Você está na página 1de 6

TESTE DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE DIREITO PROCESSUAL

CIVIL II- UNIDADE-II

Nome do aluno: Mogente Inácio Tomocene Nº 18-265 Contacto:

Província de Nampula Curso de Direito

Semestre: I Ano: V Data: 01 de Julho de 2023

Classificação________________ ( ) valores

Assinatura do prof.__________________

ESPAÇO RESERVADO AO COMENTÁRIO DO DOCENTE


_____________________________________________________________
_
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
1. R: O processo declaratório destina-se a alcançar do poder judicial a declaração da vontade da
lei no caso em apreço e o processo executivo tem-se em vista a realização efectiva dessa vontade
da lei. O fim da acção executiva pode consistir no pagamento de quantia certa, na entrega de
coisa certa ou na prestação de um facto que pode ser positivo ou negativo. O artigo 46 do Código
de Processo Civil ocupa-se das espécies dos títulos executivos, a saber: Sentenças condenatórias;
Documentos exarados ou autenticados por notário que importem a constituição ou o
reconhecimento duma obrigação; Documentos particulares e, finalmente; Documentos que
tenham sido atribuídos força executiva. O processo executivo nem sempre depende da
instauração de um processo declaratório.

2. R: Acção executiva é a que se destina a realização coerciva, das providências destinadas a


reparação efectiva do direito do exequente, através do tribunal e tem por base um título, nos
termos do qual se determina o fim e os limites. A execução pode ter por fim, pagamento de
quantia certa, entrega de coisa certa ou prestação de facto positivo ou negativo. A acção
executiva para pagamento de quantia certa é empregue quando se executa uma obrigação
pecuniária. A acção executiva para entrega de coisa certa, destina-se à obter, através do tribunal,
a entrega de uma coisa e, finalmente a acção executiva para prestação de facto é a que tem por
fim prestação de um facto positivo ou negativo.

De uma forma geral, acção executiva é a que se destina a realização coerciva, das providências
destinadas a reparação efectiva do direito do exequente, através do tribunal.

A execução tem por base um título a partir do qual se determina o fim e os limites dentro dos
quais se irá desenvolver. (Cfr. nº 1 do artigo 45 do Código de Processo Civil).

Segundo o disposto no nº 2 do artigo 45 do Código de Processo Civil, a execução pode ter por
fim, pagamento de quantia certa, entrega de coisa certa ou prestação de facto positivo ou
negativo.

A acção executiva para pagamento de quantia certa é empregue quando se executa uma
obrigação pecuniária ou se pretende receber uma importância em dinheiro. A executiva para
entrega de coisa certa, destina-se à obter, através do tribunal, a entrega de uma coisa de que se é
proprietário e, finalmente a acção executiva para prestação de facto é a que tem por finalidade o
pagamento de uma obrigação cuja prestação consiste num facto positivo ou negativo.

3. R: Segundo o artigo 10º do Código de Processo Civil, existem três tipos de ações declarativas:
as de simples apreciação, as de condenação e as constitutivas.

As ações de simples apreciação destinam-se a obter o reconhecimento da existência ou


inexistência de um direito ou de um fato jurídico. Por exemplo, o autor pretende que seja
declarado que um determinado contrato é nulo.

As ações de condenação destinam-se a obter a reparação efetiva do direito violado, mediante a


realização coerciva de uma prestação, uma coisa ou um fato, que lhe é devida¹. Por exemplo, o
autor pretende que o réu lhe pague uma quantia certa.

As ações constitutivas destinam-se a obter a constituição, modificação ou extinção de uma


relação jurídica..

No seu caso, parece-me que o tipo de ação mais adequado é o de condenação, pois o seu cliente
pretende receber a quantia que lhe é devida pelo réu. Para isso, você deve apresentar uma petição
inicial com os requisitos previstos no artigo 319 do CPC, indicando os fatos e os fundamentos
jurídicos do pedido, bem como o valor da causa e as provas que pretende produzir.

Após a citação do réu, este poderá apresentar contestação no prazo de 15 dias, podendo
impugnar os fatos e os fundamentos jurídicos da petição inicial, bem como invocar as exceções e
as defesas que entender cabíveis.

Se o réu não contestar, ocorrerá a revelia, que implica na presunção de veracidade dos fatos
afirmados pelo autor. No entanto, essa presunção não é absoluta e pode ser ilidida por prova em
contrário.

Após a fase de saneamento e organização do processo, seguir-se-á a fase probatória, na qual


serão produzidas as provas requeridas pelas partes e admitidas pelo juiz.

Encerrada a instrução, as partes poderão apresentar suas alegações finais por escrito no prazo
comum de 15 dias.
Por fim, o juiz proferirá a sentença, julgando procedente ou improcedente o pedido do autor. A
sentença deverá conter os requisitos previstos no artigo 489 do CPC, tais como o relatório, os
fundamentos de fato e de direito e o dispositivo.

Se a sentença for favorável ao seu cliente, você poderá requerer o cumprimento da obrigação de
pagar quantia certa pelo réu. Para isso, você deverá apresentar um requerimento ao juiz da causa,
instruído com a certidão da sentença transitada em julgado e com a demonstração do débito
atualizado até a data do pedido.

O juiz mandará intimar o réu para pagar o valor da condenação no prazo de 15 dias. Se ele não
pagar no prazo, incidirá multa de 10% sobre o valor da dívida e serão penhorados tantos bens
quantos bastem para garantir a execução.

Se o réu oferecer impugnação ao cumprimento da sentença no prazo de 15 dias após a intimação


da penhora, caberá ao juiz decidir sobre as questões suscitadas pelo executado. A impugnação
não terá efeito suspensivo salvo se houver fundamento relevante e risco de grave dano ao
executado.

Se o réu não oferecer impugnação ou se esta for rejeitada pelo juiz, prosseguir-se-á com a
alienação dos bens penhorados e com a satisfação do crédito do seu cliente.

4. R: Existe alguma forma de reaver o valor em dívida pelo Belmiro Simango, valendo-se da
declaração de dívida que ele passou ao Manuel Abelardo.

Segundo o artigo 458º do Código Civil, se alguém, por simples declaração unilateral, prometer
uma prestação ou reconhecer uma dívida, sem indicação da respectiva causa, fica o credor
dispensado de provar a relação fundamental, cuja existência se presume até prova em contrário.

No entanto, para que essa declaração de dívida possa ser executada judicialmente, é necessário
que ela constitua um título executivo extrajudicial, nos termos do artigo 703º do Código de
Processo Civil.
Um dos requisitos para que um documento particular seja considerado um título executivo
extrajudicial é que ele esteja assinado pelo devedor e por duas testemunhas, conforme o artigo
704º, nº 1, alínea c) do CPC.

Se a declaração de dívida não tiver a assinatura de duas testemunhas, ela não poderá ser
executada diretamente pelo credor. Nesse caso, o credor terá que propor uma ação declarativa de
condenação contra o devedor, pedindo que o juiz reconheça a existência e a exigibilidade da
dívida e condene o devedor a pagá-la.

A declaração de dívida sem assinatura de testemunhas poderá servir como meio de prova da
relação jurídica subjacente à dívida, mas não dispensa o credor de demonstrar os demais
elementos necessários para fundamentar o seu pedido.

5. R: Existe alguma forma de o Celestino Miranda receber o valor emprestado ao Sr. Benito
Kanimanbo, valendo-se da declaração de dívida que ele produziu.

Segundo o artigo 595 do Código Civil, se alguém não souber ou não puder escrever, outra pessoa
capaz assinará a rogo, declarando-o assim no instrumento, perante duas testemunhas que também
assinarão.

Portanto, se o Celestino Miranda é analfabeto e não sabe assinar, ele pode pedir a uma pessoa
capaz que assine a seu rogo na declaração de dívida, colocando sua impressão digital no
documento e declarando sua condição de analfabeto. Além disso, é necessário que duas
testemunhas presenciem o ato e também assinem o documento.

Se a declaração de dívida tiver esses requisitos, ela poderá ser considerada um título executivo
extrajudicial, nos termos do artigo 704º, nº 1, alínea c) do Código de Processo Civil³. Isso
significa que o Celestino Miranda poderá propor uma ação de execução contra o Sr. Benito
Kanimanbo para cobrar o valor emprestado.

Se a declaração de dívida não tiver esses requisitos, ela não poderá ser executada diretamente
pelo credor. Nesse caso, o Celestino Miranda terá que propor uma ação declarativa de
condenação contra o devedor, pedindo que o juiz reconheça a existência e a exigibilidade da
dívida e condene o devedor a pagá-la.

A declaração de dívida sem assinatura a rogo e sem testemunhas poderá servir como meio de
prova da relação jurídica subjacente à dívida, mas não dispensa o credor de demonstrar os
demais elementos necessários para fundamentar o seu pedido.

Você também pode gostar