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O que é Cultura: - CAPITULO 1 – FRENTE A.

I-Cultura significa cultivar, e vem do latim colere.


Genericamente a cultura é todo aquele complexo que
inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a
moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões
adquiridos pelo homem não somente em família, como
também por fazer parte de uma sociedade como
membro dela que é.
II - Aos olhos da Sociologia, cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São
idéias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento, adquirido a partir do
convívio social.
III - Só o homem possui cultura.

IV - Seja a sociedade simples ou complexa, todas possuem sua forma de expressar, pensar,
agir e sentir, portanto, todas têm sua própria cultura, o seu modo de vida.
V - Não existe cultura superior ou inferior, melhor ou
pior, mas sim culturas diferentes.

VI - Desde o surgimento do homem, após o


agrupamento do mesmo e o convívio social, uma troca
de experiências e reciprocidade foi estabelecida.

VII - Todo o conjunto de conhecimentos e modos de


agir e pensar dá origem à cultura, toda sociedade tem a
sua, pois não existe sociedade sem cultura,
independentemente do lugar.

VIII - A identidade cultural caracteriza as pessoas


pelo modo de agir, de falar, é como se as “rotulasse” a
partir dos modos específicos de sua cultura.
A cultura é fruto da miscigenação de diferentes povos
que introduziram seus hábitos e costumes, com o
contato de uma cultura e outra, pode gerar uma cultura
ainda mais diferente.
IX - Identidade cultural é um sistema de representação das relações
entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de
patrimônios comuns como a língua, a religião, as artes, o trabalho,
os esportes, as festas, entre outros. É um processo dinâmico, de
construção continuada, que se alimenta de várias fontes no tempo e
no espaço.
Como conseqüência do processo de globalização, as identidades
culturais não apresentam hoje contornos nítidos e estão inseridas
numa dinâmica cultural fluida e móvel.

X – Herança cultural - É um conjunto de valores transmitidos,


através do processo de socialização entre gerações, e que são
característicos da identidade de um povo que de um modo dinâmico
vai sendo criada por uma interação de diferentes elementos
geográficos, ambientais, sociais e outros fatores externos e que, de
uma perspectiva antropológica, irá afetar os modos de ser, pensar e
agir de uma pessoa.

XI – Elementos da Cultura:

a) Traço cultural - É a menor unidade de cultura de um povo, pode


ser material, ou não material. As gírias que os jovens usam
normalmente são formas de traços culturais.
Os traços culturais só têm significado quando considerados dentro
de uma cultura especifica. Um colar pode ser um simples objeto ou
adorno para determinado grupo e para outro ter um significado
mágico ou religioso.
b) Complexo cultural - Consistem no conjunto de traços ou num
grupo de traços associados, formando um todo funcional; ou ainda
um grupo de características culturais interligadas, encontrado em
uma área cultural.

Exemplo - O carnaval reúne um grupo de traços ou elementos


relacionados entre si, ou seja, carro alegórico, música, dança,
instrumentos musicais, desfile, organização etc. A cultura do café,
que abrange técnicas agrícolas, instrumentos, meios de transporte,
máquinas. O complexo do fumo, entre sociedades tribais,
envolvendo cultivo, produto, e os mais variados usos sociais e
cerimoniais.

c) Área Cultural - É um conceito desenvolvido na antropologia norte-americana da primeira


metade do século XX definido como áreas em que se encontram culturas similares.
Corresponde a conjuntos de elementos ou traços culturais típicos uma região (área), com
uma atividade humana relativamente homogênea ou um complexo de atividades (cultura)
comuns entre si.
É, portanto a área geográfica por onde se distribui uma certa cultura.
d) Padrão cultural - Em antropologia, a expressão padrão cultural se refere à soma total das
atividades – ‘atos, idéias, objetos - de um grupo; ao ajustamento dos diversos traços e
complexos de uma sociedade. É aquela configuração exterior que uma cultura apresenta,
traduzindo o conjunto de valores que expressa essa mesma cultura.’
É uma norma de comportamento estabelecido pela sociedade. Os indivíduos normalmente
agem de acordo com os padrões estabelecidos pela sociedade em que vivem.
Ex: o casamento monogâmico.
e) Subcultura – O conceito é utilizado para fazer referência a um grupo de pessoas,
geralmente minoritário, com um conjunto de características próprias (comportamentos e
crenças), que representa uma subdivisão dentro de uma cultura dominante da sua
comunidade.
Pode-se dizer que a subcultura é um grupo diferenciado dentro de uma cultura. Os seus
membros podem reunir-se por diversos motivos, como a idade, a etnia, a identidade sexual,
os gostos musicais ou a estética, entre outros.
É comum uma subcultura definir-se a si mesma por oposição à cultura dominante. Há
ocasiões, no entanto, em que essa oposição não é radical.
Os membros de uma subcultura tendem a compartilhar uma aparência similar que os
identifica, podendo ser um determinado penteado (a crista, no caso dos punks, por
exemplo) ou ainda a cor da roupa (preta, no caso dos góticos). No seio de uma subcultura é
hábito falar-se um dialeto particular ou usar termos pouco freqüentes noutros grupos.
XII - Crescimento do Patrimônio Cultural - A
cultural é o conjunto de todos os bens,
materiais ou imateriais, que, pelo seu valor
próprio, devem ser considerados de interesse
relevante para a permanência e a identidade
da cultura de um povo.

- Patrimônio é tudo aquilo que nos pertence.


É a nossa herança do passado e o que
construímos hoje. É obrigação de todos nós,
preservar, transmitir e deixar todo esse
legado, às gerações vindouras.

- Do patrimônio cultural fazem parte bens imóveis tais como castelos, igrejas, casas, praças,
conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a história, a arqueologia,
a paleontologia e a ciência em geral. Nos bens móveis incluem-se, por exemplo, pinturas,
esculturas e artesanato. Nos bens imateriais considera-se a literatura, a música, o folclore, a
linguagem e os costumes.
- Um local denominado patrimônio mundial é
reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como
tendo importância mundial para a preservação dos
patrimônios históricos e naturais de diversos países.
XIII - O crescimento do patrimônio cultural se da pela invenção e pela difusão cultural.

a) Invenção - invenção ao ato de criar uma nova tecnologia, processo ou objeto, ou um


aperfeiçoamento de tecnologias, processos e objetos pré-existentes.
O termo confunde-se com descoberta, que é a aquisição de um conhecimento novo "porém
ao acaso" ou sem um esforço determinado nesse sentido, porém aplicado; a invenção, pelo
contrário, é fruto de um trabalho dirigido a se multar respostas a um problema.

- Assim, invenção é a combinação de traços já existentes, dando como resultado um traço


cultural novo. Muitas vezes, como no caso do trem e do automóvel, as invenções acarretam
mudanças amplas e profundas em toda a cultura.
b) Difusão cultural - Alguns traços culturais, como uma nova moda ou o uso de um
equipamento recentemente inventado, difundem-se não só na sociedade em que tiveram
origem, mas também entre culturas diferentes, geralmente através dos meios de
comunicação (jornais, revistas, televisão, cinema, rádio, Internet etc.).
- Quando isso ocorre, dizemos que está havendo um processo de difusão cultural. Pode-se
afirmar que o enriquecimento cultural se verifica mais freqüentemente por difusão do que
por invenção.

XIV - Retardamento cultural - As mudanças dos diversos componentes da cultura não


acontecem no mesmo ritmo: alguns se transformam mais rapidamente do que outros. As
invenções, por exemplo, acarretam mudanças mais aceleradas na cultura material do que na
cultura não material: os instrumentos, as máquinas e as técnicas mudam mais rapidamente
do que a religião, os padrões familiares e a educação.
- Essa diferença de ritmo provoca descompassos entre os diversos componentes da cultura.
A introdução da pílula anticoncepcional na década de 1960, por exemplo, encontrou grande
resistência por parte de setores religiosos, enquanto milhões de mulheres em todo o mundo
já se beneficiavam com a invenção.

- Toda vez que há um desequilíbrio entre os diferentes aspectos da cultura pode-se falar de
retardamento ou demora cultural.

XV – Aculturação - É o conjunto das mudanças resultantes do contato, de dois ou mais


grupos de indivíduos, representante de culturas diferentes, quando postos em contato direto
e contínuo.
A aculturação é o resultado dos contatos, de natureza constante, que implicam geralmente
na transmissão de certos elementos da cultura de uma sociedade para a outra.
A transmissão de elementos de uma cultura vai sempre precedida por uma relação, que
implica na aceitação de alguns e na rejeição de outros elementos culturais.
A aculturação leva muitas vezes à desintegração de uma ou de várias culturas, sob a
influência dos contatos que se estabelecem entre os seus integrantes.
- A Multiculturalidade.

XVI – Marginalidade Cultural - Desconhecem totalmente seu passado, não conseguem


mais se expressar em sua própria língua, não se lembram mais de seus cantos, de suas
danças e de suas antigas práticas de caçadores e pescadores. Também não estão
incorporados à cultura da civilização que os cerca. São mansos e tristes.
Quando duas culturas entram em contato, podem ocorrer - além da aculturação - conflitos
emocionais nos indivíduos que pertencem a ambas as culturas.
Esses conflitos têm origem na insegurança que as pessoas sentem diante de uma cultura
diferente da sua. Aqueles que não conseguem se integrar totalmente a nenhuma das culturas
que os rodeia ficam à margem da sociedade. A esse fenômeno dá-se o nome de
marginalidade cultural.

XVIII – Contracultura - Surgiu nos Estados Unidos na década de 1960, a contracultura


pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu
e ganhou força, principalmente entre os jovens desta década, seguindo pelas décadas
posteriores até os dias atuais.
- De um modo geral, podemos citar como características principais deste movimento, nas
décadas de 1960 e 1970:
- Valorização da natureza;
- Vida comunitária;
-Luta pela paz (contra as guerras, conflitos e qualquer tipo de repressão);
- Vegetarianismo: busca de uma alimentação natural;
- Respeito às minorias raciais e culturais;
- Experiência com drogas psicodélicas,
- Liberdade nos relacionamentos sexuais e amorosos,
- Anticonsumismo.
- Aproximação das práticas religiosas orientais, principalmente do budismo;
- Crítica aos meios de comunicação de massa como, por exemplo, a televisão;
- Discordância com os princípios do capitalismo e economia de mercado.

- Atualmente a contracultura ainda vive, porém esta preservada em pequenos grupos sociais
e artísticos que contestam alguns parâmetros estabelecidos pelo mercado cultural, governos
e movimentos tradicionalistas.

XIX – Relativismo cultural - É um conceito antropológico segundo o qual não é possível


julgar a partir de um ponto de vista externo os padrões e valores culturais (moralidade,
práticas, crenças) de uma determinada cultura. Essa perspectiva entende que existe uma
incompatibilidade fundamental entre os sistemas de valores de diferentes culturas e também
que não há critérios objetivos que permitam classificar as culturas entre superiores e
inferiores, pois todas as culturas, segundo o relativismo cultural, devem ser vistas como
igualmente aptas a preencher as necessidades de seus integrantes. Os defensores do
relativismo cultural afirmam que ele é uma forma de dar voz a culturas marginalizadas e
acusam a visão evolucionária de etnocêntrica, por derivar de uma disposição humana para
classificar outros grupos que não o próprio como inferiores.

XX – Cultura dominante e Cultura dominada.

XXI – Cultura popular - É uma expressão que caracteriza um conjunto de elementos


culturais específicos da sociedade de uma nação ou região.
- Cultura Popular pode ser definida como qualquer manifestação cultural (dança, música,
festas, literatura, folclore, arte, etc) em que o povo produz e participa de forma ativa.
Ao contrário da cultura de elite, a cultura popular surge das tradições e costumes e é
transmitida de geração para geração, principalmente, de forma oral.
Exemplos de manifestações da cultura popular: carnaval, danças e festas folclóricas,
literatura de cordel, provérbios, samba, frevo, capoeira, artesanato, cantigas de roda, contos
e fábulas, lendas urbanas, superstições, etc.

RAÇA E ETNIA. CAPÍTULO 2 – FRENTE A.

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