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CULTURA GERAL

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2. O QUE É CULTURA............................................................................................. 4
2.1 Conceito Cultura............................................................................................. 8
2.2 Conceito de Cultura para a Sociologia ......................................................... 10
3. CULTURA BRASILEIRA.................................................................................... 14
3.1 Como a Cultura Brasileira Nasceu ............................................................... 15
4. CULTURA E SOCIEDADE ................................................................................. 21
5. DIVERSIDADE CULTURAL ............................................................................... 23
5.1 Diversidade Cultural no Brasil ...................................................................... 24
Referências ............................................................................................................... 28

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 NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível
superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras
normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e


eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética.
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do
serviço oferecido.

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 INTRODUÇÃO

Cultura pode compreender-se de diversas maneiras. Em geral, entende-se por


cultura o tecido que se cria a nível social a partir das diversas tradições e costumes
de uma comunidade. As pessoas que pertencem a uma determinada sociedade
expressam-se e comportam-se de uma forma que caracteriza o grupo em questão.
Geral, por outro lado, é um adjetivo que qualifica aquilo que é comum a muitas
coisas de natureza diferente ou aquilo que é frequente ou habitual. É possível
distinguir, neste sentido, entre o geral e o particular.
Entende-se por cultura geral o cúmulo de saberes que uma pessoa dispõe
sobre temas variados. Quem tem boa cultura geral, tem conhecimentos de temática
diversa, sem se especializar em nenhuma área em concreto.
Exemplos: “Como é que não sabes a que temperatura ferve a água? Isso é
cultura geral!”, “O Dr. Gullonetti poderá ser um grande especialista em física quântica,
mas falta-lhe cultura geral para ter uma conversa interessante”, “Apesar de não ter
nenhum grau académico, graças à minha curiosidade e à minha experiência de vida,
acho que até tenho um nível de cultura geral aceitável”.
A cultura geral é o saber que permite a um indivíduo construir o seu próprio
critério, analisar assuntos diversos e responder com êxito em diferentes facetas da
vida quotidiana. Essa cultura pode construir-se a partir do estudo sistematizado (numa
escola, universidade, etc.), da educação informal (autodidata) e da experiência
adquirida ao longo dos anos.

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 O QUE É CULTURA

Cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças


e costumes de determinado grupo social. Ela é repassada através da comunicação
ou imitação às gerações seguintes.
Dessa forma, a cultura representa o patrimônio social de um grupo sendo a
soma de padrões dos comportamentos humanos e que envolve: conhecimentos,
experiências, atitudes, valores, crenças, religião, língua, hierarquia, relações
espaciais, noção de tempo, conceitos de universo.
A cultura também pode ser definida como o comportamento por meio da
aprendizagem social. Essa dinâmica faz dela uma poderosa ferramenta para a
sobrevivência humana e tornou-se o foco central da antropologia desde os estudos
do britânico Edward Tylor (1832-1917). Segundo ele:
"A cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a
arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos
pelo homem como membro da sociedade".

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Figura 1: Cultura na Sociologia

Fonte: Google.

A cultura na sociologia representa o conjunto de saberes e tradições de um


povo. Estes são produzidos pela interação social entre os indivíduos de uma
comunidade ou sociedade.
A partir das necessidades humanas vão sendo moldados e criados padrões e
comportamentos que geram uma determinada estrutura e organização social.
Vale lembrar que nenhuma cultura deve ser considerada superior à outra. O
que existe são diferenças culturais entre os diversos grupos. Ao fazer juízo de valor
sobre algum aspecto externo à sua cultura, podemos estar sendo etnocêntricos.
O etnocentrismo ocorre quando consideramos nossos hábitos ou condutas
superiores aos de outrem e isso pode gerar preconceitos não fundamentados.
 Tipos de Cultura

1. Cultura de Massa
A cultura de massa é o conjunto de ideias e de valores que se desenvolve tendo
como ponto de partida a mesma mídia, notícia, música ou arte. Ela é transmitida sem
considerar as especificidades locais ou regionais.
A cultura de massa é usada para promover o consumismo entre os indivíduos,
sendo um comportamento típico do capitalismo, que foi expandido de maneira drástica
a partir dos séculos XIX e XX.

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2. Cultura Erudita
Diferente da cultura de massa, a cultura erudita é resultado do conhecimento
adquirido por meio da pesquisa e do estudo nos mais diferentes campos.
Não é ofertado massivamente, está disponível a poucos e representa uma
forma de diferenciação social permitida pelo acesso ao conhecimento. Como
exemplos, temos: exposições artísticas, apresentações teatrais e concertos.
3. Cultura Popular
A cultura popular está intimamente relacionada com as tradições e os saberes,
os quais são determinados pelo povo, por exemplo: as festas, o folclore, o artesanato,
as músicas e a dança.
Em oposição à cultura erudita, ela ocorre de forma espontânea e orgânica.
Portanto, não está associada aos equipamentos culturais, como os museus, cinemas,
bibliotecas, etc.
4. Cultura Material
A cultura material representa o conjunto de patrimônio cultural e histórico
formado por elementos concretos que ao longo de tempo foram construídos pelo ser-
humano.
Como exemplos de cultura material temos os elementos arquitetônicos (igrejas,
museus, bibliotecas) e os objetos de uso pessoal e coletivo (obras de arte, utensílios,
vestimenta).
5. Cultura Imaterial
Diferente da cultura material, a cultura imaterial é formada pelos elementos
intangíveis. Ela representa o conjunto de saberes, tradições, técnicas, hábitos,
comportamentos, costumes e modos de fazer de um determinado grupo.
Considerada um patrimônio cultural transmitido entre gerações, temos como
exemplos as lendas folclóricas, as feiras populares, os rituais, as danças, a culinária,
etc.
6. Cultura Organizacional
A cultura organizacional, também chamada de "cultura corporativa", reúne um
conjunto de elementos associados aos valores, missões e comportamentos de
determinada organização.

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Dentro do contexto da globalização e dos estudos mercadológicos, esse tipo
de cultura foi criando padrões de funcionamento e operações, por exemplo, dentro de
uma empresa.
7. Cultura Corporal
A cultura corporal analisa o comportamento dos seres humanos em seus mais
diferentes grupos. Ela reúne as práticas relacionadas ao movimento, como danças,
jogos, atividades, comportamento sexual e festividades.
Elementos da Cultura
Associada aos valores materiais e espirituais, os elementos culturais são:
1. Elementos da Cultura Material
Associada aos elementos tangíveis, concretos e palpáveis construídos pelos
seres humanos.
Como exemplos de cultura material podemos citar as construções e os objetos:
museus, igrejas, obras de arte, vestuário, utensílios, etc.
2. Elementos da Cultura Imaterial
Relacionado com os elementos intangíveis e espirituais de um grupo, a cultura
imaterial representa os saberes, os modos de fazer e os valores partilhados entre os
membros de uma sociedade.
Como exemplos, podemos citar os rituais, as lendas, as festas, a linguagem, a
culinária, etc.
Características da Cultura
 Determinada pelo conjunto de saberes, comportamentos e modos de fazer;

 Possui um caráter simbólico;

 É adquirida por meio das relações sociais de um grupo;

 É transmitida para gerações posteriores;

 Não é estática, sendo influenciada por novos hábitos.

Embora seja a mesma, a língua é pronunciada de maneira diferente no Sul, no


Sudeste, no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste. Todas diferem do português
falado em Portugal.

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2.1 Conceito Cultura

Cultura é um termo bastante explorado pela Antropologia, ciência que surgiu


na mesma época em que a Sociologia e visa a analisar as sociedades humanas a
partir de sua produção cultural, indo das mais elementares formas de organização
social até as mais complexas.
O sentido de cultura é amplo. O que nos interessa aqui é saber que a cultura
corresponde a um conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos de um povo ou um
determinado grupo artístico (literário, dramatúrgico, musical, derivado das artes
plásticas etc.) que cultiva, de algum modo, um padrão estético semelhante.
Significado de cultura
Segundo o dicionário Aurélio Online|1|, cultura pode significar:
1. Ato, arte, modo de cultivar;
2. Lavoura;
3. Conjunto das operações necessárias para que a terra produza;
4. Vegetal cultivado;
5. Meio de conservar, aumentar e utilizar certos produtos naturais;
6. Aplicação do espírito a (determinado estudo ou trabalho intelectual);
7. Instrução, saber, estudo;
8. Apuro; perfeição; cuidado.

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Em virtude da variedade de significados dessa palavra derivada do latim que
deu origem tanto a expressões de cuidado e cultivo quanto a expressões que
designam conjuntos de conhecimentos e hábitos de determinadas sociedades, é difícil
realizar o seu esgotamento conceitual.
Podemos designar, com a palavra cultura, o cultivo de vegetais (a cultura de
tomates ou o cultivo de tomates), o cultivo do conhecimento humano alcançado pela
racionalidade e pelo senso estético (quando nos referimos a uma pessoa culta,
justificando que ela é letrada, erudita, que conhece vários idiomas ou é conhecedora
de arte) e a cultura de um povo, de uma região, de uma nação, que se apresenta em
suas diversas facetas: religião, arte, culinária, costumes, conhecimento etc.
De todas essas formas a que a palavra cultura pode remeter, a última é a que
será tratada neste texto, pois é a que se encaixa no espectro de assuntos estudados
pela Antropologia, uma disciplina que surgiu no século XIX, em meio ao surgimento
da Sociologia. As duas áreas compõem, junto à Ciência Política e à Economia, o
conjunto que forma as chamadas
Ciências Sociais.
A cultura é um dos
elementos de análise da
Antropologia e foi desenvolvida
de diferentes maneiras, de
acordo com o seu local e seu
povo originário.

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2.2 Conceito de Cultura para a Sociologia

Focando no termo cultura observado pelo viés da Sociologia e da Antropologia,


podemos dizer que “é por meio da cultura que buscamos soluções para nossos
problemas cotidianos, interpretamos a realidade e produzimos novas formas de
interação social”.
O avanço dos estudos antropológicos apresenta visões mais recentes da
Antropologia que contrariam as visões iniciais da disciplina. Os métodos
antropológicos e sociológicos de análise social e cultural também se modificaram. Por
isso, podemos destacar métodos e pontos de vista diferentes acerca do estudo
sociológico para adentrar no conceito de cultura por meio desses métodos e de seus
pensadores.
No século XIX, os estudos antropológicos surgiram na Europa, principalmente
sob o espectro do darwinismo social do biólogo e sociólogo
britânico Herbert Spencer. O termo “evolucionismo” estava em voga nos meios
intelectuais do século XIX, devido à disseminação da teoria darwinista. O darwinismo
social surgiu a partir da conexão entre os estudos de Darwin e a Antropologia, ligação
efetuada por Spencer.
Em sua teoria, Spencer defende que existem estágios diferentes de evolução
humana no mundo e eles que se apresentam por meio dos diferentes tipos de cultura
desenvolvidos pelos seres humanos em cada local.
Essa teoria, obviamente, leva em consideração as noções não somente
geográficas, mas também étnicas para separar os diferentes povos, o que permite a

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percepção, nos dias de hoje, de que o darwinismo social era uma
ótica eurocêntrica e racista apoiada em um método científico.
Outro grande nome a integrar o espectro do darwinismo ou evolucionismo
social foi o também britânico, considerado o primeiro antropólogo da Inglaterra,
Edward Burnett Tylor. O “pai” da Antropologia britânica revolucionou o conceito de
cultura para aplicá-lo em amplo aspecto em sociedades, porém ele estava ligado a
uma visão que mais tarde seria descartada do estudo social científico, por estabelecer
hierarquias sociais a partir da produção cultural.
A partir de Franz Boas, os antropólogos foram percebendo, aos poucos, que
não existia uma hierarquia cultural.
Outro nome importante
apareceu no século XIX, o do
geógrafo, físico e antropólogo
alemão, naturalizado nos Estados
Unidos, Franz Boas. Boas divergiu
das teorias antropológicas de sua
época e passou a mergulhar
na cultura indígena de tribos
estadunidenses, com uma ótica
menos eurocêntrica, diferente dos
evolucionistas, que consideravam
a cultura europeia superior a
qualquer cultura desenvolvida por
nativos das Américas, da África e
da Ásia.
O culturalismo de Boas inaugurou um modo de pensar baseado
na relativização do termo cultura e de parâmetros para se entender a cultura, pois não
é possível medir uma escala de desenvolvimento cultural a partir de sociedades
diferentes.
A visão antropológica de Boas influenciou um novo modo de pensar a
Sociologia e a Antropologia no século XX, denominado estruturalismo. Os
estruturalistas enxergam que há uma lógica que liga a cultura com a língua, a cultura
com o povo e a cultura com o meio.

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Seguindo essa visão, a cultura influencia a caracterização de um povo, mas o
oposto também acontece. Também há uma noção de influência do meio, mas uma
influência não determinante. Tudo isso constitui uma estrutura social importante que
deve ser analisada.
Um nome importante da Antropologia estruturalista é o
do etnólogo belga Claude Lévi-Strauss, o qual teve sua obra fortemente influenciada
por sua estadia no Brasil, o que lhe rendeu o contato com alguns povos indígenas.
A jornalista Véronique Mortaigne afirma, em introdução a uma entrevista feita
com Lévi-Strauss sobre sua relação com o Brasil, que: em 1935, o jovem professor
de 27 anos chega a São Paulo e depois se embrenha no Mato Grosso, nas terras dos
índios, inaugurando sua carreira de americanista. Esse período de trabalho de campo,
que se seguirá até 1939, servirá de base para a construção teórica de sua
Antropologia Estrutural.|3|
Para Claude Lévi-Strauss, não é possível estabelecer uma hierarquização das
culturas, ou seja, em termos de cultura, não existe melhor ou pior, mais desenvolvido
ou menos desenvolvido, mas sim culturas distintas, que florescem junto a outros
elementos das diversas estruturas sociais.
Tipos e exemplos de cultura
Podemos estabelecer três tipos básicos de cultura, tomando uma concepção
restrita da palavra que se refere mais ao ambiente estético e artístico do que a um
conjunto de saberes coletivos. Esses tipos são:
 Cultura erudita

A cultura erudita, muitas vezes utilizada como sinônimo de uma cultura muito
desenvolvida esteticamente e de alto valor, é um termo que, quando empregado, pode
resultar em uma visão etnocêntrica. Cultura erudita é a cultura criada por uma elite,
econômica, social ou intelectual, que tenta se sobrepor aos outros tipos de cultura por
meio de sua própria classificação.
Muitos lementos culturais criados pelas elites foram amplamente difundidos,
sobretudo da elites europeias, muitas vezes de grande desenvolvimento técnico,
como a música erudita barroca e clássica, a ópera, a pintura e a escultura
renascentista etc. Dessa feita, podemos elencar como exemplos mais específicos as
óperas do compositor alemão Richard Wagner, como Tristão e Isolda ou O Anel dos
Nibelungos; as pinturas de Caravaggio; as peças musicais de Bach, de Vivaldi ou a
ópera de Bizet.

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 Cultura popular
O grafite é um exemplo de manifestação cultural interessante, pois ele tem um
caráter popular, por estar fora do eixo erudito, com elementos da cultura de massa.
É a expressão cultural
geral de um povo que, em
muitos casos, em especial em
países como o Brasil, está fora
do eixo erudito, por ser uma
manifestação popular criada por
povos marginais, ou seja, que
estão à margem da sociedade,
fora das elites.
Se pensarmos no Brasil, temos uma vasta e rica cultura nordestina, nortista,
sertaneja e indígena e, nos centros urbanos, das periferias e favelas, as quais não se
enquadram ao padrão erudito, pois a nossa “erudição cultural” importou padrões
essencialmente europeus.
Tomemos, como exemplos, a cultura indígena; o cordel nordestino; a literatura
de Ariano Suassuna (de uma estética linguística erudita, no sentido de rebuscada,
mas partindo de elementos da cultura nordestina); a música sertaneja de raiz; o
samba, que foi rechaçado pela cultura erudita por muito tempo por ter surgido como
expressão cultural dos negros, descendentes de escravos e favelados; o rap brasileiro
e o funk carioca autêntico (o funk carioca de origem, sem a interferência da indústria
cultural), que hoje passam pela mesma discriminação que o samba sofreu no início
do século XX.
Essas mudanças de visão demostram que os padrões culturais e estéticos
mudam ao longo do tempo. O mesmo aconteceu com o jazz, nos Estados Unidos, que
era visto como uma cultura inferior por ter suas raízes fincadas nos negros
escravizados, mas hoje possui o status de cultura erudita.
Teodor Adorno, por exemplo, que, além de filósofo, era músico, considerava o
jazz uma degeneração musical dançante, fruto da cultura de massa, pois fugia do
padrão estético da cultura erudita europeia da qual Adorno utilizava como padrão de
medida.

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 Cultura de massa

A cultura de massa é diferente da cultura popular e da cultura erudita, mas pode


mesclar elementos de ambas. A cultura de massa não é uma manifestação cultural
autêntica criada por um povo ou por uma elite intelectual, mas é um produto
da indústria cultural, que visa a atender as normas do mercado e fazer da cultura e da
arte um negócio lucrativo, produzindo e vendendo elementos culturais como se
fossem objetos que as pessoas desejam comprar.
O principal eixo produtor e disseminador dos padrões culturais massificados
hoje é os Estados Unidos, que importa os seus produtos culturais para
vários países globalizados, que assimilam aqueles produtos como uma cultura
autêntica.

 CULTURA BRASILEIRA

A cultura brasileira é rica e diversa, o que se explica pela formação geográfica


e histórica do país. Indígenas, africanos e portugueses contribuíram muito para essa
construção.
A cultura brasileira, assim como a formação étnica do povo brasileiro, é vasta
e diversa. Nossos hábitos culturais receberam elementos e influências de
povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos e japoneses, entre
outros, devido à colonização, à imigração e aos povos que já habitavam aqui.
São elementos característicos da cultura brasileira a música popular,
a literatura, a culinária, as festas tradicionais nacionais, como o Carnaval, e as festas
tradicionais locais, como as Cavalhadas de Pirenópolis, em Goiás, e o Festival de
Parintins, no Amazonas.
A literatura de cordel é um exemplo de elemento cultural genuinamente
brasileiro.

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A religião, como
elemento cultural, também
sofreu miscigenação,
formando o que chamamos
de sincretismo religioso. O
sincretismo religioso
brasileiro reúne elementos do candomblé, do cristianismo e das religiões indígenas,
formando uma concepção religiosa plural.
O carnaval é uma das principais manifestações culturais brasileiras.

3.1 Como a Cultura Brasileira Nasceu

Podemos dizer que os elementos mais antigos da cultura genuinamente


brasileira remontam aos povos indígenas que já habitavam o território de nosso país
antes da chegada dos portugueses em 1500. Donos de uma cultura extensa, os povos
nativos mantinham as suas crenças e praticavam seus elementos culturais aliados a
um modo de vida simples e em contato com a natureza.
Com a chegada dos portugueses e o início da colonização, a cultura
europeia foi introduzida, à força, nos povos indígenas, e as missões da Companhia

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de Jesus (formadas por padres jesuítas) vieram para o Brasil com o intuito
de catequizar os índios.
No século XVII, devido ao grande número de engenhos de cana-de-açúcar, os
europeus começaram a capturar e trazer os negros africanos, à força, para o Brasil,
como escravos. Esses, tiranicamente escravizados, trouxeram consigo elementos da
sua cultura e de seus hábitos, como as religiões de matriz africana, a sua culinária e
seus instrumentos musicais.
No século XIX, o Brasil vivenciou mais um processo migratório composto
por trabalhadores italianos que vieram trabalhar nas lavouras de café, quando os
primeiros indícios da abolição da escravatura já apontavam no governo brasileiro.
Outros grandes fluxos migratórios significativos aconteceram durante a Segunda
Guerra Mundial, quando japoneses, alemães e judeus buscaram refúgio em terras
brasileiras.
Toda essa vastidão de povos provocou a formação de uma cultura plural e de
culturas diferentes. As diferenças geográficas também contribuíram para que o
processo cultural brasileiro se tornasse plural e diversificado.
Se considerarmos como exemplo a música sertaneja de raiz, encontramos nela
elementos que remetem à vida no campo. Já o funk carioca fala da vida nas favelas,
de onde ele surgiu. A literatura de cordel, por sua vez, trata de temas recorrentes ao
sertanejo nordestino, enquanto os elementos da vida gaúcha tratam da vida dos
povos que se estabeleceram no Sul do país, sob influência de alemães e argentinos.
Hábitos e costumes
Os costumes brasileiros são
variados. Tratando de termos morais, a
nossa influência toma como base,
principalmente, a moral judaico-cristã.
O cristianismo constitui a maior
influência para a formação de nosso
povo, principalmente
pela vertente católica, que compõe
o maior grupo religioso brasileiro.
Também sofremos influências morais
de outros povos que vieram para o Brasil por meio dos fluxos migratórios, como os
africanos.

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A diversidade de hábitos e costumes morais também se deu por conta
dos regionalismos que foram surgindo ao longo do tempo. Por possuir um território de
proporções continentais, o Brasil viu, ao longo de sua história, o desenvolvimento
de diferentes vertentes culturais, devido às diferenças geográficas que separam o
território.
Pensando em termos culinários (a culinária é um valioso elemento cultural de
um povo), temos pratos típicos e ingredientes que provêm da cultura indígena, dos
estados nordestinos e do Centro-Oeste brasileiro, por exemplo. Enquanto vatapá e
acarajé são pratos típicos baianos de origem africana, os habitantes
do Cerrado consomem pequi, e a culinária tradicional paulista é fortemente
influenciada pela culinária portuguesa e italiana.

Influências
 Influência Europeia
O carnaval, festival de
origem pagã, e tão comemorado
no Brasil, é também visto na
tradição europeia, como é o caso
do Festival de Veneza.
A cultura europeia é uma
das principais fornecedoras de
elementos culturais para o Brasil.
Foram os europeus que mais
migraram para o país. Culinária, festas, músicas e literatura foram trazidas para o
território brasileiro, fundindo-se com outros elementos de outros povos. Além da
cultura popular dos países europeus, foi trazida também a cultura erudita, marca
essencial das elites intelectuais e financeiras europeias.

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 Influência indígena

Atualmente há encontros indígenas pelo Brasil, nos quais a nossa cultura


nativa é promovida por meio de exposições de dança, música, vestimenta etc.
Hoje nós consumimos pratos
típicos indígenas, além de
incorporarmos em nosso
vocabulário palavras oriundas
da família linguística tupi-guarani.
Palavras como caju, acerola,
guaraná, mandioca e açaí têm
origem indígena, além do hábito
alimentar que desenvolvemos
comendo esses frutos e da
mandioca ter nascido na cultura indígena antes da chegada dos portugueses.

 Influência africana

No Brasil o Dia de Iemanjá é comemorado, em sua maior parte, por


devotos do candomblé e da umbanda.
Os africanos
trouxeram para o Brasil as
suas práticas
religiosas expressas hoje,
principalmente, pelo
candomblé e pela umbanda,
que mistura elementos do
candomblé com o
espiritismo kardecista.
Também trouxeram pratos
típicos de suas regiões e desenvolveram aqui pratos com inspiração naquilo que
compunha a culinária africana dos locais de onde vieram. Outra marca cultural que
herdamos dos africanos é a capoeira, praticada até os dias atuais.

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Cultura brasileira atual
Atualmente, a cultura
brasileira sofre diversas
influências além daquelas raízes
apontadas no tópico anterior. A
cultura brasileira atual
é influenciada fortemente pelos
elementos da indústria cultural.
Além desses fatores, existem
outros oriundos da cultura
produzida nas periferias, que não necessariamente são frutos da indústria cultural.
A break dance é um dos elementos do hip hop que compõem a cultura
brasileira contemporânea.
Hoje, podemos elencar o hip hop e o funk como elementos que impulsionam a
cultura brasileira atual, para além da cultura de massa produzida pela indústria
cultural. Nesses casos, podemos relacionar esses elementos a uma cultura autêntica,
produzida pela periferia e para a periferia, sendo muitas vezes confundidos com os
elementos da indústria cultural ou incorporado por eles.
Alguns elementos culturais do século XX também resistem e colocam-se como
fatores que ainda influenciam a cultura brasileira atual, como o carnaval, que
movimenta grande parte da população brasileira entre nos meses de fevereiro e março
de cada ano.
Exemplos
 Cultura popular
 Cultura sertaneja
 Cultura do Centro-Oeste
 Cultura sulista
 Cultura nordestina
 Cultura nortista
 Folclore brasileiro
 Samba
 Literatura de cordel

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A cultura brasileira é vasta
e diversa. Se considerarmos o
Brasil nos dias atuais, a nossa
cultura pode ramificar-se
em centenas de eixos, vindos dos
vários polos culturais
estabelecidos em todos os
estados de todas as regiões
brasileiras.
A vastidão cultural brasileira deve-se, em primeiro lugar, ao fato de que vários
povos migraram para o nosso país em fluxos variados e, em segundo lugar, pelas
grandes dimensões territoriais brasileiras, que nos caracterizam como um país
de proporção continental que possui condições climáticas e geográficas diferentes
entre si.
Essas diferenças presentes dentro de nosso território e a combinação de vários
povos contribuíram fortemente para a formação plural de nossa cultura.

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 CULTURA E SOCIEDADE

Todos nós adquirimos nossas características humanas em um contexto


sociocultural. Essa condição básica da vida humana levou o filósofo espanhol Ortega
e Gasset a dizer: “Eu sou eu e a minha circunstância”. Isso significa que cada um de
nós constrói sua identidade a partir do seu ambiente. “Quem sou eu? ” É a pergunta
que mais cedo ou mais tarde todos nós fazemos. De maneira mais ou menos
consciente nos interrogamos sobre nossa identidade pessoal e percebemos quanto
os valores e os comportamentos das pessoas que nos rodeiam e que conhecemos
mais de perto influenciam nossas ações e ideias. Aprendemos muito do que nos torna
seres humanos em um ambiente cultural, aquele em que nascemos e nos
desenvolvemos.
Poucas pessoas percebem como a vida, e mesmo a personalidade de cada um
de nós, é influenciada pela sociedade da qual somos parte. Nascer no Brasil e crescer
como membro da sociedade brasileira constitui uma experiência de vida muito
diferente da de crescer e ser educado na França, no Japão ou na Índia, por exemplo.
E isso tem consequências fundamentais e diversas para o resto de nossas vidas.
O estudo das sociedades humanas é importante não só para melhor
conhecermos a nós mesmos, mas, também, para melhor compreendermos as
pessoas que vivem em outros contextos socioculturais. Nunca como hoje, tantos
aspectos da vida humana mudam tão rapidamente e para tantas pessoas ao redor do
planeta. E isso tem ocorrido em todas as áreas: nas artes, nas ciências, na religião,
na moralidade, na educação, na política, na família e na economia. Todas são
afetadas. Nessas circunstâncias, não é surpresa que tenha aumentado de maneira
significativa o interesse pelo estudo das sociedades humanas, embora constituam um
fenômeno dos mais complexos e as ciências sociais integrem um campo de pesquisa
jovem em que predomina o debate e a controvérsia.
A sociedade é uma forma de organização que se desenvolveu aos poucos, em
correntes animais distintas e, em inúmeras vezes, independentemente uma das
outras. A forma societal é encontrada não apenas entre os humanos, mas, também,
entre muitas espécies de mamíferos, pássaros, peixes e mesmo entre insetos,
facilitando, através da adaptação, a sobrevivência e a multiplicação.
Estudos comparativos de sociedades animais desenvolvidos pela Biologia
Evolutiva mostram que a individualidade tende a ser suprimida em sociedades de

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insetos, por exemplo, em que os mecanismos genéticos são responsáveis por regular
a vida social do grupo (pense nas sociedades de abelhas e de formigas). O sociólogo
Gerhard Lenski, em seu livro As Sociedades Humanas (em inglês, Human Societies)
desenvolve uma análise que muito nos ajuda a compreender a importância da
dimensão cultural para a nossa vida individual e a sobrevivência da espécie humana.
Na perspectiva do
processo de evolução das
espécies animais, Lenski
assinala que de forma
contrastante com outras
espécies, “a individualidade
é marcante nas sociedades
dos mamíferos o que, por
sua vez, significa que a
unidade social, tão
importante para a
sobrevivência das espécies,
depende em grande parte de
comportamentos a serem
aprendidos”. Dessa forma,
quanto mais a individualidade ganha realce em uma espécie, maior é a importância
dos processos de aprendizagem para a realização e desenvolvimento de cada
membro assim como da espécie como um todo. O fato de que todas as espécies de
macacos e primatas vivem em grupos sociais sugeriu uma questão aos pesquisadores
da área: por que isso ocorre? Os estudos sobre comportamento de primatas
permitiram concluir que a razão principal reside no aumento de oportunidades de
aprendizagem que a organização em sociedade oferece. Foi observado que “o grupo
é o lugar de conhecimento e experiência que ultrapassa em muito o do membro como
indivíduo”. É no grupo que as experiências se tornam mais vantajosas e com benefício
mútuo, recíproco. Entretanto, todos nós percebemos o quanto os humanos são
diferentes na sua capacidade de aprendizagem.
Sobre isto Lenski escreveu: “se comparamos os humanos, do ponto de vista
físico, com outros antropoides, as diferenças são menores do que as que separam
esses antropoides dos outros animais. Do ponto de vista comportamental, entretanto,

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ocorre o oposto. (...) O ser humano ultrapassou um ponto crítico no processo de
evolução com apenas pequena mudança genética, abrindo o caminho para um
extraordinário avanço comportamental. Esse curioso desenvolvimento está ligado à
imensa capacidade para aprender que os humanos possuem. Isto tornou possível um
modo original e próprio de adaptação ao ambiente que os cientistas sociais chamam
de cultural. Essa é uma característica crucial da vida humana. ”

 DIVERSIDADE CULTURAL

A diversidade cultural é um termo que designa as diferentes culturas que


habitam um mesmo espaço geográfico, mas com costumes diferentes.
Diversidade cultural é um termo que se refere aos variados costumes do qual
uma sociedade está relacionada. As atividades gastronômicas, a religião, a
linguagem, a organização familiar, a política e demais.
Assim, a diversidade cultural irá abranger variadas características próprias de
um grupo específico de seres humanos. Estes, por sua, vez dividirão um mesmo
território, possuindo costumes pessoais que os diferem.

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O termo foi cunhado com o intuito de entender e aprofundar as diferenças entre
as várias culturas existentes. Dessa forma, as variadas culturas comporiam o que se
entende por identidade cultural.
Seja de um indivíduo, seja de uma sociedade. A diversidade se transforma
numa marca específica que distingue uma pessoa ou grupo de outras
pessoas/grupos.

Significado de Diversidade cultural


A diversidade cultural está diretamente ligada à pluralidade da expressão, à
variedade dos costumes e às maneiras de diferenciação. De uma forma bastante
simples, a diversidade delimita e exalta uma dada cultura.
Os processos de colonização de séculos passados criaram uma maior
homogeneização. Extinguindo inúmeras culturas, a diversidade chega para
representar e destacar as que ainda sobrevivem.
A miscigenação cultural, no entanto, possibilita que um pouco da diversidade
cultural da Ásia resida na América. Que uma parcela da África esteja na Europa, e
assim por diante.
A globalização não só abrangeu o mundo no campo da economia e da
comunicação. Ela também possibilitou uma troca de experiências; uma vazão da
diversidade cultural que pouco se via em alguns lugares, e agora se espalha pelo
mundo.

5.1 Diversidade Cultural no Brasil

A diversidade cultural representa o conjunto das distintas culturas que existem


no planeta.
A cultura compreende o conjunto de costumes e tradições de um povo os quais
são transmitidos de geração em geração.
Como elementos culturais representativos de um determinado povo destacam-
se: língua, crenças, comportamentos, valores, costumes, religião, folclore, dança,
culinária, arte, dentre outros.
O que diferencia uma cultura das outras são os elementos constitutivos, que
consequentemente, compõem o conceito de identidade cultural.

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Isso significa que o indivíduo pertencente a determinado grupo se identifica com
os fatores que determinam sua cultura.
A diversidade cultural engloba o conjunto de culturas que existem. Esses
fatores de identidade distinguem o conjunto dos elementos simbólicos presentes nas
culturas e são eles que reforçam as diferenças culturais que existem entre os seres
humanos.
Muitos pesquisadores afirmam que o processo de globalização interfere na
diversidade cultural. Isso porque há um intenso intercâmbio econômico e cultural entre
os países, os quais muitas vezes, buscam a homogeneidade.
A "Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural" foi
aprovada em 2001 por 185 Estados-Membros. Ela representa o primeiro instrumento
destinado a preservar e promover a diversidade cultural dos povos e o diálogo
intercultural.
Importa referir que a diversidade é reconhecida como “herança comum da
humanidade”.
Diversidade Cultural Brasileira
Cada região brasileira apresenta
aspectos singulares relativos aos
costumes, crenças ou manifestações
culturais e artísticas.

Região Norte
Dentre as manifestações culturais
presentes na região norte do Brasil
destacam-se as duas maiores festas
populares da região. São elas: o Festival de Parintins e a Festa do Círio de Nazaré.
O Festival de Parintins é a maior festa do boi-bumbá do país. Foi criada em
1965 e acontece no estado do Amazonas.
A Festa do Círio de Nazaré, por sua vez, é considerada uma das maiores
manifestações religiosas católicas do país e acontece em Belém (PA).
Ainda em Belém do Pará destaca-se o carimbó, uma dança e gênero musical
de origens indígenas.

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Alguns alimentos típicos da região norte são: mandioca, tucupi, tacacá, jambu,
carne de sol, camarão seco, pato, jacaré, pirarucu, mussarela de búfala, pimenta-de-
cheiro e frutas (cupuaçu, bacuri, açaí, taperebá, graviola e buriti).

Região Nordeste
Dentre as manifestações culturais presentes na região nordeste do Brasil
destacam-se muitas festas, danças, gêneros musicais, a saber: festa do Bumba meu
boi, festa de Iemanjá, lavagem das escadarias do Bonfim, Carnaval, maracatu,
caboclinhos, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo, cavalhada.
Vale lembrar que a literatura de cordel é um elemento muito presente na cultura
nordestina bem como o artesanato feito com rendas.
Alguns alimentos típicos da região nordeste são: acarajé, vatapá, caruru, carne
de sol, peixes, frutos do mar, sarapatel, buchada de bode, feijão-verde, tapioca, broa
de milho verde, canjica, arroz-doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca,
pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque.

Região Centro-Oeste
Dentre as manifestações culturais presentes na região centro-oeste do Brasil
destacam-se a cavalhada, o fogaréu, no estado de Goiás. A dança folclórica do cururu,
que possui origem indígena, ocorre nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul na "Festa do Divino" e na "Festa de São Benedito".
Alguns alimentos típicos da região centro-oeste são: galinhada com pequi, sopa
paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, gariroba, maria-isabel, empadão goiano,
pamonha, angu, curau, peixes (dourado, pacu, pintado, etc).
Nessa região há uma grande mistura de elementos culturais das culturas
indígena, paulista, mineira, gaúcha, boliviana e paraguaia.
Nota-se exemplos dessa diversidade nos nomes dos muitos pratos típicos da
região: "arroz boliviano", sopa paraguaia", "empadão goiano".

Região Sudeste
Dentre as manifestações culturais presentes na região sudeste do Brasil
destacam-se muitas festividades de cariz religioso e folclórico além das danças e
gêneros musicais típicos da região.

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Dentre os elementos presentes na cultura do sudeste podemos citar: festa do
divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, festas de peão de boiadeiro, dança
de velhos, batuque, jongo, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis,
caiapó, congada, cavalhadas, Bumba meu boi, Carnaval.
Alguns alimentos típicos da região sudeste são: virado à paulista, cuscuz
paulista, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, queijo minas, pão de queijo, feijão-
tropeiro, tutu de feijão, moqueca capixaba, carne de porco, picadinho, farofa, pirão.

Região Sul
Dentre as manifestações culturais presentes na região sul do Brasil destacam-
se as festas instituídas por imigrantes advindos principalmente da Europa no século
XX.
Dentre elas, destaca-se a maior festa alemã brasileira com sua primeira edição
em 1984, chamada "Oktoberfest", a festa da cerveja.
De origem germânica, essa festa acontece todos os anos na cidade de
Blumenau-SC. Outra festa muito tradicional da região sul do país, de origem italiana
com primeira edição em 1931 é a "Festa da Uva" que acontece a cada dois anos na
cidade de Caxias do Sul-RS.
Além disso, destacam-se o fandango, de origem portuguesa, a tirana e o anuo,
de origem espanhola.
Outras festas e danças da região são a festa de Nossa Senhora dos
Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a dança de fitas, boi na vara.
Alguns alimentos típicos da região sul são: vinho, chimarrão, churrasco,
camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado.

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1. REFERÊNCIAS

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LEMOS, ANDRÉ. ASPECTOS DA CIBERCULTURA – VIDA SOCIAL NAS REDES TELEMÁTICAS.

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MASSAS ÀS CIBERCULTURAS. SÃO PAULO: HACKER EDITORES, 2002.

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JUÇARA (ORG): SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E NOVAS MÍDIAS: PARTICIPAÇÃO OU EXCLUSÃO?
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TOSCANI, OLIVIERO. A PUBLICIDADE É UM CADÁVER QUE NOS SORRI. SÃO PAULO: EDIOURO,
1996.

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LÉVI-STRAUSS, C. LONGE DO BRASIL. ENTREVISTA COM VÉRONIQUE MORTAIGNE,


TRADUÇÃO DE JORGE VILELA. SÃO PAULO: EDITORA UNESP, 2011, P. 29 – 30.

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