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Introdução

Conceituar cultura não é uma tarefa fácil, cada individuo apresenta uma forma
de definição da cultura e aculturação. Uma das coisas que aprendemos a
respeitar ao longo dos últimos anos foi o valor da cultura de um povo. Verdade
seja dita, há muitos costumes que a gente adoraria mudar, esquecer, ou talvez
mesmo apagar da nossa história porque não vemos razão alguma delas terem
existido. Se calhar deve-se a pouca ou má exposição que tivemos à nossa
cultura. Também, sabemos que tudo isso deve-se à influências do ocidente e a
mente aberta que temos como jovens, ou pelo menos, esse é o peixe que os
"mais velho" nos vendem, como se eles jamais tivessem sido influenciados pelos
mesmos elementos. 1- Conceitos Fundamentais: 1.1- Sobre Cultura e
Aculturação. Segundo o site Apud Aristóteles “O Homem é um ser social. O ser
capaz de viver isoladamente ou é um Deus ou é uma besta, mas não um ser
humano”. 1.1.1- Alguns tópicos sobre Cultura: A maior parte daquilo que
fazemos, pensamos e sentimos, e todos os objetos que usamos, são algo que é
não inato, mas sim cultural e aprendido. A cultura é um conjunto de elementos
materiais e espirituais que os seres humanos criam para se adaptarem ao meio
ambiente (para sobreviverem e para viverem com mais conforto) e que são
transmitidos de geração em geração. Esse é o conceito sociológico de cultura.
Há um conceito menos amplo e mais restrito.

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Desenvolvimento

Cultura nas Ciências Sociais e Filosofia


No campo da sociologia e da antropologia, a cultura é definida de formas
distintas. Para a sociologia, a cultura é o conjunto de símbolos, ideias e
comportamentos que fazem parte de uma sociedade ou grupo social. As
práticas sociais ligadas à cultura são artificiais e passadas de geração em
geração. Por se tratarem de práticas criadas pelos indivíduos, a cultura pode ser
modificada e alterada conforme as necessidades daqueles que as criam.

A antropologia, mais especificamente, define a cultura como a totalidade dos


padrões que são aprendidos e desenvolvidos pelos grupos sociais. A cultura
corresponde, portanto, à maneira pela qual um grupo social se organiza e
transmite seus costumes e tradições.

Na filosofia, a definição de cultura é o conjunto de manifestações humanas


que, de alguma forma, contrastam com os acontecimentos naturais, marcando
a característica fundamental da filosofia: a racionalidade.

Conceito de aculturação
Aculturação é o conjunto das mudanças resultantes do contato, de dois ou mais
grupos de indivíduos, representante de culturas diferentes, quando postos em
contato direto e contínuo.
A aculturação é o resultado dos contatos, de natureza constante, que implicam
geralmente na transmissão de certos elementos da cultura de uma sociedade
para a outra.
A transmissão de elementos de uma cultura vai sempre precedida por uma
relação, que implica na aceitação de alguns e na rejeição de outros elementos
culturais.
A aculturação leva muitas vezes à desintegração de uma ou de várias culturas,
sob a influência dos contatos que se estabelecem entre os seus integrantes.
É frequente a desintegração de uma ou várias culturas, sob a influência dos
contatos que se estabelecem entre os grupos. Muito comum também é a
mudança dos elementos adquiridos, ocorrendo uma desorganização social, o
que pode envolver o desaparecimento, total ou parcial das configurações
anteriores, como também a fusão de certos elementos numa nova
configuração.

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O termo assimilação é o que define todo o processo que diz respeito às
mudanças na personalidade das pessoas envolvidas no processo de aculturação.

Aculturação
Aculturação é o conjunto de mudanças existentes a partir do contato e
interação entre duas ou mais culturas. A aculturação é, portanto, o resultado do
constante contato cultural e da transmissão de elementos da cultura de uma
sociedade para outra.
O processo de interação entre duas ou mais culturas pode ser natural ou
impositivo. A maneira como o processo de aculturação ocorre marca também
as relações de poder e de dominação entre as sociedades envolvidas.
A aculturação pode ocorrer de forma pacífica, garantindo que as culturas
possam coexistir, ou pode acontecer de forma violenta e impositiva, fazendo
com que ocorra o desaparecimento de uma ou mais culturas.
É importante ressaltar que, na maior parte das vezes, o processo de aculturação
é marcado pela resistência daqueles que são submetidos a uma nova e
diferente cultura. 
Aculturação é a interpenetração de culturas. É um termo que foi criado
inicialmente por antropólogos norte-americanos para designar as mudanças
que podem acontecer em uma sociedade diante de sua junção com
elementos culturais externos, geralmente por meio de dominação política,
militar e territorial.
Porém, segundo o historiador francês Nathan Watchel, aculturação é todo
fenômeno de interação social que resulta do contato entre duas culturas, e não
somente da sobreposição de uma cultura a outra. Já Alfredo Bosi, em Dialética
da colonização, afirma que esse fenômeno provém do contato entre sociedades
distintas e pode ocorrer em diferentes períodos históricos, dependendo apenas
da existência do contato entre culturas diversas, constituindo-se, assim, um
processo de sujeição social.
A maioria dos autores acredita que a aculturação é sempre um fenômeno de
imposição cultural. Trata-se de aculturação quando duas culturas distintas ou
parecidas são absorvidas uma pela outra, formando uma nova cultura diferente.
Além disso, aculturação pode ser também entendida como a absorção de uma
cultura pela outra, onde essa nova cultura terá aspectos da cultura inicial e da
cultura absorvida. Um exemplo é o Brasil, que possuía originalmente a

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cultura indígena e que adquiriu, posteriormente, traços das
culturas europeia e africana, formando-se, então, a cultura brasileira.

Globalização
Com a crescente globalização, a aculturação vem se tornando um dos aspectos
fundamentais da sociedade. Pela proximidade das culturas e rapidez
de comunicação entre os diferentes países do globo, alguns autores sustentam
que as culturas estão perdendo sua identidade, aderindo em parte a outras
culturas. Um exemplo disso são elementos da cultura ocidental que são cada
vez mais presentes em muitos países distintos. Embora a aculturação não tire
totalmente a identidade social de um povo, especula-se que, talvez, no futuro,
não exista mais uma diferença cultural tão acentuada como a aquela que hoje
ainda se observa entre os países, em especial entre o Oriente e o Ocidente.

Padrões culturais
Os padrões culturais são um conjunto de regras que regem o comportamento
de um organizado grupo de pessoas, de acordo com as suas tradições,
costumes, hábitos, crenças, localização geográfica e experiência do grupo para
estabelecer padrões de comportamento.
A cultura favorece a afinidade entre indivíduos que vivem na mesma sociedade,
que se identificam quando ouvem uma música, experimentam uma refeição,
veem um vestido, uma dança, ouvem histórias, ditos, crenças etc., porque eles
são conhecidos.

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Todos esses aspectos a serem compartilhados por um grupo de pessoas
compõem a cultura de uma sociedade, determinada por todo esse conjunto de
costumes, tradições e maneiras de interagir com seu ambiente para viver em
comunidade.
A cultura vista a partir de um conceito mais amplo, abrange o total de gerações
humanas que viveram ao longo dos anos, juntamente com suas maneiras
particulares de se comunicar e interagir.
É por isso que as características da cultura indicam que: é aprendida,
transmitida e proporciona satisfação.
Mais especificamente, podemos afirmar que:
A cultura é aprendida. Como resulta da interação entre indivíduos, os aspectos
culturais de cada grupo são aprendidos através da socialização.
A cultura é transmitida e. O acúmulo de experiências e aspectos culturais de
uma comunidade são transmitidos de geração em geração, ampliam e integram
as pessoas.
A cultura proporciona satisfação. Satisfaz a auto-estima tanto da pessoa que
entrega seus valores de identidade quanto da comunidade, que a recebe e se
compromete a consolidar esse sistema social.
Em resumo, padrões culturais são os modelos ou esquemas usados pelas
sociedades para controlar o comportamento das pessoas que o compõem.

Conceitos de padrões culturais

Ciências sociais - do ponto de vista das ciências sociais (isto é, da sociologia e da


antropologia), sobretudo conforme a formulação de Tylor, a cultura é um
conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais artificiais (isto
é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em geração por meio da
vida em sociedade. Essa definição geral pode sofrer mudanças de acordo com a
perspectiva teórica do sociólogo ou antropólogo em questão. De acordo com
Ralph Linton, "como termo geral, cultura significa a herança social e total da
Humanidade; como termo específico, uma cultura significa determinada
variante da herança social. Assim, cultura, como um todo, compõe-se de grande
número de culturas, cada uma das quais é característica de um certo grupo de
indivíduos". a definição de Tylor é muito genérica, podendo causar confusão

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quando se propõe uma reflexão mais aprofundada do que é cultura, outras
definições são mais restritivas. Os autores debatem se o termo se refere mais
corretamente a ideias (Boas, Malinowski, Linton), comportamentos (Kroeber)
ou simbolização de comportamento, incluindo a cultura material (L. White).
Vale lembrar que, em algumas concepções de cultura, o comportamento é
apenas biológico, sendo a cultura a forma como esse conjunto de fatores
biológicos se apresentam nas sociedades humanas. Em outras concepções
(como onde cultura é entendida como conjunto de ideias), cultura exclui os
registros materiais dos homens como tais da classificação (ex. um sofá ou uma
mesa não seriam “cultura”) – posição fortemente criticada por White.
Filosofia - cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com
a natureza ou comportamento natural. No cotidiano das sociedades civilizadas
(especialmente a sociedade ocidental) e no vulgo costuma ser associada à
aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores,
superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é
também descrito como "alta cultura", e é empregado apenas no singular (não
existem culturas, apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente
devem se enquadrar). Dentro do contexto da filosofia, a cultura é um conjunto
de respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos.
Cultura é informação, isto é, um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos
que se aprende e transmite aos contemporâneos e aos vindouros. A cultura é o
resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os
seus problemas ao longo da história. Cultura é criação. O homem não só recebe
a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovam.
A cultura é um fator de humanização. O homem só se torna homem porque vive
no seio de um grupo cultural. A cultura é um sistema de símbolos
compartilhados com que se interpreta a realidade e que conferem sentido à
vida dos seres humanos.
Antropologia - esta ciência entende a cultura como a totalidade de padrões
aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano. Segundo a definição pioneira de
Edward Burnett Tylor, sob a etnologia (ciência relativa especificamente do
estudo da cultura) a cultura seria "o complexo que inclui conhecimento,
crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo
homem como membro da sociedade". Portanto corresponde, neste último
sentido, às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições
transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição
comum, se apresentam como a identidade desse povo.

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Diferença entre aculturação e aculturação.
A aculturação é um conceito antropológico e sociológico que está relacionado
com a fusão de elementos pertencentes a duas ou mais culturas.

Ela é determinada por um processo dinâmico de mudança social e cultural que


acontece pelo contato (direto ou indireto) entre grupos sociais distintos.

Esses grupos são influenciados por elementos diversos, e assim, vão criando
novas estruturas. Como exemplo, podemos citar a fusão entre a cultura grega e
romana que gerou a cultura greco-romana.

Lembre-se que cultura é um conceito muito amplo que envolve conhecimentos,


valores, costumes, modos de fazer, práticas, hábitos, comportamentos e
crenças de determinado povo. Ela não é estática, estando, portanto, num
processo contínuo de modificação.

Exemplo de aculturação: Brasil


O conceito de aculturação no Brasil pode ser exemplificado pelo encontro
cultural que ocorreu entre os índios e portugueses. Neste caso, o processo
de fusão das culturas foi imposto, já que os portugueses forçaram os
índios a adquirirem a cultura europeia e deixar de lado as crenças
indígenas. 

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Outro exemplo de aculturação no Brasil foi a escravidão negra. Os negros,
quando chegaram ao Brasil, foram trazidos de forma forçada, tendo que deixar
tudo que construía a identidade cultural africana para trás. No Brasil, os negros
escravizados tiveram que aderir à cultura europeia, assim como ocorreu com os
índios. 

Apesar da imposição cultural que ocorreu no período colonial, a junção entre a


cultura europeia, indígena e a africana deu origem à cultura brasileira como
conhecemos hoje. Ou seja, diversos elementos das três culturas podem ser
facilmente percebidos nos costumes, nas crenças, no comportamento e nas
práticas culturais dos brasileiros. 

Sendo assim, o processo de aculturação foi a base para que a cultura fosse
formada e, ainda hoje, é possível perceber o processo de transformação
cultural, que está em constante movimento. 

Exemplo de cultura: Angola


Angola, como a grande maioria dos países independentes da África é um estado
multicultural e transcultural. Isto quer dizer que abriga em seu território
diversas culturas, com línguas, costumes e origens diferentes, que muitas vezes
extrapolam as fronteiras políticas estabelecidas pelos europeus no século XIX.
País socialista desde sua independência até o início dos anos 90, e assolado por
décadas de guerra de independência e civil, Angola hoje vive um período de
prosperidade trazido pela exploração do petróleo.
O perfeito exemplo disso são os extremos norte e sul. A norte, temos Cabinda,
hoje um enclave de Angola entre o Congo-Kinshasa e o Congo-Brazzaville, e
antigamente conhecida como Congo Português. Sua população é da etnia
Kongo, que utiliza uma língua do mesmo nome. Os Kongo estão presentes ainda
na região litoral dos dois Congos e nas províncias angolanas de Uíge e Zaire.
Cabinda, por ter uma história em parte diferente da de Angola (foi ocupada
pelos portugueses só em 1885, enquanto que o litoral de Angola já era
colonizado desde o século XVII), convive com um movimento separatista, o FLEC
(Frente de Libertação do Enclave de Cabinda), que luta desde os anos 60 pela
independência.
No sul de Angola, em diversos bolsões estão os povos khoisan (ou coissã), que
formam um grupo à parte dos povos bantu e do restante dos povos africanos.
Seu nome é a junção do nome de dois grupos, os Khoi e os San, conhecidos
também como bosquímanos ou hotentotes. Acredita-se que os khoisan sejam
descendentes dos povos nômades que habitavam a África há milhares de anos
atrás, e foram deslocados com a ocupação bantu. As línguas khoisan são únicas,

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conhecidas como "línguas do clique", caracterizada por diversos sons
inexistentes em outros idiomas, e que tem o som característico de um clique. O
filme "Os Deuses devem estar loucos" tem como protagonistas integrantes
desse grupo étnico.
Além do português, língua oficial do estado, Angola possui outros 42 idiomas
regionais. O país é uma exceção dentro do continente africano, pois a língua
europeia vem conquistando cada vez mais espaço no meio cotidiano em
detrimento das línguas nacionais, o oposto do que ocorre no restante do
continente.
Na literatura, o nome de Agostinho Neto é tradicionalmente citado como
exemplo, mas Angola produziu outros importantes escritores, entre eles
Pepetela, Luandino Vieira e Viriato da Cruz. A União dos Escritores Angolanos foi
um importante grupo entre os anos 70 e 80, ajudando vários autores novos a
editarem seus livros.
A música angolana foi importante na composição de vários ritmos em Cuba e no
sudeste do Brasil. Dentro do continente africano, porém, demorou a ser editada
em discos, destacando-se os artistas dos anos 60 e 70, que desenvolveram o
semba, a rumba congolesa e o merengue angolano, utilizando guitarras elétricas
e uma percussão intensa.
Na religião, a santeria cubana e a macumba brasileira são em boa parte
baseados nas crenças tradicionais religiosas de povos angolanos.

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Conclusão
Chegamos a conclusão de que os padrões culturais é muito diferente dos
padrões de aculturação isto porque os padrões culturais são um conjunto de
regras que regem o comportamento de um organizado grupo de pessoas, e que
os padrões de aculturação é o conjunto das mudanças resultantes do contato,
de dois ou mais grupos de indivíduos. A aculturação é o nome dado ao processo
de troca entre culturas diferentes a partir de sua convivência, de forma que a
cultura de um sofre ou exerce influência sobre a construção cultural do outro.
Existe grande diferença ente elas em todos os sentidos, dizer que algumas
regiões estão perdendo as suas culturas devido a crescente globalização.
Nenhuma cultura e superior a outra o que existe e a diferença entre elas.
Em Angola existe diferentes culturas e muitas delas são resultado da
aculturação. Podemos afirmar que o ser humano e capaz de se adaptar a
qualquer cultura.

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Bibliografia
A particularidade cultural. Disponível em: <
http://www.angola.or.jp/index.php/about_angola/culture >. Acesso em: 03 nov. 2012.
Culturaangolana'sblog. Disponível em: < http://culturaangolana.wordpress.com/ >.
Acesso em: 03 nov. 2012.
Angola (em inglês) Disponível em: <
http://www.state.gov/outofdate/bgn/angola/188526.htm >. Acesso em: 03 nov. 2012.

https://www.infoescola.com/cultura/cultura-angolana/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura

https://www.dicionarioinformal.com.br/padr%C3%B5es%20culturais/

https://www.significados.com.br/aculturacao/

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