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TEMA:
CORPO SOCIAL: A DIFERENCIAÇÃO E O PARENTESCO
Nome:
Edson Augusto Dinis Meque
Jacinto Fernando
Marcílio
1o ano. Turma A.
A Antropologia preocupa-se com o homem, pois vê-o como um determinante dos feitos nas
sociedades, isto é, a medida de todas as coisas. Então ela vai inquerindo a sua vida, seus
hábitos e seus costumes, isto na sua cultura. É daí que partimos neste presente trabalho para
olhar o Corpo Social nos seus elementos fundamentais.
Nas sociedades, podemos encontrar a Diferenciação, ainda mais além o Parentesco. Sera
nestas vertentes que iremos nos focar trazendo o sentido destes elementos e como se
manifestam ou são exercidos nas sociedades, suas manifestações e seus processos.
Este trabalho fizemo-lo em capítulos, dentro deles encontram-se os títulos e subtítulos, onde
desabrochamos o conteúdo daquilo que fomos investigando de forma detalhada para que não
haja reserve.
É um trabalho que vale-nos até aos nossos dias pois nos faz depararmo-nos com nossa
própria realidade actual assim como passada; oferece-nos, ainda, uma vaga de conhecimentos
sobre a organização das nossas sociedades.
CORPO SOCIAL (1): A DIFERENCIAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Universalidade do Fenómeno
De acordo com Martínez (2014, pág. 116), a cultura é que dá significados próprios, cria
instituições e estabelece funções com um código de comportamento anexo para as
diferenciações naturais. Estes significados, intituições, funções e código de comportamento
variam de sociedade para sociedade. A diferenciação social é diversificada Segundo as
culturas, isto é, o que numa determinada cultura é feito por um homem, numa outra feito por
uma mulher. Há culturas de linhagem patrilinear e outras matrilineares.
1.4. Diferenciação em mudança
De acordo com Martínez (2014, p. 116), em geral cantata-se certa superioridade cultural
masculina sobre a feminine com um dato de facto, no statu que o homem tem e nas funções
que exerce nas várias sociedades. Podemos ver como exemplo na maior liberdade do homem
no comportamento sexual, a sua autoridade dentro da família, na religião, o seu acesso às
diferentes profissões. Mesmo nas sociedades modernas vê-se isso.
2.2. Análise
2.2.1. As sociedades de facto reservam papeis diferentes e diferenciados para o homem e
para a mulher. O homem tem uma preparação para a vida adulta e social diferente da
mulher. Tais papeis diferenciam-se Segundo cada cultura.
2.2.2. A actividade sexual é regulamentada pelas culturas, com padrões de comportamento
próprios:
a) Há normas que se estabelecem com quem, como e quando se pode manter relações
sexuais. Assim, por exemplo, está regulamentado o matrimónio, as relações
conjugais, etc.;
b) Há leis chamada negativas, que tem por finalidade estabelecer certas proibições no
campo sexual;
c) Há leis punitivas para estabelecer ordem social ou familiar quebrada, isto é, em
caso de adultério, de violação, de incest, de divórcio;
d) As relações sexuais podem ser ritual em certas circunstâncias: em algumas
cerimónias de purificação, e abstinência antes de outras cerimónias, variando de
cultura para cultura.
Segundo Francisco Lerma Martínez (p. 118), a este dado biológico as sociedades dão-lhe de
facto conotações culturais, com associação de ideias e significados a cada um dos grupos
etários considerados. Assim, as criaças associam-se as ideias de fragilidade, pequenez,
transparência, entre outros; aos jovens, ideias como força, ardor, entusiasmo, e outros; aos
adultos, ponderação, juízo, contância, responsabilidade; ao ancião, sabedoria, tranquilidade,
paz interior, estabilidade. A idade faz adquirir tal conotação.
As culturas têm intituições, funções e padrões de comportamento para cada um dos grupos
etários que variam de sociedade para sociedade. As funções que seriam próprias dos jovens
numa determinada sociedade podem ser exercidas por um adulto noutra socidade; sendo
Segundo a tradição cultural.
A passage de uma fase para outra da vida não é apenas um facto biológico, é também facto
cultural. Por isso a sociedade tem intituições próprias e estabelece as normas para cada um
desses momentos cruciais, acompanhados com um ritual. Tais rituais são os chamados ritos
de iniciação, ou cursos escolares, as cerimónias acadêmicas, as formaturas, os juramentos, as
coroações, entre outros.
Seja como for, todas as sociedades põesm alguma diferenciação dos seus membros de acordo
com a idade em maior ou menor grau, Segundo o próprio contexto cultural. Numa sociedade,
as divisões são feitas em base a idade cronológica, independentemente da relative maturidade
psicológica; noutras com base na idade cultural, quando atingir o status de membro adulto,
observando o processo ritual próprio, independentemente da idade.
4. OUTRAS DIFERENCIAÇÕES
Segundo Francisco Lerma Martínez (p. 119), nas sociedades onde existe ainda o sistema
politico monárquico, a diferenciação pela descendência é aplicada na transmissão e no
exercício do poder. Noutras sociedades persiste a diferenciação dos seus membros por castas
ou estratificação. Há também certos tipos de diferencição dos membros da sociedade pela sua
participação em associações políticas, profissionais, lucrativas, artísticas, desportistas, de
utilidade social e religiosas.
1. O CASAMENTO
Segundo Francisco Martínez (pág. 121), o casamento diz respeito às relações de afinidade. É
ele que vai dar autoridade às relações de sangue. Em certo sentido, o matrimónio é mais
importante que mesmo os laços de sangue: estes últimos são compulsories, enquanto os laços
de afinidade são conduzidos pelas pessoas. O matrimónio tem o seu símbolo na aliança ou
anel, que está a indicar a união conjugal, isto é, a aliança entre dois membros de grupos e
sexo diversos.
1.1. Generalidade
De acordo com Francisco Martínez (pág. 121), o casamento é uma instituição social que visa
estabelecer vínculos de união estáveis entre o homem e a mulher baseados no
reconhecimento do direito de prestações recíprocas de comunhão de vida e de interesses,
Segundo as normas das respectivas sociedades. Entre as variadíssimas formas e normas de
existentes de casamento, permanece sempre o facto da comunhão, socialmente reconhecida e
regulada.teremos
Segundo Francisco Martínez (pág. 122), o casamento faz dos contraentes marido e mulher e
transforma os ‘‘status’’ de gerador e geradora em pai e mãe. O objective da procriação teve
sempre tal importância que a esteridade e a impotência podia invalidar o casamento. O
casamento é também intrumento de aliança entre grupos familiares.
A cerimómia nupcial que manifesta socialmente a decisão dos contraentes se pode reduzir a
um simples acto jurídico, ou um processo ritual mais complex, rico em cerimónias e
símbolos, compost por várias fases com períodos de tempos mais ou menos prolongados. O
casamento tem também uma dimensão comunitária, que requer, além da presença da família
dos cônjuges, a participação dos membros da comunidade ou ao menos, os representantes
mais significativos.
A norma do casamento nas diferentes sociedades contempla as questões que podem aparecer
durante a vida matrimonial, isto é, a infidelidade do homem ou a da mulher, através do
adultério, a rupture do vincula, provocando o divórcio. As causas do divórcio variam de
sociedade para sociedade. Podem ser a esteridade, a impotência, a incompatibilidade de
carácteres, as desgrças domésticas, e outros.
1.2. Tipologia
Segundo Francisco Lerma Martínez (p. 123), pode-se classificar o casamento em diversas
sociedades, em:
Quanto a procedência cultural dos cônjuges, o casamento pode ser classificado em:
a) Por livre comhecimento e interesse dos contraentes; b) em que a família tem papel
decisive; c) o casamento em que se requer o conhecimento tantos dos nubentes como
das famílias; d) casamento em que está prescrito o lobolo, como acto fundamental; e)
casamento em que não há nada estabelecido sobre o lobolo, apenas se exige o comum
acordo e aprovação formal da sociedade; f) o casamento por herança, como o levirato
que é o irmão do falecido receber a viúva como esposa, e o sonorato, a irmã da
falecida receber o viúvo como esposo.
Segundo Francisco Lerma Martínez (2014, p. 125), são leis que estabelecem os direitos e
deveres dos contraentes e demais pessoas implicadas no processo, proibições e punições no
caso de infração da lei. Aqui nada é deixado ao acaso e contemplam as relações sexuais
dentro e for a do matrimónio, a procriação, a comunhão de vida, a residência do novo casal,
os aspectos económicos e rituais.
Há categoria de parentes com as quais é proibido casar, e certas categorias que não é lícito
mater relações sexuais. Universalmente, isto é considerado de incesto. O incesto pode ser
definido como a proibição universal das relações sexuais entre consaguíneos, geralmente com
parentes do primeiro grau. O estudioso C. Lèvi-Strauss apresenta três explicações sobre a sua
rarão: - Seria uma medida de proteção, tendo por finalidade defender a espécie dos
resultadosnefastos dos casamentos; - Se poderia explicar por tendências psíquicas; - ou por
factores sociais.
2. A FAMÍLIA
Segundo Francisco Lerma Martínez (p. 126), famíla, do latim ‘famulus’, designava serviçal,
domestic; por sua vez, provém do sânscrito faama-dháman, (radical ‘‘dha’’), que significa
pôr, pousar, assenter.
Segundo Francisco Lerma Martínez (p. 126), o uso do termo ‘‘família’’ é ambíguo, com
significados muito diferentes. Podemos definer com mesmo termo agrupações de ordem,
estruturas e composição diferente em base a critérios de agregação de cada uma das culturas.
Segundo Francisco Martínez (pág. 127), na afinidade parte-se do facto de que na família,
marido e mulher não são parentes consanguíneos. Os laços de afinidade têm uma grande
importância no conjunto da organização social de qualquer agrupamento humano. Este tipo
de relação é responsável em grande percentage pela distribuição de benefícios, pela luta na
diminuição de distâncias sociais, e por muitas alianças.
3. O PARENTESCO
3.1. Generalidades
Segundo Francisco Lerma Martínez (p. 29), muitos são os estudos do parentesco na
sociedade de pequena escala, mas poucos de sociedade de grande escala. As relações de
parentesco estão tão enraizadas em nós que elas actuam de forma decisiva.
Segundo Francisco Lerma Martínez (p. 129), os termos que apresentamos são indispensáveis
para a compreensão de qualquer estudo em Antropologia
A descendência ou linhagem é o grupo cujos membros se sentem unidos entre eles por
descendência de um antepassado comum conhecido (a uma distância de quarto ou cinco
gerações). Cada um pode definer-se em relação a ele: filho, neto, bisneto, tetaraneto. A
linhagem é sentida como um grupo de parentesco estreito e funciona sempre como uma
unidade aberta exogámica.
4. TERMINOLOGIA DO PARENTESCO
4.1. Noção
Segundo Francisco Lerma Martínez (p. 131), L. Morgan foi o primeiro a apresentar a
terminologia de parentesco. Podemos definí-la como o sistema simbólico de denominação
das posições relativas aos laços de descendência e de afinidade. Existem dois tipos de
terminologia: descritivo e classificatório.
4.2. Sistemas
Tendo nós terminado com a indagação do presente trabalho, podemos concluir que no Corpo
Social encontra-se a Diferenciação e o Casamento, a Família e o Parentesco como elementos
essenciais que o constituem, sendo como a estrutura e a vida da sociedade na qual as pessoas
diferentes em género ou em posição, ou até mesmo em estatura e idade, nela orientam a vida.
A diferenciação é universal. É algo imprecendível na vida humana e nas sociedades, pois elas
não são feitas de pessoas iguais, há sempre algo de diferente, e é isto que vai dando distinção
de um em relação ao outro, e enriquecendo de complementaridade.
E, ainda, o casamento diz respeito às relações de afinidade. É ele que vai dar autoridade às
relações de sangue. Em certo sentido, o matrimónio é mais importante que mesmo os laços de
sangue. Este é feito de diversas maneiras, dependendo da cultura da sociedade onde é
realizado.
Podemos, por conseguinte, concluir que a família é um núcleo composto por pai, mãe e filhos
(nuclear, ou como se fosse um átomo); e mais outros agrupamentos maiores, da mesma
índole (como se fossem moléculas). Ela pode ser nuclear ou alargada, onde há uma relação de
afinidade e há seus elementos constituentes, dependendo da sociedade.
Por fim, podemos ainda inferir que conjunto de indivíduos que partilham um descendente
comum formam o grupo de parentesco. A descendência é a consequência directa da
procriação, e o parentesco é o seu reconhecimento social e cultural. A cultura estabelece o
parentesco.
Assim, estes elementos são constituentes da socidade, pois ela tem uma estrutura que põe em
certa ordem as pessoas que nela vivem. Decerto que alguns elementos podem estar em desuso
pelo avanço humano no que concerne à novas realidades e pela globalização, mas mesmo
assim há sempre uma linha de orientação que determina os que estão enquadrados numa
sociedade, isto constitui o jeito como se comportar e viver nela.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA