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1. Relativismo Cultural
2. Etnocentrismo
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- A posição relativista liberta o indivíduo das perspectivas
deturpadora do etnocentrismo, que significa a supervalorização da
própria cultura em detrimento das demais.
3. Estrutura da Cultura:
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- Em cada cultura, devem-se estudar não só os diferentes traços
culturais encontrados, mas, principalmente, a relação existente
entre eles.
4. Processo Culturais
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Processo é a maneira, consciente ou inconsciente, pela qual
as coisas se realizam, sem comportam ou se organizam.
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1. Inovação: começa com o ato de alguém e pode ser
efetuada de 5 maneiras: a) variação: ligeira mudança nos padrões
de comportamento; b) invenção ou descoberta: através da
criatividade – descoberta: aquisição de um elemento novo (vapor,
eletricidade) e invenção: aplicação da descoberta (máquinas,
lâmpada); c) Tentativa: quando surgem elementos que tenham
pouca ou nenhuma ligação com o passado (ex: máquina de
escrever e computadores); empréstimo cultural: elementos vindos
de outra cultura – é o mais comum e importante. Ex: fumo, Papai-
noel, etc.
4.3 ACULTURAÇÃO
É a fusão de duas culturas diferentes quem entrando em
contato contínuo, originam mudanças nos padrões da cultura de
ambos os grupos.
Dos contatos íntimos e contínuos entre culturas e sociedades
diferentes resulta um intercâmbio de elementos culturais.
Com o passar do tempo, essas culturas fundem-se para
formar uma sociedade e uma cultura nova.
O exemplo mais comum relaciona-se com as grandes
conquistas.
(Assimilação – fase da aculturação: grupos que alcançam a
solidariedade cultural)
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Ex: cultura brasileira resultou, em princípio, da fusão das
culturas europeias, africana e indígena.
4.4 ENDOCULTURAÇÃO
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5. ANTROPOLOGIA, MULTICULTURALIMSO E DIREITO
(Cap. 5 – Elementos de Antropologia Jurídica – p. 97-128)
- Introdução
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mesmas pela importância determinante que têm na definição da
identidade de seus integrantes.
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- Identidade, Diferença e Reconhecimento
- O que é identidade?
- R: é a maneira como a pessoa se define, como é que as suas
características fundamentais fazem dela um ser humano (Charles
Taylor).
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Essa construção arte da matéria-prima fornecida pela Antropologia,
História, pela Geografia, Biologia pelas instituições, memória
coletiva, desejos, crenças religiosas, entre outros.
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6. Alteridade e Direito: a construção do “outro
6.1 A alteridade
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- Na colonização da América houve uma relação de dominação, o
colonizador não reconheceu o outro, impôs seus próprios valores, a
alteridade do “outro” foi recusada.
- Houve uma imposição dos valores se deu por meio de uma série
de discursos (religiosos, científico, político, jurídico..) mediante uma
rede de relações de poder.
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6.2 A relação entre verdade, discurso e poder
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- O colonizado era selvagem e deveria ser civilizado.
- Desta forma, o objetivo do discurso colonial está em caracterizar
o colonizado como população de tipo degenerado, possuindo coo
base uma origem racial.
- O Oriental
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- E o hoje o oriente continua sendo o “outro” civilizado?
- O Africano
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- Como consequência: o discurso colonialista construiu a verdade
sobre os africanos – os colonizados africanos como uma população
inferiorizada e os colonizadores brancos como uma raça superior.
- O Ameríndio
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- Todos discursos colonialista de inferiorização do outro (o
religiosos, o científico, o filosófico e o político), de uma maneira ou
outra, foram incorporados ao Direito.
- O Direito não é aquilo que está nos códigos, mas que é construído
por certos discursos em determinado momento histórico e de
acordo com certos interesses.
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* Antropologia antiga: considerava que existiam duas formas de
pensamento, o civilizado, evoluído (europeu), e o selvagem,
primitivo, inferior (orientais, africanos, ameríndios, etc).
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7. Etnicidade, Alteridade e Tolerância (Capítulo 2)
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- É na fronteira interétnica (faixa de confronto) que melhor
observamos as especificidades culturais da etnia, e descobrimos as
identidades, pois identidade e diferença estão permanentemente
juntadas, considerando que a identidade possui um caráter
relacional.
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- Etnocentrismo e Genocídio Cultural
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c) Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua
destruição física, total ou parcial;
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- Tolerância e Estado de Direito Pluriétnico
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- É preciso pensar que a tolerância é o caminho possível para o
estabelecimento de uma cultura de paz entre os diversos povos que
enriquecem com suas singularidades a existência humana.
- Tolerar: exige uma atitude ativa dos indivíduos e dos grupos. Não
significa silenciar diante do “Outro”, mas – pelo contrário –
estabelecer um diálogo franco e aberto, em que as diferenças são
expostas e tratadas com naturalidade.
- Por fim, devemos ter o cuidado de que, por mais que seja
importante o caráter histórico da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, esse documento está repleto de concepções ocidentais,
tornando-se necessária uma discussão multicultural.
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problema não é explicar como ela ocorreu, porém os processos que
lhe deram origem.
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também uma série de normas secundárias, estabelecidas para
cercear aqueles que ameaçam a ordem social sob controle. É um
erro dizer que as sociedades simples e sem Estado não têm leis. A
diferença é que todas essas funções eram realizadas pelos
membros da própria comunidade e não por setores burocráticos
profissionais.
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que a harmonização das partes, o contentamento da comunidade
com a decisão, o fim da violência.
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O legado desta época foram os textos que descreviam as terras, a
(fauna, a flora, a topografia) e os povos “descobertos” (hábitos e
crenças). Algumas obras que falavam dos indígenas brasileiros, por
exemplo, foram: a carta de Pero Vaz de Caminha (Carta do
Descobrimento do Brasil), os relatos de Staden, (Duas Viagens ao
Brasil). Além destas, outras obras falavam ainda das terras récem
descobertas, como a carta de Colombo aos Reis Católicos. Toda
esta produção escrita levantou uma grande polémica acerca dos
indígenas. A contribuição dos missionários jesuítas na América
(como Bartolomeu de Las Casas e Padre Acosta) ajudaram a
desenvolver a denominada “teoria do bom selvagem”, que via os
índios como detentores de uma natureza moral pura, modelo que
devia ser assimilado pelos ocidentais. Esta teoria defendia a idéia
de que cultura mais próxima do estado "natural" serviria de remédio
aos males da civilização.
“(...)E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou
oito, segundo disseram os navios pequenos que chegaram primeiro
(...) Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas
vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos
rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que
pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles
haver fala nem entendimento que aproveitasse (...)A feição deles é
serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons
narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem
mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que
de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência (...) Os
cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta
antes do que sobre-pente, de boa grandeza, rapados todavia por
cima das orelhas (...)Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar
parece-me que será salvar esta gente. Deste Porto Seguro, da
Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de
1500”.
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senhores e uma ordem política que, em alguns reinos, é melhor que
a nossa. (. . .) Esses povos igualavam ou até superavam muitas
nações e uma ordem política que, em alguns reinos, é melhor que a
nossa.(. . .) Esses povos igualavam ou até superavam muitas
nações do mundo conhecidas como policiadas e razoáveis, e não
eram inferiores a nenhuma delas. Assim, igualavam-se aos gregos
e os romanos, e até, em alguns de seus costumes, os superavam.
Eles superavam também a Inglaterra, a França, e algumas de
nossas regiões da Espanha. (...) Pois a maioria dessas nações do
mundo, senão todas, foram muito mais pervertidas, irracionais e
depravadas, e deram mostra de muito menos prudência e
sagacidade em sua forma de se governarem e exercerem as
virtudes morais. Nós mesmos fomos piores, no tempo de nossos
ancestrais e sobre toda a extensão de nossa Espanha, pela
barbárie de nosso modo de vida e pela depravação de nossos
costumes".
Sepulvera:
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séculos XVII e XVIII falavam de naturais ou de selvagens (isto é,
seres da floresta), opondo assim a animalidade à humanidade. O
termo primitivos é que triunfará no século XIX, enquanto optamos
preferencialmente na época atual pelo de subdesenvolvidos.
Gomara:
"As pessoas desse país, por sua natureza, são tão ociosas,
viciosas, de pouco trabalho, melancólicas, covardes, sujas, de má
condição, mentirosas, de mole constância e firmeza (. . .). Nosso
Senhor permitiu, para os grandes, abomináveis pecados dessas
pessoas selvagens, rústicas e bestiais, que fossem. atirados e
banidos da superfície da Terra".
Hegel:
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desordem inexorável, nem mesmo as forças da colonização, poderá
nunca preencher o fosso que os separa da História universal da
humanidade”.
Aula 4
A FIGURA DO BOM SELVAGEM E DO MAU CIVILIZADO
Américo Vespúcio:
Cristóvão Colombo:
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"Eles são muito mansos e ignorantes do que é o mal, eles não
sabem se matar uns aos outros. Eu não penso que haja no mundo
homens melhores, como também não há terra melhor".
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do cálculo e da impessoalidade das relações humanas, opõem-se
sociedades de solidariedade comunitária, abrigadas na
suntuosidade de uma natureza generosa.
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9) era um embrutecido sexual levando uma vida de orgia e
devassidão permanente, ou, pelo contrário, um ser
preso, obedecendo estritamente aos tabus e às proibições de seu
grupo;
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