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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Resolução de Exercícios de Estatística e Probabilidade


Estudante: Lindo Pedro
Código: 708222865
Turma: I

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Estatística Aplicada à Administração

Ano de Frequência: 2º Ano

Docente: Osvaldo Dos Santos Gouveia


Nampula, Setembro de 2023

Índice
Introdução..........................................................................................................................3

Resolução de Exercícios de Estatística e Probabilidade....................................................4

Conclusão........................................................................................................................11

Referencias Bibliográficas...............................................................................................12
Introdução

A Estatística é uma ciência cujo campo de aplicação estende-se a muitas áreas do


conhecimento humano. Entretanto, um equívoco comum que deparamos nos dias atuais
é que, em função da facilidade que o advento dos computadores nos proporciona,
permitindo desenvolver cálculos avançados e aplicações de processos sofisticados com
razoável eficiência e rapidez, muitos pesquisadores consideram-se aptos a fazerem
análises e inferências estatísticas sem um conhecimento mais aprofundado dos conceitos
e teorias. Tal prática, em geral, culmina em interpretações equivocadas e muitas vezes
erróneas. Em sua essência, a Estatística é a ciência que apresenta processos próprios
para colectar, apresentar e interpretar adequadamente conjuntos de dados, sejam eles
numéricos ou não. Pode se dizer que seu objectivo é o de apresentar informações sobre
dados em análise para que se tenha maior compreensão dos fatos que os mesmos
representam. A Estatística subdivide-se em três áreas: descritiva, probabilística e
inferencial. Barbetta, P.A. (1998).

Probabilidade é o estudo das chances de obtenção de cada resultado de um experimento


aleatório. A essas chances são atribuídos os números reais do intervalo entre 0 e 1.
Resultados mais próximos de 1 têm mais chances de ocorrer. Além disso, a
probabilidade também pode ser apresentada na forma percentual. Magalhães, M.N. &
Lima, A.C.P. (2000)

Objectivo:

 Resolver de forma clara e simplificada os exercícios dados referentes à


estatística e a Probabilidade.

Metodologia Usada

O objectivo deste trabalho foi alcançado à proporção em que foi desenvolvida a


pesquisa académica, através de pesquisas bibliográficas, sendo descritiva e explicativa,
possuindo como bases teóricas artigos e livros publicados por renomados autores da
área.

Na concepção de Gil (2002) pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem


como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos e exigindo que
as acções desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efectivamente planejadas.
Assim, através dessas pesquisas, objectiva-se elucidar a problemática inicial proposta.
3
Resolução de Exercícios de Estatística e Probabilidade

1. Os dados a seguir ilustram o número diário de munícipes que aderiram ao


notário do distrito de Boane que cita no Posto Administrativo de Matola Rio,
para efeitos de reconhecimento de documentos: 24; 21; 21; 22; 22; 23; 21; 23;
20; 22; 23; 22; 22; 23; 20; 24; 22; 24; 22; 21.

Dados registados nos últimos 20 dias.

1.1. Com base nos dados do ponto I resolva as questões que se seguem:
a) Organização dos dados na tabela de frequências absolutas simples, relativas,
relativas percentuais, acumuladas, acumuladas relativas e percentuais:

Classes Frequência Frequência Frequência Frequência


Absoluta Relativa % Absoluta Relativa
Acumulada Acumulada
%
20 2 10% 2 10%
21 4 20% 6 30%
22 7 35% 13 65%
23 4 20% 17 85%
24 3 15% 20 100%
Total 20 100%

b) Comentando em torno da aderência de 23 munícipes, indo de acordo com os


dados acima citados, constatamos que durante os 20 dias, a aderência de 23
munícipes foi por 4 dias sendo a sua frequência relativa de 20%, a frequência
absoluta acumulada de 17 e consequentemente a frequência relativa
acumulada sendo 85%.
c) Gráfico De Barras De Frequências Absolutas Simples

4
8
7
6

Frequência
5
4
3
2
1
0
20 21 22 23 24

Numéro de Munícipes

A maior frequência diário de munícipes que aderiram ao notário do distrito de


Boane que cita no Posto Administrativo de Matola Rio durante os 20 dias é de
22 munícipes em que apareceu 7 vezes nos dias de notário.

1.2. Calcule:
Média Aritmética
2× 20+4 × 21+7 ×22+ 4 ×23+ 3× 24
a) M¿
20
442
M¿
20
M≅ 22
A Média Aritmética de um conjunto de dados é obtida somando todos os
valores e dividindo o valor encontrado pelo número de dados desse conjunto.
É muito utilizada em estatística como uma medida de tendência central.
Milone, G. (2004).
A média aritmética dos dados acima é de 22,1.
Mediana
22+ 22
M¿
2
M¿ 22
Mediana é o número central de uma lista de dados organizados de forma
crescente ou decrescente, sendo uma medida de tendência central ou, de
centralidade.
A mediana é o valor do meio ou, que representa o meio, de uma lista de
dados. Para mediana, a posição dos valores é importante, assim como a
organização dos dados. Milone, G. (2004).

5
A mediana dos dados acima é de 22.
Moda
A Moda (Mo) representa o valor mais frequente de um conjunto de dados,
sendo assim, para defini-la basta observar a frequência com que os valores
aparecem.
Um conjunto de dados é chamado de bimodal quando apresenta duas modas,
ou seja, dois valores são mais frequentes. Milone, G. (2004).
A moda dos dados acima observando os números notei que o número 22 foi
o que apresentou maior frequência (7 pares), portanto, a moda é igual a:
Moda= 22
b) A variância

2 2 2 2 2
2 +1 +0 +1 +2
V=
5

4+1+0+1+ 4
V=
5

10
V=
5

V =2

Variância e desvio padrão são medidas de dispersão, ou seja, parâmetros utilizados na


Estatística para calcular o quanto os dados de um conjunto de valores podem variar.

A variância (V) é útil para determinar o afastamento da média que os dados de um


conjunto analisado apresentam. Para isso, determina-se o valor médio das diferenças
quadradas da média. Milone, G. (2004).

Desvio Padrão

DP=√ σ
2

DP=√ 2

O desvio-padrão é uma medida de dispersão do conjunto, ou seja, uma medida que


indica quão uniformes são os dados do conjunto. O desvio-padrão demonstra a distância
dos valores em relação à média do conjunto, quanto mais próximo de 0 for o desvio-

6
padrão, menos dispersos são os dados daquele conjunto. O desvio-padrão pode ser
representado por \(D_p \) ou pela letra grega σ (sigma). Milone, G. (2004).

Coeficiente De Variação de Person

S
V= ×100 %
X

1,414
V= ×100 %
22

V =0,064 ×100 %

V =6 , 4 %

O coeficiente de variação é usado para analisar a dispersão em termos relativos a seu


valor médio quando duas ou mais séries de valores apresentam unidades de medida
diferentes. Dessa forma, podemos dizer que o coeficiente de variação é uma forma de
expressar a variabilidade dos dados excluindo a influência da ordem de grandeza da
variável. Milone, G. (2004).

2. O chefe de departamento de Recursos Humanos de um estabelecimento privado


de produção agrícola que cita no distrito de Manhiça, registrou salários (em
dólar) de 120 técnicos de agricultura com vista a apresentar o relatório de
processamento salarial efetuado no dia 12 de Junho de 2023, ao Director Geral
deste estabelecimento. Abaixo os dados em rol: 210; 210; 220; 220; 220; 225;
230; 240; 240; 244; 245; 250; 250; 250; 251; 253; 261; 262; 263; 264; 266;
268; 270; 280; 281; 283; 285; 290; 300; 300; 301; 301; 301; 301; 312; 315;
315; 316; 317; 312; 332; 341; 341; 341; 341; 342; 342; 348; 349; 350; 350;
351; 351; 351; 355; 355; 355; 361; 362; 362; 366; 366; 370; 370; 380; 381;
381; 381; 385; 385; 385; 385; 385; 385; 385; 390; 400; 410; 430; 440; 442;
442; 442; 500; 511; 521; 561; 564; 564; 564; 564; 565; 575; 581; 582; 583;
584; 586; 588; 588; 588; 589; 589; 589; 590; 590; 590; 590; 600; 610; 620;
680; 700; 730; 730; 730; 740; 740; 775; 850.

a) Regra De Stuges
K=1+3,3logN
Numero de Intervalos:

7
K= 1+3,3log120
K=7,8≅ 8
Amplitude Total:
At =850−210
At =640
Amplitude de Cada Intervalo:
640
Ai=
8
Ai=80
Tabela de Frequências

Salários Frequência Frequência Frequência Frequência


Absoluta Relativa Absoluta Relativa
Acumulada Acumulada
210 ⊢290 27 22,5% 27 22,5%
290 ⊢370 35 29,17% 62 51,67%
370 ⊢ 450 21 17,5% 83 69,17%
450 ⊢ 530 3 2,5% 86 71,67%
530 ⊢610 23 19,17% 109 90,84%
610 ⊢690 3 2,5% 112 93,34%
690 ⊢770 6 5% 118 98,34%
770 ⊢850 2 1,7% 120 100%
Total 120 100%

b) Histograma
40
Frequência

35
30
25
20
15
10
5
0
210Ͱ290 290Ͱ370 370Ͱ450 450Ͱ530 530Ͱ610 610Ͱ690 690Ͱ770 770Ͱ850

Salários

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Um histograma é um gráfico usado para representar a distribuição de frequência
de alguns pontos de dados de uma única variável. Os histogramas geralmente
classificam os dados em vários “compartimentos” ou “grupos de intervalo” e
contam quantos pontos de dados pertencem a cada um desses compartimentos.

Os histogramas são especificamente úteis em estatística, pois podem representar


a distribuição de dados de uma amostra.

c) Média Aritmética
49589
M=
120
M =413 ,24
Mediana
362+366
M d=
2
M d =364
Moda
Moda=385
d) A população é o conjunto completo de todos os elementos que estão sendo
estudados ou analisados em uma pesquisa ou estudo. É o grupo de interesse
que se deseja investigar e do qual se busca obter informações.
Nessa pesquisa a população é: Técnicos Agricultores.
A amostra é um subconjunto seleccionado da população que é efectivamente
estudado ou analisado. É uma parcela representativa da população que é
usada para colectar dados e fazer inferências para o todo.
Nessa pesquisa a amostra é: 120 Técnicos Agricultores.
Uma variável de pesquisa ou variável de estudo é um termo usado para se
referir a qualquer tipo de relação de causa e efeito.
Em termos gerais, uma variável representa um atributo mensurável que
muda ao longo de um experimento, verificando os resultados. Esses atributos
têm medidas diferentes, dependendo das variáveis, do contexto do estudo ou
dos limites que os pesquisadores consideram.

As variáveis quantitativas são numéricas, ou seja, representam uma quantidade


mensurável.

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Nessa pesquisa temos a variável quantitativa Contínua que inclui variáveis
que podem ser encontrados valores intermediários.
O salário que foi dado a maior parte dos trabalhadores que neste caso é a nossa
moda foi de 385.
O valor central que foi dado aos técnicos sendo a mediana foi de 364.
E a media dos salários dados aos técnicos foi de 413,24.
c) Um lote contém 15 peças das quais 9 são defeituosas. Quatro peças são
retiradas ao acaso do lote, uma após a outra. Determinar a probabilidade P de
que:
 Todas as três peças sejam não defeituosas
Dados:
Total: 15
Perfeitas: 6
Defeituosas: 9
15 ! 15∗14∗13∗12!
n ( ԉ )=C15 ,3= = =910
3 ! ( 15−3 ) ! 3!∗12 !
6! 6∗5∗4∗3 !
n ( A ) =C6 , 3= = =40
3! (6−3) 3 !∗3!
n( A) 40
P ( A )= = =0,0439=4 , 39 %
n( ԉ) 910
A probabilidade de três peças serem não defeituosas é de 4,39%
 Pelo menos uma seja defeituosa
40 910−40 870
P ( Ᾱ ) 1− = = =0,956=95 , 6 %
910 910 910

A probabilidade de pelo menos uma ser defeituosa é de 95,6%

10
Conclusão

A palavra estatística tem mais de um sentido. No singular se refere à teoria estatística e


ao método pelo qual os dados são analisados enquanto que, no plural, se refere às
estatísticas descritivas que são medidas obtidas de dados seleccionados.

A estatística descritiva, cujo objectivo básico é o de sintetizar uma série de valores de


mesma natureza, permitindo dessa forma que se tenha uma visão global da variação
desses valores, organiza e descreve os dados de três maneiras: por meio de tabelas, de
gráficos e de medidas descritivas. Barbetta, P.A. (1998)

O estudo da probabilidade é de grande importância para a tomada de decisões em nossa


sociedade. Conhecemos como probabilidade a área da matemática que estuda a chance
de um determinado evento acontecer.

A probabilidade conta com conceitos importantes, como experimento aleatório, evento,


espaço amostral, e eventos equiprováveis. O valor da probabilidade é sempre um
número entre 0 e 1 ou uma percentagem entre 0% e 100%, e é calculado com base na
razão entre os casos favoráveis e os casos possíveis. Magalhães, M.N. & Lima, A.C.P.
(2000)

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Referencias Bibliográficas

I. Barbetta, P.A. (1998). Estatística Aplicada às Ciências Sociais. Florianópolis:


Editora da UFSC.
II. Magalhães, M.N. & Lima, A.C.P. (2000). Noções de Probabilidade e Estatística.
São Paulo: IME-USP.
III. Gil, A.M (2002). Métodos e técnicas de pesquisa social- 6. ed. - São Paulo :
Atlas.
IV. Milone, G. (2004). Estatística Geral e Aplicada. São Paulo: Pioneira Thomson
Learning.

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