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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Curso: 1º Ano Gestão Ambiental.

Discipilana: Saúde Pública e Ambiente

Tema

Importância da saúde pública e ambiente nos dias de hoje

Docente: Edgar Meque

Nome do Aluno:

Nacala Porto , Setembro de 2023


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Curso: 1º Ano Gestão Ambiental.

Título do Trabalho

Importância da saúde pública e ambiente nos dias de hoje

Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação do Curso


de Licenciatura em Gestão Ambiental.

Tutor. Edgar Meque

Aluno:
Nacala Porto , Setembro de 2023
Introdução

As questões ligadas ao ambiente tornaram-se mundialmente mais visíveis no início dos anos
1990 e demandaram a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992, a conhecida Rio 92. Nesta conferência
indicou-se como parte da solução dos problemas ambientais a redução da produção de
resíduos na fonte geradora, encerramento de Leixões e, criação de aterros (Langa, 2014).

Neste trabalho observará-se-a uma breve analise de dados referentes a alguns aspectos
ambientais e de saúde publica nos dias actuais. E ainda embasar o objetivo principal,
demonstrar a importância dos aspectos ambientais na saúde Pública.

A saúde ambiental é um instrumento que pode ser utilizado para subsidiar estratégias para a
promoção da saúde, utilizando uma abordagem plural, uma vez que o conceito de saúde
envolve boas condições de vida, acesso ao trabalho, à escola, moradia e alimentos.
Observando-os atentamente pode-se notar que tal conjunto faz parte de fatores ambientais,
sendo assim um direito de todos, uma conquista social e uma ação multiprofissional.

O conceito de saúde requer uma junção de fatores, que deve ser entendida como algo que
englobe a concretização da sadia qualidade de vida, com dignidade, sendo direito de todos e
garantido pela constituição federal. Para subsidia-las surgem às políticas públicas voltadas à
saúde, amplamente entendidas como programas públicos com objetivos delineados e
finalidades estabelecidas, que demandam questionamentos acerca do atendimento aos fins a
que se dispõem.

O desenvolvimento de estratégia de saúde pública visando garantir o direito à saúde, a um


ambiente saudável, o saneamento básico, que fomentem uma articulação entre instituições e a
população visando o seu fortalecimento, compartilhando com ela e com outros setores
técnicos envolvidos a responsabilidade pelas ações e decisões para a promoção da saúde.
Compreendendo ainda a educação sanitária e ambiental voltada para o desenvolvimento do
indivíduo e da sua comunidade em seu mais amplo aspecto, levando a promoção do ser
humano.

O presente trabalho utiliza o referencial da pesquisa bibliográfica, entendida como o ato de


indagar e de buscar informações sobre determinado assunto, através de um levantamento
realizado em base de dados nacionais, com o objetivo de detectar a importância da variante
ambiental para a promoção da saúde. Com este propósito foi efetuada uma revisão das
publicações na área de saúde, bem como a visita a sites contendo dados que apresentam
ligação com o tema.

O trabalho segue uma estrutura lógica em partes . Na primeira parte encontra-se a introdução,
apresentando os aspectos gerais da pesquisa, objectivos, justificativa. A segunda parte é
referente à abordagem teórica, levantando conceitos. A terceira parte apresenta os
procedimentos metodológicos que serão usados na aquisição de dados .Na quarta parte
apresento as considerações finais.

1.2. Objectivos

1.2.1 Objectivo geral

Analisar a importância da saúde pública e ambiente nos dias de hoje.

1.2.2 Específico
Descrever o meio ambiente nos dias de hoje

Explicar a importância a importância da saúde pública e ambiente nos dias de hoje.


1.3. Justificativa

Este tema é relevante porque de ponto de vista científico é mais uma contribuição para
compreender a importância da saúde pública e ambiente nos dias de hoje.

De ponto de vista prático, o tema deste estudo é também relevante porque procura alertar os
gestores das instituições sobre as melhores práticas nas actividades meio ambiente para que
efectivamente possa contribuir na melhoria da saúde pública.

Na perspectiva individual e social, justifica-se na medida em que pode despertar a


consciência ambiental dos colaboradores responsáveis pela gestão e controlo dos municípios.

Espera-se que o trabalho possa servir como referência para os estudantes do curso de
Educação ambiental assim como pode servir a quem tiver interesse em saber mais acerca da
saúde pública e ambiente nos dias de hoje.
2. REVISÃO DA LITERATURA

Nesta secção propomo-nos a fazer a abordagem teórica do presente trabalho. Para o efeito,
apresentar-se-á a conceitualização e contextualização dos termos chaves. Serão consolidados
alguns conceitos necessários para que o leitor tenha ciência da necessidade da presente
pesquisa saúde pública e ambiente nos dias de hoje.

2.1 Saúde Ambiental versus Saúde Pública

A saúde humana e o meio ambiente são temas que dialogam a bastante tempo, sendo
encontrados em obras de grandes filósofos da humanidade, contudo, tais assimilações eram
feitas de forma pacífica. Em termos conceituais, até a década 17 de 1940, os estudos sobre
essa relação restringiam-se às questões relativas à água potável e ao saneamento básico.
Somente quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) formulou seu conceito original de
saúde, considerando que “a saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social,
não sendo apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”, resgatou-se a concepção
integral de saúde, focando em diversos fatores que são fundamentais para a promoção da
saúde. Na segunda metade do século XX, norteando pelo debate ambiental internacional,
ocorre uma diferenciação nos enfoques dos problemas ambientais relacionados à saúde
humana, surgindo então, duas vertentes.

A primeira, designada de “verde”, fundando-se nos efeitos antrópicos sobre o meio ambiente,
o desenvolvimento sustentável, a dinâmica demográfica, a destruição da camada de ozônio, o
desmatamento, dentre outros. E sendo uma segunda vertente “azul”, por sua vez, toma como
referência os efeitos do ambiente sobre a saúde e o bem-estar da humanidade, ou seja, a saúde
ambiental. Esta perspectiva desenvolve e abre as portas das discussões para um novo e
ampliado conceito de saúde ambiental, integrando os fatores determinantes da saúde humana
e do ecossistema. (Ordonez, 2000) Neste contexto, em 1972, a OMS chama a atenção para o
controle dos processos químicos, físicos e biológicos como influências e fatores que
exerceriam efeitos sobre o indivíduo ou a sociedade atuando de forma negativa para a saúde.
Em 1989, o conceito é revisado e dividido em duas partes: uma teórica, voltada para o
conhecimento dos aspectos da saúde determinados pelo meio ambiente, e outra, prática, que
amplia o conceito de avaliação, correção, controle e prevenção dos fatores ambientais que
podem afetar de forma adversa a saúde da presente e das futuras gerações.

2.2 Saúde Pública e o meio Ambiente

A Organização Mundial de Saúde define o saneamento básico como "o controle de todos os
fatores do meio físico do homem que exercem ou podem exercer efeito degradante sobre o
seu bem-estar físico, mental ou social”. O saneamento básico tem como o seu principal
objetivo zelar pela saúde do ser humano, tendo em conta que muitas doenças podem se
desenvolver quando há um saneamento precário (Barros et al., 1995).

A utilização do saneamento como instrumento de promoção da saúde pressupõe a superação


dos entraves tecnológicos, ação, possibilitando intervir de maneira significativa para a
promoção da saúde.

A importância que o ambiente tem para a saúde, está bem expressa nos Objetivos para o
Desenvolvimento Sustentável (ODS) e podemos estabelecer relação direta entre a Saúde
Ambiental e a maioria dos ODS.

Os ODS estão intimamente ligados aos determinantes ambientais e sociais da saúde: o


ambiente influencia diretamente a saúde de várias formas, inclusive através de exposições
prejudiciais, infraestruturas inadequadas, ecossistemas degradados e más condições de
trabalho; riscos ambientais, como as alterações climáticas e a poluição do ar (nomeadamente
dentro das habitações), afetando desproporcionalmente os países pobres.

Os impactos ambientais e sociais levam a problemas de saúde, e os problemas de saúde


afetam ainda mais as pessoas através de maiores gastos com assistência médica, perda de
abrigo, perda de rendimento ou aumento de gastos para compensar serviços inadequados.
Intervenções para melhorar o ambiente podem contribuir muito para o cumprimento dos ODS
e consequentemente a promoção da saúde devendo, para isso, que os governos mundiais
comecem a apostar, cada vez mais, na Prevenção. (...)

O campo da saúde ambiental compreende a área da saúde pública, afeita ao conhecimento


científico e à formulação de políticas públicas e às correspondentes intervenções (ações)
relacionadas à interação entre a saúde humana e os fatores do meio ambiente natural e
antrópico que a determinam, condicionam e influenciam, com vistas a melhorar a qualidade
de vida do ser humano sob o ponto de vista da sustentabilidade (Brasil, 2007).

As questões relacionadas à saúde ambiental, em âmbito mundial têm demandado um


crescente e necessário empenho das instâncias governamentais para implementar ações de
controle e prevenção dos riscos ambientais que impactam negativamente a saúde humana.
A Funasa, por sua experiência em mudar o cenário ambiental com ações de saneamento
básico ao longo dos anos, ampliou seu olhar para as questões ambientais que interferem na
saúde humana e passou a ter a competência de planejar, coordenar, supervisionar e monitorar
a execução das atividades relativas à promoção da Saúde Ambiental.

A Educação do meio ambiente é fundamental para uma nova mentalidade do cidadão, com
vista à construção de um ambiente melhor, tendo como finalidade melhorar efectivamente o
comportamento dos munícipes de modo a adotar novos hábitos e atitudes no que concerne ao
ambiente onde vide. Um dos sobjectivos da Educação Ambiental é o incetivo à participação
comunitária activa, permanente e responsável na protecção, preservação e conservação do
equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como valor
inseparável do exercício de cidadania (Rosa 2013).

Porém, é necessário considerar a realidade local, levando em conta a sua perespectiva


histórica, pois ela diz muito sobre os aspectos culturais e sociais do público alvo, além de que,
possibilita 16 com que a situação futura desejada seja condizente com os anseios e com as
possibilidades dos envolvidos. ´

De acordo com MICOA (2009), no processo de Educação Ambiental, o educador deve usar
uma linguagem que melhor se adequa ao grupo-alvo, uma linguagem simples, clara e concisa.
E para tornar a comunicação envolvente é necessário: comunicar-se na língua da comunidade
na qual o projecto será desenvolvido ou evitar o uso de expressões técnicas, e que se sirva à
medida do possível de demonstrações práticas. Em outros casos são realizadas interacções e
aprendizagens dinâmicas, com recurso à música e teatro, conforme o local e público alvo.

2.3 O papel da Saúde Ambiental

A saúde humana e o meio ambiente são temas que dialogam a bastante tempo, sendo
encontrados em obras de grandes filósofos da humanidade, contudo, tais assimilações eram
feitas de forma pacífica

Na segunda metade do século XX, norteando pelo debate ambiental internacional, ocorre uma
diferenciação nos enfoques dos problemas ambientais relacionados à saúde humana, surgindo
então, duas vertentes. A primeira, designada de “verde”, fundando-se nos efeitos antrópicos
sobre o meio ambiente, o desenvolvimento sustentável, a dinâmica demográfica, a destruição
da camada de ozônio, o desmatamento, dentre outros. E sendo uma segunda vertente “azul”,
por sua vez, toma como referência os efeitos do ambiente sobre a saúde e o bem-estar da
humanidade, ou seja, a saúde ambiental. Esta perspectiva desenvolve e abre as portas das
discussões para um novo e ampliado conceito de saúde ambiental, integrando os fatores
determinantes da saúde humana e do ecossistema. (Ordonez, 2000) .

Neste contexto, em 1972, a OMS chama a atenção para o controle dos processos químicos,
físicos e biológicos como influências e fatores que exerceriam efeitos sobre o indivíduo ou a
sociedade atuando de forma negativa para a saúde. Em 1989, o conceito é revisado e dividido
em duas partes: uma teórica, voltada para o conhecimento dos aspectos da saúde
determinados pelo meio ambiente, e outra, prática, que amplia o conceito de avaliação,
correção, controle e prevenção dos fatores ambientais que podem afetar de forma adversa a
saúde da presente e das futuras gerações.

O novo paradigma leva a uma nova maneira de interpretar as necessidades e ações de saúde,
não mais numa perspectiva unicamente biológica, mecanicista, individual, específica, mas
numa perspectiva contextual, histórica, coletiva, ampla. Assim, de uma postura voltada para
controlar os fatores de risco e comportamentos individuais, volta-se para eleger metas para
ações políticas para a saúde, direcionadas ao coletivo. (Pereira; Penteado; Marcelo 2000).

3. Metodologia

O presente trabalho pela sua peculiaridade assume-se de natureza qualitativa. Conforme


Chizzotti (2006) “o termo qualitativo implica uma partilha densa com pessoas, factos e locais
que constituem objectos de pesquisa, para extrair desse convívio os significados visíveis e
latentes que somente são perceptíveis a uma atenção sensível”.

A pesquisa de natureza qualitativa é aquela que visa captar dados psicológicos que são
reprimidos ou não facilmente articulados como atitudes, motivos e foca (…). Portanto,
pretende-se fazer um juízo de valores através da reflexão analítica do fenómeno em estudo.
(Valentim, 2005).

Conforme estes autores pode-se perceber que uma pesquisa qualitativa capitaliza uma
abordagem análoga através de um juízo de valores. Mostram uma certa complementaridade na
medida em que a primeira ideia tende a mostrar que podem constituir objectos de análise
qualitativa tudo quanto é sensível. A segunda ideia procura identificar com precisão os focos
sensíveis como as atitudes e motivos. Esta pesquisa oferece uma compreensão profunda de
certos fenómenos sociais, apoiados no pressuposto da maior relevância do aspecto subjectivo
da acção social, visto que foca na importância do meio ambiente na saúde Pública .

3.1 Técnicas de recolha de dados.

Lakatos & Marconi (2006), definem a técnica como um conjunto de preceitos ou processo de
que se serve uma ciência ou arte; é a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte
prática. A técnica adequada, tendo como pressuposto a natureza da pesquisa, é a pesquisa
bibliográfica .

3.2 Método de procedimento


Segundo Marconi e Lakatos (2003, p.221), métodos de procedimento “constituem etapas mais
concretas da investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos
fenómenos menos abstractos.” Para tal obedeceu- se as seguintes fases:

1a Fase – Preparação do trabalho de campo

A preparação do trabalho de campo obedeceu as seguintes etapas:

1ª Etapa – Revisão Bibliográfica

Esta foi desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e


artigos científicos, segundo o qual a definição, enquadramento e explanação do tema baseou-
se fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre o mesmo.

a) Pesquisa documental

A pesquisa documental resultou de materiais susceptíveis de serem re-elaborados de acordo


com os objetivos da pesquisa, como é o caso de plano estratégico do Município de
Inhambane.

b) Pesquisa eletrónica

Constituída por informações extraídas de endereços eletrônicos, disponibilizados em home


page e sites para elaboração do trabalho em questão.
3. Conclusão

As questões ambientais devem assumir papel decisivo no que se refere aos passos inicias para
a elaboração das políticas públicas em saúde, sendo o foco e problematização, a íntima
relação entre prevenção e promoção quando diante da implementação de práticas da saúde
pública.

O conceito de saúde pública, segundo George Rosen (1994), diz respeito à consciência
desenvolvida, por parte da comunidade, da importância de seu papel na promoção da saúde,
prevenção e tratamento da doença. Essa aquisição de consciência tem início a partir da
necessidade de enfrentar problemas de saúde oriundos da condição humana.

A saúde ambiental é um instrumento que pode ser utilizado para subsidiar estratégias para a
promoção da saúde, utilizando uma abordagem plural, uma vez que o conceito de saúde
envolve boas condições de vida

O conceito de saúde requer uma junção de fatores, que deve ser entendida como algo que
englobe a concretização da sadia qualidade de vida, com dignidade, sendo direito de todos e
garantido pela constituição federal. Para subsidia-las surgem às políticas públicas voltadas à
saúde, amplamente entendidas como programas públicos com objetivos delineados e
finalidades estabelecidas, que demandam questionamentos acerca do atendimento aos fins a
que se dispõem

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