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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

EXERCÍCIOS DE NOÇÕES DE GEOGRAFIA FÍSICA

Carla Berlindo Macuácua

Código: 708194387

Curso:Licenciatura em ensino de História

Disciplina:Historia das Instituições Políticas III – H0167


Ano de frequência: 3º

Macia, Julho de 2021

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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
Conteúdo do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Análise e 2.0
(expressão escrita
discussão cuidada, coerência /
coesão textual)
 Revisão bibliográfica 2.
ii
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Referências Normas APA 6ª


 Rigor e coerência das
Bibliográficas edição em
citações/referências 4.0
citações e
bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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1.

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Índice

1. Introdução............................................................................................................................1

1.1. Objectivos........................................................................................................................1

1.1.1. Geral.............................................................................................................................1

1.1.2. Específicos...................................................................................................................1

1.2. Metodologia.....................................................................................................................1

2. Principais tópicos.................................................................................................................2

2.1. Meteorologia....................................................................................................................2

2.2. O processo de formação de nuvens e chuva na atmosfera...............................................3

2.2.1. Formação de chuva.......................................................................................................4

2.3. Ventos que sopram durante todo o ano, afectando extensas áreas de escala planetária......4

2.4. Que característica do interior de Gaza, entre Chicualacuala e Massingir........................4

2.5. Tipo de vegetação predominante na zona do clima tropical húmido...............................5

2.6. Os principais rios, suas características e o potencial hidroelétrico dos mesmos.............5

2.7. Os ramos da cartografia...................................................................................................9

3. Considerações Finais.........................................................................................................11

4. Referências Bibliográficas.................................................................................................12

iv
2. Introdução

Geografia física é o estudo das características naturais existentes na superfície terrestre, ou


seja, o estudo das condições da natureza ou paisagem natural.

A superfície da Terra é irregular e varia de um lugar para outro em função da inter-relação


dinâmica entre os factores entre si e geográfica em conjunto com outros factores. A
manifestação local deste produto dinâmica é conhecida como paisagem, que é em Geografia
um fenômeno de interesse particular, mesmo considera por muitos a ser o objecto de estudo
da geografia (Otto Schlüter, Siegfried Passarge, Leo Waibel, Jean Brunes, Carl Sauer, entre
outros).

Neste contexto, o presente trabalho faz uma resenha em torno dos principais tópicos da
Geografia física, tais como a meteorologia, a formação de nuvens e da chuva na atmosfera, os
ventos, o clima e a hidrografia de Moçambique.

2.1. Objectivos

2.1.1. Geral

 Analisar os conceitos básicos da geografia física, como a meteorologia, hidrografia e


climatogeografia.

2.1.2. Específicos

 Descrever meteorologia;
 Descrever o processo de formação de nuvens e chuva na atmosfera;
 Caracterizar os principais rios de Moçambique:

1.2. Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu – se à pesquisa bibliográfica.

Segundo Gil (1999, p. 39), este procedimento técnico serve para sustentar teoricamente o
estudo recorrendo à consulta de “livros de leitura corrente, livros de referência e publicações
periódicas”. Portanto, a pesquisa bibliográfica auxiliou, especificamente na identificação,
análise e compreensão de dados úteis para o desenvolvimento do trabalho, mediante a
consulta de livros, com destaque para o módulo de Noções de Geografia Física da UCM.
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3. Principais tópicos

3.1. Meteorologia

A meteorologia é uma das ciências que estudam a atmosfera terrestre, que tem como foco o
estudo dos processos atmosféricos e a previsão do tempo. Estuda os fenômenos que ocorrem
na atmosfera e as interações entre seus estados dinâmicos, físico e químico, com a superfície
terrestre subjacente.

Os estudos no campo da meteorologia foram iniciados há mais de dois milênios, mas apenas a
partir do século XVII a meteorologia progrediu significativamente. No século seguinte, o
desenvolvimento da meteorologia ganhou um ímpeto ainda mais significativo com o
desenvolvimento de redes de intercâmbio de dados em vários países. Com a maior eficiência
na observação da atmosfera e uma mais rápida troca de dados meteorológicos, as primeiras
previsões numéricas do tempo tornaram-se possíveis com o desenvolvimento de modelos
meteorológicos no início do século XX.

A palavra "meteorologia" vem do grego μετέωρος metéōros "elevado; alto (no céu)" (de μετα-
meta- "acima" e ἀείρω aeiro "eu levanto") e -λογία - logia "estudo, palavra".

O foco de estudo da meteorologia é a investigação dos fenômenos observáveis relacionados


com a atmosfera. Os eventos atmosféricos que são observáveis somente em um amplo período
de tempo são o foco de estudo da climatologia. Os fenômenos meteorológicos estão
relacionados com variáveis que existem na atmosfera, que são principalmente a temperatura, a
pressão atmosférica e a humidade do ar, suas relações e as suas variações com o passar do
tempo. A maior parte dos eventos meteorológicos ocorre na troposfera, a camada mais baixa
da atmosfera terrestre, e podem afetar o planeta Terra como um todo ou afetar apenas uma
pequena região, e para isso a meteorologia é subdividida para melhor estudar os eventos
meteorológicos em escala global, ou eventos estritamente locais.

A meteorologia faz parte de um conjunto de ciências atmosféricas. Faz parte deste conjunto a
climatologia, a física atmosférica, que visa às aplicações da física na atmosfera, e a química
atmosférica, que estuda os efeitos das reações químicas decorrentes na atmosfera. A própria
meteorologia pode se tornar uma ciência interdisciplinar quando se funde, por exemplo, com a
hidrologia, tornando-se a hidrometeorologia, que estuda o comportamento das chuvas numa

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determinada região, ou pode se fundir com a oceanografia, tornando-se a meteorologia
marítima, que visa ao estudo da relação dos oceanos com a atmosfera.

As aplicações da meteorologia são bastante amplas. O planeamento da agricultura é


dependente da meteorologia. A política energética de um país dependente de sua bacia
hidrográfica também pode depender das previsões do tempo. Estratégias militares e a
construção civil também dependem da meteorologia, e a previsão do tempo influencia o
cotidiano de toda a sociedade.

3.2. O processo de formação de nuvens e chuva na atmosfera

Nuvem“ é um conjunto visível de partículas de água líquida e/ou de gelo, em suspensão na


atmosfera” (Torres & Machado; 2008; P. 47).

O vapor de água presente no ar atmosférico pode passar (ou voltar) para a fase líquida pelo
processo de condensação, processo este que dá origem às nuvens. Há duas propriedades em
comum nos vários processos de condensação: Primeiro, o ar deve estar saturado, o que ocorre
quando o ar é resfriado abaixo de seu ponto de orvalho, o que é mais comum ou quando o
vapor de água é adicionado ao ar. Segundo, deve haver geralmente uma superfície sobre a
qual o vapor de água possa condensar. O orvalho forma-se, a superfície servindo-se de
objectos próximos ou sobre o solo. Quando a condensação ocorre no ar acima do solo,
minúsculas partículas conhecidas como núcleos de condensação, constituídos por impurezas
sólidas que servem de superfícies de contacto sobre as quais o vapor de água condensa.

Para Soares e Baptista (2004), o principal processo de formação de nuvens é o resfriamento


por expansão adiabática, que ocorre quando uma massa de ar se eleva na atmosfera. À medida
que a mesma se eleva, ela se expande, em decorrência da diminuição da pressão atmosférica
com a altura e arrefece, provocando uma diminuição da capacidade de retenção de vapor de
água. Então ocorre a saturação e a condensação.

Da mesma forma pode-se concluir que a dissipação das nuvens ocorre quando cessa o
processo que lhe deu origem, ou seja, quando ocorre o reaquecimento do ar, após as
precipitações ou pela “mistura” (encontro) com uma massa de ar mais seco.

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3.2.1. Formação de chuva

Chuva – é a precipitação de partículas de água líquida sob a forma de gotas com diâmetro
mínimo de 0,5 mm e velocidade de queda de 3m.s -1 (Soares e Baptista, 2004) como citado
em Torres e Machado (2008; P. 54)

De acordo com Tubelis e Nascimento (1984), a chuva inicia-se quando é atingido o nível de
condensação, e se prolonga até o nível em que a temperatura do ar torna-se igual a -12ºC.
Neste estágio, a nuvem é caracterizada por vapor de água e gotículas de água líquida, e se
resfria na ascensão segundo o gradiente adiabático húmido que se estabelece.

A precipitação que se forma, a partir de nuvens até este estágio é sempre pluvial. As gotículas
da nuvem, entre as temperaturas de 0ºC e -12ºC não se solidificam e por esta razão são
denominadas gotículas de água super - resfriadas, ou seja, a água é resfriada a uma
temperatura inferior a seu ponto de congelamento (0ºC à pressão normal) e permanece,
todavia, no estado líquido, em função, basicamente, das condições atmosféricas diferenciadas
em altitude, onde se destaca, principalmente, a menor pressão atmosférica.

3.3. Os ventos que sopram durante todo o ano, afectando extensas áreas de escala
planetária.

O vento é o movimento do ar em relação à superfície terrestre, movimento este, que se


processa tanto no sentido horizontal, quanto no sentido vertical (AYOADE, 2003).

Os ventos que sopram durante todo o ano, afectando extensas áreas de escala planetária
denominam – se ventos planetários ou constantes. É o caso dos ventos alísios e dos polares.
Os Alísios são ventos constantes que sopram durante todo o ano dos Trópicos para o equador
e os polares são ventos frios que sopram de ambos os polos durante todo o ano

3.4. Que característica do interior de Gaza, entre Chicualacuala e Massingir.

O interior de Gaza, entre Chicualacuala e Massingir tem características marcadamente mais


secas, onde as médias de temperaturas se mantem a volta do 24º - 26º C e a pluviosidade
diminuí até 300 mm anuais, sendo por sinal a mais áridas do país.

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3.5. Tipo de vegetação predominante na zona do clima tropical húmido

Nas palavras de Sadourny (1994), “entre o clima e a vegetação existe uma estreita Simbiose”.
O clima exerce influência marcante e decisiva na vida vegetal, sobretudo através de seus
elementos: humidade, precipitação, temperatura, radiação solar, insolação e ventos. (Torres
&Machado,2008; P. 79).

Por seu turno, a vegetação age poderosamente sobre o clima. Tem-se assim, nas zonas de
clima tropical húmido a predominância da floresta tropical.

3.6. Os principais rios, suas características e o potencial hidroelétrico dos mesmos.

De abastecimento predominantemente pluvial, os grandes cursos de água moçambicanos são


de regime periódico, ainda que grande parte dos seus efluentes sejam de regime ocasional.

Devido a configuração do relevo a maior parte dos rios corre de Oeste para Este, atravessando
sucessivamente montanhas, planaltos e planícies, antes de desaguarem no oceano Indico.

Pelo carácter morfológico da África Oriental e a situação geográfica de Moçambique nas


regiões costeiras, os principais rios tem as suas nascentes nos países vizinhos, exceptuando o
Norte do país onde grande parte tem a sua bacia hidrográfica totalmente em Moçambique. O
seu caudal é determinando essencialmente pelas complexas relações entre factores
meteorológicos e não meteorológicos, nomeadamente a pluviosidade, a temperatura, a
evaporação, o declive, a natureza dos solos bem como a intervenção humana.

Os factores climáticos condicionam as oscilações do caudal dos rios ao longo do ano,


registando os máximos no estacão das chuvas e os mínimos no estacão seca. Registos
efectuados em vários rios, permitem concluir que grande parte deles está sujeito a cheias
cíclicas muitas vezes com efeitos catastróficos.

A seguir vai – se detalhar as características dos principais rios de Moçambique

I. Bacia do Rovuma

Bacia do Rovuma: abrange vastos terrenos nas províncias do Niassa e Cabo Delgado. O rio
Rovuma e os seus afluentes, o Lugela, Lucheringo e Messinge, são os principais cursos de
água desta bacia.

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O rio Rovuma cujo percurso é comparável ao rio Pó na Europa (650 km) serve de fronteira
com a Tanzânia em quase todo seu percurso.

Ele tem sua nascente no planalto do Ungone na Tanzânia e atinge Moçambique na sua
confluência com o rio Messinge. A partir dai ele toma direção Oeste – este, sendo na maior
parte do seu percurso um rio estreito, alargando-se somente ao atingir a planície litoral. Em
Moçambique, o seu percurso abrange uma área de 101,160km2.

No curso inferior o rio apresenta ilhotas e numerosos bancos de areia, o que restringe a sua
navegabilidade a cerca de 200 km, a partir da foz. O regime dos cursos de água desta bacia é
constante

II. Bacia do Lúrio

O rio Lúrio com bacia hidrográfica de 60.800 km2 é a maior totalmente moçambicana, nasce
no monte Malema a mais de 1.000 m de latitude, tem cerca de 1. 000 km de comprimento,
maior assim que os rios Oder (910 km), Reno (810 km) e Sena (780 km) na Europa.

Ele limita as províncias setentrionais de Cabo Delgado e Niassa na margem esquerda das
províncias de Nampula e Zambézia na margem direita. Dada a extensão da sua bacia
hidrográfica, ele representa com seus numerosos afluentes, a linha mestra da subdivisão do
Planalto Moçambicano, mesmo que o seu curso principal se instale num vale estreito. O rio
Lúrio possui um regime periódico

Os seus afluentes no curso superior drenam regiões com grandes potencialidades ecológicas
para as culturas de milho, mandioca, algodão, tabaco e chá. Devido ao desnível provocado
pela passagem das terras altas para as mais baixas os cursos de água apresentam numerosas
quedas, favoráveis à construção de represas. Próximo de Namapa, à sua entrada na planície
litoral, o rio Lúrio tem os seus últimos rápidos, alargando-se a partir daí até atingir a foz em
forma de estuário. Junto à foz as suas margens aluviais, cultiváveis estão parcialmente sujeitas
a inundações durante as cheias e à influência das águas de origem marinha, dificultando a sua
utilização.

III. Bacia do Zambeze

O rio Zambeze é, pelas suas características hidrológicas o maior e o mais importante rio que
atravessa o território. Com cerca de 2.700 km de comprimento, é o 26º rio mais comprido do

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Mundo e o 4º em África depois de Nilo (6.700 km) Zaire (4.600 km) e Níger (4.200 km). Ele
é mais comprido que os famosos rios Colorado (2.250 km), Deniepre (1.950 km) e Reno
(1.300 km). Ele nasce na Zâmbia a cerca de 1. 700 m de altitude. Ele tem cerca de 2.700 km
de comprimento.

A bacia hidrográfica é cerca de 1.330.000 km2, dos quais só 3.000 km2 em território
moçambicano. A bacia inclui ainda os principais afluentes do Zambeze, que são: o Chire,
Luenha, Ponhame Rovùbué e Aruângua

Na sua totalidade, o Zambeze é, hidrologicamente, um rio de regime periódico complexo,


devido as variações que o seu caudal apresenta ao longo do percurso.

IV. Bacia da Pungue:

Ocupa uma área considerável na província de Sofala, sendo formada pelo rio Púnguè que
nasce no Zimbabwe e desagua na baía de Sofala. A maior parte do seu percurso, 322 km é na
zona de planície. A bacia inclui ainda os rios Mazingaze, Muda e Vanduzi, afluentes do
Púnguè.

V. Bacia do Búzi

A bacia hidrográfica de Búzi tem total de 28.800 km2 dos quais 25.600 km2 em
Moçambique. O seu afluente mais importante é o rio Revué, na província de Manica, onde
estão construídos a barragem de Chicamba e o açude de Mavuzi, para a produção de energia
eléctrica. Com 75 m de altura a barragem de Chicamba tem totalmente uma capacidade de
armazenamento de 2.000.000.000 m3 e uma potência instalada no pé da barragem de 40 MW.
O açude de derivação de Mavuzi, situado a jusante de Chicamba, tem 8 m de altura e uma
queda bruta de aproximadamente 190 m, permitindo a produção de 46 MW.

VI. Bacia do Save

Rio Save, que constitui a razão desta bacia, nasce no Zimbábwe e tem no nosso país, um
percurso de 330 km. O rio Save representa, em muitos sentidos, o limite entre o Centro e o
Sul do país, separando as províncias de Inhambane e Gaza.

De uma maneira geral os solos das suas margens são pobres. A área dos solos aráveis é
estimada em cerca de 18.000 ha, alternados por solos pobres, dos quais, devido a sua

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localização a cotas superiores a 80 m do nível médio das águas do leito, cerca de 13.000 ha
são irrigáveis por bombagem em Massangena e Vila Franca de Save.

A Sul do rio Save, o regime hidrográfico é grandemente condicionado pelo clima, relevo,
natureza das rochas e pelos aproveitamentos hídricos. Os principais cursos de água
importantes são de Norte para Sul: Govuro, Inhanombe, Limpopo, Incomati, Umbeluzi,
Tembe e Maputo. Exceptuando os rios Govuro e Inhambane os restantes, nascem nos países
vizinhos, atravessam os Montes Libombos onde os seus afluentes sulcam por vezes vales
profundos. Ao atingirem a planície perdem a sua capacidade erosiva e formam nas suas
margens, extensas planícies aluviais propícias a actividade agrária. Na planície o seu caudal é
condicionado pela influência combinada das condições climáticas gerais, do fraco declive e da
elevada permeabilidade das rochas sedimentares.

VII. Bacia do Limpopo

O rio Limpopo, pela extensão da sua bacia hidrográfica, é o rio mais importante do Sul de
Moçambique. Ele nasce e atravessa as terras altas de Witwattersrand, na África do Sul, antes
de atingir o território moçambicano na confluência com o rio Pafuri, a uma altitude de cerca
de 300 m. O seu comprimento total é de 1.170 km dos quais 283 km em Moçambique,
drenando uma área de cerca de 80.000 km2.

O rio Limpopo constitui um exemplo típico do desenvolvimento do perfil de um rio tropical


de planície com forte tendência para a meandrização e para o desenvolvimento de lagoas e
pântanos no seu curso inferior.

Trata-se de um rio bastante caprichoso aparentemente devido a influência da heterogeinidade


hidrológica da sua bacia, caracterizando se por um caudal extremamente variável, com o seu
leito seco em estiagem e muito caudalosos na época das chuvas. Época das chuvas as suas
águas chegam a atingir mais de 7 m de altura, relativamente ao chão do vale alagando grandes
extensões das suas margens.

Os seus principais afluentes são: Nuanetze, Chichacuane e Changane na margem esquerda e o


rio dos Elefantes na margem direita. A bacia do rio Limpopo possui consideráveis
empreendimentos hidráulicos. Em Macarretane, próximo de Chókwè, foi construída uma
barragem de derivação e o regadio de cerca de 30.000 há a jusante. No baixo Limpopo,

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intensamente utilizado, existem numerosos regadios, diques de proteção contra as cheias com
cerca de 50 km de extensão.

VIII. Bacia do Incomati:

Ocupa a maior área da província de Maputo, sendo constituída pelo rio Incomati, que nasce na
do Sul e desagua na baía de Maputo. A extensão do Incomati em Maputo é 283 kms, correndo
em zonas de planície

A área total da sua bacia, em Moçambique é de 14. 925 m2. A sua utilização é intensiva no
seu curso inferior havendo cerca de 30.000 ha de terras aluvionares submetidas a regadio,
destacando-se a cana-de-açúcar.

IX. Bacia de Maputo

Desenvolve-se no sentido Sul-Norte, desde à fronteira com África do Sul até à baía de
Maputo. É formada pelo rio Maputo, que nascendo na África do Sul, estabelece a fronteira
entre os dois países e vai desaguar na baía de Maputo. A extensão do rio Maputo em
Moçambique é de 150 kms. A área total da bacia hidrográfica em território moçambicano é de
1.570 km2, sendo a área irrigável estimada em mais de 4.000 ha.

Em Moçambique ele é totalmente um rio de planície, sem desníveis notáveis no seu perfil. Na
época seca e devido ao fraco declive, formam-se nas suas margens numerosas lagoas
desenvolvidas, como braços mortos dos meandros do rio.

3.7. Os ramos da cartografia.

Segundo a Associação Cartográfica Internacional, Cartografia é o conjunto de estudos e operações


científicas, técnicas e artísticas que intervêm na elaboração das cartas a partir dos resultados das
observações directas ou da exploração de determinação, bem como na sua utilização.

A cartografia compreende os seguintes ramos:

 Cartografia matemática é o ramo da cartografia que trata dos aspectos matemáticos


ligados à concepção e construção dos mapas, isto é, das projecções cartográficas. Foi
desenvolvida a partir do final do século XVII, após a invenção do cálculo matemático,
sobretudo por Johann Heinrich Lambert e Joseph Louis Lagrange. Foram

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especialmente relevantes, durante o século XIX, os contributos dos matemáticos Carl
Friedrich Gauss e Nicolas Auguste Tissot.

 Cartometria é o ramo da cartografia que trata das medições efetuadas sobre mapas,
designadamente a medição de ângulos e direções, distâncias, áreas, volumes e
contagem de número de objectos.

 Cartografia Assistida por Computador (CAC) - Processo de construção de cartas


que utiliza informática numa, ou em várias, das fazes de concepção e produção;

 Cartografia cadastral – ramo da cartografia que trata das plantas cadastrais. Exemplo
cadastro: planta cadastral.

 Cartografia Digital – ramo da cartografia que trata das plantas digitais. Exemplo
carta digital.

 Cartografia Espacial – ramo da cartografia que trata da representação do espaço


interstelar e interplanetário.

 Cartografia Militar – ramo da cartografia que trata da elaboração de cartas para fins
militares.

 Cartografia Náutica – ramo da cartografia que trata das cartas náuticas. A produção
das cartas náuticas é, pelo seu interesse nacional, geralmente atribuída a organismos
estatais ou reconhecidos pelo Estado. Em Portugal, a responsabilidade pela reprodução
de cartas náuticas é do Instituto Hidrográfico.

 Cartografia Temática – ramo da cartografia que trata das cartas temáticas.

 Cartografia Topográfica – ramo da cartografia das cartas topográficas. A produção das


cartas topográficas é, pelo seu interesse nacional, geralmente atribuída a organismos
estatais ou reconhecidos pelo Estado. Em Portugal, são, produtores de cartografia
topográfica o Instituto Geográfico Português (ex. Instituto Português de cartografia e
cadastro) e o Instituto Geográfico do exercito (ex. - Serviço cartográfico do Exército).

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4. Considerações Finais

Feito o trabalho, conclui – se que os objectivos do mesmo foram alcançados, e é difícil trazer
uma conclusão em torno de todos os tópicos abordados mas ficou claro que a meteorologia
(do grego meteoros, que significa elevado no ar, e logos, que significa estudo) é a ciência que
estuda a atmosfera terrestre. Seus aspectos mais tradicionais e conhecidos são a previsão do
tempo e a climatologia. Esses estudos são importantes para a planificação das actividades
antropogénicas.

O vapor de água é um gás invisível, mas os produtos da condensação e deposição de vapor de


água são visíveis. As nuvens são manifestações visíveis da condensação e deposição de vapor
de água na atmosfera.

A água condensada na atmosfera volta para a superfície terrestre através da precipitação que é
o resultado de um estado avançado de condensação. Ela ocorre quando a força gravitacional
supera a força que mantém a humidade suspensa e esta atinge o solo sob a forma líquida
(chuva ou chuvisco) ou sólida (granizo, saraiva e neve).

Quanto a hidrografia de Moçambique, ressaltar que a maioria dos rios de Moçambique


nascem nos países vizinhos do Oeste, em zonas de planaltos e, devido a disposição do relevo,
entram no país e correm na direcção Oeste - Este, indo desaguar no Oceano Índico.

Também devido à disposição do relevo, os rios sofrem várias quedas ao longo do seu
percurso, tornando-se assim pouco navegáveis. Mesmo assim, existem cerca de 800 kms de
percurso que são navegáveis.

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5. Referências Bibliográficas

Ayoade, J.O. (1996). Introdução à Climatologia para os Trópicos; Tradução: Maria Juraci
dos Santos. 4.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Gaspar, Joaquim A. (2000). Cartas e Projecções Cartográficas, Lisboa, Lidel, 292 pp..

Manual do Modulo de Noções de Geografia da UCM.

Torres, Fillipe Tamiozzo P. e MACHADO, Pedro José. (2008). Introdução a Climatologia;


Brasil.

Varejao-Silva, M. A. (2006). Meteorologia e Climatologia; Versão Digital 2; Brasil.

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