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VIGIDESASTRE
Carpina, 2019
Gestor Municipal: Severino Manoel
Secretaria de Saúde: Jacilene Lourdes
Gerente de Vigilância em Saúde: Fernanda Cavalcanti
Secretaria de Obras e Infraestrutura: Paulo Ribeiro
Secretaria de Finanças: Raquel Lourdes
Secretaria de Educação: Madalena Domingues
Secretaria de Ação Social: Marta Guerra
PNI: Juliana Sales
Representante da Defesa Civil Municipal: Antonio Sergio
Vigilância Sanitária: Izildo Neto
Atençâo Básica: Joseane Coutinho
Assistência Farmacêutica: Alessandra Morais
Assistência Hospitalar: Manoela Domingues
Coordenação de Endemias: Davi Francisco
Coordenação de Vigilância Ambiental: Rudimar Carlos
Secretaria do Meio Ambiente: Jorge Mozart
SUMÁRIO
I – Introdução
II – Conceitos
III – Objetivos
IV – Vigilância em Saúde Ambiental
V – Atribuições
- Poder Público Municipal
- Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Decorrentes de Desastres
de Origem Natural
- Vigilância Sanitária
- Vigilância Epidemiológica
- Atenção Básica
- PNI (Programa Nacional de Imunização)
- Assistência Farmacêutica
- Assistência Hospitalar
- Ação Social
VI - Abrigos Municipais
VII - AVADAM
I – Introdução
Os desastres de origem natural podem se apresentar em qualquer região do mundo
e constituir-se numa ameaça pela possibilidade de causar diferentes danos e efeitos ao bem
estar físico, social, mental, econômico e ambiental de uma determinada localidade.
Diante da necessidade de organização dos setores internos da Secretaria Municipal
de Saúde para as ações de promoção, vigilância e assistência à saúde perante a
possibilidade de ocorrência de um desastre de origem natural, no município de Carpina,
foram desenvolvidas como ferramenta de planejamento o Plano de Contingência para
Enfrentamento de Desastres de Origem Natural.
Dentre os desastres de origem natural, em Carpina, os deslizamentos de barreiras,
desabamentos de residências e enchentes, são os com maiores possibilidades de ocorrer,
embora não ocorram com muita freqüência. As localidades com maiores possibilidades de
ocorrência de desastres naturais, em Carpina são: Povoado de São Pedro, Comunidade do
Teimoso, Bairro das Três Marias Loteamento Santana, Carauba e Caramuru.
II – Conceitos
- Desabrigados: São as pessoas que saíram de suas casas e foram para abrigo montado
pelo município.
- Desalojados: São as pessoas que saíram de suas casas e foram para a casa de
parentes.
- Estado de Calamidade Pública: É o reconhecimento legal do Poder Público de
situação anormal, provocada por desastres, causando sérios danos à comunidade afetada,
inclusive à incolumidade e à vida de seus integrantes.
- Situação de Emergência: É o reconhecimento legal pelo Poder Público de
situação anormal, provocada por desastres, causando danos (superáveis) à comunidade
afetada.
- Vulnerabilidade: As principais causas da vulnerabilidade da região são:
ocupação de área de risco, degradação do meio ambiente, contaminação ambiental, baixo
investimento em infraestrutura.
- Comitê Operativo de Emergência (COE) – Este Comitê é criado em Municípios que
tenham histórico de ocorrência de desastres. Esse Comitê deverá ter caráter permanente
com encontros periódicos para estruturar, normalizar e elaborar planos e estratégias
necessárias. O COE deverá ter poder de decisão e será responsável pela coordenação de
todas as ações de preparação e resposta, incluindo a mobilização recursos sanitários, o
restabelecimento dos serviços de saúde e a articulação da informação entre as três esferas
de governo. Este será constituído por representantes de todas as áreas do setor saúde
envolvidas no processo de preparação, alerta, resposta e reabilitação e por outros setores da
esfera municipal, estadual e ou federal.
III – Objetivos:
- Estabelecer diretrizes para organização, planejamento, preparação e resposta do setor
saúde do município, mediante ações de prevenção, mitigação, promoção, proteção,
recuperação e reabilitação da saúde, com a finalidade de otimizar os recursos necessários à
assistência e monitoramento da população atingida pelo desastre.
- Identificar, direcionar e fortalecer ações de atenção integral à saúde da
população atingida por desastres, incluindo a atenção psicossocial;
- Intensificar a articulação e integração intrassetorial;
- Promover e fortalecer a intersetorialidade do setor saúde com outras instituições;
- Estabelecer fluxo de comunicação dialógica e fortalecer a participação social e a
educação em saúde;
- Restabelecer o atendimento na rede dos serviços de saúde.
IV – Vigilância em Saúde Ambiental:
- Definição: Conjunto de ações e serviços que visam a detecção ou prevenção de
qualquer mudança em fatores do meio ambiente que interferem na saúde humana.
- Finalidade: Recomendar e adotar medidas de promoção da saúde ambiental,
prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à
saúde.
- Importância de Atuação do Setor Saúde nos Desastres naturais:
- Resistir aos efeitos dos desastres e continuar funcionando com sua capacidade
máxima, para que as vítimas recebam atenção imediata e adequada, o que permite salvas
vidas e recuperar os níveis de saúde de uma comunidade e ou indivíduo. Quando as
unidades de saúde são danificadas os efeitos são marcantes, pois deixam de proporcionar
os serviços de saúde no momento em que mais se necessita.
- Os Riscos Decorrentes dos Desastres Naturais e os Efeitos Sobre o Setor
Saúde:
- Os desastres ocorrem porque existem condições de risco, e que todos os desastres
são únicos e com efeitos diferentes, já que cada zona afetada tem condições sociais,
econômicas, climáticas, geográficas e sanitárias peculiares. Entretanto, os efeitos sobre
saúde pública são similares e o seu reconhecimento prévio pode permitir que as
comunidades possam se preparar para evitar, minimizar ou enfrentar esses riscos, e ainda
facilitar o uso racional de recursos do setor saúde.
V – Atribuições:
- Poder Público Municipal:
- Participar do COE (Comitê Operacional de Emergência) do planejamento e redução
de riscos de desastres;
- Identificar as áreas de risco no âmbito da saúde, população exposta;
- Executar as ações de Vigilância em Saúde Ambiental dos riscos decorrentes por
desastres naturais;
- Gerenciar sistemas de informações relativos à Vigilância em Saúde Ambiental dos
riscos decorrentes dos desastres, em conformidade com o SUS.
- Coordenar e executar as atividades relativas à comunicação de risco à saúde
decorrente dos desastres naturais;
- Executar a avaliação dos danos e necessidades em saúde subsidiando à defesa Civil;
- Fomentar, propor e executar programas de capacitação comunitária relacionados aos
riscos decorrentes dos desastres naturais;
- Interagir com outras instituições na elaboração de normas e mecanismos de controle
nos aspectos de interesse à Vigilância em Saúde Ambiental;
- Propor Normas e mecanismos de vigilância e controle à outras instituições, com
atuação no meio ambiente, em aspectos de interesse à Vigilância em Saúde Ambiental.
Objetivos:
- Desenvolver ações que visem reduzir ou evitar a exposição da população e dos
profissionais de saúde aos riscos decorrentes de desastres e conseqüentemente, a redução
das doenças e agravos decorrentes dos mesmos;
- Garantir que os sistemas, procedimentos e recursos físicos, humanos, financeiros e
tecnológicos estejam preparados para proporcionar uma assistência rápida e efetiva à
população atingida por desastres. Essas medidas facilitarão a vigilância, a assistência e o
restabelecimento da rede de saúde para o bem-estar da população.
As ações dessa área requerem integração intra e intersetorial em todas as fases do processo
de gestão do risco, incluindo o manejo dos desastre.
Atribuições:
- Apoiar o gestor de saúde municipal na instituição e coordenação do COE Saúde;
- Orientar as áreas técnicas da SMS na elaboração de Planos de Preparação e Resposta;
- Articular com a Defesa Civil e outras instituições para obtenção de dados sobre as áreas
consideradas vulneráveis ao risco de sofrer efeitos frente a um desastre de origem natural;
- Acompanhar os informes meteorológicos sobre a previsão do tempo do município ou
região;
- Comunicar ao gestor e aos integrantes do COE sobre o alerta;
- Apoiar a busca ativa dos dados das avaliações de danos e necessidades em saúde;
- Repassar os dados obtidos nas avaliações de danos às demais áreas componentes do
COE Saúde para subsidiar a tomada de decisão;
- Articular a sistematização com áreas afins para a organização do recebimento,
armazenamento e distribuição dos suprimentos de saúde para áreas necessitadas;
- Notificar o desastre para a Regional de Saúde, o Vigidesastres Estadual e para o CIEVS
Estadual (Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância e Saúde);
- Alimentar o sistema de informação da área.
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano
As atribuições e responsabilidades da equipe da área de Vigilância da
Qualidade da Água para consumo humano é necessária e indispensável para assegurar à
população uma água com qualidade:
- Avaliar os danos nos Sistemas de Abastecimento de Água (SAA), Soluções Alternativas
Coletivas (SAC) e Soluções Alternativas Individuais (SAI);
- Avaliar a quantidade e a qualidade da água nos abrigos;
- Assegurar a qualidade da água para consumo humano dentro do padrão de potabilidade;
- Implementar um plano próprio de amostragem de controle e vigilância da qualidade da
água para identificar os pontos críticos e vulneráveis do sistema;
- Orientar e divulgar para a população quanto ao procedimento de desinfecção caseira da
água para consumo humano, limpeza e desinfecção da caixa d’água, desinfecção dos
alimentos, embalagens, utensílios domésticos, etc.
- Identificar a necessidade do acesso ao hipoclorito de sódio no município;
- Identificar outras fontes seguras de abastecimento de água, tais como: carro-pipa,
mananciais ou fontes naturais, poços rasos ou profundos, água de chuva etc. e contribuir
para o suprimento de água potável para a população atingida.
Vigilância Sanitária: É responsável pela proteção e defesa da saúde da população por
meio do controle sanitário de serviços e produtos destinados ao consumo e decorrentes dos
processos de produção e comercialização que apresentam potencial risco à saúde humana e
ao meio ambiente.
Objetivo:
- Inspecionar e fiscalizar a continuidade dos padrões de qualidade dos bens e produtos
servidos à população.
Vigilância Sanitária dos Riscos decorrentes de Desastres de Origem Natural
Atribuições:
- Participar do COE municipal;
- Identificar os comércios atingidos pelos desastres;
- Inspecionar e avaliar as condições higiênico-sanitárias de armazenamento, preparação e
conservação dos produtos (alimentação, Bebidas e águas envasadas) nos estabelecimentos
comerciais e nos serviços de saúde das áreas que foram afetadas pelos desastres;
- Inspecionar os produtos doados;
- Inspecionar as condições higiênico sanitárias dos abrigos;
- Facilitar a articulação entre os serviços de vigilância sanitária, laboratórios centrais de
saúde pública e vigilância ambiental e epidemiológica para atuarem em conjunto nas
investigações de surtos de DTA (Doenças Transmitidas por Alimentos) e DVH (Doenças
de Veiculação Hídrica), por meio da Rede de Comunicação disponível, Vigilância e
Investigação de Surtos Alimentares;
- Manter, em conjunto com a Vigilância Ambiental, vigilância e inspeção da qualidade da
água disponível e servida à população;
- Promover nos abrigos, no comercio, e nos locais de manipulação, o consumo seguro dos
alimentos, com as orientações básicas para a prevenção de contaminação e promoção da
segurança alimentar.
Zoonoses e Endemias:
- Orientar para o manejo adequado dos cadáveres de animais, tanto no transporte quanto
para o destino final;
- Orientar as ações previstas nos programas de controle de doenças transmitidas por
vetores principalmente nas áreas de adensamento populacional como forma de evitar
proliferação de roedores, mosquitos e outros vetores;
- Abrigar os animais de pequeno porte da população desabrigada e/ou desalojada (local
utilizado o matadouro desativado);
- Avaliação Médico Veterinária, visando evitar a proliferação de animais abandonados na
cidade e possíveis ataques, conforme Leis Estaduais de Proteção Animal: 14.266/2010,
14.139/2011 e Código de Proteção Animal Lei 14037/2010. (Setor de Vigilância
Sanitária).
Vigilância Epidemiológica:
O conhecimento do perfil epidemiológico do município permitirá avaliar o vínculo
epidemiológico das doenças e agravos com o respectivo período de maior possibilidade de
ocorrência de um desastre de origem natural com o propósito de estabelecer a que riscos a
população está exposta e facilitar a orientação de atividades de vigilância em saúde a serem
implementadas e/ou intensificadas. Os desastres de origem natural podem ocasionar
traumas e lesões e aumentar a morbimortalidade das seguintes doenças e agravos: doenças
diarréicas agudas, leptospirose, hepatite A, doenças de transmissão respiratória (rubéola,
varicela, difteria, coqueluche, síndromes respiratórias agudas e meningite), tétano
acidental, acidentes por animais peçonhentos, doenças transmitidas por vetores.
Atenção Básica:
É um conjunto de intervenções de saúde no âmbito individual e coletivo que
envolve: promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. É desenvolvida por
meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a
forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, das
quais assumem responsabilidade sanitária. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e
baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior freqüência e
relevância das populações acometidas. Estas ações podem ser regionalizadas de acordo
com a realidade local.
Atribuições:
- Fomentar a implantação dos comitês operativos de emergência nas áreas de ocorrência de
desastres;
- -contribuir na identificação das populações expostas a riscos de desastres na área de
abrangência e no mapeamento das áreas de risco prioritárias;
- Contribuir na avaliação da infra-estrutura física e funcional das unidades de saúde;
- Avaliar recursos humanos disponíveis e necessários para atender a uma situação de
emergência;
- Participar do processo de educação permanente;
- Manter atualizadas as cadernetas de vacinação, incluindo os profissionais de 1º socorros;
- Incentivar a retomada dos serviços de rotina dentro da realidade pós-desastres;
- Atuar integradamente com a vigilância em saúde e a rede especializada;
- Identificar e recadastrar as famílias atingidas;
- Intensificar ações dos Programas de: Vigilância Nutricional, Saúde da Criança, Saúde da
Mulher, Saúde do Idoso, Educação em Saúde Bucal e distribuição de material (escova e
creme dental);
- Promover educação em saúde: higiene (pessoal e do lar), prevenção de acidentes
domésticos, destino adequado dos lixos e dejetos;
- Desenvolver ações de busca ativa de casos agudos e crônicos;
- identificar a necessidade de realizar ações de prevenção, promoção, proteção à saúde,
recuperação e reabilitação da população atingida;
- Identificar fatores de risco comportamentais, como: controle de dejetos sólidos e
excremento, controle de alimentos, higiene e segurança nos abrigos;
- Avaliar estoques de medicamentos, vacinas e insumos;
- Notificar os casos suspeitos e confirmados de cada agravo na Ficha do Sinan;
- Atender e acompanhar os casos notificados, de acordo com a complexidade dos mesmos;
- Realizar avaliação da situação da saúde em conjunto com as outras equipes;
Atribuições:
- Coordenar junto ao exército e a CODECIPE, o abastecimento de água em áreas atingidas pela
seca;
- Ficará responsável por manter um esquema de plantão 24 horas, durante o período de
anormalidade, organizando uma equipe de funcionários e voluntários, para auxiliar na retirada de
entulhos e no transporte das famílias atingidas para os abrigos e/ou casas de amigos e familiares;
- Executar de medidas estruturais de reabilitação do cenário afetado.
- Remover os desabrigados e desalojados, havendo tempo / condição fará também a retirada de
móveis e eletrodomésticos, sendo todos etiquetados e encaminhados a depósitos ou próprio
abrigo, devendo, em cada lugar acima, permanecer um vigia que, em qualquer anormalidade,
NATUREZA DO DESASTRE
MUNICÍPIO: CARPINA
DECRETO DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ( ) SIM ( ) NÃO
DATA DO DECRETO
RESPONSÁVELPELA AVALIAÇÃO
<1 1 a 14 15 a Acima
ano anos 64 de 65
anos anos
Diarréia
Hepatite A
Leptospirose
Febre Tifóide
Animais com
acidentes
peçonhentos
Agressões por
cão ou gato
Dengue
*Outros
*Especificar
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________
Ferimentos Leves
Ferimentos
graves
óbitos
( ) Pública ( )Danificada
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*N° de banheiros cozinha (higiene, água potável, destino do lixo, estrutura e
armazenamento e processamento dos alimentos
** Adequada ou inadequada
*** Visita de equipe PSF/PACS (freqüência)
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Colaboradores: - Rudimar Carlos Resende de Souza- Vigilância Ambiental
- Edivaldo Rodrigues de Almeida – Técnico do Vigiágua