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Conclusão ....................................................................................................................... 12
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Constituição da República de Moçambique
Constituição de 1975
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que “o Presidente da FRELIMO é o comandante-chefe das forças Populares de libertação de
Moçambique”, além de ser o Presidente da República (PR). em matéria doutrinária a
constituição de 1975, enuncia que Moçambique defende “o desarmamento geral e universal” e
“o oceano índico como zona desnuclearizada e de paz”, além de ser um estado que apenas
“usa a força em legítima defesa”. Ao mesmo tempo elege “a defesa do país como o dever
mais alto de cada cidadão e cidadã”. Rodrigues, L.B. (2006).
Constituição de 1990
A constituição de 1990 foi objecto de revisões em 1993, 1996 e 1998, nenhuma delas
alterando o antes preceituado para a defesa e segurança.
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modernização, contribuindo de forma decisiva para a instauração de um clima democrático
que levou o país à realização das primeiras eleições multipartidárias.
A ampla participação dos cidadãos na feitura da Lei Fundamental traduz o consenso resultante
da sabedoria de todos no reforço da democracia e da unidade nacional.
Constituição de 2004
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A Constituição promoveu diversas modificações e reestruturou as instituições jurídicas no
ordenamento jurídico moçambicano, com reflexos e impacto igualmente relevante,
redimensionando não apenas os parâmetros de conformação, como as próprias ferramentas
para a provocação e respostas ao poder judiciário, abrindo novas perspectivas para a actuação
dos juízes. Sem dúvida, o poder judiciário foi fortalecido, o que permitiu maior campo de
actuação. Sousa, S.B., & Trindade, J.C. (2003).
Constituição de 2018
O acordo político alcançado em 2018, foi fruto de um processo do diálogo político que iniciou
em 2015, primeiro através de um contacto directo entre o Presidente da República e o Líder
da RENAMO. Apôs o primeiro encontro entre ambos, foram constituídas delegações das duas
partes que prosseguiram com o diálogo. Em Dezembro de 2017, o Presidente da República
tomou a decisão de iniciar um diálogo directo com o Líder da RENAMO. Com o início do
diálogo directo, em uma semana chegou-se a um acordo para uma cessação das hostilidades
por uma semana, para facilitar o processo do diálogo que já havia evoluído para um formato
de negociações ao mais alto nível. A trégua foi estendida duas vezes por 60 dias. Novelino,
M. (2018)
O acordo não chegou a ser reduzido a forma escrita de um documento assinado por ambos por
razões circunstanciais. O conteúdo do acordo foi comunicado à Nação pelo Presidente da
República no dia 7 de Fevereiro de 2018, através de uma declaração à imprensa. Após esta
comunicação, o acordo foi transformado em uma proposta de revisão constitucional que foi
depositada na Assembleia da República no dia 9 de Fevereiro de 2018. O acordo não foi entre
a FRELIMO e a RENAMO mas entre o Presidente da República e o Líder da RENAMO.
Uma das questões que se levanta é sobre a natureza jurídica deste acordo, se é de natureza
privada ou pública, para daí entender-se a Assembleia da República, embora seja um órgão
soberano deveria ou não se sentir “moralmente” vinculado a este acordo. Novelino, M. (2018)
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Na verdade, pelo critério dos sujeitos e pelo critério do objecto entende-se que se trata de um
acordo de natureza pública, pois tem como signatários, por um lado o Presidente da
República, que é o mais alto magistrado da Nação que nos termos da Constituição simboliza a
unidade nacional, é o Chefe de Estado e Chefe do Governo e por outro lado o Líder da
RENAMO, que tem um estatuto jurídico definido por lei como Presidente do maior partido da
oposição. Pelo critério do objecto também se depreende que é público pois a paz é um bem
público.
Não temos uma nova Constituição. A Assembleia da República não aprovou uma nova
Constituição, aprovou sim uma lei de revisão pontual da Constituição da República. Não
tendo sido aprovada uma nova Constituição da República e não tendo havido uma revisão que
mude a identidade da Constituição, a Constituição de 2004 continua em vigor. Em termos de
identidade continuaremos a chamar esta Constituição como sendo a Constituição de 2004,
pois mantêm-se a sua identidade. Em obediência ao disposto no artigo 296 da Constituição da
República, as alterações feitas foram inseridas no lugar próprio, mediante as substituições,
supressões e os aditamentos necessários. Assim, foi harmonizada a Constituição no seu novo
texto e publicada conjuntamente com a lei de revisão. Novelino, M. (2018)
Estaríamos em face de uma nova Constituição da República se tivesse acontecido uma das
seguintes situações:
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conseguinte o Presidente da república não promulgou uma nova Constituição da
República, mas sim Lei de Revisão Pontual da Constituição da República.
A Revisão Constitucional de 2018, cumpriu o seu principal objectivo que era de garantir a
restauração da paz. Com a restauração da paz, emergem novos desafios na arquitectura
constitucional do Estado, só poder ser superados ao nível de uma revisão constitucional.
Segundo Novelino (2018), “tradicionalmente, as fontes do direito são definidas como os fatos
ou actos dos quais o ordenamento jurídico faz depender a produção de normas jurídicas”.
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As fontes do Direito Moçambicano são as mesmas de qualquer País do sistema Romano
Germânico que são designadamente:
A lei: norma jurídica criada e imposta por uma autoridade com poder para o fazer
(poder legislativo), como por exemplo os Impostos.
O costume: norma jurídica resultante da prática repetida e habitual de uma conduta
encarada como obrigatória. Por exemplo a Cultura.
A jurisprudência: orientações que, em matéria de determinação e aplicação da lei,
decorrem da actividade prática de aplicação do direito pelos órgãos da sociedade para
tal encarregados como por exemplo os tribunais.
A doutrina: actividade de estudo teórico dogmático do direito. Por exemplo o estudo
e a capacitação do Direito Constitucional.
São fontes do direito as origens do direito, ou seja, o lugar ou a matéria prima pela qual nasce
o direito. Estas fontes podem ser materiais ou formais.
As fontes formais imediatas são as normas legais. Importa observar que um dos mais
importantes princípios de direito, no âmbito fiscal, é a disposição constitucional que
estabelece que «os impostos são criados ou alterados por lei, que os fixa segundo critérios de
justiça social» art. 100 CRM. Isso quer dizer que se não existir uma norma legal que defina
como são criados os impostos, não haverá outra norma que pune as infracções fiscais.
Não tendo força vinculativa própria, são contudo, importantes pelo modo como influenciam o
processo de formação e revelação da norma jurídica. Com base nesta distinção, só a lei é
considerada verdadeira fonte do Direito, isto é, fonte imediata do Direito. Todas as outras são
fontes mediatas.
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Metodologia Usada
O objectivo deste trabalho foi alcançado à proporção em que foi desenvolvida a pesquisa
académica, através de pesquisas bibliográficas, sendo descritiva e explicativa, possuindo
como bases teóricas artigos e livros publicados por renomados autores da área.
Na concepção de Gil (2002) pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem como
objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos e exigindo que as acções
desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efectivamente planejadas. Assim, através
dessas pesquisas, objectiva-se elucidar a problemática inicial proposta.
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Conclusão
Em síntese, embora a Constituição mereça ser celebrada pela ampla previsão de direitos no
seu texto constitucional, ainda há muito por realizar. Existem promessas, especialmente no
campo social, pendentes. Por isso, a um longo caminho a percorrer para se concretizar os seus
preceitos. Aliás, concretizar os direitos fundamentais é tarefa permanente, assim como tornar
realidade uma Constituição é projecto institucional, democrático e ininterrupto.
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Referencias Bibliográficas
I. Gil, A.M (2002). Métodos e técnicas de pesquisa social- 6. ed. - São Paulo : Atlas.
II. Sousa, S.B., & Trindade, J.C. (2003). Caracterização do Sistema Judicial e do Ensino
e Formação Jurídica in Conflito e Transformações Sociais: uma paisagem das justiças
em Moçambique, Porto: Edições Afrontamento.
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