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Ter em conta a lei 34/2004 que regula o acesso aos tribunais, segundo o artigo 32 o sistema de
acesso ao direito e aos tribunais certifica se a assegurar que ninguém seja prejudicado por falta
de conhecimento ….
Artigo 27 e 28 da lei.
O artigo 20 da CRP para além de considerar o direito que da acesso aos tribunais mesmo nos
casos de insuficiência económica também não é indiferente e dá importância ao acesso aos
tribunais, artigo 20/4. De acordo com o artigo 20/5 para defesa dos direitos liberdades e
garantias pessoais a lei assegura procedimentos especiais …. De modo a obter tutela efetiva e
em tempo útil.
Artigo 4 da CRP
A responsabilidade do Estado português pelo artigo 20 pode ser atuado não apenas pelos
tribunais administrativos portugueses mas também pelo próprio tribunal europeu dos direitos
humanos se for apresentada queixa contra o Estado português em ultima analise sera sempre
possível atuar o direito da obtenção de tutela em prazo razoável. O acórdão do tribunal central
administrativo sul, este acordao diz que o prazo razoável depende das situações especificas do
caso,
Artigos 217 e 218 prevêm o controlo disciplinar dos juizs pelo conselho superior da
magistratura
Têm todos um ponto em comum, produzem efeitos na relação processual, produz efeitos na
instancia, relação essa que se iniciou com um pedido de resolução de conflito de interesses
redigido ao tribunal. Os vários atos podem ser ordenados em fases, apesar de todos eles
pertencerem à mesma … é normal colocar isto por fases. No processo declaratório típico, a lei
preve algumas fases, podemos ver isto no artigo. Cada uma destas fases tem a particularidade
de ser integrada por vários atos mas todos eles destinados ao mesmo fim, falamos em fases
destinados a conjuntos de atos.
O nosso processo é rígido, é a lei que define os atos processuais e a sua rigidez, o legislador
teve muita preocupação em estabelecer o formalismo em cada fase. É isto que se designa por
processo civil.
Há prazos para praticar certos atos, se não forem praticados nessa altura então não poderão
ser praticados mais tarde. Temos o exemplo do prazo para contestar, se ele não contesta no
prazo de 30 dias então não o pode fazer mais tarde a menos que alegue justo impedimento.
O processo civil caracteriza se também por ter um determinado fim, o fim podemos dizer que
pode ser diferente de caso pra caso, seja ele declarativo ou … apesar de claro haver fins
comuns, como a tutela dos direitos, no entanto dentro do processo civil os processos podem
ter finalidades distintas e isso transparece no artigo 10º, espécies de açoes consoante o seu
fim. Este artigo diz nos que as açoes são declarativas ou executivas, as declarativas tem varias
modalidades, tal como as executivas, como decorre no 10/6. Estas chamadas açoes
declarativas têm como fim a obtenção de uma sentença, já as executivas pressupõe que o
direito se pretende efetivar já estando reconhecido por isso não é preciso reconhece-lo, o fim
da execução é exercer as providencias adequadas, ( areu obte-las) à realização coerciva do
Direito.
Regime da invalidade dos atos processuais – 186.º e ss. (figura em termos genéricos no art.
195.º)
Fim genérico do processo civil – tutela de direitos
Art. 10.º CPC - vários fins do Processo Civil
“ações” = pedidos
“processo” = sequencia de atos
Tipos de pedidos consoante o seu fim que podem ser … numa determinada ação
Ações declarativas: caracterizam-se por visarem obter uma declaração do tribunal sobre um
facto de relevância jurídica cuja existência não pode ser oposta pelo autor ao reu de um modo…
(situação de incerteza). Finalidade – resolver situação de incerteza, obtendo uma sentença dada
pelo tribunal
Ações de simples apreciação – obter uma declaração por parte do tribunal. Posso
pretende obter a declaração da existência ou inexistência de um direito ou um facto
(ação pode ser positiva ou negativa).
o Ação da declaração da existência de um direito (Ex. ação que pretende que o
tribunal declare que A é proprietário de um determinado bem)
o Ação da declaração da inexistência de um direito (Ex. ação que pretende que o
tribunal declare que o réu não é proprietário de certo bem contrariamente ao
que o reu diz) – ação de simples apreciação negativa de um direito
o Ação da declaração da existência de um facto (Ex. ação que pretende que o
tribunal declare que o contrato é nulo por simulação) – ação de simples
apreciação positiva de um facto
o Ação da declaração da inexistência de um facto (Ex. ação que pretende que o
tribunal declare que certo contrato não foi celebrado ao contrário do que o réu
vem dizendo) – ação de simples apreciação negativa de um facto
Ações de Condenação – obter uma declaração por parte do tribunal + pressupondo ou
prevendo… (ver artigo). São também ações de simples apreciação.
o Ex. pretende que o tribunal condene o réu a entregar um terreno que o autor
comprou ao mesmo.
“pressupondo” ou “prevendo” – direito já violado ou na mera previsão da
violação futura de um determinado direito (Prestação já exigível ou exigível no
futuro) – art. 557.º regra é que não são permitidas ações de condenação quando
as prestações ainda não são vencidas – apenas nos casos plasmados neste artigo
(ex. caso das obrigações periódicas em que uma não é cumprida pelo devedor).
557.º - pressupondo a violação de um direito.
Ações Constitutivas – obter uma declaração por parte do tribunal + mudança na ordem
jurídica existente (10.º/3/c)
o Ex. ação em que o autor pretende a anulação de um determinado contrato que
celebrou com o réu – distinção entre negócios nulos e anuláveis (nulos não
produzem efeitos por isso a declaração não implica alteração na ordem jurídica,
o mesmo não sucede quando o tribunal anula um determinado contrato, o
negócio já tinha cumprido efeitos que agora são destruídos)
o Ex. ação de investigação da maternidade ou da paternidade (1814.º e ss. e
1869.º e ss. do CC) – estabelecimento da filiação tem importantes efeitos
patrimoniais e pessoais para o autor, réu e terceiros e por isso qualificam-se
como ações constitutivas
Todas visam obtenção de sentença, mas o tipo de pedido é diferente.
Ações executivas: autor vai pretender (uma vez que a situação de incerteza já não se coloca)
obter as providencias adequadas à realização coativa de uma obrigação devida ao credor. Não
visam a obtenção de uma declaração pelo tribunal, uma vez que ela já existe e consta do título
executivo.
Servem de base a uma execução - Art. 703.º CPC - Sentenças condenatórias, documentos
exarados ou autenticados por notário […], etc.
Art. 10.º CPC – estrutura da ação executiva é profundamente diferente da ação declarativa. O
fim da execução é que vai determinar a sequência de atos.
Art. 10.º/6 – fins
Art. 10.º não faz referência a uma outra realidade – procedimentos cautelares - essenciais para
assegurar a tutela jurisdicional efetiva
25-09-2023
Regula os procedimentos cautelares sendo que estes têm como fim especifico evitar o perigo
de lesão de um direito corrente da demora natural do processo quer ele seja principal ou
executivo, artigo 362/1, que reflete essa ideia de instrumentalidade do procedimento cautelar
relativamente a uma ação declarativa ou executiva, temos um fim especifico que é evitar que a
tutela de Direito se venha a regular inútil porque o tribunal seguindo o formalismo próprio dos
processos declarativos ou executivos acabe por dar ou atribuir uma tutela demasiado tarde.
Este perigo de lesão de perigo da demora natural do processo é obtido no procedimento
cautelar seguindo um formalismo mais simples, urgente e mais simples em comparação com o
processo declarativo e executivo, por outro lado também é esse fim especifico que justifica
que caso esse procedimento seja julgado procedente, essa providencia catelar caduca se não
vier a ser instaurado … há uma ideia de instrumentalidade do procedimento cautelar em
relação ao processo declarativo ou executivo, no segundo semestre quando estudarmos os
procedimentos cautelares vamos ver que esta ideia já está diluída porque a nossa lei admite
que a providencia cautelar se possa consolidar como posição definitiva do litigo caso a parte
não impugne, mas esse novo mecanismo é permitido no nosso sistema relativamente a
situações muito especificas não afasta aquela ideia que ainda está subjacente à naturalidade
dos procedimentos cautelares que é esta ideia de instrumentalidade.
Genericamente o fim do processo civil é a tutela dos direitos dependendo estarmos perante
uma açao declarativa ou executiva, mas este fim nem sempre é atingido no processo civil, há
vários casos que apesar de ser esta açao que fez instaurar determinado processo, esse fim não
é atingido. O tribunal para que se possa pronunciar pelo pedido que é formulado pelo autor é
necessário que determinados pressupostos estejam preenchidos, para que um tribunal
português se possa pronunciar para uma ação de duvida, é necessário que … por outro lado
pode acontecer que o autor não esteja assistido por um advogado, sendo que a lei obriga isto.
É necessário que determinados requisitos estejam preenchidos e se eles não tiverem o tribunal
não vai apreciar esse pedido, vai proferir uma decisão que é meramente formal em que no
fundo extingue a relação processual considerando que não estão preenchidas as condições
para se pronunciar sobre a causa.
A decisão que o tribunal vai proferir é uma decisão de absolvição do reu da instancia, esta
decisão significa apenas a absolvição da relação processual ou seja que não estão reunidas
condições para uma pronuncia sobre o mérito, a esta decisão de absolvição da instancia
referem se vários preceitos do CPC e em particular o 267/a e 278 e ss. Sendo que pode
acontecer que naqueles casos que são excecionais do nosso direito em que o tribunal se pode
considerar … a decisão nesse caso seja de não absolvição mas sim de mero indeferimento
preliminar da decisão inicial. Quando não está reunido um requisito de competência formal
então o réu é absolvido ou indeferido? Instância é relação processual, portanto em relação ao
réu a relação processual só passa a existir a partir do momento em que ele é notificado da
ação. Só se fala em absolvição do reu da instância quando o tribunal se apercebe da falta de
um pressuposto processual no momento do …. Nos casos em que o tribunal se apercebe que
há um vicio num momento processual em que não ocorreu a situação do reu, naqueles casos
onde a lei excecionalmente dá ao juiz o poder de proferir um despacho preliminar, então neste
caso aquilo que o tribunal vem fazer se entender esse pressuposto que está em falta é deferir
a petição inicial. Em princípio a falta de um pressuposto processual é suscetível de sanação.
Estas falhas ou faltas que impede o reconhecimento do mérito em certos casos podem ser
sanados, e se acontecer o juiz poderá reconhecer o pedido.
É de salientar também que a ideia de que porque não existe ou não esta preenchido um
pressuposto o tribunal deve absolver o réu esta ideia está regulada em vários lugares do
código, ele trata disto no aspeto da relação processual e depois trata também quando trata da
contestação do réu, porque nestes casos onde falta um pressuposto processual é usado como
o réu como defesa, interessa ao réu sustentar que o tribunal é incompetente ou que uma das
partes é ilegítima, e então é a propósito das chamadas exceções dilatórias, formas de defesa
do réu com conteúdo meramente formal também é preenchido a falta de pressupostos
processuais, isto para chamar a atenção de que quando tratarmos da matéria dos
pressupostos processuais vão haver sempre estes conceitos juntos. Um aspeto importante a
salientar, neste caso onde o processo não.
Se o tribunal for internacionalmente competente esta decisão não impede o autor de meter
outra ação com o mesmo objeto, inclusive no mesmo tribunal que instaurou antes, porque
estas decisões são meramente formais.
Estas 3 figuras são completamente diferentes, mas temos de ter muita noção onde está a sua
diferença, o tribunal absolve da instancia quando um pressuposto processual não está
preenchido, não há condições de competência formal (legitimidade, competência, patrocínio
etc), absolve o reu da instancia se o vicio for conhecido antes da citação aí será uma decisão
formal mas meramente indeferido a petição inicial
Outra característica do processo civil é o objeto, para alem de se caracterizar pelo seu fim e
estrutura, o processo civil também se caracteriza pelo respetivo objeto, distingue se dos outros
processos pelo seu especifico objeto, quando falamos em objeto do processo civil, queremos
dizer o que com isto? Queremos aludir à matéria sobre a qual o tribunal é chamado a
pronunciar-se, sendo que o processo civil se caracteriza sobre uma determinada matéria sobre
a qual o tribunal é obrigado a pronunciar se, esta matéria é sobre o que? O processo civil é
uma pretensão, outras vezes alude à reação material controvertida, também alude ao litigio,
quando vemos estes termos no CPC todos eles se relacionam com a ideia de que é essa a
matéria sobrea qual o processo civil incide, no entanto esta indefinição tem de ser diluída, não
é de facto possível trabalhar com um conceito tao vago porque a noção do processo civil tem
múltiplas implicações, entre nós vigora algo que diz que uma causa resolvida não pode ser
reaberta, um principio sobre o qual o que incidiu sobre determinadas pessoas não pode voltar
a ser reapreciado e não pode ser apreciado por vários tribunais ao mesmo tempo, a litis
pendencia pretende impedir que várias açoes com o mesmo objeto se suceda e seja entregue
em varrios tribunais ao mesmo tempo. Isso faz com que uma açao que esteja a ser repetida
não é admissível, por outro lado também vigora o principio segundo o qual o tribunal está
adstrito a apreciar a matéria que lhe é colocada, e apenas essa, é um reflexo do principio da
autonomia privada, o tribunal tem os seus poderes de cognição circunscritos à matéria que lhe
é colocada pelas partes, saber o que é o objeto do processo é algo que é importante para
saber se uma açao é igual à outra e também para saber quais são os poderes que o tribunal
tem se o tribunal excede estes poderes a competência padece de um vicio, de uma nulidade
por excesso de pronuncia, portanto saber o objeto do processo tem múltiplas implicações no
nosso direito e o código é altamente indefinido em relação a isso.
A noção da causa pedido extrai se do artigo 581/4 é importante para sabermos o que é a causa
de pedido e é onde decorre um facto concreto e não abstrato onde delator formula ao
tribunal.. o autor tem vantagem em aduzir as razoes de direito a convencer a bondade do
tribunal da sua pretensão, é ser um facto concreto que o caracteriza x
29-09-2023
Depois temos visto o objeto do processo civil, agora vejamos os sujeitos. Os sujeitos são o
tribunal e as partes, as partes têm a designação de autor e réu, sendo que esta relação
triangular só se constitui em relação ao réu na respetiva situação do artigo 229/2(?)
Ao momento em que o réu não é citado há apenas uma relação dual que se estabelece entre o
autor e o tribunal se o tribunal entende que não está verificado um pressuposto processual é
inferir preliminaramente a decisão que tem como destinatário o próprio autor, é um adecisao
que não faz sentido proferir a partir do momento processual em que já ocorreu a citação do
réu
No que diz respeito ao tribunal, segundo o artigo 202/1 da CRP, diz que os tribunais regulam a
justiça em nome do povo, os tribunais não é apenas constituído por juízes, mas também pelos
funcionários judiciais e pelos magistrados do ministério público, a função de julgar e resolver
litígios está unicamente retida aos juízes e isto depreende se de vários conceitos da CRP, que
tratam do estatuto dos juízes, artigos 215 a 218 e dos estatutos dos magistrados do MPúblico,
so os juízes decidem apesar de como veremos que o CPC contempla multplios atos alguns
deles não feitos pelos juízes, como as citações, são os funcionários, ou as notificações.
No que diz respeito às partes, as partes são as entidades que solicitam uma determinada
forma de tutela jurisdicional, formulam um pedido ao tribunal e as entidades contra as quais
este pedido é formulado, a noção abrange tanto o autor como o réu, a parte é a entidade que
solicita uma determinada forma jurisdicional e a entidade quanto à qual essa tutela é …
Um aspeto a ter em conta é o de que as partes não são necessariamente dotadas de PJuridica,
tem Pj as pessoas singulares e coletivas, e no caso das pessoas singulares pessoas com vida até
à morte, no caso do processo civil este admite que uma açao que tenha como autor ou reu
certas entidades que não tenham PJ, por exemplo o código admite verificadas certas ações
contra uma herança ou um navio ou determinados entes como associações antes do registo.
As partes não precisam de ser pessoas certas ou identificadas, é possível uma açao ser
impostas contra incertos (pessoas não determinadas), o 351/1 tmb diz que em caso de
falecimento da parte a ação prossiga contra incertos.
Um aspeto muito importante quando pensamos na noção de aprte é a de que esta noção tem
em vista as entidades que efetivamente formula o pedido ao tribunal e aquelas contra as quais
o pedido é efetivamente formulado, assim por exemplo, se o A propõe açao contra B pedindo
a condençao do B a restituir uma quantia que emprestou, as partes nesta açao são o A e o B, a
noção de aprte se houvesse na verdade um C, é bastante formal, parte é a pessoa que deduz
um pedido e a pessoa contra a qual o pedido é deduzido, AINDA QUE devessem ser outras
pessoas que o pedido devia ter sido formulado contra. Por outro lado também quando o réu
ou o autor têm um representante a parte tem um representado, se se propõe uma açao contra
um menor e os representantes são os pais então a aprte é o menor e não os pais, o interesse
desta precisão segundo a qual as partes são os entes que formulam um determinado pedido
ou os entes contra quais são formulados os pedidos, bate se nesta tecla porque todos os
pressupostos processuais relativos às partes que o CPC são pressupostos relativamente às
partes. Por exemplo não há necessidade de saber se os pais de um dos entes menores tem ou
não capacidade, pois eles não são partes.
Não é pensável um processo civil onde o autor seja apenas o réu(???), agora há varias
consequências que decorrem deste principio, uma das consequências que decorre do principio
segundo o qual tem de existir duas partes num processo civil é por exemplo a de que se uma
parte falecer ou se extinguir no caso de Pessoa coletiva, suspende se a instancia até a
notificação da decisão que considera habilitado o sucessor da parte falecida ou extinta, artigo
266/1/a.
Partes principais- o CPC distingue das partes acessórias, aquela definição está pensada para as
partes principias no entanto o código admite que intervenha determinadas pessoas que têm
uma relação qualquer com as partes naquele sentido e a essas situações se refere os artigos
321 a 332 do CPC que tratam precisamente da intervenção acessória, a intervenção no
processo pessoas que ocupam o lugar de partes acessórias, olhando para os artigos
percebemos o que está em causa, intervém pessoas que vêm auxiliar partes principais, há
distinção entre intervenções acessórias provocadas, de ministério publico e de assistências,
uma açao de responsabilidade civil é proposta do lesado contra o lesante e o lesante tinha
celebrado um contrato com uma companhia de seguros, companhia essa que assumia a
responsabilidade por eventuais quantias pela qual o lesante era obrigado a pagar, a lei permite
que a proposta od lesado contra o lesante, autor e réu, a lei permite a intervenção da
companhia de seguros para qual foi transferida a responsabilidade civil do réu, assim numa
futura açao e no pressuposto que o lesante tenha de pagar algo, que eventualmente o lesante
está contra a sua companhia de seguros pedidno devolução do dinheiro, a companhia de
seguros não pode por exemplo por em causa a responsabilidade do lesante em realaçao ao
lesado, a companhia terá o propósito de estender a essa companhia de seguros a açao de
responsabilidade civil, podendo eles também levantar obstáculos, mas não pode por em causa
a questão da responsabilidade do lesante.
Vamos então concentrar apenas na noção de parte principal, autor e réu que é no fundo a
noção normal de parte. Já vimos que o momento para a aquisição de qualidade de parte é o
momento da proposição da ação, artigo 250/1 mas, também pode haver a aquisição na
pendencia da ação, mas é mais complicado. Por exemplo nos casos de intervenção acessória
pensava se em pessoas com qualidade de partes que vão auxiliar partes principais, mas pode
acontecer que a aquisição de qualidade principal ocorra mesmo na pendencia da ação, ou seja
não no momento em que dá entrada na secretaria, mas mesmo na pendencia, mas como?
Pode ocorrer através nos incidentes de intervenção de terceiros, 311 e ss… e também nos
casos de sucessão inter vivos e mortis causa na titularidade no objeto do processo.
Outro aspeto em ter em conta quando se pensa na noção de parte, há que fazer distinção
entre a parte e o titular do objeto do processo, aquela noção de à pouco é completamente
formal, é autor quem formula pedido e é reu contra quem o pedido é formado. As definições
podem ser ou não titulares do objeto do processo, podem ser os titulares da relação
controvertida que está a ser discutida no processo, no geral há essa coincidência, mas a lei
permite que figure como autor ou reu alguém que não é titular da ação que está ser discutida,
o exemplo do administrador da insolvência. Relativamente às ações que dizem respeito à
massa insolvente a lei atribui ou diz em vários preceitos do código da insolvência que as ações
sobre a incidência do devedor essas ações devem ser propostas por ou contra o administrador
da insolvência, como é obvio ele não é o insolvente, portanto a noção de parte ajusta se a
estes casos em que o autor ou o réu não é a parte de objeto do processo, não é quem está em
litigio, estas situações são todavia excecionais, a regra que se extrai do artigo 30/3 é a de que
só pode estar em juízo o autor 30/3 1ª parte, a regra é a de que so pode estar em juízo como
autor ou réu alguém que é o titular da relação controvertida que está a ser discutida no
processo, se eu propuser uma ação contra B e digo ao tribunal que foi o senhor C que celebrou
um determinado contrato de mutuo contra B, eu digo simplesmente isto, eu estou a pedir que
o tribunal condene B a pagar uma quantia que ele deve a C, e eu não sou administradora nem
nada, não há qualquer tipo para atuar em juízo ou em nome do C, esta situação como decorre
do artigo 30/3 determinaria imediatamente a ilegitimidade. So pode ser autor ou réu aquele
que de acordo com aquilo que o autor afirma na petição inicial é o titular do que está a ser
discutido na ação, isto em regra.
Nestes casos, esta não necessária coincidência entre quem é autor ou reu e quem é titular do
objeto do processo ajuda nos a avançar para o conceito de parte mas em sentido material,
antes falávamos apenas em sentido formal. Fala se em sentido material quando eu penso em
alguém que é titular da relação titular controvertida que está a ser discutida, esta distinção
que é aquela que em regra temos de ter em atenção, é uma distinção que se pode aplicar em
terceiros.
Em principio a relação processual inicia-se com a expedição do ato, uma vez que a proposição
da ação atualmente em regra tem o lugar através da transportação eletrónica de dados, ocorre
no momento da expedição do ato, portanto ocorre esse inicio da relação processual, no
entanto pode acontecer que a petição inicial não seja levada ao conhecimento no tribunal,
uma vez que é o próprio artigo 144 que admite em certos casos a petição inicial, seja entregue
através d eum meio diferente por exemplo através da remessa pelo correio, através da
entrega da petição inicial da própria secretaria do tribunal. Relativamente ao réu a relação
processual inicia-se com a respetiva receçao da petição 259/1, no que diz respeito à
modificação da relação processual, a relação processual pode ter vicissitudes na pendecia
dada, no que diz respeito aos sujeitos pode haver intervenção de novos sujeitos e pode haver
substituição das partes primitivas por outras, pode haver através dos incidentes da proposição
de sujeitos. Mas também pode acontecer em relação ao objeto, apenas vemos isto no segundo
semestre os casos em que a lei permite este tipo de alteração a partir do momento em que o
réu é citado, apesar disto ser contra um principio do processo civil da estabilidade do pedido,
mas há exemplos, temos o caso em que é proposta uma açao contra o reu e o réu aproveita a
contestação para introduzir ele próprio um pedido contra o autor, isto altera o objeto porque
há uma reconvenção que ao ser permitida tras um novo pedido e uma causa de pedido. Há os
casos onde o autor altere a sua causa de pedido, inicialmente ele identifica um facto como
fundamento do pedido e a lei deixa alterar a fundamentação, mesmo em relação ao pedido a
lei permite ampliação, acumulação e permite tamb´em a substituição da causa inicial por
outra.
A instancia também pode ser suspensa, ainda há pouco a prof falou do caso do falecimento de
uma das partes que significa a suspensão da instancia sendo que ssas causas constram do
artigo 269, apesar de haver outra que se deva acrescentar que é a causa de suspensão da
instacia, artigo 273 e que o legislador não teve o cuidado de acrescentar ao 269, o processo é
suspenso na sequencia da remessa das partes para mediação, quando haja essa remessa nos
termos do 273 a lei determina a suspensão do processo, as causas estão no 269 e são muito
sumariamente as seguintes, falecimento ou extinção das partes, falecimento do
advogado/representar da parte, o acordo da parte, acontecer X ao juiz, determinação da le ou
seja preceito legal que determine essas suspensão, qual o interesse das suspensões? Quando a
causa é suspensa a relação é suspensa, são nulos todos os atos praticados no processo e isso é
algo que decorre do artigo 275 do CPC