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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Visitas de Estudo

Nome da estudante: Anifa Zubaida Gabriel Abdul


Código de Estudante: 708212975

Licenciatura em Ensino de História

Práticas Pedagógicas II – A0014

2o Ano

Maputo, Agosto de 2022

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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
1. VISITA DE ESTUDO................................................................................................5
1.1. Conceitualização.................................................................................................5
1.2. Tipos de visita de estudo.....................................................................................6
1.3. Importância/vantagens das visitas de estudo......................................................6
1.4. Fases da visita de estudo.....................................................................................7
1.4.1. Aspectos a considerar na organização de uma visita de estudo......................7
Conclusão..........................................................................................................................9
Referências Bibliográficas...............................................................................................10

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Introdução

A Escola é o lugar onde os alunos se desenvolvem enquanto cidadãos e onde, de certo


modo, vêm a ser moldados para o resto das suas vidas. O facto de os jovens passarem
grande parte do seu tempo no meio escolar torna, o mesmo, um dos espaços com que
mais se identificam e que mais indispensável lhes é, ao qual podemos chamar, de certo
modo, o seu palco de socialização (Monteiro, 2001). De acordo com este autor, as
visitas de estudo, por sua vez, funcionam como uma janela para o mundo exterior aos
muros da escola, janela que lhes permite contactar com a realidade, que muitas vezes
em sala de aula, lhes surge como algo bastante abstracto, à qual só as imaginações mais
“férteis” conseguem aceder.

É neste contexto em que, ao longo do presente trabalho pretende-se falar do “Visita de


Estudo”, sendo que, para o seu desenvolvimento, colocam-se os seguintes objectivos:
(i) Descrever a da visita de estudo no PEA; (i) Estabelecer uma relação entre a visita de
estudo e as actividades teóricas na escola; (iii) Descrever as fases e os procedimentos a
ter conta na organização de uma visita de estudo.

Em termos metodológicos, o trabalho é essencialmente bibliográfico cujos conteúdos


serão abordados seguindo a sequência em que os objectivos aparecem, baseando-se nas
obras e artigos vinculados nas referências bibliográficas, na perspectiva de trazer
informações claras e objectivas.

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1. VISITA DE ESTUDO

1.1. Conceitualização

Segundo Goldsmith (2011) visita de estudo refere-se a um conjunto de actividades


práticas orientadas para a busca de um determinado conhecimento, realizada de maneira
sistemática através da realidade empírica e pela utilização de métodos próprios e
técnicas específicas de pesquisa e que os resultados obtidos venham a ser apresentados
de forma peculiar através de relatórios.

Carvalho (2015:13), frisa que a visita de estudo é uma prática didáctica que permite
despertar não somente o interesse pela espacialidade, mas também a aventura da
descoberta de como os elementos estão distribuídos e localizados espacialmente no
cenário rural e urbano.

Por seu turno, Cavalcanti (2006:32) acrescenta que a visita de estudo é destinada à
obtenção de dados a respeito de fenómenos que ocorrem no presente, onde as
observações deverão servir para o exame atento dos acontecimentos, fatos e costumes
directamente no local de ocorrência, acompanhando os detalhes dos objectos de estudo,
sendo complementadas pelas entrevistas, obtendo-se maiores subsídios no
aprofundamento da análise.

A partir dos posicionamentos dos autores supramencionados, pode-se reter que a visita
de estudo refere-se a uma actividade que visa concretizar objectivos pedagógico-
escolares fora da sala de aulas. Por isso, o desenvolvimento de aulas nos espaços não
formais, possibilita a integração de informações oriundas da intervenção e interpretação
do ambiente associando com os conceitos já interiorizados na estrutura cognitiva do
aprendiz.

Portanto, a visita de estudo tem um papel preponderante no ensino de História pois


permite que os alunos desenvolvam a capacidade de observação, a curiosidade, o
interesse pela natureza, pelo passado histórico, pela vida da sociedade e outros aspectos
que os rodeiam. Por isso, Moreira & Masini (2001) consideram que o uso de ambientes
não formais possibilita a contextualização, aplicação e associação de conceitos e
conhecimentos já aprendidos com as informações novas, do ambiente, reduzindo as
exigências de abstracção do aprendiz e permitindo uma compreensão mais eficiente dos
conhecimentos, favorecendo a uma aprendizagem significativa.
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1.2. Tipos de visita de estudo

De acordo com Proença (1990:198), existem três tipos de visita de estudo,


designadamente: (i) Visita de estudo dirigida ou guiada – trata-se de uma visita
orientada por professor ou monitor; (ii) Visita de estudo livre – os alunos munidos de
um roteiro ou fichas de trabalho vão livremente, a sós ou em grupos visitar os locais
indicados pelo professor. Portanto, este tipo de visita permite uma aquisição de forma
motivadora do conhecimento sobre o assunto em estudo; (iii) Visita de estudo mista – a
primeira parte da visita é orientada pelo professor e em seguida os alunos vão sozinhos
complementar a visita com auxílio de um roteiro ou material de orientação. É tida como
a combinação da visita guiada com a visita livre.

1.3. Importância/vantagens das visitas de estudo

Oliveira (2008) entende que a realização de visitas de estudo são de extrema


importância para o PEA, na medida em que estas actividades visam: (i) Reforçar a
aprendizagem efectuada durante a realização da Visita de Estudo; (ii) Incentivar o
trabalho colaborativo entre alunos e professores para a concretização de um trabalho
conjunto na construção de um novo conhecimento; (iii) Estreitar relações de convívio e
promover o diálogo entre alunos e professores; (iv) Despertar a curiosidade e o interesse
dos alunos para prosseguirem o propósito da actividade durante a realização da Visita
de Estudo; (v) Desafiar os alunos a estenderem os seus conhecimentos a situações
diferentes do contexto sala de aula e, como tal, a desenvolverem-se conceptualmente;
(vi) O desenvolvimento pessoal dos alunos, onde estes podem transpor as suas
experiências vividas durante a actividade, para o seu meio familiar atendendo a todo um
conjunto de variáveis que caracterizam o seu dia-a-dia; (vii) Desenvolver destrezas
concernentes à escrita, anotação, organização, sistematização e comunicação da reflexão
e da consolidação dos conhecimentos aprendidos aos restantes colegas”.

Por seu turno, Monteiro (2001) afirma que a grande vantagem das visitas de estudo no
PEA, esta relacionado com o facto de estas agregarem, em si, várias potencialidades que
vão desde a observação e interacção, por parte dos alunos, com aquilo que estão a
aprender, à percepção das relevância das aprendizagens que estão a ser efetuadas
passando pela, não menos importante, fuga à rotina, que constitui um poderoso
elemento de motivação e envolvimento dos próprios alunos. Este autor, realça que este
género de iniciativa facilita, largamente, a melhor compreensão dos conteúdos

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abordados em aula, uma vez que, in loco, os alunos poderão proceder, utilizando o seu
espírito crítico, a uma análise mais aprofundada dos temas-objecto.

1.4. Fases da visita de estudo

Parafraseando Proença (1990:198), normalmente, as visitas de estudos devem estar ou


constar na planificação do trabalho lectivo de cada disciplina. Neste caso, de acordo
com esta autora deve-se respeitar as seguintes fases:

a) Preparação - deve-se ter em conta os objectivos que devem ser bem


formulados, tendo em conta o grau de ensino e o nível etário, os interesses dos
alunos e o momento de aprendizagem que a visita de estudo se insere. Portanto,
é nesta fase que o professor deve escolher os locais que lhes pareçam prioritários
e em função desta escolha se seleccionará o local, definir-se-ão os objectivos da
visita e o tipo de visita a se realizar, tendo em conta o local;
b) Realização - nesta fase o que se verifica é a própria execução da visita, os
visitantes prestam atenção para a explicação que o professor vai dando e por sua
vez, procuram anota-la assim como vão anotando os detalhes da visita para
posteriormente fazer constar em um relatório final a ser apresentado ao
professor;
c) Exploração e avaliação - após a visita o professor deve incutir aos alunos que
participaram na visita, que esta não termina no momento que se abandona o
local visitado, é preciso consolidar os conhecimento adquiridos e fazer o balanço
com os já assimilados na sala de aulas. Aqui deve constar a auto avaliação do
professor e por último a reflexão comum entre o professor o aluno.

1.4.1. Aspectos a considerar na organização de uma visita de estudo

De acordo com Chisseve (2015), as visitas de estudo podem consistir em exercícios


simples de trabalho no meio quotidiano do aluno, onde por exemplo, servindo-se de um
roteiro pode observar e descrever os aspectos que caracterizam a paisagem ao longo do
seu trajecto de casa para escola e vice-versa; ou ao redor da escola ou ainda pode-se
lograr com uma viagem para a periferia da escola, vila ou cidades próximas, podendo
durar entre meio-dia ou mais dias.

Entretanto, Chisseve (2015) explica que as visitas de estudo para fora da escola (para as
vilas e cidades), são mais complexa, tanto de ponto de vista de organização, como no da

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sua realização. Neste sentido, este autor entende que para que este tipo visitas de estudo
se efective, a preparação e planificação são indispensáveis e cruciais para organizar as
condições necessárias que levam.

Portanto, antes de efectuar qualquer observação é necessário desenvolver os


conhecimentos teóricos, pois são estes que nortearão no processo de observação. Numa
perspectiva mais técnica, Oliveira (2008) julga importante enumerar alguns dos
princípios organizativos de uma visita de estudo: (i) razões justificativas da visita; (ii)
objectivos específicos; (iii) guiões de exploração do (s) local(ais) a visitar; (iii)
aprendizagens e resultados esperados; (iv) regime de avaliação dos alunos e do projecto;
(v) calendarização e roteiro da visita;

Todavia, Chisseve (2015), refere que faz parte da preparação o contacto prévio com as
instituições, organismos e individualidades a visitar, bem como o reconhecimento da
região para certificar-se sobre os aspectos fundamentais da excursão. Assim, é nesta
fase de preparação onde se mantém um contacto directo com os encarregados de
educação e a direcção da escola para delinear as estratégias de visitas de estudo e
criação de um conjunto de condições logísticas e administrativas, incluindo os
objectivos e conteúdos da excursão, bem como as etapas e duração da visitas de estudo.
Por isso, segundo este autor, é importante perceber que não se trata de nenhum passeio,
mas de uma aula diferente das habituais e, por conseguinte, os alunos devem prestar
atenção a todos os detalhes que envolvem a referida observação e manter-se plenamente
ocupados com tarefas sugeridas pelo professor ao longo da visita de estudo o, desde o
ponto de partida até o ponto de retorno

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Conclusão

“Visitas de Estudo”, foi o tema abordado ao longo do presente trabalho, do qual, em jeito de
conclusão, se podem tecer as seguintes considerações finais:

Visita de estudo é um conjunto de actividades práticas orientadas para a busca de um


determinado conhecimento, realizada de maneira sistemática através da realidade empírica e pela
utilização de métodos próprios e técnicas específicas de pesquisa e que os resultados obtidos
venham a ser apresentados de forma peculiar através de relatórios

Existem três tipos de visita de estudo, designadamente: (i) Visita de estudo dirigida ou guiada;
(ii) Visita de estudo livre e; (iii) Visita de estudo mista –

A grande vantagem das visitas de estudo no PEA, esta relacionado com o facto de estas
agregarem, em si, várias potencialidades que vão desde a observação e interacção, por parte dos
alunos, com aquilo que estão a aprender, à percepção das relevância das aprendizagens que estão
a ser efetuadas passando pela, não menos importante, fuga à rotina, que constitui um poderoso
elemento de motivação e envolvimento dos próprios alunos

Outrossim, normalmente, as visitas de estudos devem estar ou constar na planificação do


trabalho lectivo de cada disciplina. Neste caso, deve-se respeitar as seguintes fases: (i)
Preparação; (ii) Realização; (iii) Exploração e avaliação.

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Referências Bibliográficas

Carvalho, N. (2015). Visitas de Estudo e sua importância. Recuperado em:


https://scholar.google.com

Chisseve, A. M. (2015). O Papel da excursão geográfica no ensino das ciências sociais. Estudo
do caso: Escola de Professores do Futuro-Gaza. Maputo: Instituto Superior de Educação e
Tecnologia (ISET). Recuperado em: https://scholar.google.com

Goldsmith, B. (2011). Visitas didácticas. Recuperado em: https://scholar.google.com

Monteiro, M. (1995). Intercâmbios e Visitas de Estudo. In Carvalho A. e Marques J. (orgs.) –


Novas Metodologias em Educação. Porto: Porto Editora.

Monteiro, M. C. (2001). Didáctica da História – Teorização e Prática – Algumas Reflexões.


Lisboa: Plátano Edições Técnicas.

Moreira, B. & Masini, F. (2001). Ensinar de forma divertida. Porto: Porto Editora. Cavalcanti
(2006:32) Recuperado em: https://scholar.google.com

Oliveira, M. M. G. T. (2008). As Visitas de Estudo e o ensino e a aprendizagem das Ciências


Físico-Químicas: um estudo sobre concepções e práticas de professores e alunos Braga: IEP.

Proença, M. C. (1990). Didáctica de História. Minho: Universidade aberta.

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