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CURSO DE E.M.C
TRABALHO INDIVIDUAL
DE ANTROPOLOGIA CULTURAL
Nº40
TURMA: B
CURSO: EMC
SALA: 2
CLASSE: 11ª
MOÇÂMEDES, 2023
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Cultura...............................................................................................................................4
Cultura em mudança..........................................................................................................5
Cultura e diferença............................................................................................................6
Conclusão..........................................................................................................................9
Referencias Bibliográficas...............................................................................................10
Introdução
A palavra cultura derivada do latim, “colere”, significa literalmente “cultivar,
plantar”. Partindo desse princípio, percebemos que se trata de uma herança que o povo
vai acumulando ao longo dos anos, e porém deve ser preservada.
A Cultura está sempre na consciência do indivíduo, mas externa a ela. Por isso,
nenhum cidadão existe por si mesmo, porque o cidadão isolado não produz cultura. A
cultura é produto social. A cultura abrange a representação colectiva. Estas
representações colectivas são hoje objecto de estudo em ciências humanas e sociais
(SANTOS, 2011).
Porém, mesmo quando se fala de sociedades tradicionais, não quer dizer que elas
não se modifiquem, o contacto com culturas diferentes também modifica alguns
aspectos de nossa cultura. O processo de aculturação, onde uma cultura absorve ou
adopta certos aspectos de outra a partir do seu convívio, é comum em nossa realidade
globalizada, onde temos contacto quase perpétuo com culturas de todas as formas e
lugares possíveis.
Todo aspecto de determinada cultura tem a sua própria dinâmica, pois não existe
nenhuma sociedade humana que esteja isenta de transformações com o tempo e em
contacto com outras culturas. As gerações velhas têm a responsabilidade de passar a
cultura às novas gerações, através da educação, manifestações artísticas e outras formas
de transmissão de conhecimento. Neste caso, a consciência do indivíduo estará
preparada para receber estes aprendizados culturais.
Cultura em mudança
Endoculturação é o processo através do qual o comportamento humano é
modelado culturalmente e organizado socialmente. Os antropólogos estudam todo tipo
de socialização que tenha como resultado a aquisição de cultura e, portanto, de
personalidade. Na verdade, o indivíduo é moldado por factores sociais e culturais, mas
conserva sua capacidade de pensar, sentir e agir com independência, resguardando sua
individualidade. Não é possível encontrar duas pessoas exactamente iguais, apesar da
influência decisiva da sociedade e da cultura, ou seja, assim como é impossível isolar o
ser individual da sociedade, esta não pode direccionar completamente as acções dos
sujeitos, eliminando suas particularidades.
A cultura possui tanto aspectos tangíveis - objectos ou símbolos que fazem parte
do seu contexto - quanto intangíveis - ideias, normas que regulam o comportamento,
formas de religiosidade. Esses aspectos constroem a realidade social dividida por
aqueles que a integram, dando forma a relações e estabelecendo valores e normas.
Cultura e diferença
As normas e os valores possuem grandes variações nas diferentes culturas que
observamos. Em algumas culturas, como no Japão, o valor da educação é tão forte que
falhar em exames escolares é visto como uma vergonha tremenda para a família do
estudante. Existe, então, a norma de que estudar e ter bom desempenho académico é
uma das mais importantes tarefas de um jovem japonês e a pressão social que esse
valor exerce sobre ele é tão forte que há um grande número de suicídios relacionados a
falhas escolares. Para nós, no entanto, a ideia do suicídio motivado por uma falha
escolar parece ser loucura.
Mesmo dentro de uma mesma sociedade podem existir divergências culturais.
Alguns grupos, ou pessoas, podem ter fortes valores baseados em crenças religiosas,
enquanto outras prefiram a lógica do progresso científico para compreender o mundo. A
diversidade cultural é um fato em nossa realidade globalizada, onde o contacto entre o
que consideramos familiar e o que consideramos estranho é comum. Ideias diferentes,
comportamento, contacto com línguas estrangeiras ou com a culinária de outras culturas
tornou-se tão corriqueiro em nosso dia a dia que mal paramos para pensar no impacto
que sofremos diariamente, seja na adopção de expressões de línguas estrangeiras ou na
incorporação de alimentos exóticos em nossa rotina alimentar.
Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser abordado em seu sentido negativo,
quando se traduz em um estado de não-guerra, em ausência de conflito, em passividade
e permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese, condenada a um vazio, a uma
não existência palpável, difícil de se concretizar e precisar. Em sua concepção positiva,
a paz não é o contrário da guerra, mas a prática da não-violência para resolver conflitos,
a prática do diálogo na relação entre pessoas, a postura democrática frente à vida, que
pressupõe a dinâmica da cooperação planejada e o movimento constante da instalação
de justiça.
Uma cultura de paz implica no esforço para modificar o pensamento e a ação das
pessoas no sentido de promover a paz. Falar de violência e de como ela nos assola,
deixa de ser a temática principal. Não que ela vá ser esquecida ou abafada; ela pertence
ao nosso dia-a-dia e temos consciência disto. Porém, o sentido do discurso, a ideologia
que o alimenta, precisa impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores
humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e promovem. A violência já está
bastante denunciada, e quanto mais falamos dela, mais lembramos sua existência em
nosso meio social e ambiental. É hora de começarmos a convocar a presença da paz em
nós, entre nós, entre nações, entre povos.
A cultura da paz está pautada em valores humanos que precisam ser colocados
em prática, a fim de passarem do estado de intenção para o exercício da ação,
transformando-se, concretamente, em atos. Tais valores, que se traduzem em éticos,
morais e estéticos, nos encaminham para o despertar de expressões de amor e
manifestações de respeito, que têm estado adormecidas, nos últimos tempos.