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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4

2 OBJETIVO................................................................................................................4

3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DA ÁGUA POTÁVEL.................................................5

4 DESAFIOS............................................................................................................... 7

5 ESTUDO DE CASO - ÁGUA POTÁVEL REUSO DE ÁGUA DE AR

CONDICIONADO........................................................................................................ 8

6 CONCLUSÃO...........................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

A água potável é aquela que está em condições apropriadas para o consumo


humano e deve ser livre de contaminações para que não haja risco de doenças.
Assim, todos precisamos conhecer e entender sobre a qualidade da água que
tomamos para evitar problemas de saúde.
Contaminações por vírus, bactérias e substâncias tóxicas microscópicas são
difíceis de observar a olho nu e podem prejudicar a nossa saúde. Por isso, além de
não ter sabor, cheiro e cor, as águas consumíveis devem estar enquadradas em
parâmetros mais específicos de qualidade, que são determinados pelo Ministério da
Saúde.
Existe água potável disponível na natureza, mas, em geral, o consumo só é
seguro após passar por algum tipo de tratamento. O tratamento é importante para
que as substâncias e microorganismos capazes de causar danos à saúde sejam
eliminados.
De todo modo, para consumir água com segurança, em qualquer
circunstância, é preciso saber sobre a sua potabilidade. Somente assim você
garante que não estará colocando a sua saúde em risco.
Justamente por isso, existem regulamentos e uma legislação própria para
assegurar a qualidade da água que consumimos.

2 OBJETIVO
O presente trabalho visa esclarecer sobre Legislação da Água, mas
concretamente da água potável, descrevendo seus parâmetros e desafios, bem
como planos de segurança da água e estudo de caso. A metodologia utilizada foi a
pesquisa bibliográfica.
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3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DA ÁGUA POTÁVEL


A principal legislação sobre procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade é o Anexo
XX da Portaria de Consolidação nº 5, editado pelo Ministério da Saúde em 2017.
Essa medida registra o que é uma água própria para consumo humano, procurando
eliminar possíveis riscos à saúde da população na distribuição de água tratada e
quais as competências de entes públicos e das concessionárias de saneamento
básico.
A Portaria 05/17 demonstra a importância da qualidade da água para o nosso
consumo. A água potável é o líquido que possui condições físicas e químicas para
aproveitamento do ser humano. Portanto, é uma água que deve estar isenta de
qualquer tipo de substância contaminante que pode oferecer riscos à saúde
humana.
A potabilidade da água para consumo humano é disciplinada atualmente na
Portaria 05/17. Ela foi publicada no Diário oficial em 03 de outubro de 2017 pelo
Ministério da Saúde. Foi intitulada como “Portaria de Consolidação das Normas
sobre as Ações e os Serviços de Saúde do Sistema Único de Saúde”. Esta norma
revogou a Portaria 2914/11, também no Ministério da Saúde, e que também
dispunha sobre potabilidade de Água.
No entanto, entre suas mais de 400 páginas, a Portaria 05/17 traz em seu
anexo XX (com início na página 205) disposições sobre o controle e a vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. As quais
uma empresa deve cumprir, em prol da saúde de seus trabalhadores.
No anexo XX da Portaria 05/17, em seus artigos 3º e 4º, verifica-se algumas
regras importantes sobre potabilidade de água para consumo humano:
Art. 3º. Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente
por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, deve
ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água.
Art. 4º. Toda água destinada ao consumo humano proveniente de solução
alternativa individual de abastecimento de água, independentemente da forma de
acesso da população, está sujeita à vigilância da qualidade da água.
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Considerando a existência dessas normas e padrões a serem seguidos, há


também a necessidade de manter o controle e a vigilância desse recurso para
garantir que os critérios corretos estão sendo empregados.
O controle da qualidade da água potável destinada ao consumo humano é
dado através de um conjunto de atividades exercidas regularmente pelos
responsáveis tanto pelo sistema de abastecimento quanto pela solução alternativa
coletiva ou individual com o objetivo de verificar a qualidade da água e se ela é
potável e segura para o consumo, além de assegurar a manutenção dessa
condição.
Há ainda a vigilância da qualidade da água que é feita pela autoridade de
saúde pública para verificar e garantir que as disposições deste anexo sejam
cumpridas e avaliar se apresenta algum tipo de risco à saúde da população.
Esse controle e vigilância podem ser feitos através de vistorias e plano de
análises de amostras da água que consiste em definir a frequência dessa coleta e os
parâmetros monitorados.
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4 DESAFIOS
Existem variações sazonais que alteram a distribuição entre suas diversas
formas ao longo do regime hídrico. Impactos ambientais, como desmatamentos têm
alterado a disponibilidade de água, dificultando o uso para consumo humano,
fraudes, a alta densidade populacional, poluentes (dejetos humanos, lixo, venenos,
efluentes agrícolas e industriais) e uso intensivo do solo para o modelo agrícola
oriundo da Revolução Verde (dependência química e de biotecnologia,
mecanização, irrigação, monocultura e concentração de terras) afetam
negativamente a disponibilidade de água para consumo humano. No Brasil, por
exemplo, nas regiões Sul e Sudeste do país, onde vive cerca de 60% da população
dispõe de 12,5% de água doce.
Além disso, segundo o Instituto Trata Brasil, no Brasil desperdiça 39,2% de
toda a água potável que é captada, devido à vazamentos e fraudes. Diante disso,
nota-se que em muitas residências não chegam água. Essa quantidade
desperdiçada seria suficiente para abastecer mais de 63 milhões de brasileiros em
um ano.

Figura 1. Desperdício de água oriundo de vazamento.


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Outrossim, a dificuldade no acesso da água potável pode trazer várias


consequências na produção de alimentos, saúde, segurança do abastecimento
doméstico de água, esgotamento sanitário, indústria, energia e sustentabilidade
ambiental. Pode-se citar o estudo do Instituto Trata Brasil realizado em 2019,
expondo que cerca de 38,2 mil pessoas foram internadas no Maranhão, devido à
falta de água potável. Dessa forma, muitas pessoas foram contaminadas com
doenças como: leptospirose, esquistossomose, dengue e entre outros.

5 ESTUDO DE CASO - ÁGUA POTÁVEL REUSO DE ÁGUA DE AR


CONDICIONADO
A Organização Mundial da Saúde, nos seus Guias para Qualidade da Água
Potável, alerta que a aplicação de sulfato de cobre para controlar a proliferação das
algas promove a liberação, no meio, toxinas (neurotoxinas ou hepatoxinas) e que os
tratamentos convencionais são de êxito duvidoso ou mesmo insuficientes para
removê-las, inclusive, mesmo empregando o carvão ativado da forma convencional.
A desinfecção da água para consumo humano pelo cloro, reage com as
substâncias húmicas e fúlvicas resultantes da decomposição da biota produzindo, no
efluente final e ao longo do sistema de distribuição, o clorofórmio e outros
trihalometanos, com potencial cancerígeno. Embora outros desinfetantes também
produzam subprodutos da desinfecção de efeitos adversos à saúde, sem dúvida, a
questão da cloração foi a mais estudada e existe tecnologia disponível para a
remoção dos precursores, como por exemplo, através de leitos de carvão ativado
com suficiente tempo de contato. Contudo, no Brasil, muito pouco se conhece a
respeito de investigações efetuadas acerca dos níveis e da remoção dos
trihalometanos (THM) nos sistemas públicos de abastecimento de água, vinculados
a estudos epidemiológicos que examinem o aumento de concentração de THM com
a elevação da incidência de câncer na comunidade.
O monitoramento da qualidade da água dos sistemas públicos de
abastecimento deve atualizar os Instrumentos de diagnósticos, não atestando a
qualidade exclusivamente com base nos tradicionais parâmetros físico-químicos e
bacteriológicos. Com a ampliação do conhecimento científico, é inadmissível que os
sistemas de água não realizem avaliação dos níveis de contaminação do sedimento
e da água superficial dos mananciais, utilizando ensaios de toxicidade, de
mutagenicidade, biomarcadores, exame de sulfetos acides voláteis (AVS) e carbono
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orgânico total (TOC). O resultado destes exames na água dos mananciais


superficiais, dos subprodutos da cloração e produtos químicos suspeitos de
ocasionar danos à saúde pública devem estar associados ao acompanhamento de
enfermidades a longo prazo como forma de garantir a confiabilidade da água
destinada às comunidades.

6 CONCLUSÃO
Com este trabalho pode-se concluir a grande importância da legislação da
água potável, visto que, é a água apropriada ao consumo humano. A água cobre
71% da superfície da Terra e de toda a água, 2,08% é água doce, existindo uma
grande assimetria água doce/água salgada. Porém as reservas de água doce nem
sempre são de água potável, portanto, há uma segunda assimetria na distribuição
da água: água potável/água imprópria para consumo.
A água quimicamente pura, exclusivamente constituída por moléculas de
água, sem quaisquer substâncias dissolvidas e com o pH igual a 7 não existe na
natureza. E, por isso, existe legislação para estabelecer os teores em que certas
espécies químicas podem existir na água utilizável. São os chamados parâmetros de
qualidade, que podem variar, consoante os objetivos de utilização. Para cada um
dos parâmetros, a legislação indica os seguintes valores: VMA – Valor Máximo
Aceitável e VMR – Valor Máximo Recomendado.
Como essa água proveniente da natureza não é totalmente pura, é
recomendável que ela passe por algum processo de purificação antes do consumo
direto.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUGUSTO, Lia Giraldo da Silva et al. O contexto global e nacional frente aos
desafios do acesso adequado à água para consumo humano. Departamento
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Acesso em: 12 de dez. 2022. Fiocruz (PE),
2012.

DE LIMA, Sandra Maria et al. Água de ar condicionado: uma fonte alternativa de


água potável? 2015.

LÜDER, Amanda. Quase 40% da água potável no Brasil é desperdiçada, aponta


levantamento do Instituto Trata Brasil. GloboNews, 2021. Disponível em:
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2021/05/31/quase-40percent-da-agua-potavel-
no-brasil-e-desperdicada-aponta-levantamento-do-instituto-trata-brasil.ghtml. Acesso
em: 12 dez. 2022.

PAZ, Pedro. Cientistas da UFPB aplicam algoritmos que podem detectar


vazamentos e furtos de água. Universidade Federal da Paraíba, 2022. Disponível
em:https://www.ufpb.br/ufpb/contents/noticias/cientistas-da-ufpb-aplicam-algoritmos-
que-podem-detectar-vazamentos-e-furtos-de-agua. Acesso em: 12 dez. 2022.

RAMOS, Flaviane Gonçalves. Avaliação do potencial de aproveitamento de água


oriunda de ar-condicionado: estudo de caso para o Centro Acadêmico do
Agreste. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso.

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