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1. Introdução.................................................................................................................................2
1.2. Problematização....................................................................................................................3
1.4. Objectivos.............................................................................................................................4
1.5. Hipóteses...............................................................................................................................5
2. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................6
3. METODOLOGIA DE ESTUDO...........................................................................................11
6. Conclusão...............................................................................................................................14
7. Referências Bibliográficas.....................................................................................................15
1. Introdução
O presente trabalho tem como tema “Avaliação da qualidade fisio quimica e microbiológica de
água abastecida pela FIPAG nas cidades de Beira e Dondo”.
A água constitui, actualmente, uma das principais preocupações mundiais no que diz respeito à
manutenção de sua qualidade, despertando atenção do ponto de vista sanitário para o impacto na
saúde pública. Sendo assim, não é apenas suficiente disponibilizar água em quantidade e pressão
adequadas, mas a sua qualidade possui, também, uma grande importância para todos os agentes
envolvidos (RODRIGUES, 2014). Para a organização mundial da saúde (OMS) “todas as
pessoas, em quaisquer estágios de desenvolvimento e condições sócio-económicas tem direito de
suprimento adequado de água potável e segura”, isto é, uma oferta de água que não represente
um risco significativo à saúde, que tenha quantidade e qualidade suficientes para atender as
necessidades domésticas (SCURACCHIO, 2010).
A potabilidade da água e o saneamento básico do meio são parâmetros de saúde cujas limitações
na sua aplicação, expõem a população a riscos de doenças diarreicas incluindo a cólera e mortes
com consideráveis perdas económicas (FRANCA, 2008). A situação do saneamento básico em
Moçambique é no geral precária. O consumo de água imprópria, aliado ao baixo acesso ao
abastecimento de água, e níveis baixos de saneamento aumentam a transmissão de doenças de
veiculação hídrica. O acesso a água potável tem melhorado em Moçambique ao longo dos
últimos anos, mas duma forma muito lenta e desigual. No global, o acesso a fontes seguras de
água para o consumo humano aumentou de 36% em 1990 para 47% em 2010, o que representa
um crescimento de 23% em 20 anos (WHO, 2014).
Em Moçambique foram registados 771.952 casos de diarreias e 450 óbitos no período de 2015,
contra 702.585 casos e 374 óbitos no mesmo período de 2014, representando um aumento em
cerca de 78.066 casos e 140 óbitos.
O tratamento da água na ETA de Mutua compreende a captação propriamente dita; a dragagem;
a pré-cloração; a coagulação e floculação; a decantação, a filtração; a pós-cloração; o
armazenamento e a elevação. Após estas etapas a água é distribuída através de tubulações até ao
consumidor final (AdeM, s/d). Embora a água flua desde a estação de tratamento com uma boa
potabilidade, pode ser eventualmente contaminada nas tubulações quando há rompimentos ou
infiltrações, nos tanques dos reservatórios antes da chegada ao domicílio por qualquer razão,
assim como nas torneiras ao nível do domicílio (PEREIRA, 2012).
No sistema de distribuição de água potável levada a cabo pela FIPAG pode ocorrer uma série de
mudanças, causadas por variações químicas, biológicas ou por integridade física do sistema
fazendo com que a qualidade da água que jorra na torneira do domicílio seja diferente da que
deixa a ETA de Mutua. Com base no fluxograma de tratamento da água praticado na ETA de
Umbeluzi até ao consumidor final, são presumíveis três pontos focais de potencial contaminação
de água nomeadamente, na ETA de Mutua depois do tratamento, no reservatório do Distrito da
Beira e Dondo e nas torneiras ao nível domiciliário. Assim, torna-se essencial analisar a
qualidade da água nesses potenciais pontos de contaminação incluindo na fonte inicial (Rio
Pungue) na medida em que segundo BUCKER (2013), podem ocorrer falhas na eliminação dos
agentes patogénicos na ETA, falhas no sistema de controlo no reservatório municipal que pode
conduzir ao acúmulo de resíduos e microrganismos patogénicos, rupturas nas canalizações que
levam água ao domicílio ou falta de saneamento ao nível das torneiras caseiras.
Deste modo, o presente estudo propõe-se a avaliar a qualidade fisio quimica e microbiológica da
água de abastecimento público desde a sua captação inicial no Rio Pungue até ao consumidor
final, torneiras ao nível domiciliário nos bairros do distrito de Dondo e Beira .
Que qualidade fisio quimica e microbiológica de água abastecida pela FIPAG nas cidades de
Beira e Dondo apresenta?
A qualidade mínima da água necessária para o consumo humano é a sua potabilidade, ou seja,
deve ser tratada, limpa e estar livre de qualquer contaminação, seja ele de origem
microbiológico, químico, físico ou radioactivo, não devendo em hipótese alguma oferecer riscos
à saúde humana. Para atender a este padrão, a água de abastecimento público deve apresentar
quantidades limites para diferentes parâmetros físicos-químicos e microbiológicos que são
definidos pelo decreto no 180/2004 do diploma Ministerial (MISAU, 2004).
Devido a relação entre qualidade da água e a ocorrência de doenças, a distribuição de água
segura para consumo humano que atenda aos padrões de potabilidade e que não oferece riscos, é
fundamental para a manutenção da saúde da população. Visando assegurar esse objectivo, os
sistemas de abastecimento de água que são normalmente compostos por unidades de captação,
tratamento, reserva e distribuição devem desempenhar um papel fundamental no suprimento da
água potável. No entanto, a água está sujeita a ameaças desde o seu ponto de captação até o
ponto de consumo, que podem comprometer em diversos graus o alcance desse objectivo. As
ameaças de contaminação podem estar associadas à acção antrópica ou natural na fonte de
captação, pressão negativa na rede de distribuição, vazamentos na tubulações, penetração de
contaminantes, problemas operacionais na estacão de tratamento, ausência ou negligência de
manutenção, variações na velocidade de escoamento e redução do cloro residual a níveis abaixo
do recomendado.
1.4. Objectivos
1.5. Hipóteses
Existem contaminantes substanciais na água abastecida pela FIPAG nas cidades de Beira
e Dondo.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a água é a seiva do planeta, é condição
essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano, a sua utilização implica respeito à lei,
sendo que o equilíbrio e o futuro do planeta dependem da preservação da água e de seu ciclo,
sendo importante que a água se manipule com racionalidade e precaução (FRANÇA, 2008).
A água é uma substância de fundamental importância para todos seres vivos, pois a sua presença
é vital para o funcionamento das actividades celulares e orgânicas, além de corresponder a 2/3 da
massa corporal humana. Ela importante para a sobrevivência do homem, visto que o corpo
humano é constituído por 80% de água, sendo responsável pelo transporte de nutrientes e
substâncias para dentro e fora das células, além de controlar a temperatura corporal e eliminar
substratos tóxicos advindos do metabolismo energético (FRANÇA, 2008). Para cumprir as
normas de higiene e potabilidade exigidas, a água deve apresentar boa qualidade, ser tratada a
partir da sua captação e conduzida ao consumidor através de boa rede de distribuição
(VASCONCELOS & AQUINO, 1995).
O Diploma Ministerial n°180/2004, define qualidade de água para o consumo humano como
característica dada pelo conjunto de valores de parâmetros microbiológicos, organolépticas e
físico-químicos fixados que permitem avaliar se a água é potável ou não (MISAU, 2004).
A água antes de ser distribuída, deve passar por processos de tratamento, responsável pela
eliminação de microorganismos patogénicos. O sistema de tratamento do tipo convencional, em
condições normais, permite a remoção de até 99% dos microorganismos provenientes do
manancial (GELDREICH, 1974). Porém, o tratamento em si só não garante a ausência total de
microorganismos patogénicos, pois ao longo do sistema a qualidade da água pode sofrer
deterioração o que exige a implantação de programas de monitoramento contínuo (HELLER &
PÁDUA, 2006).
A ausência de sistemas de abastecimento de água potável é responsável por 80% das mortes nos
países em desenvolvimento. Seis mil (6.000) crianças com menos de cinco anos de idade,
morrem por dia, devido a doenças relacionadas com a baixa qualidade da água. A água destinada
para o consumo humano não deve conter microorganismos patogénicos e deve estar livre de
bactérias indicadoras de contaminação fecal. Os indicadores de contaminação fecal
tradicionalmente aceites, pertencem a um grupo de bactérias denominadas coliformes. A
principal representante deste grupo é a Escherichia coli. A água potável deve ter zero
contaminações com bactérias de género Escherichia por se tratar de um género responsável pela
maior parte das doenças de veiculação hídrica (OLIVEIRA, 2008)
A água contém, geralmente, diversos componentes, os quais provêm do próprio ambiente natural
ou foram introduzidos a partir de actividades humanas. Para caracterizar uma água, são
determinados diversos parâmetros os quais representam as suas características físicas e
organoléptico (cheiro, pH, turbidez, sólidos, condutividade, sabor e odor, cor), químicas (cloro
residual livre, flúor, nitrato, etc.), e microbiológicos tais como: coliformes totais, fecais e vibrio
cholerae (MISAU, 2004).
Esses parâmetros são indicadores da qualidade de água e constituem impurezas quando alcaçam
valores superiores aos estabelecidos para determinado uso (MISAU, 2004). Os principais
indicadores de qualidade da água são discutidos a seguir separados sob aspectos físicos,
químicos e micobiologicos.
Coliformes totais
Define-se coliformes totais como bastonetes Gram-negativos, não esporogénicos, aerossóis
facultativos, capazes de fermentar a lactose com produção de gás, em 24 a 48 horas à
temperatura de 35oC e podem apresentar actividades da enzima ß-galactosidade. O grupo inclui
cerca de 20 espécies, dentre as quais encontram-se tanto bactérias originárias do trato
gastrointestinal de humanos e outros animais homeotérmicos, como também diversos géneros e
espécie de bactérias não entéricas. A detecção de coliformes totais em amostras de águas não é
necessariamente um indicativo de contaminação fecal ou a ocorrência de enteropatógeno. A
presença de coliformes totais em recursos hídricos deve ser interpretada de acordo com o tipo de
água. Naquela que sofreu desinfecção, os coliformes totais devem estar ausentes (SILVA et al.,
2005).
Esta técnica irá ajudar bastante na recolha de dados dos interlocutores seleccionados.
1
Instituto Nacional de Estatística, dados do Censo de 2017.
As amostras seram colectadas em frascos de vidro de 250ml, 500ml, e 1000ml, onde foram
posteriormente analisadas em laboratório.
Filtracao
A análise da água sera efectuada o método de filtração em membrana método preconizado pelo
standartd methods for the examination and wasterwater APHA et al. (2012) usados no laboratório
Nacional de Higiene Água e Alimentos (LNHAA).
4. TABELA I: CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
Tempo
Actividades
Julho Agosto
Organização da pesquisa X
Colecta de informações X
Trabalho de campo X
Montagem do projecto X
Entrega do projecto X
Feito o projecto, espera-se analisar a qualidade de agua e pars caracterizar uma água, são
determinados diversos parâmetros os quais representam as suas características físicas e
organoléptico (cheiro, pH, turbidez, sólidos, condutividade, sabor e odor, cor), químicas (cloro
residual livre, flúor, nitrato, etc.), e microbiológicos tais como: coliformes totais, fecais e vibrio
cholerae.