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Sumário
Introdução.............................................................................................................................3
1. Cultura: Origens ................................................................................................................ 5
1.1A Antropologia ................................................................................. 8
5. Referências Bibliograficas........................................................................................................33
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Introdução
O que você̂ entende por cultura? Você̂ acha que todo mundo tem cultura? Ou
cultura é só́ o que se aprende na escola? Você̂ precisa compreender que a cultura
não é só́ o que se aprende na escola. Todo mundo tem cultura, porque a cultura é
transmitida de geração a geração, de pessoa a pessoa, como herança social.
O estudo sobre a cultura pode variar de tempos em tempos, de autor para autor,
de paradigma para paradigma. Sendo assim, podemos dizer que é por meio desse
conceito que os antropólogos estudam o “outro”.
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de valores,
de normas,
de ideologias,
de comportamentos, entre outros.
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Figura 1 - Tipo de cultura
Fonte: https://www.terramundi.com.br
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1. Cultura: Origens
Cultura é um termo complexo e de grande importância para as ciências
humanas em geral. Sua etimologia vem do latim culturae, que significa “ato de
plantar e cultivar”. Aos poucos, acabou adquirindo também o sentido de cultivo de
conhecimentos.
A noção moderna de cultura foi sintetizada pela primeira vez pelo inglês
Edward Tylor, conceituando-a como um complexo que inclui conhecimentos,
crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos
adquiridos por uma pessoa como membro de uma sociedade.
Fonte: https://pt.wikisource.org/wiki/Autor:Edward_Burnett_Tylor
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compreender a cultura como uma dimensão da vida cotidiana de determinada
sociedade.
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ambiente. Sociedades distintas vão necessariamente originar culturas diferentes, ou
seja, diferentes formas de ver o mundo e orientar a atividade social.
É por isso que existem tantas diferenças culturais, mesmo sendo todos
pertencentes à mesma espécie humana. As diferenças culturais não podem ser
explicadas em termos de diferenças geográficas ou biológicas. No passado,
explicações baseadas no determinismo geográfico ou genético contribuíram para
reforçar o racismo e preconceitos, além de terem servido como justificativa para a
dominação de uns povos sobre outros.
Vale ressaltar também, que as diferenças culturais não existem apenas entre as
sociedades, mas também dentro de uma mesma sociedade. Basta pensarmos na
sociedade brasileira, nos diferentes sotaques, classes sociais, etnias, gênero,
religiões, gerações, escolarização, origens, etc. É importante levar em conta a
diversidade cultural interna à nossa própria sociedade, para compreendermos melhor
o país em que vivemos.
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1.1 A Antropologia
O estudo científico do homem foi constituído no século XVIII e adotou o nome de
Antropologia. No zelo enciclopédico do século de luzes, Diderot deu conta de alguns
significados do conceito, segundo os quais: Forma de se expressar dos escritores
sagrados que atribuíam a Deus as partes, ações ou condições exclusivas dos
homens.
No século XIX, houve uma intensa atividade científica pela qual se constituíram e
estabeleceram as principais disciplinas científicas e suas práticas. A Antropologia
não foi exceção e, ainda mais, foi um bom objeto de estudo para entender os
processos institucionais da ciência. Assim, em 1799, Louis-François Jauffret e
Joseph de Maimieux fundam em Paris a primeira sociedade antropológica
Société des Observateurs de l’Homme (BRO-CA, 1870, apud HERNÁNDEZ, 2015).
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A Antropologia começou, em parte, como uma tentativa dos membros das
sociedades científicas de registrar objetivamente e compreender essa variação. A
curiosidade relacionada com esses povos e seus costumes motivaram os primeiros
antropólogos amadores. Por profissão, eles eram naturalistas, médicos, clérigos
cristãos, ou exploradores.
Em suma, podemos definir “Antropologia como uma ciência que objetiva descrever
no sentido mais amplo possível o que significa ser humano” (LAVENDA & SCHULTZ,
2014).
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1.2 Cultura e Biologia
Antropologia biológica ou física: é um estudo da formação do ser humano em seus
aspectos físicos. Os antropólogos dessa vertente buscam, junto à biologia, determinar
quais fatores levaram os seres humanos a desenvolver determinados atributos físicos
em sociedades específicas.
No Brasil:
Na América Latina:
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A Antropologia sistematiza-se como ciência após Darwin ter trazido à luz a teoria
evolucionista, com a publicação de suas duas obras:
Tylor,
Morgan,
Bachofen,
Maine,
Bastian.
- Antropologia evolucionista
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Figura : Herbert Spencer
Fonte: : https://pt.wikisource.org/wiki/
Herbert Spencer foi bastante influenciado pelo pensamento de Charles Darwin.
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2. Cultura: Como Opera?
Para aprofundar a discussão, vamos nos inspirar nas características que
envolvem a atuação do conceito de cultura apresentada por Roque Laraia (2001). Ele
propõe cinco pontos para mostrar a operação desse conceito, são eles:
Fonte: https://www.google.com.br/
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2.1 A cultura condiciona a visão do homem
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2.2 A cultura interfere no plano biológico
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2.3 Os indivíduos participam diferentemente de sua cultura
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oferece culturalmente o país. Ou seja, mesmo que estejamos imersos em uma cultura,
temos uma participação relativa e parcial no que ela propõe.
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Cada cultura tem a sua lógica própria, que revela um encadeamento de
sentidos, pensamentos e ações que conformam a especificidade das culturas em si,
de acordo com sua origem histórica e o território habitado. O que faz sentido para os
membros de uma comunidade pode não fazer nenhum sentido para outra sociedade.
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A cultura não está parada. A todo momento, diversos elementos culturais são
reavaliados, conscientemente e inconscientemente, sendo que alguns são
descartados, outros reinventados.
Você̂ pode comparar como estavam vestidas as pessoas nas fotos antigas
guardadas no fundo da gaveta do armário com as vestimentas atuais, de quando
saímos na rua. Pode pensar nas músicas da sua infância e nas músicas que tocam
nas rádios hoje em dia. Analisar as gírias e palavras faladas pelos seus parentes mais
antigos em relação às gírias que você fala com seus colegas.
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3. O estudo antropológico sobre a cultura
Nesse estudo, ter critério e método é crucial para acessar e perceber elementos
da cultura a serem interpretados, que não são taco evidentes ao estrangeiro. Desde
o início, partimos da ideia de que toda cultura é complexa, extremamente rica e cheia
de sentidos.
Como diz Cuche (1999, p. 239), “Não há cultura que não tenha significação
para aqueles que nela se reconhecem. Os significados como os significantes devem
ser examinados com a maior atenção”. Por isso, se você está disposto a estudar o
homem e a sociedade em que ele vive, certamente vai abordar a discussão de cultura.
Se deseja explicar os significados dos acontecimentos sociais do mundo em que
vivemos, passará pelo estudo de seus elementos culturais.
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Isso é fundamental para um mundo que convive com inúmeras culturas e sociedades,
próximas, cada vez mais, umas das outras, pelos avanços tecnológicos que se
popularizam rapidamente mundo afora.
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4. As Duas Faces da Cultura
língua,
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crença,
valores,
costumes,
comportamento,
religião,
folclore,
dança,
culinária,
arte, entre outros.
Desta forma, o que distingue uma cultura das outras são os elementos
constitutivos que consequentemente compõem o conceito de identidade cultural, ou
seja, o indivíduo pertencente aquele grupo se identifica com os fatores que
determinam sua cultura.
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visando a inclusão e participação de todos os cidadãos são garantias de coesão
social, de vitalidade da sociedade civil e de paz. Assim definido, o pluralismo
cultural dá expressão política à realidade da diversidade cultural. Sendo
indissociável de um ambiente democrático, o pluralismo cultural favorece os
intercâmbios culturais e o florescimento das capacidades criativas que suportam a
vida pública.
Os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos, os quais são
universais, indivisíveis e interdependentes. O florescimento da diversidade
criativa exige a plena realização dos direitos culturais conforme definidos no
artigo 27.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem e nos artigos 13.º
e 15.º do Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Todas as pessoas devem assim ter a possibilidade de se exprimir e de criar e
divulgar o seu trabalho numa língua da sua escolha, e particularmente na sua
língua materna; todas as pessoas devem ter direito a uma educação e a uma
formação de qualidade, que respeitem plenamente a sua identidade cultural; e
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todas as pessoas têm o direito de participar na vida cultural da sua escolha e
de realizar as suas próprias práticas culturais, sem prejuízo do respeito pelos
direitos humanos e liberdades fundamentais.
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em conta as suas obrigações internacionais, definir a sua política cultural e
executá-la através dos meios que considere adequados, seja prestando apoio
operacional seja procedendo a uma regulamentação apropriada.
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d) Facilitar a aplicação do Plano de Ação, cujas linhas principais constam em
anexo a presente Declaração.
4.2 Multiculturalismo
Exemplo:
- Etnocentrismo
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povos primitivos e civilizados deve ser feita em termos de culturas diferentes e não na
relação superior/inferior.
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5. Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Ângela. Notas sobre a família no Brasil. In: ALMEIDA, Ângela M. et al.
(Org.). Pensando a família no Brasil. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo/UFRRJ, 1987.
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https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0185084914704207. Acesso em:
17 jan. 2019. CALDERÓ, Alaor A. Antropología social. 4.ed. México: Oasis, 1971.
CÂMARA CASCUDO, Luís da. História da alimentação no Brasil. São Paulo: Nacional,
1967. CAMARGO, Orson. A fantasia das três raças brasileiras. Brasil Escola.
Disponível em: ht-tps://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-brasil-varias-cores.htm.
Acesso em: 3 set. 2018.
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