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1-7-2022
ii
Resumo
Palavras-chave
Cabos de média tensão
Cabos de alta tensão
Dimensionamento
iv
Abstract
The growing trend in electricity consumption seen in recent years is not intended
to slow down. This growth is a direct consequence from the design, construction and
modernization of infrastructures. To overcome this increase, new energy production
plants will have to be dimensioned and, consequently, the transport and distribution
networks will have to be expanded. Thus, from the afore mentioned development, the
need for dimensioning of medium and high voltage cables and their respective paths will
arise.
This type of studies stems from the need to obtain results for the decision of
the type of cable to be used in an installation, considering factors such as applicable
international and national standards, customer requirements, installation topology,
electrical and thermal calculations and short circuit analysis.
Thus arises the importance of developing a flexible tool capable of performing
electrical and thermal calculations accurately and effectively with the aim of helping
engineers in the design of different installations, systematizing this type of technical
solutions. The solution consisted in the creation of an interface composed of several
forms and tables of results that interact with a database where several cable parameters
are available.
Keywords
Medium voltage cables
High voltage cables
Conductor sizing
v
vi
Agradecimentos
Ao professor José Rui Ferreira, por ter aceitado orientar a presente tese de
mestrado e pelo apoio e disponibilidade ao longo de todo o processo.
Aos meus pais pelo apoio incondicional ao longo da minha vida académica e à
minha irmã pelos conselhos que deu e exemplo que é.
vii
Índice
Capítulo 1 ..................................................................................1
Introdução ....................................................................................... 1
1.1 - Enquadramento Empresarial ........................................................ 2
1.2 - Motivação e objetivos ................................................................ 2
Capítulo 2 ..................................................................................5
Cabos de média e alta tensão ................................................................ 5
2.1 – Norma IEC 60228 ...................................................................... 5
2.2 – Norma IEC 60502-2 ................................................................... 6
2.3 – Norma IEC 60840 ...................................................................... 7
2.4 – Norma IEC 62067 ...................................................................... 7
Capítulo 3 ..................................................................................9
Dimensionamento .............................................................................. 9
3.1 – Corrente de serviço .................................................................. 9
3.2 – Corrente máxima admissível do cabo ............................................ 10
3.2.1 – Modos de instalação ....................................................... 10
3.2.2 – Fatores de correção ....................................................... 17
3.2.2.1 Fator de correção em função das temperaturas ambientes para
canalizações instaladas ao ar ..................................................... 17
3.2.2.2 Fator de correção em função das temperaturas ambientes para
canalizações diretamente enterradas e enterradas em tubos ............... 18
3.2.2.3 Fator de correção em função da profundidade de enterramento
para canalizações diretamente enterradas e enterradas em tubos ......... 19
3.2.2.4 Fator de correção em função da resistividade térmica do solo
para canalizações diretamente enterradas e enterradas em tubos ......... 19
3.2.2.5 Fator de correção em função do agrupamento .................... 20
3.2.2.6 – Fatores de correção na ausência de informação sobre cabos
entubados ............................................................................ 21
3.3 – Condição de aquecimento ......................................................... 21
3.3.1 – Folga ......................................................................... 22
3.4 – Queda de tensão .................................................................... 22
3.4.1 – Condição de queda de tensão ............................................ 23
3.5 – Curto-circuito ....................................................................... 23
3.5.1 – Reatância de neutro ....................................................... 27
3.5.2 – Fadiga térmica do cabo ................................................... 28
3.5.3 – Intensidade máxima admissível .......................................... 29
3.5.4 – Condição de curto-circuito (Smin) ........................................ 29
3.6 – Perdas por efeito Joule da alma condutora ..................................... 30
Capítulo 4 ................................................................................ 31
Ferramenta desenvolvida ................................................................... 31
4.1 Software ............................................................................... 31
4.2 Arquitetura ............................................................................ 32
4.3 Interface ............................................................................... 32
4.3.1 Menu ........................................................................... 33
4.3.2 Dimensionamento ............................................................ 33
4.3.3 Rede ........................................................................... 40
viii
Capítulo 5 ................................................................................ 55
Exemplo de cálculo .......................................................................... 55
5.1 Subestação 150/30 kV ............................................................... 55
5.1.1 Ligação ao transformador .................................................. 56
5.1.1.1 Cabo selecionado ....................................................... 56
5.1.1.2 Condição de aquecimento ............................................ 57
5.1.1.3 Quedas de tensão ...................................................... 58
5.1.1.4 Perdas joule ............................................................. 58
5.1.1.5 Curto-circuitos .......................................................... 59
5.1.2 Ligação ao TSA ............................................................... 59
5.1.2.1 Cabo selecionado ....................................................... 60
5.1.2.2 Condição de aquecimento ............................................ 60
5.1.2.3 Quedas de tensão ...................................................... 61
5.1.2.4 Perdas joule ............................................................. 61
5.1.2.5 Curto-circuitos .......................................................... 62
5.2 Parque fotovoltaico .................................................................. 62
5.2.1 Cabos selecionados .......................................................... 63
5.2.2 Ligação SE - PS.03 ........................................................... 64
5.2.2.1 Condição de aquecimento ............................................ 64
5.2.2.2 Quedas de tensão ...................................................... 65
5.2.2.3 Perdas joule ............................................................. 65
5.2.2.4 Curto-circuitos .......................................................... 65
5.2.3 Ligação PS.03 – PS.02 ....................................................... 66
5.2.3.1 Condição de aquecimento ............................................ 66
5.2.3.2 Quedas de tensão ...................................................... 67
5.2.3.4 Perdas joule ............................................................. 67
5.2.3.5 Curto-circuitos .......................................................... 67
5.2.4 Ligação PS.02 – PS.01 ....................................................... 68
5.2.4.1 Condição de aquecimento ............................................ 68
5.2.4.2 Quedas de tensão ...................................................... 68
5.2.4.3 Perdas joule............................................................. 68
5.2.4.4 Curto-circuitos .......................................................... 69
Capítulo 6 ................................................................................ 71
Conclusões e perspetivas de desenvolvimento ........................................... 71
6.1 Conclusões ............................................................................. 71
6.2 Perspetivas de desenvolvimento ................................................... 73
ix
x
xi
Lista de figuras
Figura 4.21 - Formulário caso seja escolhido o método de cálculo com o valor de X/R
………………………………………………………………………………………………………………………………………… 40
Figura 4.22 - Formulário caso não seja escolhido o método de cálculo com o valor de X/R
………………………………………………………………………………………………………………………………………… 40
Figura 4.23 - Caixas de texto onde são apresentados os resultados obtidos ………………… 41
Figura 4.24 - Botão "Apagar" …………………………………………………………………………………………… 41
Figura 4.25 - Botões "Calcular" e "Exportar -> Dimensionamento" ………………………………… 41
Figura 4.26 - Formulário onde se definem caraterísticas da caneleta …………………………. 42
Figura 4.27 - Formulário de introdução dos parâmetros dos cabos instalados na canaleta
………………………………………………………………………………………………………………………………………… 42
Figura 4.28 - Tabela de exposição de resultados do cálculo do fator de correção para
instalações em canaleta …………………………………………………………………………………………………. 42
Figura 4.29 - Caixa de texto e botões presentes na página "Resultados" ……………………… 43
Figura 4.30 - Parte inicial da tabela de resultados ………………………………………………………… 43
Figura 4.31 - Botões presentes na página "Resumo" ……………………………………………………… 44
Figura 4.32 - Tabelas de resumo ……………………………………………………………………………………. 44
Figura 4.33 - Tabela de resumo da máxima queda de tensão e potência de perdas ……. 44
Figura 4.34 - Base de dados ……………………………………………………………………………………………. 45
Figura 4.35 - Formulário para adicionar cabos à base de dados …………………………………… 46
Figura 4.36 - Fluxograma método de dimensionamento ………………………………………………. 47
Figura 4.37 - Fluxograma método de obtenção dos fatores de correção ……………………… 48
Figura 4.38 - Fluxograma método de cálculo corrente de serviço e corrente máxima
admissível do cabo …………………………………………………………………………………………………………. 49
Figura 4.39 - Fluxograma método de cálculo da queda de tensão ………………………………… 50
Figura 4.40 - Fluxograma método cálculo das perdas ohmicas ……………………………………… 51
Figura 4.41 - Fluxograma método cálculo curto-circuito ……………………………………………… 52
Figura 4.42 - Fluxograma módulo de reatância de neutro ……………………………………………. 53
Figura 5.1 - Formulário “Adicionar cabo à base de dados” preenchido com parâmetros do
cabo ………………………………………………………………………………………………………………………………… 57
Figura 5.2 – Resultados da primeira verificação das condições de aquecimento …………. 58
Figura 5.3 – Resultados da segunda verificação das condições de aquecimento e folga
……………………………………………………………………………………………………………………………………….. 58
Figura 5.4 – Resultados da verificação da condição de queda de tensão da ligação ao
transformador ………………………………………………………………………………………………………………… 58
Figura 5.5 – Resultados da verificação da condição de secção mínima da alma condutora,
secção da bainha e corrente de CC máxima admissível ………………………………………………… 59
Figura 5.6 – Resultados da verificação da condição de fadiga térmica ………………………… 59
xiv
ANEXO B
Figura B.1 – Rede de exemplo de cálculo de Zeq …………………………………………………………… 90
xv
xvi
xvii
Lista de tabelas
ANEXO A
Tabela A3.1 – Fatores de correção para profundidades de enterramento diferentes de 0.8
m (Tabela B.12 e B.13 IEC 60502-2) ………………………………………………………………………………. 77
Tabela A3.2 – Fatores de correção para profundidades de enterramento diferentes de 1
m (Cables y Accesorios para Media Tensión, Prysmian 2013) ………………………………………… 77
Tabela A4.1 – Fatores de correção para a resistividade térmica do solo em cabos
unipolares (Tabelas B.14, B.15 IEC 60502-2) …………………………………………………………………. 78
Tabela A4.2 – Fatores de correção para a resistividade térmica do solo em cabos tripolares
(Tabelas B.16, B.17 IEC 60502-2) …………………………………………………………………………………… 79
Tabela A4.3 – Fatores de correção para a resistividade térmica do solo (Quadro 52-E6
RTIEBT) …………………………………………………………………………………………………………………………… 80
Tabela A5.1 – Fatores de correção para grupos de cabos tripolares / grupos de circuitos
trifásicos de cabos unipolares enterrados diretamente no solo ou enterrados em tubos
(Tabelas B.18, B.19, B.20 e B.21 IEC 60502-2) ……………………………………………………………… 81
Tabela A5.2 – Fatores de correção para grupos de cabos tripolares / grupos de circuitos
trifásicos de cabos unipolares enterrados diretamente no solo ou enterrados em tubos
(Cables y Accesorios para Media Tensión, Prysmian 2013) ……………………………………………. 82
Tabela A5.3 – Fatores de correção para agrupamento de diversos circuitos de cabos
tripolares, instalados ao ar, lado a lado, em camada simples (Tabela B.22 IEC 60502-2)
………………………………………………………………………………………………………………………………………… 83
Tabela A5.4 – Fatores de correcção para agrupamento de diversos circuitos de cabos
unipolares, instalados ao ar, lado a lado, em camada simples (Tabela B.23 IEC 60502-2)
………………………………………………………………………………………………………………………………………… 84
Tabela A5.5 – Fatores de correção para cabos tripolares ou unipolares em trevos juntivos
em caminhos de cabos perfuradoscom separação entre cabos de d (diâmetro) …………… 85
Tabela A5.6 – Fatores de correção para cabos tripolares ou unipolares em trevos juntivos
em caminhos de cabos com separação entre cabos de d (diâmetro) ……………………………. 85
xviii
Tabela A5.7 – Fatores de correção para cabos tripolares ou trevos de cabos unipolares em
contacto entre si e com a parede, em caminhos de cabos ……………………………………………. 85
Tabela A5.8 – Fatores de correção para cablos tripolares ou trevos de cabos unipolares,
em contacto entre si, na parede …………………………………………………………………………………… 85
Tabela A5.9 – Fatores de correção para cabos tripolares ou unipolares em trevos juntivos
em caminhos de cabos perfurados com separação entre cabos inferior a d e superior a
d/4 …………………………………………………………………………………………………………………………………. 86
Tabela A5.10 – Fatores de correção para cabos unipolares, em caminhos de cabos com
separação entre cabos igual a d ……………………………………………………………………………………… 86
Tabela A5.11 – Fatores de correção para Cabos unipolares, em caminhos de cabos
perfurados com separação entre cabos igual a d …………………………………………………………… 86
xix
xx
xxi
Abreviaturas e Símbolos
Lista de abreviaturas
AT Alta Tensão
Al Alumínio
BD Base de dados
CC Curto-Circuito
Cu Cobre
EPR/HEPR Borracha de Etileno-propileno
Fc Fator de correção
IEC International Electrotechnical Commission
MT Média Tensão
NP Norma Portuguesa
PDIRT Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de
Transporte de Eletricidade
PVC Policloreto de Vinilo
RTIEBT Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão
TSA Transformador de Serviços Auxiliares
VBA Visual Basic For Applications
XLPE Polietileno Reticulado
Lista de símbolos
Capítulo 1
Introdução
A Sisint (figura 1.1) é uma empresa de engenharia que desenvolve a sua atividade nas
áreas da energia, gestão técnica de edifícios e transportes.
No domínio da energia uma das principais competências da empresa é o projeto de
instalações elétricas, nomeadamente de subestações até 400 kV onde as suas competências são
abrangentes, permitindo oferecer aos seus clientes soluções que compreendem as diferentes
especialidades envolvidas nomeadamente, estudos de rede, dimensionamento eletromecânico
e projeto de sistemas de proteção e controlo.
Localiza-se na Rua de Murraceses, 550 4415-490 Grijó, Vila Nova de Gaia e desenvolve
a sua atividade para diferentes países como Portugal, China, Chile, Moçambique e Reino Unido.
Capítulo 2
Define também os materiais que devem ser utilizados para fabricar estes condutores,
sendo:
• Cobre
• Alumínio ou liga de alumínio
6 | Norma IEC 60502-2
Onde:
• UO é o valor eficaz da tensão entre o condutor e a blindagem;
• U é o valor eficaz da tensão entre dois condutores (num sistema de cabos
monopolares);
• Um é o valor eficaz máximo da “tensão mais elevada da rede”, para a qual o cabo
pode ser usado; Um é designada por “tensão mais elevada para o equipamento” - ver
[4].
Os condutores devem pertencer à classe 1 ou 2 de acordo com a norma IEC 60228, como
referido em 2.1.
Esta norma define também os tipos de materiais utilizados no isolamento assim como
as suas temperaturas máximas de funcionamento normal e de curto-circuito como é
apresentado na tabela 2.1.
Borracha de Etileno-propileno
90 250
(EPR e HEPR)
Cabos de média e alta tensão | 7
Capítulo 3
Dimensionamento
Neste capítulo é possível encontrar as várias fórmulas que são utilizadas durante o
processo de dimensionamento realizado pela ferramenta. São abordados os temas do cálculo
de correntes, como corrente de serviço, corrente admissível do cabo e corrente de curto-
circuito. Também é abordado o cálculo de quedas de tensão e perdas.
O dimensionamento de um cabo não depende apenas da corrente que o atravessa, mas
sim de um conjunto variado de fatores como o modo de instalação do mesmo, a influência dos
fatores atmosféricos, a presença de outros cabos e a temporização dos mecanismos de
proteção.
A resolução deste problema envolve também a verificação de um conjunto de
condições de índole técnica [7].
𝑃 1
𝐼𝐵 = × (𝐴) (3.1)
√3 × 𝑈 × cos 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑎𝑠𝑒
Onde,
• P é a potência ativa, expressa em W. Considera-se apenas o valor de potência ativa
uma vez que se trata do mais desfavorável, que ocorre quando o fator de potência é
unitário;
• U é o valor de tensão composta, expressa em V;
• cos é o valor do fator de potência.
10 | Corrente máxima admissível do cabo
Onde,
• IZ é a corrente máxima admissível de um cabo, expressa em A
• IZ’ é a corrente máxima admissível corrigida de um cabo, expressa em A
• K1 é o fator de correção em função da temperatura ambiente
• K2 é o fator de correção em função da temperatura do solo
• K3 é o fator de correção em função da profundidade de enterramento
• K4 é o fator de correção em função da resistividade térmica do solo
• K5 é o fator de correção em função do agrupamento de cabos
• Diretamente enterrados
• Enterrados em tubos
Figura 3.7 - Instalação em caminhos de cabos (Tripolares em esteira horizontal separados por d=diâmetro)
[9]
Figura 3.8 - Instalação em caminhos de cabos (Tripolares em esteira horizontal encostados entre si) [9]
Figura 3.9 - Instalação em caminhos de cabos (Unipolares em trevo juntivo separados por d=diâmetro)
[9]
Dimensionamento | 13
Figura 3.10 - Instalação em caminhos de cabos (Unipolares em trevo juntivo encostados entre si) [9]
Figura 3.11 - Instalação em caminhos de cabos perfurados (Unipolares em esteira horizontal separados
por d=diâmetro) [9]
Figura 3.12 - Instalação em caminhos de cabos perfurados (Unipolares em esteira horizontal encostados
entre si) [4]
Figura 3.13 - Instalação em caminhos de cabos perfurados (Tripolares ou unipolares em trevo juntivo com
separação inferior a d e superior a d/4) [9]
14 | Modos de Instalação
Figura 3.14 - Instalação em caminhos de cabos perfurados (Unipolares em trevo juntivo separados por
2d) [4]
Figura 3.15 - Instalação em caminhos de cabos perfurados verticais (Tripolares em esteira separados por
d=diâmetro) [4]
Figura 3.16 - Instalação em caminhos de cabos perfurados verticais (Tripolares em esteira encostados
entre si) [4]
Figura 3.17 - Instalação em caminhos de cabos perfurados verticais (Unipolares em trevo juntivo
separados por 2d) [4]
Figura 3.18 - Instalação em caminhos de cabos perfurados verticais (Unipolares em esteira encostados
entre si) [4]
Dimensionamento | 15
Figura 3.19 - Fixados à parede encostados entre si (Tripolares ou unipolares em trevo juntivo) [9]
Figura 3.21 - Fixados perto da parede separados (Tripolares ou unipolares em trevo juntivo) [9]
Figura 3.22 - Fixados perto da parede separados (Unipolares em esteira vertical) [9]
16 | Modos de Instalação
Figura 3.23 - Instalação em escadas (para cabos) / Consolas (Tripolares em esteira horizontal encostados
entre si) [4]
Figura 3.24 - Instalação em escadas (para cabos) / Consolas (Tripolares em esteira horizontal separados
por d=diâmetro) [4]
Figura 3.25 - Instalação em escadas (para cabos) / Consolas (Unipolares em esteira horizontal encostados
entre si) [4]
Figura 3.26 - Instalação em escadas (para cabos) / Consolas (Unipolares em trevo juntivo separados por
2d) [4]
Fator pelo qual deve ser multiplicado o valor da corrente máxima admissível do cabo
caso o valor da temperatura ambiente (amb) na instalação ao ar seja diferente da normalizada
pela norma ou fabricante.
O valor do fator de correção é dado pela expressão:
𝑠 − ′𝑎𝑚𝑏 (3.3)
𝐾1 = √
𝑠 − 𝑎𝑚𝑏
18 | Fatores de correção
Onde,
• amb é a temperatura ambiente (referência) durante a medição da corrente máxima
admissível, expressa em °C;
• ’amb é a temperatura ambiente do local onde será colocado o cabo, expressa em °C;
• s é a temperatura máxima do condutor em regime permanente, expressa em °C.
A análise da expressão 3.3 permite concluir que se a temperatura ambiente do local
de instalação for menor que a de referência o fator será maior que a unidade, consequência
do melhoramento das condições de arrefecimento dos cabos.
Fator pelo qual deve ser multiplicado o valor da corrente máxima admissível do cabo
caso o valor da temperatura do solo (solo) na instalação seja diferente da normalizada pela
norma ou fabricante.
O valor do fator de correção é dado pela expressão:
𝑠 − ′𝑠𝑜𝑙𝑜 (3.4)
𝐾2 = √
𝑠 − 𝑠𝑜𝑙𝑜
Onde,
• solo é a temperatura do solo (referência) durante a medição da corrente máxima
admissível, expressa em °C;
• ’solo é a temperatura do solo do local onde será colocado o cabo, expressa em °C;
• s é a temperatura máxima do condutor em regime permanente, expressa em °C.
A análise feita em 3.2.2.1 para a expressão 3.4 leva a conclusões semelhantes visto
que se a temperatura do solo do local de instalação for menor que a de referência o fator será
maior que a unidade, consequência do melhoramento das condições de arrefecimento dos
cabos.
Tanto em 3.2.2.1 como em 3.2.2.2 deve-se ter em atenção o valor da temperatura de
referência uma vez que, apesar de a maioria dos fabricantes respeitar o valor sugerido pela
norma ( = 20 ºC), este nem sempre é seguido.
Dimensionamento | 19
Tabela 3.1 - Variação do valor da resistividade térmica do solo em função da humidade e natureza do
solo [12]
Observações
Resistividade térmica
1.20
1.50
2.50 Cinzas
3.00
O fator de correção K5 pode ser influenciado por vários fatores e é essencial na escolha
da secção do cabo a dimensionar. Depende:
• Das características das canalizações colocadas na proximidade da canalização em
estudo, incluindo, eventualmente, o número de cabos colocados em paralelo, tipos,
secções e dimensões dos mesmos, bem como intensidades transmitidas;
• Da disposição relativa das canalizações nos locais onde mais se aproximam;
Dimensionamento | 21
𝐼𝐵 ≤ 𝐼𝑍 (3.5)
3.3.1 – Folga
𝐼𝑍
𝐹𝑜𝑙𝑔𝑎 = ( − 1) ∗ 100 (%) (3.6)
𝐼𝐵
Onde,
• Z é a impedância do cabo, expressa em ;
• IB representa a intensidade da corrente de serviço, expressa em A;
• RAC é a resistência do cabo em corrente alternada, expressa em /km;
• X é a reatância do cabo, expressa em /km;
• l é o comprimento do cabo, expresso em km;
• cos representa o fator de potência.
𝐸𝑀
𝑙 ′ = 𝑙 × (1 + ) + 2 × 𝑙𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 (km) (3.8)
100
Onde,
• l’ é o comprimento corrigido do cabo, expresso em km;
• l é o comprimento do cabo, expresso em km;
• EM é uma margem de erro considerada de forma a compensar eventuais erros de
medição, expresso em %;
• lponta é o comprimento de ponta (nos extremos de cada cabo), expresso em km.
A queda de tensão máxima admissível (ε.Uns) depende do tipo de instalação. Este valor
de ε geralmente não ultrapassa os 5 a 8% em instalações de média e alta tensão, podendo ir
até aos 10%.
Em primeiro lugar deve-se obter o valor da variação da tensão nominal como em 3.9.
Então a condição de queda de tensão é verificada pela expressão 3.10.
|𝑈|
ε= × 100 (%) (3.9)
𝑈𝑛𝑐
√3
Onde,
• ε. 𝑈𝑛𝑠 é a queda de tensão máxima admissível, expressa em V;
• ε é a variação máxima da queda de tensão;
• Unc é a tensão nominal composta do sistema, expressa em V;
• Uns é a tensão nominal simples do sistema, expressa em V.
3.5 – Curto-circuito
Onde,
• ZCC é a impedância durante o curto-circuito do cabo a dimensionar, expressa em /m;
• RDC é a resistência em corrente contínua corrigida do cabo, expressa em /m;
• X é a reatância do cabo a dimensionar, expressa em /m.
20𝐶 [1
𝑅𝐷𝐶 = 𝑅𝐷𝐶 + 20 × ( − 20)] () (3.12)
Onde,
• R20C
DC é a resistência em corrente contínua do cabo à temperatura de 20 ºC, expressa
em ;
• 20 é o coeficiente de variação da resistividade com a temperatura, expressa em ºC-1.
Toma valores de 3.93x10-3 (ºC-1) para almas condutoras de cobre e 4.03x10 -3 (ºC-1) para
almas condutoras de alumínio [10];
• é o valor da temperatura final da alma condutora, corresponde a temperatura
máxima de funcionamento em curto-circuito, expressa em ºC.
𝑈
𝑐× (3.13)
𝐼𝑘′′ = √3 (A)
|𝑍𝑒𝑞 |
Onde,
Dimensionamento | 25
√𝑡𝑎 (3.15)
𝑆𝑚𝑖𝑛 = 𝐼𝑡ℎ × (mm2 )
𝐾
Onde,
Dimensionamento | 27
Tipo de isolamento
Material da alma
PVC ≤ 300 mm2 PVC > 300 mm2 EPR/HEPR e XLPE
condutora
Cobre 115 103 143
Alumínio 76 68 94
No entanto, a expressão 3.16 é mais precisa para calcular a secção mínima uma vez
que tem em conta a temperatura inicial e final de curto-circuito [16]. De notar que o valor de
K’ utilizado não será o mesmo apresentado na tabela 3.2.
(s) 10 16 25
𝑆 2
𝑡𝐹𝑇 = (𝐾 × ) × (𝑓 − 𝑖 ) (s) (3.17)
𝐼𝐶𝐶
Onde,
• S é a secção da alma condutora, expressa em mm 2;
Dimensionamento | 29
Após o cálculo de 3.17 deve-se comparar os valores de tFT e ta de forma a garantir que
as proteções atuam antes que o defeito provoque fadiga no cabo.
𝑡𝐹𝑇 ≤ 𝑡𝑎 (3.18)
𝑓 + (3.19)
ln (
𝐾×𝑆 𝑖 + )
𝐼𝐶𝐶 = ×√
√𝑡𝐶𝐶 𝑓 +
ln (
𝑖 + )
Onde,
• i é a temperatura da alma condutora no início do curto-circuito, expressa em ºC;
• f é a temperatura máxima admissível da alma condutora durante o curto-circuito,
expressa em ºC;
• é um coeficiente que depende das caraterísticas do material da alma condutora.
Apresenta valores de 235 para cobre e 228 para alumínio.
As perdas por efeito joule no cabo a dimensionar são calculadas pela expressão 3.21.
As perdas por feito joule percentuais são dadas pela expressão 3.22.
𝑊𝑗
𝑊𝑗 (%) = × 100 (%) (3.22)
𝑃
Onde,
• P é a potência ativa, expressa em W.
Ferramenta desenvolvida | 31
Capítulo 4
Ferramenta desenvolvida
4.1 Software
Com o Excel foi possível programar na linguagem Visual Basic For Aplications (VBA)
permitindo a criação de macros de forma a automatizar tarefas repetitivas como verificação
de parâmetros dos componentes e formulários. Devido às capacidades de exposição de dados
proporcionadas pelo Excel foi também interessante para organizar em tabelas e relatórios os
resultados finais facilitando a compreensão e acessibilidade dos mesmos.
4.2 Arquitetura
4.3 Interface
Durante a elaboração do layout dos menus e formulários da ferramenta foi sempre tido
em mente uma utilização intuitiva. Desta forma, separaram se as diferentes folhas de cálculo
por tópicos tentando não sobrecarregar o utilizador com informação. Existem sheets sempre
visíveis e sheets ocultas que podem surgir consoante necessário.
As visíveis são:
• Menu;
• Dimensionamento;
• Resultado;
• Resumo.
Já as ocultas são:
• Rede: onde são calculados, caso desejado, vários valores de impedância como
da rede, da linha de interligação e de transformador;
• Fc: onde se encontram as tabelas dos fatores de correção (sempre oculta);
• Cálculo Fc Canaleta: para calcular o fator de correção específico caso o modo
de instalação seja em canaleta;
• Cabos: onde estão guardados os parâmetros dos cabos, (sempre oculta e
protegida);
Ferramenta desenvolvida | 33
4.3.1 Menu
4.3.2 Dimensionamento
Trata-se da página mais importante da ferramenta. Aqui são inseridos a grande maioria
dos inputs e expostos os resultados mais importantes relativos ao dimensionamento de cabos.
Nesta folha de cálculo encontram-se vários botões com diversas funcionalidades e caixas de
texto separadas por tema.
34 | Dimensionamento
A figura 4.3 mostra dois botões. O botão “Novo projeto” permite reiniciar a
ferramenta. Apaga todos os cálculos e resultados, assim como caraterísticas da instalação e
caraterísticas do modo de instalação. Já o botão “Dimensionar novo cabo” permite dimensionar
um novo cabo ao apagar os valores inseridos, assim como os resultados obtidos, do
dimensionamento anterior. Não apaga as caraterísticas da instalação nem o modo de
instalação.
Na figura 4.4 temos dois botões. O botão “Adicionar cabo à base de dados” permite
adicionar um cabo à base de dados da ferramenta. Abre um separador onde é possível inserir
diferentes parâmetros do cabo a adicionar. Pode se encontrar este formulário na secção 4.4.
Clicar em “Verificar cabo” permite verificar a existência do cabo selecionado na aba
"CABO" antes do dimensionamento. Após a seleção do mesmo, pressionar o botão verifica a sua
existência na BD e gera a designação segundo a norma NP 665.
Na figura 4.5 podemos ver quatro botões. O botão “Zeq” permite descobrir a
impedância equivalente necessária aos cálculos de curto-circuito. A ferramenta calcula este
valor através da análise dos nomes dos barramentos onde se inicia e termina cada canalização.
Estes são inseridos no formulário da figura 4.10. De seguida retorna o valor obtido para a
respetiva célula da figura 4.14. Já o botão “Somatório Queda de Tensão” permite descobrir o
Ferramenta desenvolvida | 35
somatório da queda de tensão. Para tal, a ferramenta analisa os nomes do início e fim de cada
canalização e calcula este somatório, importando da página resultados para a respetiva célula
da figura 4.12. Estes dois botões apenas são uteis quando na sheet resultados se encontrem
cabos que influenciem o cálculo que cada um efetua.
O botão “Exportar –> Resultados” exporta os resultados da página “Dimensionamento”
para a página "Resultados".
O botão “Importar <- Resultados” importa os resultados da página "Resultados" para a
página "Dimensionamento”. Útil para o redimensionamento de um cabo e/ou correção de
eventuais erros cometidos. Para importar o cabo desejado basta escrever o nome de início e
fim da canalização ou o nome do cabo na zona destinada para tal e em seguida pressionar no
botão.
Figura 4.5 - Botões "Zeq", "Somatório Queda de Tensão", "Exportar -> Resultados" e "Importar <-
Resultados”
Na figura 4.6 encontra-se uma imagem do botão “Calcular” rodeado de uma faixa
vermelha. Este botão permite ao utilizador calcular os resultados do dimensionamento
consequência dos inputs introduzidos nos formulários. De forma a evitar o cálculo com valores
indesejados o botão encontra-se rodeado por uma faixa que apresenta a cor verde se os
parâmetros não foram, entretanto, alterados ou vermelha caso algum valor tenha sido
alterado.
Figura 4.11 - Formulário para cálculo da corrente máxima admissível do cabo, cálculo do fator de
correção, verificação da condição de aquecimento e da folga
38 | Dimensionamento
Figura 4.12 - Tabela onde são expostos os resultados do cálculo da queda de tensão.
A figura 4.13 a tabela onde são expostos os resultados das perdas joule na alma
condutora, assim como o peso relativo à potência que alimenta a carga e o somatório das
perdas no sistema. No canto superior direito é possível definir o valor máximo do somatório das
perdas.
Figura 4.13 - Tabela onde são expostos os resultados do cálculo das perdas joule
Na figura 4.14 podemos ver uma das situações onde aparecem inputs junto de outputs
sendo os primeiros distinguíveis pela cor azul da célula. Trata-se da tabela de cálculo de curto-
circuitos. Nesta tabela é possível visualizar os valores da impedância do cabo a dimensionar
(Z), valor do somatório da impedância de todos os condutores até ao ponto onde ocorre o
defeito (Zc) e o valor da impedância equivalente (que engloba Zc e os valores das
impedâncias de rede, da linha de interligação e transformador) (ver secção 3.5 e Anexo B). De
realçar que o valor de Zc pode ser introduzido manualmente ou obtido automaticamente
através do botão “Zeq” como demonstrado em 4.5.6. Inserir o valor zero nesta célula informa
a ferramenta que deve assumir o valor de Z REDE como inserido no formulário da figura 4.7.
É possível inserir o valor da corrente I’’k, caso não seja necessário o seu cálculo, ao
selecionar primeiro a opção “Sim” em resposta à questão “I’’k conhecido?”.
Também é possível escolher qual expressão utilizar no cálculo da secção mínima. Caso
se deseje utilizar a fórmula 3.15, devem-se inserir os valores de m e n necessários para o
cálculo de Ith através da expressão 3.14. Caso contrário, as células destinadas aos valores das
curvas m e n devem ser preenchidas com um hífen “-“, assim como os valores de temperatura
de curto-circuito indicando, desta maneira, a escolha da expressão 3.16.
Ferramenta desenvolvida | 39
Figura 4.14 - Formulário de cálculo das correntes de curto-circuito e verificação da condição de curto-
circuito
Na figura 4.15 encontra-se o formulário onde se pode inserir o valor máximo da corrente
de curto-circuito limitada pela reatância de neutro e a secção da bainha. Consoante o valor da
secção escolhido é obtido o valor da intensidade de corrente de curto-circuito máxima que a
bainha de cobre suporta e se esta verifica a respetiva condição (3.5.1).
A figura 4.16 mostra onde são expostos os resultados obtidos pelos cálculos ilustrados
pela secção 3.5.3.
Já a figura 4.17 mostra onde são apresentados os resultados obtidos pelos cálculos
ilustrados pela secção 3.5.2.
Finalmente, a figura 4.18 mostra a caixa de texto onde o utilizador pode escrever
apontamentos. Estes são guardados junto dos resultados obtidos quando exportados para a
página “Resultados”.
40 | Dimensionamento
4.3.3 Rede
Nesta secção é apresentada a interface da página “Rede”, uma das páginas de cálculo
ocultas que se torna visível quando pressionado o botão “Calcular Zrede”. Aqui é possível
calcular valores como as impedâncias de rede, da linha de interligação e transformador segundo
o método do anexo B.
Nas figuras 4.19 a 4.22 é apresentado ao utilizador as duas hipóteses de cálculo
consoante o conhecimento ou não da razão X/R.
Figura 4.19 - Formulário onde se indica o valor da razão X/R caso desejado e botão "Exportar ->
Dimensionamento"
Figura 4.21 - Formulário caso seja escolhido o método de cálculo com o valor de X/R
Figura 4.22 - Formulário caso não seja escolhido o método de cálculo com o valor de X/R
Ferramenta desenvolvida | 41
Quando terminado o cálculo, os resultados surgem nas células da figura 4.23 sendo de
seguida possível a exportação do valor da impedância Zrede+Zl+Ztr para a página
“Dimensionamento” através do botão “Exportar -> Dimensionamento”.
A figura 4.26 apresenta o local onde devem ser inseridos vários parâmetros da canaleta
como o seu perímetro, número de circuitos instalados e temperatura ambiente antes da
instalação de cabos.
42 | Cálculo do fator de correção do modo de instalação em canaleta
Figura 4.27 - Formulário de introdução dos parâmetros dos cabos instalados na canaleta
Figura 4.28 - Tabela de exposição de resultados do cálculo do fator de correção para instalações em
canaleta
4.3.5 Resultados
Na página “Resultados” o utilizador tem ao seu dispor um pequeno menu (figura 4.29)
onde se encontra uma caixa de texto e quatro botões.
A caixa de texto legendada “Nome do ramal” e os botões “Adicional Ramal” e “Remover
Ramal” têm como objetivo a distinção entre ramais dos cabos dimensionados. Assim, o
utilizador deve inserir na célula azul o nome do ramal e em seguida pressionar “Adicionar
Ramal”. O nome surge agora formatado na última linha da tabela. Caso o queira remover deve
verificar se o nome em “Nome do ramal” é o correto e pressionar “Remover Ramal”. Apesar de
ser possível apenas apagar a célula com o nome do ramal indesejado, é incentivado o uso do
botão uma vez que este também restaura a formatação original. Esta funcionalidade é
meramente estética, ou seja, não tem influência em nenhum cálculo.
Ferramenta desenvolvida | 43
Na figura 4.30 pode-se observar parte da tabela de resultados. Esta tabela guarda todos
os resultados obtidos assim como as caraterísticas da instalação de cada cabo dimensionado.
4.3.6 Resumo
A figura 4.33 mostra a forma como são apresentados os valores da máxima queda de
tensão e a potência de perdas total.
Atualmente a base de dados encontra-se prenchida com 488 cabos de fabricantes como
a Prysmian e a Cabelte, assim como da norma IEC 60502.
De acordo com a descrição dada em 3.4.2, adiciona-se cabos à base de dados através
do formulário que surge após pressionar o botão “Adicionar cabo à base de dados” (figura 4.35).
O utilizador agora tem duas opções. Caso queira verificar a existência de um cabo deve
preencher os dados relativos às caraterísticas gerais e pressionar o botão “Verificar se cabo já
existe”. Em seguida, surgirá um indicador visual que pode apresentar uma de duas cores (verde
se existe, vermelho caso contrário). Caso este indicador surja com a cor verde o utilizador é
convidado a preencher os restantes parâmetros. Ao pressionar o botão “Submeter” os dados
são inseridos na última linha da tabela da figura 4.34.
46 | Base de dados
Figura 4.38 - Fluxograma método de cálculo corrente de serviço e corrente máxima admissível do cabo
Este processo (figura 4.40) destina-se ao cálculo das perdas óhmicas como abordado
na secção 3.6. Para tal são calculadas as expressões 3.20 e 3.21.
Posteriormente, na página “Resumos” o utilizador é capaz de calcular o somatório da
potência de perdas como abordado em 4.3.5.
Ferramenta desenvolvida | 51
Capítulo 5
Exemplo de cálculo
Outras caraterísticas:
o Temperatura do solo – 25 ⁰C
o Resistividade térmica do solo – 1.5 K∙m/W
o Profundidade de enterramento – 1.0 m
o Temperatura do condutor – 90 ⁰C
Em primeiro lugar verificou-se que o cabo em questão não estava presente na base de
dados da aplicação. Desta forma, inseriram-se os parâmetros referidos anteriormente no
fórmulario acedido pelo botão “Adicionar cabo à base de dados” (figura 5.1).
Figura 5.1 - Formulário “Adicionar cabo à base de dados” preenchido com parâmetros do cabo
Uma vez que apenas está disponível na datasheet o valor da corrente máxima
admissível para cabos diretamente enterrados este é multiplicado por 0.9, como abordado em
3.2.2.6. Desta forma Iz passa de 575 A para 517.5 A.
Para esta instalação, após pressionar o botão “Calcular Fc”, foi obtido um valor de
fator de correção 1.03. Como abordado em 3.2 este fator é decomposto em seis parcelas:
A perda de potência devido ao efeito joule na alma condutora também pode ser
desprezável uma vez que é igual a 178 W, representando 0.0005% da carga da ligação. Ao ser
inferior a 3% encontra-se dentro dos limites estipulados pelo cliente.
Exemplo de cálculo | 59
5.1.1.5 Curto-circuitos
Figura 5.5 – Resultados da verificação da condição de secção mínima da alma condutora, secção da
Como indicado na secção 5.1, o defeito é eliminado pela proteção em 0.5 segundos
(valor estandardizado). Assim, foi verificada a condição de fadiga térmica concluindo-se que o
defeito é eliminado 55 segundos antes de ocorrer fadiga térmica do condutor (figura 5.6). Para
o cálculo de verificação da secção da bainha foram consideradas as condições da subsecção
3.5.1 e obtidos os resultados apresentados na figura 5.6.
Uma vez que não está disponível na base de dados o valor de Iz para cabos entubados
o valor para diretamente enterrados é multiplicado por 0.9, como abordado em 3.2.2.6. Desta
forma Iz será 184.5 A.
Para esta instalação foi obtido um valor de fator de correção 1.03 descomposto em
cinco parcelas:
Exemplo de cálculo | 61
5.1.2.5 Curto-circuitos
Figura 5.9 – Resultados da verificação da condição de secção mínima da alma condutora, secção da bainha
Figura 5.10 - Resultados da verificação da condição de fadiga térmica da alma condutora da ligação do
TSA
Figura 5.11 – Esquema simplificado das ligações a dimensionar e respetivos comprimentos totais por fase
Caraterísticas da subestação:
• Tensão no ponto da ligação da rede à subestação .................................... 400 kV
• Corrente de CC máxima trifásica ....................................................... 17.8 kA
• Frequência ....................................................................................50 Hz
• Resistência da linha de interligação .............................................. 0.070 Ω/km
• Impedância da linha de interligação .............................................. 0.413 Ω/km
• Comprimento da linha de interligação ................................................... 22 km
• Tensão barramento AT .................................................................... 400 kV
• Tensão barramento MT ..................................................................... 30 kV
• Potência estipulada do transformador ................................................ 150 MVA
• Ucc .............................................................................................. 10 %
• Intensidade máxima admissível do cabo (500 mm2) (diretamente enterrado) ..... 505 A
• Intensidade máxima admissível do cabo (185 mm2) (diretamente enterrado) ..... 295 A
• Intensidade máxima admissível do cabo (95 mm2) (diretamente enterrado) ....... 205 A
• Caraterísticas de teste:
o Temperatura ambiente – 40 ⁰C
o Temperatura do solo – 25 ⁰C
o Resistividade térmica do solo – 1.5 K∙m/W
o Profundidade de enterramento – 1.0 m
o Temperatura do condutor – 90 ⁰C
Figura 5.12 – Formulário “Modos de Instalação” preenchido com os dados da ligação SE – PS.03
Da base de dados foi extraído o valor de Iz sendo este 505 A. Através das expressões
3.1 e 3.2 obteve-se um valor de 375.28 A para a corrente de serviço e um valor de 379 A para
a corrente máxima admissível corrigida do cabo. Na figura 5.13 podemos ver os resultados
obtidos na interface da ferramenta do cálculo de Ib, de Iz’ e a consequente verificação da
condição de aquecimento.
Obteve-se uma queda de tensão de 0.82% sendo inferior à queda de tensão máxima
admissível de 5% definida pelo cliente, validando assim a condição de queda de tensão.
Figura 5.14 – Resultados obtidos no cálculo da queda de tensão para a ligação SE – PS.03
A perda de potência devido ao efeito joule na alma condutora foi de 159 kW,
representando 0.82% da carga da ligação. Sendo inferior a 3% encontra-se dentro dos limites
aceitáveis.
5.2.2.4 Curto-circuitos
Não sendo conhecido o valor da corrente de curto circuito térmica trifásica (I’’k) este
teve que ser cálculado. Em primeiro lugar, obteve-se o valor da impedância de rede através do
método exposto no anexo B automatizado na página “REDE” da ferramenta. De seguida inseriu-
se o valor de Zc fornecido, descobriu-se Zeq e consequentemente I’’k . A secção mínima do
cabo necessária para veicular a corrente de curto-circuito máxima foi calculada de acordo com
a expressão 3.15 obtendo-se o valor de 99.71 mm2. A condição de secção mínima é verificada
66 | Curto-circuitos
dado que 500 é superior a 99.71. Também se verifica que a bainha apresenta uma secção
suficiente para suportar as correntes máximas impostas pela reatância de neutro (figura 5.15).
Na figura 5.15 também se verifica a condição de corrente de curto-circuito máxima que o cabo
pode veicular. Através da expressão 3.18 foi calculada esta corrente obtendo-se o valor de
149.36 kA sendo assim, superior aos 26.16 kA máximos.
Figura 5.15 – Resultados da verificação da condição de secção mínima da alma condutora, secção da
A condição de fadiga térmica também foi verificada uma vez que as proteções atuam
primeiro.
Figura 5.16 - Resultados da verificação da condição de fadiga térmica da alma condutora da ligação SE –
PS.03
A ligação entre os postos de transformação PS.02 e PS.03 será concretizada por três
cabos unipolares, de secção 185 mm2, em trevo juntivo, diretamente enterrados a uma
profundidade de 0.8 metros e com um comprimento total por fase de 2085 metros. Esta ligação
apresenta uma carga de 13000 kVA devido à ligação com o posto de transformação PS.01.
Foi obtido um valor de fator de correção 0.898 devido agora apenas se encontrarem
dois circuitos no mesmo caminho de cabos.
Exemplo de cálculo | 67
Da base de dados foi extraído o valor da corrente admissível máxima sendo este 295 A.
Obteve-se um valor de 250.19 A para a corrente de serviço e um valor de 265 para a corrente
máxima admissível corrigida do cabo. É então verificada a condição de aquecimento.
Obteve-se uma queda de tensão no cabo de 0.62%. Uma vez que já foi dimensionada a
ligação SE – PS.03, pressionar o botão “ V” calcula a queda de tensão total resultando num
valor 1.44%. É assim verificada a condição de queda de tensão.
A perda de potência devido ao efeito joule na alma condutora foi de 81.7 kW,
representando 0.62% da carga da ligação. Somando o valor obtido na ligação SE – PS.03 obtêm-
se o valor de 1.44 %, sendo inferior a 3% encontra-se dentro dos limites aceitáveis.
5.2.3.5 Curto-circuitos
A ligação entre os postos de transformação PS.01 e PS.02 será concretizada por três
cabos unipolares, de secção 95 mm2, em trevo juntivo, diretamente enterrados a uma
profundidade de 0.8 metros e com um comprimento total por fase de 275 metros. Esta ligação
apresenta uma carga de 6500 kVA.
Foi obtido um valor de fator de correção 1.096 decomposto nas seguintes parcelas:
• K1 (Temperatura ambiente – 40 ºC, desprezado por se tratar de uma instalação
enterrada) = 1;
• K2 (Temperatura do solo – 15 ºC) = 1.074;
• K3 (Profundidade de enterramento – 0.8 m) = 1.03;
• K4 (Resistividade térmica do solo – 1.5 K∙m/W) = 1;
• K5 (Agrupamento) = 1.
Obteve-se um valor de 125.09 A para Ib e um valor de 223 A para Iz’. É então verificada
a condição de aquecimento.
Obteve-se uma queda de tensão no cabo de 0.084%. Uma vez que já foram
dimensionadas as ligações SE – PS.03 e PS.03 – PS.02, pressionar o botão “ V” calcula a queda
de tensão total resultando num valor 1.53%. É assim verificada a condição de queda de tensão.
A perda de potência devido ao efeito joule na alma condutora foi de 5.5 kW,
representando 0.084% da carga da ligação. Somando o valor obtido na ligação SE – PS.03 obtêm-
se o valor de 1.53 %, sendo inferior a 3% encontra-se dentro dos limites aceitáveis.
Exemplo de cálculo | 69
5.2.4.4 Curto-circuitos
Capítulo 6
Conclusões e perspetivas de
desenvolvimento
6.1 Conclusões
Referências
[1] “Cálculo da Média Tensão,” Cálculo de Média Tensão – General Cable®. [Online]. Available:
https://www.generalcable.com/eu/pt/information-center/tools-applications/gc-app-
medium-voltage. [Accessed: 25-Jan-2022].
[2] “E-design - applications and software,” Low Voltage Products. [Online]. Available:
https://new.abb.com/low-voltage/support/software/e-design. [Accessed: 11-Feb-2022].
[3] Conductors of insulated cables, IEC 60228, 2004
[4] Power cables with extruded insulation and their accessories for rated voltages from 1 kV
(Um = 1,2 kV) up to 30 kV (Um = 36 kV) – Part 1: Cables for rated voltages of 1 kV (Um = 1,2
kV) and 3 kV (Um = 3,6 kV), IEC 60502-1, 2021
[5] Power cables with extruded insulation and their accessories for rated voltages above 30 kV
(Um = 36 kV) up to 150 kV (Um = 170 kV) – Test methods and requirements, IEC 60840, 2020
[6] Power cables with extruded insulation and their accessories for rated voltages above 150
kV (Um = 170 kV) up to 500 kV (Um = 550 kV) - Test methods and requirements, IEC 62067,
2022
[7] J. P. T. Saraiva, Dimensionamento e Protecção de Canalizações Eléctricas em Baixa Tensão,
2000.
[8] J. Neves dos Santos, Condutores e cabos de energia, 2005.
[9] Medios técnicos mínimos requeridos para la verificación o inspección de elétricas de alta
tension, Instrucción Técnica Complementaria ITC-LT 06, 2008
[10] Prysmian, Cables y Accesorios para Media Tensión, 2013
[11] Solidal Condutores Eléctricos S.A., Guia Técnico, 2007
[12] Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, Portaria nº949-A, 2006
[13] Electric cables – Calculation of the current rating – Part 1-1: Current rating equations (100
% load factor) and calculation losses – General, IEC 60287-1-1, 2006
[14] Short-circuit currents in three-phase a.c. systems, IEC 60909, 2016.
[15] ABB, Electric Installation Handbook, Vol 2, 2004
[16] IEEE Guide for Safety in AC Substation Grounding, IEEE Std 80, 2015
75
[17] Condutores isolados e seus acessórios para redes de distribuição, Cabos isolados de Média
Tensão, Características e ensaios, DMA-C52-300, 2005
76
77
ANEXO A
Tabela A3.1 – Fatores de correção para profundidades de enterramento diferentes de 0.8 m (Tabela B.12
Unipolares
Tripolares
Diretamente enterrados Entubados
Secção Diretamente
Profundidade (m) Entubados
≤185 mm² >185 mm² ≤185 mm² >185 mm² enterrados
Ao ar 1 1 1 1 1 1
0.8 1 1 1 1 1 1
Diretamente
Entubados
enterrados
Secção
Profundidade (m)
≤185 mm² >185 mm² ≤185 mm² >185 mm²
Ao ar 1 1 - -
0.5 1.06 1.09 1.06 1.08
0.6 1.04 1.07 1.04 1.06
0.8 1.02 1.03 1.02 1.03
1 1 1 1 1
1.25 0.98 0.98 0.98 0.98
1.5 0.97 0.96 0.97 0.96
1.75 0.96 0.94 0.96 0.95
2 0.95 0.93 0.95 0.94
2.5 0.93 0.91 0.93 0.92
3 0.92 0.89 0.92 0.91
78
Tabela A4.1 – Fatores de correção para a resistividade térmica do solo em cabos unipolares (Tabelas B.14,
Tabela A4.2 – Fatores de correção para a resistividade térmica do solo em cabos tripolares (Tabelas B.16,
Tabela A4.3 – Fatores de correção para a resistividade térmica do solo (Quadro 52-E6 RTIEBT)
Resistividade
Factor de
térmica
correcção
do terreno (k.m/W)
0.40 1.25
0.50 1.21
0.70 1.13
0.85 1.05
1.00 1.00
1.20 0.94
1.50 0.86
2.00 0.76
2.50 0.70
3.00 0.65
81
Tabela A5.1 – Fatores de correção para grupos de cabos tripolares / grupos de circuitos trifásicos de cabos unipolares enterrados diretamente no solo ou enterrados em tubos
(Tabelas B.18, B.19, B.20 e B.21 IEC 60502-2)
Tabela A5.2 – Fatores de correção para grupos de cabos tripolares / grupos de circuitos trifásicos de cabos unipolares enterrados diretamente no solo ou enterrados em tubos
(Cables y Accesorios para Media Tensión, Prysmian 2013)
Tabela A5.3 – Fatores de correção para agrupamento de diversos circuitos de cabos tripolares, instalados ao ar, lado a lado, em camada simples (Tabela B.22 IEC 60502-2)
Número de cabos
Cabos sem afastamento entre si e 1 1.00 0.88 0.82 0.79 0.76 0.73
afastados dos elementos da 2 1.00 0.87 0.80 0.77 0.73 0.68
Caminhos de construção de d >= 20 mm 3 1.00 0.86 0.79 0.76 0.71 0.66
cabos perfurados
horizontais Cabos com afastamento entre si 1 1.00 1.00 0.96 0.95 0.91 -
>= De e afastados dos elementos 2 1.00 0.99 0.96 0.92 0.87 -
da construção de d >= 20 mm 3 1.00 0.98 0.95 0.91 0.85 -
1 1.00 0.88 0.82 0.78 0.73 0.72
Caminhos de Cabos encostados
2 1.00 0.88 0.81 0.76 0.71 0.70
cabos perfurados
verticais Cabos com afastamento entre si 1 1.00 0.91 0.89 0.88 0.87 -
>= De 2 1.00 0.91 0.85 0.87 0.85 -
Cabos sem afastamento entre si e 1 1.00 0.87 0.82 0.80 0.79 0.78
afastados dos elementos da 2 1.00 0.86 0.80 0.78 0.76 0.73
Escadas (para construção de d >= 20 mm 3 1.00 0.85 0.79 0.86 0.73 0.70
cabos), consolas,
etc. Cabos com afastamento entre si 1 1.00 1.00 1.00 1.00 1.00 -
>= De e afastados dos elementos 2 1.00 0.99 0.95 0.97 0.96 -
da construção de d >= 20 mm 3 1.00 0.98 0.97 0.96 0.93 -
84
Tabela A5.4 – Fatores de correção para agrupamento de diversos circuitos de cabos unipolares, instalados
ao ar, lado a lado, em camada simples (Tabela B.23 IEC 60502-2)
Número de circuitos
trifásicos
Modo de instalação Número de
caminhos 1 2 3
de cabos
Cabos sem 1 0.98 0.91 0.87
afastamento entre si e 2 0.96 0.87 0.80
Caminhos de cabos
afastados dos
perfurados
elementos da
horizontais 3 0.95 0.85 0.78
construção de d >= 20
mm
Caminhos de cabos 1 0.96 0.86 -
perfurados Cabos encostados
verticais 2 0.95 0.84 -
Cabos sem
1 1.00 0.97 0.96
afastamento entre si e
Escadas (para
afastados dos 2 0.98 0.93 0.89
cabos), consolas,
elementos da
etc
construção de d >= 20 3 0.97 0.90 0.86
mm
Cabos com
afastamento entre si 1 1.00 0.98 0.96
Caminhos de cabos
>= De e afastados dos
perfurados
elementos da 2 0.97 0.93 0.89
horizontais
construção de d >= 20
mm 3 0.96 0.92 0.86
Caminhos de cabos Cabos com 1 1.00 0.91 0.89
perfurados afastamento entre si
verticais >= De 2 1.00 0.90 0.86
Cabos com 1 1.00 1.00 1.00
afastamento entre si 2 0.97 0.95 0.93
Escadas (para
>= De e afastados dos
cabos), consolas,
elementos da
etc 3 0.96 0.94 0.80
construção de d >= 20
mm
85
Tabela A5.5 – Fatores de correção para cabos tripolares ou unipolares em trevos juntivos em caminhos
de cabos perfurados com separação entre cabos de d (diâmetro)
Tabela A5.6 – Fatores de correção para cabos tripolares ou unipolares em trevos juntivos em caminhos
de cabos com separação entre cabos de d (diâmetro)
Tabela A5.7 – Fatores de correção para cabos tripolares ou trevos de cabos unipolares em contacto entre
si e com a parede, em caminhos de cabos
Tabela A5.8 – Fatores de correção para cablos tripolares ou trevos de cabos unipolares, em contacto
entre si, na parede
Tabela A5.9 – Fatores de correção para cabos tripolares ou unipolares em trevos juntivos em caminhos
de cabos perfurados com separação entre cabos inferior a d e superior a d/4
Tabela A5.10 – Fatores de correção para cabos unipolares, em caminhos de cabos com separação entre
cabos igual a d
Tabela A5.11 – Fatores de correção para Cabos unipolares, em caminhos de cabos perfurados com
separação entre cabos igual a d
(𝑈 2 × 𝑡𝑔)
𝑊𝑑 = (𝑊/𝑘𝑚) (A.3)
𝑋𝐶
𝑊𝑇𝑂𝑇 × 10−3
𝑇 = ( 𝐶) (A.4)
3𝑝
𝑇𝐶 − 𝑇𝑎 − 𝑇
𝑓𝐶 = √ (A.5)
𝑇𝐶 − 𝑇𝑎
Onde,
ANEXO B
B.1 Método de cálculo de vários tipos de impedâncias (ponto de ligação,
linha interligação, transformador do parque)
Independentemente de o cálculo ser ou não realizado através do valor da X/R são
necessários os valores de base para transformação em p.u:
2
(𝑈𝑏,𝑀𝑇 × 103 )
𝑍𝑏,𝑀𝑇 = () (B.2)
𝑆𝑏 × 106
𝑆𝑏
𝐼𝑏,𝐴𝑇 = (kA) (B.3)
√3 × 𝑈𝑏,𝐴𝑇
𝑆𝑏
𝐼𝑏,𝑀𝑇 = (kA) (B.4)
√3 × 𝑈𝑏,𝑀𝑇
𝑆𝐶𝐶,𝑀𝐴𝑋
𝑆′′ = (𝑝. 𝑢. ) (B.6)
𝑆𝑏
Onde,
1
𝑍 ′′ = (𝑝. 𝑢. )
𝑆′′
Onde,
1
𝑍 ′′ = (𝑝. 𝑢. ) (B.11)
𝑆′′
1
𝑋= (𝑝. 𝑢. ) (B.12)
𝑆′′
𝑋 = 𝑋(𝑝.𝑢) × 𝑍𝑏,𝑀𝑇 () (B.13)
Onde,
• l é o comprimento da linha de interligação, expresso em km.
𝑅
𝑅(𝑝.𝑢) = (p. u) (B.16)
𝑍𝑏,𝐴𝑇
𝑋
𝑋(𝑝.𝑢) = (p. u) (B.17)
𝑍𝑏,𝐴𝑇
2
𝑈𝐶𝐶 𝑆𝑏 𝑈𝑛,𝑀𝑇
𝑋= × ×( ) (𝑝. 𝑢. ) (B.18)
100 𝑆𝑛 𝑈𝑏,𝑀𝑇
Onde,
• Sn é a potência estipulada do transformador, expressa em MVA;
• Un,MT é a tensão estipulada no barramento MT do transformador, expressa em kV.
Zeq é a impedância equivalente vista do ponto onde ocorre o defeito. Esta resulta do
somatório das impedâncias descritas em B.1 com a impedância dos cabos (ZC).
ZC representa o valor da impedância dos cabos até ao ponto onde ocorre o defeito.
Como se deseja calcular a corrente de curto-circuito máxima esta impedância será o somatório
das impedâncias de todos os cabos em série a montante, sendo assim apenas válida para redes
radiais. A impedância do cabo onde surge o curto-circuito é ignorada visto que a situação mais
desfavorável ocorre quando o defeito surge no início da canalização.
Considera-se a rede radial da figura B.1 como exemplo.