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-O que é patrimônio
1. Conjunto de bens de família; herança familiar.
2. Conjunto de bens próprios, adquiridos ou herdados.
3. Bem ou conjunto de bens, materiais, naturais ou imateriais,
reconhecidos por sua importância cultural (ex.: patrimônio edificado).
4. [Religião] Conjunto de bens necessários para tomar ordens
eclesiásticas. = PECÚLIO
A MEMÓRIA ORGANIZACIONAL
A memória organizacional refere-se ao conjunto de conhecimentos,
informações, experiências e práticas acumuladas por uma organização ao longo
do tempo. É a capacidade de uma organização reter, acessar e utilizar o
conhecimento adquirido para melhorar suas operações, tomar decisões
informadas e se adaptar às mudanças. A memória organizacional é
fundamental para o aprendizado organizacional e o desenvolvimento contínuo.
Aqui estão alguns elementos-chave relacionados à memória organizacional:
1. Conhecimento Taciturno e Explícito: A memória organizacional pode incluir
conhecimento tácito (saber-fazer, intuição) e conhecimento explícito
(documentado, formalizado). Ambos são importantes para o funcionamento
eficaz de uma organização.
2. Documentação: Parte da memória organizacional é frequentemente capturada
por meio de documentos, relatórios, manuais, procedimentos operacionais,
registros de projetos anteriores e outras formas de registro.
3. Experiência dos Funcionários: A experiência e a expertise dos funcionários
desempenham um papel fundamental na memória organizacional. À medida
que os funcionários adquirem conhecimento e habilidades ao longo do tempo,
eles contribuem para a base de conhecimento da organização.
4. Aprendizado com Erros e Sucessos: A memória organizacional também inclui a
capacidade de aprender com erros passados e sucessos, de forma a evitar a
repetição de erros e a alavancar o que deu certo.
5. Cultura Organizacional: A cultura de uma organização pode influenciar a
maneira como ela valoriza e usa sua memória organizacional. Culturas que
incentivam a aprendizagem e a inovação tendem a tirar maior proveito desse
recurso.
6. Sistemas de Informação e Tecnologia: Muitas organizações usam sistemas de
informação e tecnologia para armazenar, organizar e acessar sua memória
organizacional de maneira eficiente.
7. Tomada de Decisão: A memória organizacional é essencial para a tomada de
decisões informadas. Ela permite que os líderes e gestores tenham acesso a
informações históricas e análises relevantes ao tomar decisões estratégicas.
8. Adaptação às Mudanças: Uma boa memória organizacional ajuda uma
organização a se adaptar a mudanças internas e externas, pois permite que ela
capitalize sobre o que funcionou bem no passado e aprenda com desafios
anteriores.
9. Transferência de Conhecimento: A memória organizacional é fundamental
para a transferência de conhecimento entre gerações de funcionários. Quando
funcionários experientes se aposentam ou deixam a organização, a memória
organizacional ajuda a garantir que seu conhecimento não se perca.
10. Competitividade: Organizações que têm uma memória organizacional bem
desenvolvida têm uma vantagem competitiva, pois são mais capazes de inovar,
resolver problemas e se adaptar rapidamente às mudanças do mercado.
Em resumo, a memória organizacional é um recurso crítico para o sucesso a
longo prazo de uma organização. Ela ajuda a preservar o conhecimento
acumulado e a experiência, permitindo que a organização aprenda com o
passado e se adapte às demandas em constante evolução do ambiente
empresarial.
SPHAN
O SPHAN (Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que mais tarde se
tornou o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), foi criado no
Brasil em 1937 com o objetivo principal de preservar, conservar e promover o
patrimônio histórico, artístico e cultural do país. Sua criação foi motivada por várias
razões:
1. Preservação da Identidade Nacional: O Brasil possui uma rica diversidade
cultural e histórica devido à sua colonização, influências indígenas, africanas e
europeias, e ao longo do tempo, muitos elementos dessa cultura estavam em
risco de desaparecimento devido ao desenvolvimento e modernização.
2. Valorização da História e Cultura Brasileira: Havia uma crescente preocupação
com a valorização da história, cultura e arte brasileiras, e com o
reconhecimento da importância de proteger e conservar os bens culturais que
refletiam a identidade nacional.
3. Preservação de Monumentos e Sítios Históricos: A degradação e o abandono
de muitos monumentos e sítios históricos, incluindo edifícios coloniais, igrejas
antigas, sítios arqueológicos e outros bens culturais, chamaram a atenção para
a necessidade de sua preservação.
4. Influência do Movimento Modernista: O Movimento Modernista no Brasil,
liderado por figuras como Mário de Andrade e Lúcio Costa, promoveu a
valorização da cultura e arte brasileiras, incentivando a criação de políticas e
instituições para a preservação do patrimônio.
5. Reconhecimento Internacional: A criação do SPHAN também estava alinhada
com tendências internacionais de preservação do patrimônio cultural, como a
Convenção de Haia de 1954 sobre a Proteção de Bens Culturais em Caso de
Conflito Armado.
6. Promoção do Turismo Cultural: O Brasil reconheceu o potencial do turismo
cultural como uma fonte de receita e uma maneira de promover a riqueza
cultural do país, o que incentivou a preservação de locais históricos e culturais.
Portanto, o SPHAN e, posteriormente, o IPHAN, foram criados para enfrentar desafios
relacionados à preservação do patrimônio histórico e artístico do Brasil e para
promover o reconhecimento e a valorização da rica diversidade cultural do país. Essa
instituição desempenha um papel fundamental na proteção e promoção do
patrimônio brasileiro desde sua criação.
No Brasil, a Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção
de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza
material e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação – como o
Registro e o Inventário – além do Tombamento, instituído pelo Decreto-Lei nº. 25, de
30 de novembro de 1937, que é adequado, principalmente, à proteção de edificações,
paisagens e conjuntos históricos urbanos.
O patrimônio material protegido pelo Iphan é composto por um conjunto de bens
culturais classificados segundo sua natureza, conforme os quatro livros do tombo:
arqueológico, etnográfico e paisagístico e
histórico;
belas artes; e
artes aplicadas.
O patrimônio cultural é uma parte fundamental da identidade de uma sociedade e
desempenha um papel crucial na preservação da história, das tradições e da
diversidade cultural. No entanto, também é importante reconhecer que existem
desafios e críticas relacionados ao conceito e à gestão do patrimônio cultural. Abaixo,
apresento algumas críticas e desafios comuns associados ao patrimônio cultural:
1. Exclusão e Representatividade Limitada: Uma crítica importante é que o
patrimônio cultural muitas vezes destaca apenas determinadas narrativas e
tradições, excluindo outras. Isso pode resultar na sub-representação de grupos
étnicos, culturas indígenas, minorias e suas contribuições para a sociedade.
2. Apropriação Cultural: Em algumas situações, o patrimônio cultural pode ser
apropriado ou comercializado de maneira insensível por pessoas ou empresas
que não pertencem à cultura de origem. Isso levanta questões de respeito,
autenticidade e exploração.
3. Especulação e Turismo Desenfreado: A proteção do patrimônio cultural pode
levar a um excesso de turismo e especulação imobiliária em áreas históricas, o
que pode prejudicar a autenticidade e a preservação do local.
4. Falta de Recursos: Muitas vezes, a preservação do patrimônio cultural é
prejudicada pela falta de financiamento e recursos. A manutenção de edifícios
históricos, sítios arqueológicos e coleções de museus requer investimento
contínuo.
5. Conflitos Políticos e Ideológicos: Em algumas situações, o patrimônio cultural
pode ser politizado e usado para promover agendas ideológicas, o que pode
distorcer a maneira como a história é interpretada e apresentada.
6. Decisões de Restauração e Intervenção: A restauração de edifícios históricos e
monumentos é muitas vezes um assunto delicado, pois envolve decisões sobre
o que preservar, o que restaurar e como fazê-lo sem comprometer a
autenticidade.
7. Desafios da Digitalização: A digitalização e a conservação digital do patrimônio
cultural apresentam desafios técnicos, éticos e de longo prazo relacionados à
preservação de dados digitais.
8. Perda de Identidade Cultural: Em algumas comunidades, a ênfase no
patrimônio cultural pode levar à perda de identidade cultural, à medida que as
tradições tradicionais são deixadas de lado em favor de uma versão
estereotipada ou comercializada da cultura.
É importante reconhecer essas críticas e desafios como oportunidades para melhorar a
gestão e a preservação do patrimônio cultural. A inclusão de diversas vozes e
perspectivas, o respeito pela autenticidade cultural e o investimento em educação e
sensibilização podem ajudar a enfrentar esses problemas e garantir que o patrimônio
cultural seja preservado de maneira significativa e respeitosa.
O patrimônio cultural desempenha um papel fundamental na história brasileira e é de
grande importância por várias razões:
1. Preservação da Identidade Nacional: O patrimônio cultural brasileiro é um
testemunho da diversidade étnica, cultural e histórica do país. Ele reflete a
mistura de influências indígenas, africanas, europeias e de outras culturas que
moldaram a identidade do Brasil ao longo dos séculos.
2. Registro da História: Os monumentos, edifícios históricos, sítios arqueológicos
e objetos culturais preservados no Brasil são registros tangíveis da história do
país. Eles contam a história da colonização, da luta pela independência, da
escravidão, da imigração e de outros eventos e processos históricos.
3. Promoção da Cultura e Arte Brasileira: O patrimônio cultural brasileiro inclui
uma rica diversidade de expressões culturais e artísticas, como samba,
capoeira, literatura, música, dança, culinária e artesanato. Essas manifestações
culturais desempenham um papel crucial na preservação e promoção da
cultura brasileira.
4. Turismo e Economia: Muitos locais de patrimônio cultural no Brasil são
destinos turísticos populares, atraindo visitantes nacionais e internacionais. Isso
contribui para a economia local e nacional, criando empregos e estimulando o
setor de turismo.
5. Fomento à Educação: Museus, arquivos e bibliotecas que fazem parte do
patrimônio cultural brasileiro são importantes recursos educacionais. Eles
oferecem oportunidades de aprendizado e pesquisa, permitindo que as
pessoas explorem a história e a cultura do Brasil.
6. Reconhecimento Internacional: Vários locais de patrimônio cultural no Brasil
foram reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio Mundial, destacando sua
importância para a humanidade. Isso eleva o prestígio internacional do Brasil
como guardião de um patrimônio cultural valioso.
7. Preservação da Memória e Identidade Local: Em muitas comunidades
brasileiras, o patrimônio cultural local desempenha um papel importante na
preservação da memória coletiva e da identidade cultural. Isso pode incluir
festivais tradicionais, práticas religiosas e tradições locais.
8. Desenvolvimento Sustentável: A preservação do patrimônio cultural também
pode ser um motor para o desenvolvimento sustentável, incentivando a
reabilitação de áreas urbanas históricas, o uso responsável de recursos naturais
e o estímulo ao turismo cultural.
Em resumo, o patrimônio cultural desempenha um papel vital na história brasileira,
preservando a riqueza e a diversidade da cultura e história do país. Ele contribui para a
construção da identidade nacional, a promoção da educação, o desenvolvimento
econômico e o enriquecimento da experiência cultural de todos os brasileiros. Além
disso, o patrimônio cultural brasileiro é um tesouro que merece ser valorizado e
protegido para as gerações futuras.