Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cultura .............................................................................................................................. 4
Ritos .................................................................................................................................. 5
Menstruação...................................................................................................................... 8
Masturbação...................................................................................................................... 8
Metodologia .................................................................................................................... 11
Conclusão ....................................................................................................................... 12
3
Factores sócio culturais que influênciam no comportamento sexual da comunidade de
Carupeia
Cultura
Segundo Marques, RM., & Frade A. (2009), a Cultura é um conceito amplo que representa
o conjunto de tradições, crenças e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada
através da comunicação ou imitação às gerações seguintes.
Dessa forma, a cultura representa o património social de um grupo sendo a soma de padrões
dos comportamentos humanos e que envolve: conhecimentos, experiências, atitudes, valores,
crenças, religião, língua, hierarquia, relações espaciais, noção de tempo, conceitos de
universo.
A cultura também pode ser definida como o comportamento por meio da aprendizagem
social. Essa dinâmica faz dela uma poderosa ferramenta para a sobrevivência humana e
tornou-se o foco central da antropologia desde os estudos do britânico Edward Tylor (1832-
1917). Segundo ele:
"A cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a
lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como
membro da sociedade". Marques, RM., & Frade A. (2009)
Características da Cultura
Valores Humanos
Em linhas gerais, os valores humanos consistem nos princípios morais e éticos que conduzem
a vida das pessoas. Esses valores estão relacionados à formação da consciência e da forma
como os indivíduos se relacionam dentro de uma sociedade.
4
São normas de conduta que influenciam na tomada de decisões relevantes. Agir guiado por
eles garante uma vida honesta e tranquila. Wellings, K., Collumbien, M., Slaymaker, E.,
Singh, S., Hodges, Z., & Patel D. (2006).
Esses valores são construídos socialmente e guiam as decisões tomadas pela pessoa, de forma
a assegurar um caminho mais sólido. Ter valores humanos bastante claros é fundamental para
não se desviar do cumprimento das suas metas na vida. Pessoas que não os possuem têm a
tendência de se sentirem perdidas.
Há grande diversidade de valores humanos, no entanto, entre eles existem alguns que são
considerados como universais. Quem deseja ter uma vida pautada por relações mais tranquilas
deve focar em cultivar tais valores.
Ritos
Rito é uma palavra com origem no termo latim ritus. Trata-se de um costume ou de uma
cerimónia que se repete de forma invariável de acordo com um conjunto de normas
previamente estabelecidas. Os ritos são simbólicos e tendem a expressar o conteúdo de algum
mito. Wellings, K., Collumbien, M., Slaymaker, E., Singh, S., Hodges, Z., & Patel D. (2006).
A celebração dos ritos toma o nome de ritual e pode ser bastante variada. Alguns rituais são
festivos, ao passo que outros têm lugar de forma solene. Os rituais são levados a cabo de
acordo com a tradição e podem ser dirigidos por algum tipo de autoridade (no caso do
catolicismo, os rituais são liderados pelos sacerdotes).
O rito é algo extremamente importante nas religiões. Nesse quesito, o rito pode ser tanto em
carácter social ou individual.
No caso do rito individual, ele é repetido por apenas uma pessoa, onde essa pessoa torna o
lugar e o tempo dedicados a esse rito algo sagrado. A exemplo disso temos a história bíblica
de Daniel, onde ele tinha o costume de orar de joelhos e dar graças a Deus todos os dias.
Wellings, K., Collumbien, M., Slaymaker, E., Singh, S., Hodges, Z., & Patel D. (2006).
Enquanto que, ainda no que diz respeito a religião, o rito social faz respeito ao preencher da
identidade de um grupo num culto religioso, por exemplo, ajudando a diferenciar as religiões.
5
em jeito de despedida do falecido e, em certos casos, para o preparar para a próxima vida ou
para a reencarnação.
Comportamento Sexual
Segundo Marques, RM., & Frade A. (2009), o comportamento sexual é uma realidade
complexa. Não é apenas biologicamente que somos sexuados, pois toda a nossa organização
social e cultural é, também, sexuada.
6
Cultura e os valores sócio culturais que influenciam no comportamento
sexual da comunidade
A sexualidade é influenciada pela cultura, visto que ela tem relação com o modo pelo qual as
pessoas desenvolvem suas relações interpessoais, como compreendem e vivem questões
afectivas e sexuais. Em muitos aspectos, isso tem relação com aquilo que se aprende ao longo
da vida, e uma das coisas que as pessoas aprendem é a significar sentimentos e
comportamentos. Bancroft, J. (1989).
Do mesmo modo que a cultura, a sexualidade não é fixa e imutável. Somos seres em contínuo
processo de mudança, definidos por nossas experiências e vivências, principalmente as
relacionadas ao amor e ao prazer. Assim, as expressões de nossas identidades e intimidades
também estão em constante mutação.
Essas mudanças dizem respeito à forma como ela está sendo vivida hoje, mais aberta e
pública. Uma das consequências disso é o despertar da curiosidade sobre o assunto cada vez
mais cedo.
E, mais do que nunca, é essencial trabalhar e entender os limites entre o que é público e o que
é da vida privada, com o respeito como base das relações.
7
moral e ordem social, que recai, sobretudo, sobre as mulheres. Encontrava-se presente na
nossa cultura e ainda persiste nas comunidades de islâmicos como Carapira.
Nestas, impõe-se que o corpo da mulher esteja totalmente coberto em público. Decorrente
deste facto, as mulheres apresentam-se nas consultas sempre acompanhadas pelo marido ou
familiar chegado e nas consultas de planeamento familiar só se deixam observar por
mulheres. Bancroft, J. (1989).
Menstruação
Em muitas culturas e em vários períodos históricos, a menstruação foi vista com receio, como
algo desagradável e passível de controlo moral. Segundo as Escrituras Judaico-Cristãs, a
menstruação da mulher é impura, assim como é quem tocar na sua cama (Levítico 15: 19-21).
Na tradição Ortodoxa Judaica, a mulher deve dormir separada do marido vários dias, durante
e após a menstruação, até se submeter a um banho de limpeza (mikvah). O teólogo cristão
Santo Agostinho pensava que as relações sexuais com uma mulher menstruada eram pecado.
Dias, S., Matos M.G., & Gonçalves A. (2001).
O Corão (versículo 2: 222) proíbe o sexo com mulher menstruada, assim como, segundo
certas interpretações, pode ser impedida de rezar, cozinhar ou entrar na mesquita. A noção de
que a mulher deve evitar ter relações durante a menstruação ainda está muito difundida,
mesmo na cultura ocidental dos nossos dias. Cerca de setenta a oitenta por cento dos homens
e mulheres evitam-nas durante esse período. Ainda é um assunto que necessita de ser
explicado claramente, pois ainda a défice de compreensão na comunidade de Carupeia.
Masturbação
De acordo com Ribeiro G.A (2007), a frequência com que as pessoas se masturbam varia
muito, consoante o sexo, a idade e a etnia. Assim, masturbam-se mais os homens que as
mulheres, os mais novos mais que os idosos e, em função da etnia, os afro- -americanos
menos que os hispânicos, os brancos ou os asiáticos. A influência da idade e do sexo é
importante, mas os factores culturais influenciam bastante, sendo a sua prática pouco usual
nas sociedades não ocidentais. Algumas culturas têm tabus contra a masturbação masculina,
devido às crenças de que poderia causar doença psiquiátrica, como se pensava na nossa
cultura até princípios do século XX, ou causar perda de energia yang, segundo a cultura
oriental.
8
A posição dos jovens de Carupeia perante este assunto é que a frequência da masturbação
pode vir causar problemas de memoria.
Os muçulmanos e, sobretudo, os hindus, acreditam que o sémen é uma fonte de energia que
não deve ser desperdiçada. Gaspar T., Matos, MG., Gonçalves, A., Ferreira, M., & Linhares,
F. (2006).
Sexualidade Pré-Marital
9
Circuncisão Feminina
Circuncisão Masculina
No mundo, um quarto dos homens são circuncidados. É uma prática antiga, aconselhada pelos
Muçulmanos e Judeus. Pratica-se, também, por tradições não religiosas. Nos EUA, um terço
dos homens é circuncidado. Na Europa, a taxa de circuncisões tem vindo a descer. Um estudo
em Inglaterra, em 1990, revelou que 32 por cento dos homens dos 45 aos 59 anos tinha sido
circuncidado, contra 12 por cento apenas no grupo dos 16 ao 24 anos. Ribeiro G.A (2007).
Segundo vários estudos, a circuncisão apresenta vantagens. Parece diminuir, em dez vezes, a
frequência de infecções urinárias no rapaz, permite corrigir a fimose, reduzir o risco de cancro
do pénis, de IST e de SIDA, assim como diminuir a probabilidade de se infectar ou de
transmitir a infecção por papilomavírus às parceiras, e destas contraírem cancro do colo do
útero. A desvantagem apontada, de que o homem ficaria com menor sensibilidade erótica do
10
pénis, não se confirma, ter encontrado uma associação positiva entre circuncisão e menor
incidência de disfunção sexual no homem. Ribeiro G.A (2007).
Metodologia
O objectivo deste trabalho foi alcançado à proporção em que foi desenvolvida a pesquisa
académica, através de pesquisas bibliográficas, sendo descritiva e explicativa, possuindo
como bases teóricas artigos e livros publicados por renomados autores da área.
Na concepção de Gil (2002) pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem como
objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos e exigindo que as acções
desenvolvidas ao longo de seu processo sejam efectivamente planejadas. Assim, através
dessas pesquisas, objectiva-se elucidar a problemática inicial proposta.
11
Conclusão
12
Referencias Bibliográficas
1. Bancroft, J. (1989). Human sexuality and its problems. 2nd ed. Edimburgh: Churchill
Livingstone.
2. Dias, S., Matos M.G., & Gonçalves A. (2001). Comportamento sexual: auto-relatos
numa comunidade migrante. Rev Port Pedagogia.
3. Gil, A.M (2002). Métodos e técnicas de pesquisa social- 6. ed. - São Paulo : Atlas.
4. Wellings, K., Collumbien, M., Slaymaker, E., Singh, S., Hodges, Z., & Patel D.
(2006). Sexual behaviour in context: a global perspective.
5. Gaspar T., Matos, MG., Gonçalves, A., Ferreira, M., & Linhares, F. (2006).
Comportamentos Sexuais, Conhecimentos e Atitudes face ao VIH/SIDA em
Adolescentes Migrantes. Psicologia, Saúde e Doenças.
6. Ribeiro G.A (2007). Circuncisão masculina está associada a um menor risco de
infecção pelo VIH. Rev Port Clin Geral.
7. Marques, RM., & Frade A. (2009). Saúde sexual e reprodutiva e envolvimento
masculino. Departamento de Cooperação e Desenvolvimento da APF.
13