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Indice

1. Introdução.................................................................................................................................2

1.2. Problematização....................................................................................................................3

1.3. Justificativa da escolha de tema............................................................................................4

1.4. Objectivos.............................................................................................................................4

1.4.1. Objectivo Geral.................................................................................................................4

1.4.2. Objectivos Específicos......................................................................................................5

1.5. Hipóteses...............................................................................................................................5

1.5.1. Hipotese principal.............................................................................................................5

1.5.2. Hipoteses Secundarios......................................................................................................5

1.6. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO...........................................................................................5

2. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................6

2.1. Importância da água..................................................................................................................6

2.2. Qualidade da água para o consumo humano............................................................................7

2.3. Doenças de transmissão hídrica................................................................................................8

2.4. Parâmetros de Qualidade da água.........................................................................................8

2.4.1. Parâmetros Microbiológicos..................................................................................................9

3. METODOLOGIA DE ESTUDO...........................................................................................11

3.1. Pesquisa bibliográfica.........................................................................................................11

3.2. Método de observação........................................................................................................11

3.3. Técnica de Entrevista..........................................................................................................11

3.4. População em estudo..........................................................................................................11

3.5. Parte experimental..............................................................................................................11

4. TABELA I: CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES.............................................................13


5. TABELA II: ORÇAMENTAÇÃO DA PESQUISA..............................................................13

6. Conclusão...............................................................................................................................14

7. Referências Bibliográficas.....................................................................................................15
1. Introdução

O presente trabalho tem como tema “Avaliação da qualidade fisio quimica e microbiológica de
água abastecida pela FIPAG nas cidades de Beira e Dondo”.

A água constitui, actualmente, uma das principais preocupações mundiais no que diz respeito à
manutenção de sua qualidade, despertando atenção do ponto de vista sanitário para o impacto na
saúde pública. Sendo assim, não é apenas suficiente disponibilizar água em quantidade e pressão
adequadas, mas a sua qualidade possui, também, uma grande importância para todos os agentes
envolvidos (RODRIGUES, 2014). Para a organização mundial da saúde (OMS) “todas as
pessoas, em quaisquer estágios de desenvolvimento e condições sócio-económicas tem direito de
suprimento adequado de água potável e segura”, isto é, uma oferta de água que não represente
um risco significativo à saúde, que tenha quantidade e qualidade suficientes para atender as
necessidades domésticas (SCURACCHIO, 2010).

Actualmente sabe-se da importância de tratamento de água destinada ao consumo humano, pois,


é capaz de veicular bactérias causadores de doenças hídricas, principalmente as de origem fecal,
os coliformes totais como por exemplo, a Klebsiella, Serratia, Erwenia, Enterobacteria e
Escherichia. Essas doenças de veiculação hídrica, principalmente em indivíduos com baixa
resistência como os idosos e crianças, reflectem muitas vezes, as precárias condições de
saneamento e /ou higiene a que são expostos. Assim, segundo a Organização Mundial da Saúde,
fazer análises para posterior tratamento da água torna-se indispensável, pois, a água tratada é a
melhor forma de reduzir a morbi-mortalidade relacionada ao consumo de água contaminada,
(SCURACCHIO, 2010).
1.2. Problematização

A potabilidade da água e o saneamento básico do meio são parâmetros de saúde cujas limitações
na sua aplicação, expõem a população a riscos de doenças diarreicas incluindo a cólera e mortes
com consideráveis perdas económicas (FRANCA, 2008). A situação do saneamento básico em
Moçambique é no geral precária. O consumo de água imprópria, aliado ao baixo acesso ao
abastecimento de água, e níveis baixos de saneamento aumentam a transmissão de doenças de
veiculação hídrica. O acesso a água potável tem melhorado em Moçambique ao longo dos
últimos anos, mas duma forma muito lenta e desigual. No global, o acesso a fontes seguras de
água para o consumo humano aumentou de 36% em 1990 para 47% em 2010, o que representa
um crescimento de 23% em 20 anos (WHO, 2014).
Em Moçambique foram registados 771.952 casos de diarreias e 450 óbitos no período de 2015,
contra 702.585 casos e 374 óbitos no mesmo período de 2014, representando um aumento em
cerca de 78.066 casos e 140 óbitos.
O tratamento da água na ETA de Mutua compreende a captação propriamente dita; a dragagem;
a pré-cloração; a coagulação e floculação; a decantação, a filtração; a pós-cloração; o
armazenamento e a elevação. Após estas etapas a água é distribuída através de tubulações até ao
consumidor final (AdeM, s/d). Embora a água flua desde a estação de tratamento com uma boa
potabilidade, pode ser eventualmente contaminada nas tubulações quando há rompimentos ou
infiltrações, nos tanques dos reservatórios antes da chegada ao domicílio por qualquer razão,
assim como nas torneiras ao nível do domicílio (PEREIRA, 2012).

No sistema de distribuição de água potável levada a cabo pela FIPAG pode ocorrer uma série de
mudanças, causadas por variações químicas, biológicas ou por integridade física do sistema
fazendo com que a qualidade da água que jorra na torneira do domicílio seja diferente da que
deixa a ETA de Mutua. Com base no fluxograma de tratamento da água praticado na ETA de
Umbeluzi até ao consumidor final, são presumíveis três pontos focais de potencial contaminação
de água nomeadamente, na ETA de Mutua depois do tratamento, no reservatório do Distrito da
Beira e Dondo e nas torneiras ao nível domiciliário. Assim, torna-se essencial analisar a
qualidade da água nesses potenciais pontos de contaminação incluindo na fonte inicial (Rio
Pungue) na medida em que segundo BUCKER (2013), podem ocorrer falhas na eliminação dos
agentes patogénicos na ETA, falhas no sistema de controlo no reservatório municipal que pode
conduzir ao acúmulo de resíduos e microrganismos patogénicos, rupturas nas canalizações que
levam água ao domicílio ou falta de saneamento ao nível das torneiras caseiras.
Deste modo, o presente estudo propõe-se a avaliar a qualidade fisio quimica e microbiológica da
água de abastecimento público desde a sua captação inicial no Rio Pungue até ao consumidor
final, torneiras ao nível domiciliário nos bairros do distrito de Dondo e Beira .
Que qualidade fisio quimica e microbiológica de água abastecida pela FIPAG nas cidades de
Beira e Dondo apresenta?

1.3. Justificativa da escolha de tema

A qualidade mínima da água necessária para o consumo humano é a sua potabilidade, ou seja,
deve ser tratada, limpa e estar livre de qualquer contaminação, seja ele de origem
microbiológico, químico, físico ou radioactivo, não devendo em hipótese alguma oferecer riscos
à saúde humana. Para atender a este padrão, a água de abastecimento público deve apresentar
quantidades limites para diferentes parâmetros físicos-químicos e microbiológicos que são
definidos pelo decreto no 180/2004 do diploma Ministerial (MISAU, 2004).
Devido a relação entre qualidade da água e a ocorrência de doenças, a distribuição de água
segura para consumo humano que atenda aos padrões de potabilidade e que não oferece riscos, é
fundamental para a manutenção da saúde da população. Visando assegurar esse objectivo, os
sistemas de abastecimento de água que são normalmente compostos por unidades de captação,
tratamento, reserva e distribuição devem desempenhar um papel fundamental no suprimento da
água potável. No entanto, a água está sujeita a ameaças desde o seu ponto de captação até o
ponto de consumo, que podem comprometer em diversos graus o alcance desse objectivo. As
ameaças de contaminação podem estar associadas à acção antrópica ou natural na fonte de
captação, pressão negativa na rede de distribuição, vazamentos na tubulações, penetração de
contaminantes, problemas operacionais na estacão de tratamento, ausência ou negligência de
manutenção, variações na velocidade de escoamento e redução do cloro residual a níveis abaixo
do recomendado.

1.4. Objectivos

1.4.1. Objectivo Geral


 Avaliar a qualidade fisio quimica e microbiológica da água abastecida pela FIPAG nas
cidades de Beira e Dondo.
1.4.2. Objectivos Específicos

 Identificar os potenciais contaminantes presentes na água abastecida pela FIPAG nas


cidades de Beira e Dondo;
 Identificar os potenciais pontos ou locais de contaminação da água de distribuição
pública desde a sua captação até o consumidor final nos Distritos Beira e Dondo;
 Comparar os resultados das análises laboratoriais da água de distribuição pública nos
Distrito de Beira e Dondo com os parâmetros ideias do padrão de potabilidade da água.

1.5. Hipóteses

1.5.1. Hipotese principal

 Existem contaminantes substanciais na água abastecida pela FIPAG nas cidades de Beira
e Dondo.

1.5.2. Hipoteses Secundarios

 Os potenciais locais de contaminação de água de abastecimento público nas cidades de


Beira e Dondo, localizam-se ao longo da rede de distribuição da água, principalmente no
consumidor final (no domicílio);
 Os parâmetros de potabilidade da água de distribuição pública consumida pelas
populações nos Distrito de Beira e Dondo não correspondem ao padrão de potabilidade
ideal de água exigido para consumo humano.

1.6. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O tema de pesquisa, é “Avaliação da qualidade fisio quimica e microbiológica de água


abastecida pela FIPAG nas cidades de Beira e Dondo, sera realizdo na provincia de Sofala nos
distritos de Beira e Dondo.
2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Importância da água

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a água é a seiva do planeta, é condição
essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano, a sua utilização implica respeito à lei,
sendo que o equilíbrio e o futuro do planeta dependem da preservação da água e de seu ciclo,
sendo importante que a água se manipule com racionalidade e precaução (FRANÇA, 2008).

A água é uma substância de fundamental importância para todos seres vivos, pois a sua presença
é vital para o funcionamento das actividades celulares e orgânicas, além de corresponder a 2/3 da
massa corporal humana. Ela importante para a sobrevivência do homem, visto que o corpo
humano é constituído por 80% de água, sendo responsável pelo transporte de nutrientes e
substâncias para dentro e fora das células, além de controlar a temperatura corporal e eliminar
substratos tóxicos advindos do metabolismo energético (FRANÇA, 2008). Para cumprir as
normas de higiene e potabilidade exigidas, a água deve apresentar boa qualidade, ser tratada a
partir da sua captação e conduzida ao consumidor através de boa rede de distribuição
(VASCONCELOS & AQUINO, 1995).

A água apresenta uma importância sanitária e económica. Do ponto de vista sanitário, o


abastecimento de água visa controlar e prevenir doenças, implantar hábitos higiénicos na
população, facilitar a limpeza pública e propiciar conforto e bem-estar. A água potável e
saneamento do meio, são instrumentos de saúde e, limitações na aplicação de conceitos e normas
que reduzem os riscos sanitários associados ao abastecimento de água contaminada com agentes
de natureza microbiológica ou química, expõem a população a riscos de doenças com
consideráveis perdas económicas. É necessário, por um lado, criar-se condições de segurança por
parte das entidades gestoras de modo a que a qualidade de água que passa pelo hidrômetro, seja a
mesma que chega na torneira do consumidor. Por outro lado, o consumidor final, deve garantir
que a qualidade de água que chega à sua torneira, não fique inquinada durante o percurso na
tubagem local ou tanques de reservas domiciliários (CAMILOTTI & GONÇALVES, 2003).
O risco de falta de controlo adequado da água para o consumo domiciliário e uso industrial ou
qualquer outro uso, torna-se um grande risco sobretudo em casos de indústria alimentar, onde há
uma cadeia de beneficiação dos alimentos porque incorre-se ao problema de toxi-infecções
alimentares. A preservação da qualidade das águas é uma necessidade universal que exige séria
atenção por parte das autoridades sanitárias, pois cerca de 30% dos casos de intoxicação
alimentar em alimentos industrializados são causados pela má qualidade da água usada tanto
para a lavagem, processamento e outras etapas fabris (GUEDES et al., 2004).

2.2. Qualidade da água para o consumo humano

O Diploma Ministerial n°180/2004, define qualidade de água para o consumo humano como
característica dada pelo conjunto de valores de parâmetros microbiológicos, organolépticas e
físico-químicos fixados que permitem avaliar se a água é potável ou não (MISAU, 2004).

Os principais riscos de consumo de água nos países em desenvolvimento estão associados a


contaminações microbiológicas. Cerca de 24 doenças infecciosas existentes estão relacionadas
com a qualidade da água. Estas doenças estão, predominantemente, relacionadas com a
contaminação fecal das águas. A utilização das águas contaminadas, tanto para abeberamento
como cozinha, ou a simples ingestão durante o banho das crianças, ou a sua inalação sob a forma
de aerossóis, pode resultar numa infecção (GADGIL, 1998 & PETER-VARBANETSA, 2009).

A água antes de ser distribuída, deve passar por processos de tratamento, responsável pela
eliminação de microorganismos patogénicos. O sistema de tratamento do tipo convencional, em
condições normais, permite a remoção de até 99% dos microorganismos provenientes do
manancial (GELDREICH, 1974). Porém, o tratamento em si só não garante a ausência total de
microorganismos patogénicos, pois ao longo do sistema a qualidade da água pode sofrer
deterioração o que exige a implantação de programas de monitoramento contínuo (HELLER &
PÁDUA, 2006).

A ausência de sistemas de abastecimento de água potável é responsável por 80% das mortes nos
países em desenvolvimento. Seis mil (6.000) crianças com menos de cinco anos de idade,
morrem por dia, devido a doenças relacionadas com a baixa qualidade da água. A água destinada
para o consumo humano não deve conter microorganismos patogénicos e deve estar livre de
bactérias indicadoras de contaminação fecal. Os indicadores de contaminação fecal
tradicionalmente aceites, pertencem a um grupo de bactérias denominadas coliformes. A
principal representante deste grupo é a Escherichia coli. A água potável deve ter zero
contaminações com bactérias de género Escherichia por se tratar de um género responsável pela
maior parte das doenças de veiculação hídrica (OLIVEIRA, 2008)

2.3. Doenças de transmissão hídrica

As doenças de veiculação hídrica são aquelas causadas pela ingestão de microorganismos de


origem entérica humana, animal de modo que quando excretados nas fezes de indivíduos
infectados e ingeridos por indivíduos sãos na forma de água e alimento contaminado por água
poluída com fezes, são susceptíveis de contaminação. De entre as inúmeras doenças transmitidas
pela água, destacam-se a cólera, a gastroenterite, etc. Estas ocorrem quando não existe nenhum
sistema de saneamento, considerando que o saneamento básico é essencial para o consumo de
água potável e manutenção de um bom estado de saúde (AMARAL et al., 2006). Grande parte
das doenças de veiculação hídrica pode ser evitada com a implantação de sistemas de
abastecimento de água bem operados (HELLER & PÁDUA, 2006).
A prevalência de doenças de veiculação hídrica indica a deficiência nos sistemas públicos de
saneamento, especialmente no que se refere a qualidade da água distribuída (DANIEL, 2001). N

2.4. Parâmetros de Qualidade da água

A água contém, geralmente, diversos componentes, os quais provêm do próprio ambiente natural
ou foram introduzidos a partir de actividades humanas. Para caracterizar uma água, são
determinados diversos parâmetros os quais representam as suas características físicas e
organoléptico (cheiro, pH, turbidez, sólidos, condutividade, sabor e odor, cor), químicas (cloro
residual livre, flúor, nitrato, etc.), e microbiológicos tais como: coliformes totais, fecais e vibrio
cholerae (MISAU, 2004).
Esses parâmetros são indicadores da qualidade de água e constituem impurezas quando alcaçam
valores superiores aos estabelecidos para determinado uso (MISAU, 2004). Os principais
indicadores de qualidade da água são discutidos a seguir separados sob aspectos físicos,
químicos e micobiologicos.

2.4.1. Parâmetros Microbiológicos

Os parâmetros microbiológicos da água de consumo público, são determinados pelos coliformes


totais e coliformes fecais.

 Bactéria do grupo coliforme

O grupo coliforme é dividido em coliformes totais e coliformes termotolerantes ou fecais


(MACEDO, 2001). Os coliformes totais e termotolerantes são indicadores de contaminação mais
usados para monitorar a qualidade sanitária da água. As análises microbiológicas irão apontar a
presença ou não de coliformes totais e fecais, que podem ser ou não patogénicos. O grupo
coliforme é formado por um número de bactérias que inclui os géneros Klebsiella, Serratia,
Erwenia, Enterobacteria e Escherichia, sendo esta última a principal representante desse grupo.
A determinação da concentração dos coliformes assume importância como parâmento indicador
da possibilidade da existência de microorganismos patogénicos, responsáveis pela transmissão
de doenças de veiculação hídrica, tais como febre tiróide, febre paratireóide, disenteria bacilar e
cólera (GUERRA, et al., 2006).

Geralmente, na determinação de coliformes, realiza-se a diferenciação entre os de origem fecal e


não fecal. Os coliformes não fecais como serratia e aeromonas, são encontradas no solo e
vegetais, possuindo a capacidade de se multiplicar facilmente na água. No entanto, os coliformes
de origem fecal, não se multiplicam facilmente no ambiente externo e são capazes de sobreviver
de modo semelhante às bactérias patogénicas (ZULPO et al., 2006).

 Coliformes totais
Define-se coliformes totais como bastonetes Gram-negativos, não esporogénicos, aerossóis
facultativos, capazes de fermentar a lactose com produção de gás, em 24 a 48 horas à
temperatura de 35oC e podem apresentar actividades da enzima ß-galactosidade. O grupo inclui
cerca de 20 espécies, dentre as quais encontram-se tanto bactérias originárias do trato
gastrointestinal de humanos e outros animais homeotérmicos, como também diversos géneros e
espécie de bactérias não entéricas. A detecção de coliformes totais em amostras de águas não é
necessariamente um indicativo de contaminação fecal ou a ocorrência de enteropatógeno. A
presença de coliformes totais em recursos hídricos deve ser interpretada de acordo com o tipo de
água. Naquela que sofreu desinfecção, os coliformes totais devem estar ausentes (SILVA et al.,
2005).

 Coliformes termotolerantes ou fecais

Os coliformes termotolerantes ou fecais, são capazes de fermentar lactose a 44 – 45 oC (±0,2) em


24 horas e produz indol a partir do triptofano, oxidase negativa, não hidrolisa a ureia e apresenta
actividade das enzimas β-galactosidase e β-glucoronidase). Actualmente, sabe-se que o grupo
dos coliformes fecais inclui pelo menos três géneros, escherichia, enterobacter e klebsiella, dos
quais dois géneros, enterobacter e klebsiella, incluem cepas de origem não fecal (SILVA et al.,
2005 & GUERRA et al., 2006).

Por isso a presença de coliformes termotolerantes em água e alimentos é menos representativa


como contaminação fecal do que a enumeração directa de E.coli, porém, muito mais significativa
do que a presença de coliformes totais, dada a alta incidência de E.coli, dentro do grupo fecal
(SILVA et al., 2014). A Escherichia coli é o microorganismo mais estudado em todo mundo,
considerado o principal representante do grupo. A ocorrência de E.coli é considerada um
indicador específico e contaminação fecal e a possível presença de patógenos entéricos. A
presença de coliformes termotolerantes é o melhor indicador de que existe risco à saúde do
consumidor (SILVA et al., 2005 & GUERRA et al., 2006).
3. METODOLOGIA DE ESTUDO
3.1. Pesquisa bibliográfica
Segundo (LAKATOS 1991:98) abrange toda literatura já tornada publica em relação ao tema em
estudo.

A pesquisa bibliográfica consistiu basicamente na recolha de informações sobre Avaliação da


qualidade fisio quimica e microbiológica de água abastecida pela FIPAG nas cidades de Beira e
Dondo. Estas informações deverão ser adquiridas em artigos científicos, livros e publicações da
internet.

3.2. Método de observação


Este método é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utilizar na
obtenção de determinados aspectos da realidade (LAKATOS-1991:98). Pois, para este projecto
de pesquisa vai impulsionar na observação directa desde o processo de recolha da amostra e a
execução de todos procedimentos experimentais.

3.3. Técnica de Entrevista


Segundo o entender de MARCONI e LAKATOS (2002:18) “a entrevista é uma conversa feita
cara à cara de uma forma metódica, ela oferece a possibilidade de ter a informação necessária
verbalmente”.

Esta técnica irá ajudar bastante na recolha de dados dos interlocutores seleccionados.

3.4. População em estudo


De acordo com o Censo de 20171, o Distrito tem 156 349 habitantes numa área de 5 871 km², e a
Localidade de Nensa, onde se localiza a escola em estudo, tem 36 464 habitantes. Em relação ao
género, 17 563 habitantes que corresponde a 48,1% da população é masculina e a população
feminina situa-se na ordem dos 51,8% na Localidade.

3.5. Parte experimental


Para a realização do trabalho experimental, irá adoptar-se os seguintes procedimentos e técnicas:

1
Instituto Nacional de Estatística, dados do Censo de 2017.
As amostras seram colectadas em frascos de vidro de 250ml, 500ml, e 1000ml, onde foram
posteriormente analisadas em laboratório.

 Colecta e preparacao de amostra


Após efectuar-se as colectas os frascos seram vedados, identificados com informações relativas a fonte
(torneira), data, mês e ano, local e horas da colecta. Acondicionados em caixas isotérmicas (colman) para
o efectivo controlo da temperatura e evitar alterações das mesmas, os frascos foram transportados para o
Laboratório Nacional de Higiene Água e Alimentos (LNHAA) para as respectivas análises.

 Filtracao

A análise da água sera efectuada o método de filtração em membrana método preconizado pelo
standartd methods for the examination and wasterwater APHA et al. (2012) usados no laboratório
Nacional de Higiene Água e Alimentos (LNHAA).
4. TABELA I: CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

Tempo
Actividades
Julho Agosto

Organização da pesquisa X

Colecta de informações X

Trabalho de campo X

Organização dos dados obtidos X

Montagem do projecto X

Entrega do projecto X

Fonte: Autor, 2022

5. TABELA II: ORÇAMENTAÇÃO DA PESQUISA

Quantidades Material / Preço Custo total


Actividades Unitário (MZN)

2 Transporte 250,00 500,00


40 Impressão 5, 00 200,00
10 Scanner 10,00 100,00
4 Alimentação 150,00 300,00
2 Resma de papel 180,00 360,00
2 Esferográficas 5,00 10,00
1.470,00

Fonte: Autor, 2022


6. Conclusão

Feito o projecto, espera-se analisar a qualidade de agua e pars caracterizar uma água, são
determinados diversos parâmetros os quais representam as suas características físicas e
organoléptico (cheiro, pH, turbidez, sólidos, condutividade, sabor e odor, cor), químicas (cloro
residual livre, flúor, nitrato, etc.), e microbiológicos tais como: coliformes totais, fecais e vibrio
cholerae.

As doenças de veiculação hídrica são aquelas causadas pela ingestão de microorganismos de


origem entérica humana, animal de modo que quando excretados nas fezes de indivíduos
infectados e ingeridos por indivíduos sãos na forma de água e alimento contaminado por água
poluída com fezes, são susceptíveis de contaminação. De entre as inúmeras doenças transmitidas
pela água, destacam-se a cólera, a gastroenterite, etc. Estas ocorrem quando não existe nenhum
sistema de saneamento, considerando que o saneamento básico é essencial para o consumo de
água potável e manutenção de um bom estado de saúde.
7. Referências Bibliográficas
1. FRANÇA. C. F. Avaliação da qualidade microbiológica da água dos reservatórios
domésticos do bairro 1° de Maio da cidade de foz do iguaçu/pr.2008.
2. GADGIL, A. Drinking Water In Developing. Countrios. Vol. 23. 1998
3. GELDREICH, E. E. Qualidade microbiológica em águas potáveis in: Azevedo Neto, J. M
(coord); desinfecção de águas. São Paulo: CETESB, 1974
4. GOMES, E. C. A. Avaliação da qualidade de água das edificações multifamiliares na
Cidade de Campina Grande - PB., 2014.
5. GUERRA, N. M et al.Ocorrência de Pseudomonas aeruginosa em água potável.Revista
Acta Scientiarum Biological Sciences, v. 18, n. 1, jan./mar. 2006.
6. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Mário de Andrade (2002), Metodologia Cientifica,
2º Edição, São Paulo, Brasil;

7. MACEDO, S. A. B. Águas e Águas. São Paulo: Varela, 2001


8. MINISTERIO DA SAÚDE. Peso das doenças hídricas em Moçambique 2014 – 2015.
S/D
9. OLIVEIRA, K. S. R. de. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo
humano no Distrito de Camela Ipojuca – PE. Recife - PE 2008
10. ZULPO, D. L et al.Avaliação microbiológica da água consumida nos bebedouros da
Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná, Brasil. Semina: Ciências
Agrárias, Londrina, v.27, n.1, 2006.

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