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CIVIL II - UNIDADE-I
Classificação________________ ( ) valores
Assinatura do prof.__________________
O Direito Processual Civil é composto por normas e princípios jurídicos que ditam as regras que
devem ser aplicadas nos procedimentos judiciais e extrajudiciais de resolução de conflitos de
natureza civil. Ele regula a forma como se deve exercer o direito de ação, o direito de defesa e o
direito de recurso, bem como os poderes e deveres do juiz, das partes e dos auxiliares da justiça.
Os caracteres do Direito Processual Civil são as características que o distinguem dos demais
ramos do direito. Alguns dos principais caracteres são:
2. R: “A providência cautelar tem uma vida necessariamente limitada: só dura enquanto não é
proferida a decisão final”.
A providência cautelar não tem autonomia, qualquer medida que for decretada, está sujeita a
caducidade se o requerente se revelar negligente quanto a busca da decisão definitiva a qual, é
tomada na acção definitiva.
a) Se a acção principal não for proposta dentro de 30 dias, contados da data em que tiver sido
notificada ao requerente a decisão que tenha ordenado a providência cautelar, sem prejuízo do
disposto no nº 2;
b) Se depois de proposta a acção, o processo estiver parado mais de 30 dias, por negligência do
requerente;
d) Se o réu for absolvido da instância e o requerente não propuser nova acção em tempo de
aproveitar os efeitos da proposição anterior;
Uma ação, por sua vez, é um meio judicial utilizado para pleitear um direito material ou
substancial que se encontra violado ou em risco de violação por alguém. A ação visa obter uma
sentença que reconheça, declare, constitua, modifique ou extinga uma relação jurídica entre as
partes.
A diferença entre uma providência cautelar e uma ação é que a primeira tem natureza acessória e
instrumental em relação à segunda, ou seja, a providência cautelar depende de uma ação
principal que tenha como objeto o direito acautelado ou a acautelar.
A providência cautelar não visa resolver definitivamente o conflito de interesses entre as partes,
mas apenas garantir a efetividade da tutela jurisdicional que será prestada na ação principal. A
providência cautelar tem caráter provisório e precário, podendo ser revogada ou modificada a
qualquer tempo.
A ação, por outro lado, visa resolver definitivamente o conflito de interesses entre as partes,
mediante a aplicação do direito material ao caso concreto. A ação tem caráter definitivo e
imutável, salvo se houver recurso ou revisão da sentença.
3. R: Segundo o artigo 579 do Código Civil, o comodato é o empréstimo gratuito de coisas não
fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
No caso, o Joaquim emprestou gratuitamente ao Pedro um quadro do pintor Naguib, que é uma
coisa não fungível, ou seja, que não pode ser substituída por outra da mesma espécie, qualidade e
quantidade. Portanto, trata-se de um contrato de comodato.
O comodato é um contrato unilateral, real, gratuito, temporário e não solene. Isso significa que
ele gera obrigações apenas para o comodatário (Pedro), que deve restituir a coisa emprestada no
prazo estipulado ou após o uso determinado; que se aperfeiçoa com a entrega da coisa; que não
envolve pagamento ou contraprestação; que tem duração limitada; e que não exige forma
especial para sua validade.
No caso, o Joaquim e o Pedro ajustaram um prazo de uma semana para a devolução do quadro.
Esse prazo deve ser respeitado pelo comodatário, sob pena de incorrer em mora e ter que
responder pelos riscos da coisa, além de pagar indenização por perdas e danos ao comodante.
Se o Pedro não devolver o quadro no prazo combinado, o Joaquim poderá propor uma ação de
reintegração de posse contra ele, pedindo que o juiz determine a restituição imediata da coisa
emprestada, sob pena de multa diária. Além disso, o Joaquim poderá pedir uma indenização
pelos prejuízos causados pelo atraso na devolução.
O contrato de comodato produzido pelo Joaquim poderá servir como meio de prova da relação
jurídica estabelecida entre ele e o Pedro, mas não dispensa o Joaquim de demonstrar os demais
elementos necessários para fundamentar o seu pedido.
O que o Joaquim não pode fazer é contratar marginais para dar uma lição no Pedro, pois isso
configuraria um ato ilícito e uma violação aos direitos da personalidade do Pedro. Além disso,
isso poderia acarretar responsabilidade civil e criminal para o Joaquim.
4. R: A da lei processual que suprimiu o direito de recurso afeta o caso do Perdigão Malandro,
que foi citado para contestar uma ação proposta pelo Benedito Lampião.
Segundo o artigo 14 do Código de Processo Civil, a norma processual não retroagirá e será
aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as
situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Isso significa que a alteração da lei processual se aplica aos processos em andamento, mas não
atinge os atos já realizados ou os direitos já adquiridos sob a lei anterior.
No caso, o Perdigão Malandro foi citado e apresentou sua contestação antes da alteração da lei
processual que suprimiu o direito de recurso. Portanto, ele tem o direito de recorrer da sentença
que for proferida pelo juiz, conforme a lei vigente na época da citação.
A supressão do direito de recurso só se aplica aos processos iniciados após a entrada em vigor da
nova lei processual, ou aos processos em que ainda não houve citação do réu.
Assim, se o Benedito Lampião quiser recorrer da sentença, ele também poderá fazê-lo, pois o
direito de recurso é bilateral e paritário, conforme o artigo 994 do CPC.