO DOCENTE


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1. R: O direito processual civil abrange uma série de actos encadeados, com vista à obtenção da
providência judiciária requerida. Integração do Direito, quando as pessoas não respeitarem as
normas jurídicas do ordenamento com que estejam em contacto, estaremos em face de conflito
de interesses, sendo deste modo necessário fazer a integração do direito, o que é feito no quadro
do direito civil. Autodefesa ou Acção directa. O recurso a força só é permitido dentro dos
limites fixados na lei. Função Jurisdicional do Estado. Através dos órgãos devidamente criados
para o efeito, no caso os tribunais, o Estado obriga-se a garantir a reparação efectiva do seu
direito. Garantia de Acesso aos Tribunais, o legislador não se limitou a proibir o recurso a
força mas, tratou de consagrar a correspondência entre o direito e uma determinada acção.
Iniciativa da Acção, o tribunal não pode conhecer o conflito de interesse sem que uma das
partes tome a iniciativa de remeter a sua consideração.

O Direito Processual Civil é um ramo do direito público que compreende um conjunto de


princípios e normas jurídicas que guiam os processos civis, a solução de conflitos de interesses e
o uso da jurisdição do Estado.

O Direito Processual Civil é composto por normas e princípios jurídicos que ditam as regras que
devem ser aplicadas nos procedimentos judiciais e extrajudiciais de resolução de conflitos de
natureza civil. Ele regula a forma como se deve exercer o direito de ação, o direito de defesa e o
direito de recurso, bem como os poderes e deveres do juiz, das partes e dos auxiliares da justiça.

Caracteres do Processo Civil sao:

 Ramo do direito instrumental ou adjectivo; e


 Ramo do Direito Público.

Os caracteres do Direito Processual Civil são as características que o distinguem dos demais
ramos do direito. Alguns dos principais caracteres são:

 Autonomia: O Direito Processual Civil é um ramo autônomo do direito, com objeto,


método e princípios próprios, independentes do Direito Material Civil.
 Instrumentalidade: O Direito Processual Civil é um meio para a realização do Direito
Material Civil, pois visa garantir a efetividade das normas substantivas através da atuação
da jurisdição.
 Publicidade: O Direito Processual Civil é regido pelo princípio da publicidade, que
significa que os atos processuais devem ser acessíveis a todos os interessados, salvo as
exceções previstas em lei.
 Dinamicidade: O Direito Processual Civil é dinâmico, pois se adapta às mudanças sociais
e às necessidades de celeridade, segurança e justiça na solução dos conflitos.

2. R: “A providência cautelar tem uma vida necessariamente limitada: só dura enquanto não é
proferida a decisão final”.

A providência cautelar não tem autonomia, qualquer medida que for decretada, está sujeita a
caducidade se o requerente se revelar negligente quanto a busca da decisão definitiva a qual, é
tomada na acção definitiva.

Segundo o disposto no nº 1 do artigo 389 do Código Processual Civil, a providência cautelar


ficará sem efeito, nos casos seguintes:

a) Se a acção principal não for proposta dentro de 30 dias, contados da data em que tiver sido
notificada ao requerente a decisão que tenha ordenado a providência cautelar, sem prejuízo do
disposto no nº 2;

b) Se depois de proposta a acção, o processo estiver parado mais de 30 dias, por negligência do
requerente;

c) Se a acção principal vier a ser definitivamente julgada improcedente;

d) Se o réu for absolvido da instância e o requerente não propuser nova acção em tempo de
aproveitar os efeitos da proposição anterior;

e) Se o direito que o requerente pretende acautelar se tiver extinguido.


Uma providência cautelar é uma medida judicial utilizada para, como o próprio nome indica,
“acautelar” certos direitos que se encontrem ameaçados e que, sem esta medida urgente, poderão
ser gravemente lesados e dificilmente reparados.

Uma ação, por sua vez, é um meio judicial utilizado para pleitear um direito material ou
substancial que se encontra violado ou em risco de violação por alguém. A ação visa obter uma
sentença que reconheça, declare, constitua, modifique ou extinga uma relação jurídica entre as
partes.
A diferença entre uma providência cautelar e uma ação é que a primeira tem natureza acessória e
instrumental em relação à segunda, ou seja, a providência cautelar depende de uma ação
principal que tenha como objeto o direito acautelado ou a acautelar.

A providência cautelar não visa resolver definitivamente o conflito de interesses entre as partes,
mas apenas garantir a efetividade da tutela jurisdicional que será prestada na ação principal. A
providência cautelar tem caráter provisório e precário, podendo ser revogada ou modificada a
qualquer tempo.

A ação, por outro lado, visa resolver definitivamente o conflito de interesses entre as partes,
mediante a aplicação do direito material ao caso concreto. A ação tem caráter definitivo e
imutável, salvo se houver recurso ou revisão da sentença.

3. R: Segundo o artigo 579 do Código Civil, o comodato é o empréstimo gratuito de coisas não
fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.

No caso, o Joaquim emprestou gratuitamente ao Pedro um quadro do pintor Naguib, que é uma
coisa não fungível, ou seja, que não pode ser substituída por outra da mesma espécie, qualidade e
quantidade. Portanto, trata-se de um contrato de comodato.

O comodato é um contrato unilateral, real, gratuito, temporário e não solene. Isso significa que
ele gera obrigações apenas para o comodatário (Pedro), que deve restituir a coisa emprestada no
prazo estipulado ou após o uso determinado; que se aperfeiçoa com a entrega da coisa; que não
envolve pagamento ou contraprestação; que tem duração limitada; e que não exige forma
especial para sua validade.
No caso, o Joaquim e o Pedro ajustaram um prazo de uma semana para a devolução do quadro.
Esse prazo deve ser respeitado pelo comodatário, sob pena de incorrer em mora e ter que
responder pelos riscos da coisa, além de pagar indenização por perdas e danos ao comodante.

Se o Pedro não devolver o quadro no prazo combinado, o Joaquim poderá propor uma ação de
reintegração de posse contra ele, pedindo que o juiz determine a restituição imediata da coisa
emprestada, sob pena de multa diária. Além disso, o Joaquim poderá pedir uma indenização
pelos prejuízos causados pelo atraso na devolução.

O contrato de comodato produzido pelo Joaquim poderá servir como meio de prova da relação
jurídica estabelecida entre ele e o Pedro, mas não dispensa o Joaquim de demonstrar os demais
elementos necessários para fundamentar o seu pedido.

O que o Joaquim não pode fazer é contratar marginais para dar uma lição no Pedro, pois isso
configuraria um ato ilícito e uma violação aos direitos da personalidade do Pedro. Além disso,
isso poderia acarretar responsabilidade civil e criminal para o Joaquim.

4. R: A da lei processual que suprimiu o direito de recurso afeta o caso do Perdigão Malandro,
que foi citado para contestar uma ação proposta pelo Benedito Lampião.

Segundo o artigo 14 do Código de Processo Civil, a norma processual não retroagirá e será
aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as
situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

Isso significa que a alteração da lei processual se aplica aos processos em andamento, mas não
atinge os atos já realizados ou os direitos já adquiridos sob a lei anterior.

No caso, o Perdigão Malandro foi citado e apresentou sua contestação antes da alteração da lei
processual que suprimiu o direito de recurso. Portanto, ele tem o direito de recorrer da sentença
que for proferida pelo juiz, conforme a lei vigente na época da citação.

A supressão do direito de recurso só se aplica aos processos iniciados após a entrada em vigor da
nova lei processual, ou aos processos em que ainda não houve citação do réu.
Assim, se o Benedito Lampião quiser recorrer da sentença, ele também poderá fazê-lo, pois o
direito de recurso é bilateral e paritário, conforme o artigo 994 do CPC.

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