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Na ação declarativa aquilo que o autor pede é que o tribunal profira uma declaração final de
direito, isto é, uma sentença que ponha termo ao conflito de interesses que o separa do réu.
Através da sentença a ação será julgada materialmente procedente, se o juiz entender que
assiste razão ao autor, ou, no caso contrário, a ação poderá ser julgada improcedente,
absolvendo-se o réu do pedido formulado ( absolvição da instância art. 279º CPC).
A ação declarativa esgota-se com a sentença, o que não significa que o réu cumpra.
Em caso de incumprimento, o autor vai recorrer ao tribunal para que se tomem providências
materialmente adequadas à reparação efetiva do direito violado.
Vai assim instaurar uma ação executiva, isto é, vai executar a sentença condenatória, pedindo
que o tribunal assegure com efetividade e materialidade a reparação do seu direito (nº 4 do art.
10º CPC).
O autor apenas solicita ao tribunal que aprecie essa situação de incerteza jurídica e ponha cobro
a tal insegurança.
Simples apreciação:
Regra ónus da prova: art. 342º, nº 1 CC, quando se invoca um direito tem de se provar os factos
constitutivos desse direito.
Inversão do ónus da prova nas ações de simples apreciação negativa: art. 343º, nº 1 CC,
competirá ao réu alegar e provar que o seu direito existe. Porque seria praticamente impossível a
prova negativa da existência do direito.
Condenação:
Visam obter a condenação do réu no cumprimento de uma obrigação.
Não é admissível que o juiz condene ou absolva o réu sem, em primeiro lugar, apreciar
devidamente a questão, a existência ou não do direito do autor. Mas aqui, o juízo apreciativo é
apenas um meio para se chegar ao fim – que é a condenação. Ao contrário das ações de simples
apreciação.
São as antecâmaras da ação executiva. Contudo, podemos ter condenação numa ação
constitutiva.
Constitutivas:
Pretende-se produzir um novo efeito jurídico, seja através da criação de uma relação jurídica
nova (constitutivas stricto sensu), seja através da modificação da relação jurídica existente
(modificativas), seja através da extinção de uma relação jurídica já existente (extintivas).
Nota importante: nas ações onde se peticiona a anulação de um negócio jurídico estamos perante uma ação de
natureza constitutiva extintiva, ao passo que nas ações onde se pede a declaração de nulidade de um negócio
jurídico estamos perante uma ação de simples apreciação positiva.
Constitutivas:
Exemplos:
Divórcio sem consentimento de ambos os cônjuges (tipo?)
Execução específica de contrato-promessa (tipo?)
Simples separação judicial de bens (tipo?)
Três comproprietários pretendem propor ação de divisão de coisa comum, pois não se entendem (tipo?)
Senhorio propõe ação de despejo contra arrendatário, pedindo a resolução do contrato com fundamento na
utilização para fim diverso (tipo?)
Prestação de Facto
Títulos Executivos Judicias Impróprios – al. d) do nº 1 do art. 703º CPC (ex: art. 14º, nº 1 DL nº
269/98, de 1 de setembro, e art. 721º, º 5 CPC)
Títulos Executivos Extrajudiciais – als. b) e c) do nº 1 do art. 703º CPC (ex: escritura pública,
confissão de dívida autenticada por solicitador, cheque, ata de condomínio – art. 6º DL 268/94
de 25 de outubro)
oPrincípio da equidade nas decisões (por contraposição à legalidade estrita) – art. 987º CPC e art. 8º
CC
oAlterabilidade das decisões (por contraposição à definitividade das decisões) – art. 988º, nº 1 CPC;