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Agravos prioritários de atuação

Entende-se, aqui como agravos a saúde os danos a integridade física, mental e


social dos indivíduos, provocados por doenças ou circunstancias nocivas, como
acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões auto ou heteroinfligidas.

A Atenção Básica considera a pessoa em sua singularidade e inserção


sociocultural, buscando produzir a atenção integral, incorporar as ações de
vigilância em saúde - a qual constitui um processo contínuo e sistemático de
coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos
relacionados à saúde - além disso, visa o planejamento e a implementação de
ações públicas para a proteção da saúde da população, a prevenção e o
controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.

DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA/OBRIGATÓRIA
 A vigilância epidemiológica tem como finalidade fornecer subsídios para
execução de ações de controle de doenças e agravos (informação para a ação)
e, devido a isso, necessita de informações atualizadas sobre a ocorrência dos
mesmos. A principal fonte destas informações é a notificação de agravos e
doenças pelos profissionais de saúde.

A escolha das doenças e agravos de notificação compulsória obedece a


critérios como magnitude, potencial de disseminação, transcendência,
vulnerabilidade, disponibilidade de medidas de controle, sendo a lista
periodicamente revisada, tanto em função da situação epidemiológica da
doença, como pela emergência de novos agentes e por alterações no
Regulamento Sanitário Internacional.
Os dados coletados sobre as doenças de notificação compulsória são incluídos
no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN).

A PORTARIA GM N. 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016 do Ministério da


Saúde apresenta a relação vigente de doenças, agravos e eventos em saúde
pública de notificação compulsória, devendo ser notificados todos os casos
suspeitos ou confirmados.

A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de


saúde médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos,
biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os
responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de
saúde e de ensino, em conformidade com os arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de
30 de outubro de 1975. 

Objetivos 
- Detectar casos e/ou surtos de doenças para a adoção de ações oportunas e
custo-efetivas.

- Aumentar a sensibilidade na confirmação de doenças e agravos de


notificação.

- Melhorar a oportunidade no diagnóstico, tratamento, notificação e


instituição de medidas epidemiológicas de controle em caso de doenças e
agravos de notificação.

- Ampliar a definição etiológica das doenças.

- Detectar doenças emergentes e reemergentes.

- Fortalecer o sistema de vigilância epidemiológica local.

- Avaliar o impacto das medidas aplicadas.

Compete ao Cirurgião-Dentista:

I.- Realizar a atenção em saúde bucal (promoção e proteção da saúde,


prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, reabilitação
e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e
a grupos específicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas,
associações entre outros), de acordo com planejamento da equipe, com
resolubilidade e em conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e
terapêuticas, bem como outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições
legais da profissão;

II.- Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o


planejamento e a programação em saúde bucal no território;

III.- Realizar os procedimentos clínicos e cirúrgicos da AB em saúde bucal,


incluindo atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e
procedimentos relacionados com as fases clínicas de moldagem, adaptação e
acompanhamento de próteses dentárias (elementar, total e parcial removível);

IV.- Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e


à prevenção de doenças bucais;

V.- Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde com os


demais membros da equipe, buscando aproximar saúde bucal e integrar ações
de forma multidisciplinar;

VI.- Realizar supervisão do técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde


bucal (ASB);
VII.- Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em
conjunto com os outros membros da equipe;

VIII. Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as


pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais
membros da equipe; e

IX.- Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de


atuação.

4.2.3- Técnico em Saúde Bucal (TSB):

Controle e Avaliação
O Controle e Avaliação são processos inerentes à função de gestão, voltados
para os aspectos quantitativos, qualitativos, físicos e financeiros das políticas
de saúde. 

No que se refere às ações e serviços de Média e Alta Complexidade, são


objetos de controle e avaliação pelo Ministério da Saúde, as políticas de
financiamento, de concessão de incentivos, de habilitação e qualificação de
serviços e regulação, utilizando, para tanto, os dados disponíveis nos
Sistemas de Informação do SUS.

O monitoramento, controle e avaliação da prestação de serviços de saúde à


população são responsabilidades dos gestores estaduais e municipais, tendo
com um dos principais insumos para estas práticas o processo de contratação
de serviços complementares.

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