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Curso: SMI

Nome:

Sandra

Disciplina: Saude e Comunidade


Índice

1. Introdução..................................................................................................................3

1.1. Objectivos...........................................................................................................4

1.1.1. Objectivo geral................................................................................................4

1.1.2. Objectivos específicos.....................................................................................4

1.2. Metodologia........................................................................................................4

2. Desenvolvimento teórico...........................................................................................5

2.1. Conceitos............................................................................................................5

2.2. Saúde e saneamento............................................................................................5

2.3. Disposição do lixo..............................................................................................6

2.4. Drenagem urbana................................................................................................7

2.5. O saneamento e sua importância para a saúde da humanidade..........................8

2.6. Doenças relacionadas com a falta de saneamento básico...................................9

2.7. Mitigação do Saneamento do meio na gestão da Saúde Pública em Quelimane


10

2.9. Implantação do sistema de esgotos...................................................................12

2.10. Gestão do lixo...............................................................................................12

3. Conclusão.................................................................................................................14

Referências bibliográficas...............................................................................................15
1. Introdução

O presente trabalho surge em conformidade da disciplina Saúde e Comunidade,


ministrada pelo Instituto Politécnico Islâmico de Moçambique, e tem como tema
Saneamento do meio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é
o controle de todos os factores do meio físico do homem, que exercem ou podem
exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. De outra forma, pode-
se dizer que saneamento caracteriza o conjunto de acções socioeconómicas que tem por
objectivo alcançar salubridade ambiental.

Assinalamos que após a II Guerra Mundial, e particularmente na presente década, em


decorrência do crescimento demográfico e do desenvolvimento industrial observados na
maioria dos países, acentuadamente em determinadas regiões, a par de migração da
população rural em direcção aos conglomerados urbanos, aumentaram os problemas
relacionados ao saneamento do meio, devido à poluição ambiental, principalmente do
ar, água, solo, sem deixar de mencionar a poluição acústica e a visual, (Guimarães,
Carvalho & Silva, 2007).

Por outro lado, reforçando ainda mais nosso ponto de vista, os problemas do
saneamento ambiental no meio rural, particularmente nos países subdesenvolvidos e nos
países em fase de desenvolvimento, estão também exigindo maior atenção. Ponderamos
que o saneamento do meio e a Educação em Saúde Pública, com apoio na
Epidemiologia, constituam os factores Fundamentais para o desenvolvimento. Nunca é
demais repetir que as medidas de carácter preventivo previnem os agravos à saúde, e
são menos custosas.

Em decorrência dos aspectos assinalados, torna-se necessária uma revisão dos


programas de saneamento do meio, principalmente considerando as novas técnicas e
meios à nossa disposição, como a análise de sistemas e os computadores. O próprio
conceito de saneamento do meio deve sofrer uma revisão, pois, além dos factores
directos e indirectos que podem influir no estado de saúde do homem, deveríamos
considerar os aspectos económico-financeiros, pelos prejuízos decorrentes, por
exemplo, da poluição ambiental. Entretanto o presente trabalho obedecera a seguinte
estrutura: Introdução, Desenvolvimento Teórico e Conclusão.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Estudar a relação dos serviços de saneamento com o meio ambiente e com a saúde
pública

1.1.2. Objectivos específicos

 Constituir base para educação ambiental e do impacto dos serviços de saneamento


sobre a saúde pública; e
 Possibilitar a identificação dos principais problemas de saneamento básico de uma
comunidade e suas possíveis soluções.

1.2. Metodologia

Não obstante, para a realização do trabalho, será necessário considerar que os princípios
que possibilitam o alcance dos objectivos de qualquer pesquisa científica constituem
uma bússola na concretização do mesmo, isso é, os procedimentos metodológicos que
tornaram possível a elaboração da pesquisa, tendo como início a revisão de literatura até
à recolha de dados sobre o tema em análise. Por outra, para o desenvolvimento deste
trabalho, contou-se com os seguintes método: pesquisa bibliográfica que segundo,
Fonseca (2002, p.32) "qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa
bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto".

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2. Desenvolvimento teórico

2.1. Conceitos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o controle de todos os


factores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre
o bem estar físico, mental e social. De outra forma, pode-se dizer que saneamento
caracteriza o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar
Salubridade Ambiental.

A oferta do saneamento associa sistemas constituídos por uma infra-estrutura física e


uma estrutura educacional, legal e institucional, que abrange os seguintes serviços:

 Abastecimento de água às populações, com a qualidade compatível com a


protecção de sua saúde e em quantidade suficiente para a garantia de condições
básicas de conforto;
 Colecta, tratamento e disposição ambientalmente adequada e sanitariamente
segura de águas residuárias (esgotos sanitários, resíduos líquidos industriais e
agrícola;
 Acondicionamento, colecta, transporte e/ou destino final dos resíduos sólidos;
 Colecta de águas pluviais e controle de empoçamentos e inundações;
 Controle de vectores de doenças transmissíveis (insectos, roedores, moluscos,
etc.);
 Saneamento dos alimentos;
 Saneamento dos meios transportes;
 Saneamento e planejamento territorial;
 Saneamento da habitação, dos locais de trabalho, de educação e de recreação e
dos hospitais; e
 Controle da poluição ambiental - água, ar e solo, acústica e visual.

2.2. Saúde e saneamento

Sanear quer dizer tornar são, sadio, saudável. Pode-se concluir, portanto, que
Saneamento equivale a saúde. Entretanto, a saúde que o Saneamento proporciona difere
daquela que se procura nos hospitais e nas chamadas casas de saúde. É que para esses
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estabelecimentos são encaminhadas as pessoas que já estão efetivamente doentes ou, no
mínimo, presumem que estejam. Ao contrário, o Saneamento promove a saúde pública
preventiva, reduzindo a necessidade de procura aos hospitais e postos de saúde, porque
elimina a chance de contágio por diversas moléstias. Isto significa dizer que, onde há
Saneamento, são maiores as possibilidades de uma vida mais saudável e os índices de
mortalidade - principalmente infantil - permanecem nos mais baixos patamares.

O conceito de Promoção de Saúde proposto pela Organização Mundial de Saúde


(OMS), desde a Conferência de Ottawa, em 1986, é visto como o princípio orientador
das ações de saúde em todo o mundo. Assim sendo, partese do pressuposto de que um
dos mais importantes fatores determinantes da saúde são as condições ambientais.

O conceito de saúde entendido como um estado de completo bem-estar físico, mental e


social, não restringe ao problema sanitário ao âmbito das doenças. Hoje, além das ações
de prevenção e assistência, considera-se cada vez mais importante atuar sobre os fatores
determinantes da saúde. É este o propósito da promoção da saúde, que constitui o
elemento principal da propostas da Organização Mundial de Saúde e da Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas).

A utilização do saneamento como instrumento de promoção da saúde pressupõe a


superação dos entraves tecnológicos políticos e gerenciais que têm dificultado a
extensão dos benefícios aos residentes em áreas rurais, municípios e localidades de
pequeno porte.

2.3. Disposição do lixo

O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes da actividade humana. Ele é


constituído de substâncias putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. O lixo tem que
ser bem acondicionado para facilitar sua remoção.

Quando o lixo é disposto de forma inadequada, em lixões a céu aberto, por exemplo, os
problemas sanitários e ambientais são inevitáveis. Isso porque estes locais tornam-se
propícios para a atracção de animais que acabam por se constituírem em vectores de
diversas doenças, especialmente para as populações que vivem da catação, uma prática
comum nestes locais. Além do mais, são responsáveis pela poluição do ar, quando
ocorre a queima dos resíduos, do solo e das águas superficiais e subterrâneas.

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À medida que soluções técnicas são adotadas, e quanto mais adequada for a operação
dos sistemas de disposição final do lixo, que incorporem modernas tecnologias de
tratamento, menores são os impactos para a saúde pública e para o meio ambiente.

No que diz respeito aos aterros controlados, embora os problemas sanitários sejam
bastante minimizados em relação aos lixões, pois adotam a técnica do recobrimento dos
resíduos com terra diariamente, os problemas ambientais ainda persistem, uma vez que
são responsáveis pelo comprometimento das águas subterrâneas e superficiais, pois não
adotam medidas como a impermeabilização da base do aterro, além de não haver
tratamento dos líquidos percolados pela decomposição do lixo. A coleta e o tratamento
do biogás também não são feitos, havendo, portanto, a poluição atmosférica.

Já os aterros sanitários incorporam avanços tecnológicos da Engenharia Sanitária e


Ambiental, e por isso mesmo minimizam os impactos em relação aos sistemas
anteriores, lixões a céu aberto e aterros controlados.. Além de promoverem a adequada
disposição final dos resíduos, são áreas impermeabilizadas com mantas sintéticas de alta
resistência que minimizam o comprometimento dos lençóis freáticos. A captação e o
tratamento dos líquidos percolados são outras medidas trazidas pela Engenharia
Sanitária e Ambiental que colocam estes sistemas entre aqueles que podem ser
utilizados para a disposição adequada do lixo urbano.

A boa operação e a incorporação dessas modernas tecnologias, no entanto não eliminam


a necessidade de políticas públicas voltadas para mudanças nos padrões de consumo,
incentivo à minimização da geração de resíduos, à coleta seletiva e à reciclagem,
também importantes ferramentas do processo de gerenciamento integrado de resísuos
sólidos que está cada vez mais deixando de ser resíduo para se transformar em novos
produtos, num círculo virtuoso para a saúde pública e o meio ambiente (Apetres, 2009).

2.4. Drenagem urbana

Os sistemas de drenagem urbana são essencialmente sistemas preventivos de


inundações; empoçamentos; erosões, ravinamento e assoreamentos, principalmente nas
áreas mais baixas das comunidades sujeitas a alagamentos ou marginais de cursos
naturais de água. No campo da drenagem urbana, os problemas agravam-se em função
da urbanização desordenada e falta de políticas de desenvolvimento urbano.

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Um adequado sistema de drenagem urbana, quer de águas superficiais ou subterrâneas,
onde esta drenagem for viável, proporcionará uma série de benefícios, tais como:
desenvolvimento do sistema viário; redução de gastos com manutenção das vias
públicas; valorização das propriedades existentes na área beneficiada; escoamento
rápido das águas superficiais, reduzindo os problemas do trânsito e da mobilidade
urbana por ocasião das precipitações; eliminação da presença de águas estagnadas e
lamaçais; rebaixamento do lençol freático; recuperação de áreas alagadas ou alagáveis;
segurança e conforto para a população. (Barros, et al. 1995).

2.5. O saneamento e sua importância para a saúde da humanidade

Segundo Cavinatto (1992), desde a antiguidade o homem aprendeu intuitivamente que a


água poluída por dejetos e resíduos podia transmitir doenças. Há exemplo de
civilizações, como a grega e a romana, que desenvolveram técnicas avançadas para a
época, de tratamento e distribuição da água.

A descoberta de que seres microscópios eram responsáveis pelas moléstias só ocorreu


séculos mais tarde por volta de 1850, com as pesquisas realizadas por Pasteur3 e outros
cientistas. A partir de então descobriu-se que mesmo solos e águas aparentemente
limpos podiam conter organismos patogênicos introduzidos por material contaminado
ou fezes de pessoas doentes. Como explica Cavinatto (1992):

Evitar a disseminação de doenças veiculadas por detritos na forma de


esgotos e lixo é uma das principais funções do saneamento básico. Os
profissionais que atuam nesta área são também responsáveis pelo
fornecimento e qualidade das águas que abastecem as populações.

Cavinatto (1992) explica ainda que, quando alguém anda descalço no solo pode estar
exposto a milhares de microrganismos que ali foram lançados. Alguns exemplos são as
verminoses cujos agentes ambientais podem infectar o organismo através do contato
com a pele. Ainda hoje, populações no mundo inteiro sofrem com as moléstias causadas
pela falta de saneamento básico.

Contudo, a maioria dos microrganismos existentes na natureza são de vida livre e


apenas uma pequena porcentagem é capaz de causar doenças ao ser humano, pois
dependem de outro ser vivo para sobreviver, parasitando um hospedeiro e assim
originando as doenças. Segundo Cavinatto (1992), os parasitas se proliferam em

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determinados órgãos do corpo, perturbando o funcionamento normal do organismo. A
forma mais adequada de evitar grande parte de tais doenças é cuidando da higiene, da
limpeza do ambiente e da alimentação e uma das formas de fazê-lo é através do
saneamento.

O saneamento básico, portanto, é fundamental na prevenção de doenças. Além disso, a


conservação da limpeza dos ambientes, evitando resíduos sólidos em locais
inadequados, por exemplo, também evita a proliferação de vetores de doenças como
ratos e insetos que são responsáveis pela disseminação de algumas moléstias.

2.6. Doenças relacionadas com a falta de saneamento básico

Os parasitas em geral possuem duas fases de vida: uma dentro do hospedeiro e outra no
meio ambiente.

Enquanto estão no corpo do hospedeiro, eles possuem condições ideais para seu
desenvolvimento, como temperatura e umidade adequadas, além de dispor de alimento
em abundância.

Quando estão no meio ambiente, ao contrário, estão ameaçados e morrem com


facilidade, devido à luminosidade excessiva, à presença de oxigênio, de calor, e à falta
de alimentos. O tempo que esses microrganismos passam fora do hospedeiro deve ser
suficiente apenas para que alcancem novos organismos, continuando seu ciclo de vida.

Normalmente os parasitas são eliminados pelo portador junto com suas excretas, isto é,
fezes, urina e catarros, e então se misturam com os microrganismos que vivem
livremente no solo, na água e no ar.

Assim, uma pessoa ainda sadia poderá ficar doente se ingerir água ou alimentos
contaminados e também se andar descalça ou mexer diretamente na terra que contenha
excretas de pessoas enfermas.

É comum os parasitas serem disseminados por insetos (moscas, mosquitos, pulgas e


baratas), ratos e outros animais que, por essa razão, são chamados de vetores. Muitas
vezes, a transmissão de doenças ocorre quando estes animais picam uma pessoa
enferma e em seguida uma pessoa sadia.

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A maior parte das doenças transmitidas para o homem é causada por microrganismos,
organismos de pequenas dimensões que não podem ser observados a olho nu.

Os principais grupos de microrganismos que podem provocar doenças no homem são:

 Os vírus (ex.: vírus da hepatite);


 As bactérias (ex.: vibrião colérico, que é o agente da cólera);
 Os protozoários (ex.: ameba);
 Os helmintos, que provocam as verminoses, podem ser microscópicos (ex.:
filaria, que é o agente da elefantíase), ou apresentarem maiores dimensões (ex.: a
lombriga).

Aos profissionais da área de Engenharia Sanitária e Ambiental interessa conhecer as


formas de transmissão e as medidas de prevenção das doenças relacionadas com a água,
com as fezes, com o lixo e com as condições de habitação.

2.7. Mitigação do Saneamento do meio na gestão da Saúde Pública em


Quelimane

De acordo com Zombini (2013), o saneamento básico é uma das condições primordiais
para se ter uma qualidade de vida e respeito com o cidadão, o mínimo que uma
população necessita para se ter uma vida saudável e tem como meta maior a salvaguarda
da saúde pública. Para Maciel et. al (2015) citando (Lazzaretti, 2012), uma das
principais funções do saneamento básico é evitar a proliferação de doenças veiculadas
pelo inadequado destino do lixo, indisponibilidade de água de boa qualidade, e ainda má
deposição de dejectos.

Em geral, o quadro legal do saneamento básico, e em particular no que se refere à


gestão de resíduos sólidos urbanos, remete para as autarquias as atribuições e
competências relacionadas com a remoção de lixo, limpeza pública e investimentos
associados ao tratamento e eliminação de lixos. Consequentemente, os municípios são
responsáveis pela recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos não perigosos,
utilizando para tal os meios, métodos e processos de recolha apropriados, com base nas
necessidades técnicas de cada situação, de modo a garantir condições de higiene para
que não sejam postos em risco a saúde pública e o ambiente. (BANCO MUNDIAL,
2009:57 citado por Ribeiro & Rooke, 2010). No caso do Município de Quelimane, não é

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diferente quanto a praticas acima referidas, debatendo-se apenas com a exiguidade de
fundos.

2.8. Sistema de abastecimento de água

Para salvaguardar a saúde pública dos munícipes da cidade de Quelimane passa


necessariamente na implantação de mais sistemas de abastecimento de água potável
para o consumo mostramos a visão de Ribeiro e Rooke (2010:9), sobre “a importância
da implantação do sistema de abastecimento de água, dentro do contexto do saneamento
básico, devendo ser considerada tanto no aspecto sanitário e social quanto nos aspectos
económicos, visando atingir aos seguintes objectivos”:

 Melhoria da saúde e das condições de vida de uma comunidade;

 Diminuição da mortalidade em geral, principalmente da infantil;

 Aumento da esperança de vida da população;

 Diminuição da incidência de doenças relacionadas à água;

 Implantação de hábitos de higiene na população;

 Facilidade na implantação e melhoria da limpeza pública;

 Facilidade na implantação e melhoria dos sistemas de esgotos sanitários;

 Possibilidade de proporcionar conforto e bem-estar;

 Incentivo ao desenvolvimento económico.

Conforme Maciel et al (2015:8):

‟A água, elemento essencial à vida, não é encontrada pura na natureza,


pois ao cair em forma de chuva, já carrega impurezas do próprio ar e
quando atinge o solo nela se dissolve substâncias que alteram ainda
mais suas qualidades. Para ser considerada potável ela deve obedecer
a padrões de potabilidade.ˮ

O fornecimento continuado de água de boa qualidade para o consumo humano assegura


a redução e o controle de enfermidades como a diarreia, cólera, dengue, hepatites,

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conjuntivites, leptospirose, esquistossomose, malária, entre outras. (Idem) para o caso
concreto da Cidade de Quelimane, as doenças frequentes e com níveis preocupantes são
a malária na dianteira, as hepatites e diarreias.

2.9. Implantação do sistema de esgotos

Esgoto é o termo usado para as águas que após a sua utilização pelo Homem, mudam as
suas características naturais. O sistema de esgotos existe para afastar a possibilidade de
contacto de dejectos humanos, colecta dos esgotos, tratamento e disposição adequada
dos esgotos tratados, melhoria das condições sanitárias, eliminação de foco de
contaminação, poluição e vectores de diarreias, verminoses, esquistossomoses, teníase,
entre outros. (Maciel et al, 2015).

‟Sistema de esgotos sanitários é o conjunto de obras e instalações que propicia colecta,


transporte e afastamento, tratamento, e disposição final das águas residuárias, de uma
forma adequada do ponto de vista sanitário e ambiental. O sistema de esgotos existe
para afastar a possibilidade de contacto de dejectos humanos com a população, com as
águas de abastecimento, com vectores de doenças e alimentos. (Ribeiro & Rooke,
2010:10).ˮ

Com a construção de um sistema de esgotos sanitários em uma comunidade procura-se


atingir os seguintes objectivos: afastamento rápido e seguro dos esgotos; colecta dos
esgotos individuais ou colectivos (fossas ou rede colectora); tratamento e disposição
adequada dos esgotos tratados, visando atingir benefícios como conservação dos
recursos naturais; melhoria das condições sanitárias locais; eliminação de focos de
contaminação e poluição; eliminação de problemas estéticos desagradáveis; redução dos
recursos aplicados no tratamento de doenças; diminuição dos custos no tratamento de
água para abastecimento.

2.10. Gestão do lixo

‟O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes da atividade humana. Quando é


disposto de forma inadequada, o lixo provoca problemas sérios sanitários e ambientais.
Entretanto, quando há um sistema de colecta regular, acondicionamento e destino
final adequado dos resíduos sólidos diminuem a incidência de casos de: peste, dengue,

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toxoplasmose, leishmaniose, salmonelose, leptospirose, cólera, febre tifóide, entre
outras. (Maciel et al, 2015:8)ˮ

Mas não basta apenas a construção de mais sistemas de abastecimento de água, a


implantação do sistema de esgotos, para salvaguardar a saúde pública dos cidadãos da
cidade de Quelimane, é preciso mais um terceiro elemento: Gestão do lixo. O lixo é o
conjunto de resíduos sólidos resultantes da actividade humana. Ele é constituído de
substâncias putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. O lixo tem que ser bem-
acondicionado para facilitar sua remoção.

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3. Conclusão

Este trabalho permite entender por um lado alguns dos problemas na gestão dos
sistemas de drenagem urbana que afectam à saúde nos munícipes da cidade de
Quelimane e por outro a irresponsabilidade da população no uso e conservação, quando
urinam e deitam os lixos nas drenagens, por consequência desta atitude aparece a
contaminação das aguas que vao dar origens as doenças como malária, diarreias entre
outras.

Para a melhoria dos problemas propomos a ideia de promoção de campanhas para a


sensibilização das comunidades que vivem ao redor dos sistemas de drenagem,
principalmente para a gestão dos resíduos sólidos, de dejectos e maior regularidade na
limpeza do canal de drenagem pelos menos trimestralmente para evitar o acumulo de
substâncias que contribuem para o surgimento de mosquitos e doenças diversas.

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Referências bibliográficas

Apetres. Associação Paulista das Empresas de Tratamento e Destinação de Resíduos


Urbanos. Disposição inadequada do lixo causa problemas sanitários e ambientais.
Disponível em: . Acesso em: 27. Abrl. 2023

Barros, R. T. V. et al. (1995). Saneamento. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da


UFMG. (Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios – volume 2).

Cavinatto, V. M. (1992). Saneamento básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo:


Ed. Moderna.

Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC. Apostila.


Guimarães, A. J. A.; Carvalho, D. F. de & Silva, L. D. B. da. (2007). Saneamento
básico. Coleção Ambiental. Barueri: Ed. Manole.

Maciel, A. B. C.; Felipe, J. A. & Lima, Z. M. C. (2015). Os problemas de saneamento


e seus impactos sobre a saúde pública do município de dona inês/pb. Okara:
Geografia em debate, v. 9, n. 3, p. 524-541.

Ribeiro, J. W. & Rooke, J. M.S. (2010). Saneamento Básico sua Relação com o
Meio Ambiente e a Saúde Pública, TCC - Graduação (Especialização em Análise
Ambiental), Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais.

Zombine, E. V. (2013). Educação ambiental e saneamento básico para a promoção


da saúde publica da criança. Recuperando de https://www.teses.usp.br/teses

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