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II.

A CULTURA

Gacilia Manso

Conteúdo exposto em aula.


3.1. A Noção da Cultura
3.1.1. Compreensão Etimológica da Cultura:
O termo cultura nasce da palavra de raiz latina colere que significa cultivar , cuidar e
mas também da palavra cultus ou cultum, que significa habitar para adorar e proteger.

3.1.2. Histórico do Uso do Termo:

(i) Sentido Material: primeiro sentido material é de cultivar a terra (colere terram); No
entanto, a categoria material da cultura inclui, entre outros aspectos, os tipos de
tecnologia e de objectos que foram produzidos e os efeitos da economia no ambiente;
os métodos através dos quais se produz, se obtém comida e os modos como se trocam
bens e serviços.

(ii) Sentido cognitivo ou espiritual: implica a ideia de perfeição como objectivo da


realização humana. A cultura, neste sentido, designaria a busca de perfeição humana
através da procura do conhecimento do melhor que já tem sido pensado e dito no
mundo.
-

(iv) Sentido humanista ou descritivo: [idade média] o termo cultura é usado


como um conjunto colectivo de obras de arte e intelectuais (envolvendo
elitismo)

(v) Sentido social: [a partir do sec.XVII] o termo cultura é usado não só para o
que tem a ver com indivíduos, mas também para colectividades, como
populações e nações. Portanto, neste sentido o termo cultura implica todo um
modo de vida de um povo, suas instituições, interacções, práticas, obrigações e
posições hierárquicas, etc. Este sentido constitui-se como o principal sentido
antropológico nos estudos culturais.

(vi) Sentido universalista: alusão ao estádio de desenvolvimento intelectual e


moral de uma sociedade. Neste sentido a cultura equivale a civilização. Trata-
se do sentido manifesto pelo evolucionismo antropológico.

(vii) Sentido Ideológico: Analisa a forma como se pensa, se avalia e se acredita,


focando, em particular, as crenças, os valores e os ideais.
-

3.2. Definições da Cultura


 Existem várias definições da cultura dependendo da perspectiva de
abordagem que se elege.
3.2.1. Definição de alguns autores:

a) Matthew Arnold (1869): Cultura é “o conseguimento da perfeição” que


implica uma condição de luz e doçura da mente e espírito, através do bom
e melhor que se pensou e se diz na história.

b) Edward B. Tylor (1871): Cultura é “conjunto complexo que inclui


conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e várias outras
aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma
sociedade”
 Esta definição de Tylor é uma definição descritiva e contém
informações importantes a reter sobre processos e
dinamismos culturais.
-

3.3. Enunciados importantes sobre a cultura


1.3.1. A cultura é uma tarefa social, pertence à colectividade social de que faz parte um
indivíduo. A transmissão é feita socialmente e o indivíduo alimenta-se desde pequeno
da cultura conjuntamente com os outros membros, apesar da sua individualidade fazer
parte do processo cultural. O homem adquire a cultura como membro de uma
sociedade concreta.

3.3.2. Cada sociedade compreende uma cultura, portanto, existem muitas culturas quantas
são as sociedades. A cultura permeia e acondiciona os sentimentos do homem, a
compreensão que há do mundo e os seu comportamento. Portanto, a cultura é um
modo de vida total e não se trata de elementos parciais de usos e costumes.
 Como modo de vida total, a cultura pode ser ideal ou concreta, subjectiva ou objectiva.
- cultura ideal: é o comportamento ou conjunto de práticas culturais que as pessoas acreditam e
dizem que deveriam ter;
- cultura real: é o comportamento concreto das pessoas, ou seja, o que realmente as pessoas fazem
e vivem
- cultura subjectiva: é conjunto de valores, conhecimentos e experiências presentes nos indivíduos
como membros de uma sociedade
- cultura objectiva: é o que é exteriorizado como práticas, valores e significações por um povo e que
forma o seu património cultural.

 Mas também há uma correlação entre a cultura e o clima, local geográfico e a natureza: toda a
natureza que o homem conhece, conhece-a culturalmente, isto é, há um envolvimento de uma
relação de significados e de valores.
.

3.3.3. Todas as culturas são iguais em dignidade, não há culturas superiores nem
inferiores

3.3.4. A cultura é um conjunto complexo, composto por variadíssimos elementos


ou traços (símbolos, ritos, leis, instituições, práticas, etc.).

Da definição de Taylor pode-se ainda acrescentar-lhe reformulações seguintes de


superação do aspecto do enclausuramento cultural que nela transparece:

3.3.5. A cultura é sujeita a processo de contaminação: não há culturas puras,


isoladas, circunscritas e fechadas em si mesmas.

3.3.6. As culturas são essencialmente dinâmicas: “as culturas se concebem como


processos comunicativos entre pessoas, pelo que não são algo definido para
sempre, mas estão em transformação permanente, algo que emana da interacção
criativa entre as pessoas e entre as sociedades.
- A acção criativa da cultura vem do facto dela ser um produto humano que implica
consciência, vontade, liberdade. Portanto, cultura é sempre um acto humano e
distingue o homem do resto do mundo animal.
.

3.4. Factores da Cultura


São 4 os factores que, na sua interacção, dão forma à cultura:
Homem(antropos), grupo/povo(etnos), ambiente (oikos) e tempo
(kronos);
-> A fonte da cultura é o homem que tem a capacidade intelectual e de
adaptação.

3.5. Organização da Cultura


 Não há sociedade humana sem cultura;
 Sociedade: grupo de pessoas que vivem juntas durante extenso
período de tempo, ocupam um território e compreende uma peculiar
organização.
 Linguagem (oral, escrita, corporal): factor principal para existência
de uma sociedade e cultura. É ela que distingue a sociedade humana
da não humana. Através dela a cultura passa de geração para a geração.
3.6. Processos e Dinamismos Culturais
3.6.1. A cultura é adquirida: ninguém nasce com cultura. A cultura não é
transmitida biologicamente; é transmitida de geração em geração através
de processos de aprendizagem e de socialização. Estes processos
designam-se enculturação (ou endoculturação) e Aculturação.

a)Enculturação: é um processo educativo pelo qual os membros de uma


sociedade se tornam conscientes e participantes da sua cultura. Através
da enculturação informa-se e forma-se a visão mental do homem e
orienta-se o seu comportamento.
 O que se transmite é uma cultura estabelecida (ou tradição), porém ela não é
recebida passivamente, está implicada sempre o juízo crítico (conformista,
parcial, rebelde e renovadora);
 A enculturação é formal e informal:
(i) Informal: dura a vida toda e acontece continuamente ao longo da vida,
destacando-se a imitação na fase infantil;
(ii) Formal: visa aumentar a inserção do indivíduo nas múltiplas facetas da
sociedade (preparar para responsabilidades específicas). Aqui se situa a escola
iniciática (étnica, religiosa, militar, académica, profissional…)
b) Aculturação: processo através do qual membros duma
determinada cultura adquire traços culturais de uma outra
cultura com a qual trava contacto.

3.6.2. O património cultural pode ser subtraído ou destruído: o


processo através do qual os traços culturais são subtraídos ou
destruídos chama-se a Desculturação;

a)Desculturação é a subtracção ou destruição de traços


culturais de uma determinada cultura.
 As principais causas da desculturação são (i) a entropia, isto é,
a perca de energia cultural (mentalidade); (ii) as crises
culturais, que muitas vezes derivam de contactos culturais;
(iii) o genocídio ou etnocídio.
-

3.7. Componentes ou Estruturação da Cultura


3.7.1. Elementos básicos:
 os elementos básicos da cultura são: traços culturais, complexos culturais e
instituição cultural.
i) Traço cultural (ou elemento cultural):É a porção mínima da cultura
descrita ou definida como indivisível: exemplo de traços culturais:
uma canção, uma dança, uma cerimónia, um rito, uma cadeira, uma
palhota, etc.. Um traço cultural pode ter a mesma forma e estrutura de
uma cultura para a outra, mas a sua função varia, dependendo do
complexo cultural ou instituição. Por isso, todos os traços culturais em
termos do seu contexto cultural (relativismo cultural);
ii) Complexo Cultural: Os complexos culturais são associações
combinadas de traços integrados de uma maneira funcional. Os
complexos culturais são histórico-geográficos e podem constituir
uma actividade ou função. Exemplo: Pesca (compreende vários
traços culturais associados e integrados: canoa, remos, rede, forma
de colocar a rede, tempo, atitudes, crenças, ritos, etc..)
.

 O Problema dos Traços e dos Complexos Culturais:


 É simplesmente um problema de enfoque em relação aos complexos culturais mais
vastos. Na medida que se amplia o espaço focalizado, certos complexos tornam-se em
traços culturais. Por ex. Um indivíduo pode tomar um batuque, um arco ou uma flecha
como traços da sua cultura; um fabricante de batuque dirá com razão que este
instrumento constitui um complexo cultural. Atitude deste fabricante de batuque é
idêntica do antropólogo que frequentemente quer descer a minúcias quando descreve
sistemas da cultura material ou espiritual de um povo.

iii) Instituição Cultural: É conjunto organizado e sistematizado de relacionamentos e de


funções que , em geral, visam a satisfação das necessidades individuais e grupais.
iv) Sistema social-cultural
 A cultura de qualquer sociedade forma um todo complexo, cujos elementos estão
intimamente ligados uns aos outros, dando lugar ao que se designa sistema social-
cultural . De forma breve, um Sistema Social-Cultural pode ser definido como um
conjunto de elementos culturais diferenciados, relacionados e organizados. A
diferenciação (que implica hierarquia dos elementos culturais) e a ordem (que
determina uma constituição de uma espécie de corpo cultural equilibrado ou
equilibrante) são motores de tensão e de vulnerabilidades no interior do sistema
sociocultural integrado, provocando movimento e tornando-o, assim, dinâmico.
-

 Todos os sistemas socioculturais não são estáticos, são dinâmicos e funcionam


como um todo.

 Portanto, o problema dos traços e dos complexos e das instituições é mera


questão de enfoque do próprio antropólogo, que necessita chegar às unidades e
ver qual a natureza das relações que estabelecem entre elas.

Sistema sociocultural

CULTURA Complex Instituiçõe


Como sistema mais ouTraço o s
menos integrado Culturais
-

3.8. Características da Cultura *


3.8.1. A Cultura é simbólica:
 Os símbolos são expressões da vida que se enquadram no comportamento social e são formas
comuns de expressão de acções dos membros da sociedade. O símbolo é, por sua natureza, social.
É através dele que os membros de uma sociedade usam as mensagens e se comunicam.
 A comunicação simbólica acontece através de uma operação, no cérebro humano, de associação
entre objectos, imagens sensoriais e conceitos.

A B
Objecto ou
acontecimento do
Conceito Imagem mundo exterior
da mente sensorial Z
X Y
Associação simbólica

 É intrínseca a relação entre X e Y. Ambos são as duas faces da mesma moeda. A relação entre Y e Z
é sempre arbitrária. Portanto a associação entre Y e Z é metafórica. Pode cristalizar-se pelo uso ou
pela convenção num Signo (A representa B)

Edmund Leach, 32
.

Portanto, os símbolos são padronizados e privados:


3.8.2.Símbolos padronizados: Trata-se da associação entre A e B,
arbitrária, mas habitual. Símbolos padronizados dividem-se em
símbolos convencionais mas totalmente arbitrários (a serpente é
símbolo do mal) e Ícones (a associação entre A e B parte de
semelhanças intencionais. Ex: modelos, retratos…)

3.8.3. Símbolos privados: São únicos como nos sonhos ou na poesia. A


associação entre A e B é bastante arbitrária e depende da fantasia do
emissor.
-

3.9. A Cultura é social:


 É o básico das características da cultura. A cultura é social em toda a sua
dimensão, quanto
-ao processo: os hábitos, costumes, padronizações de comportamentos,
processos de transmissão e de mudança, são processos sociais;
- ao facto histórico: o património cultural, isto é, os conhecimentos acumulados,
os valores e os comportamentos de séculos, pertencem a uma sociedade e a
história dessa sociedade na qual se foram constituindo.
- aos agentes dos processos de transmissão e aprendizagem: quem transmite
actua em nome da sociedade e quem recebe o que é transmitido fá-lo como
indivíduo e membro de um grupo com status próprio na sociedade (estudante,
iniciados…). Todos os tipos de ensino, como suas instituições, são de natureza
social.
 Fenómeno social e fenómeno cultural: “todo o facto cultural é social,
mas nem todo o facto social é cultural”. O facto cultural social implica
consciência e liberdade. (ex. abelhas associam-se, organizam-se em
sociedade).
-

3.10. A Cultura é estável e dinâmica:


3.10.1. A cultura é estável: A busca da estabilidade cultural tem muito a ver com a questão da
autenticidade cultural, actualmente muito requerida devido às ameaças niveladoras da
globalização. Em fim, tem a ver com a questão da identidade cultural.
 A procura da identidade há-de compreender sempre o duplo universalismo do pensamento
filosófico: o reconhecimento da igualdade de dignidade de todos os homens e da identidade
própria de cada um, que é única.
- Perigo 1: Relativismo absoluto: proteger e manter sempre as diferenças como objectivo
cultural pode levar ao endurecimento das culturas em entidades fechadas e incomunicáveis
[a comunicação intercultural é componente integral da cultura], o que pode resvalar em
etnocentrismos.
- Perigo 2: Cultura totalizante: fruto de imposição do mundo totalizante (globalizante), de
negação de diferenças culturais. [ Todas as culturas são dignas e existe a necessidade de
preservar a diversidade das culturas.]

 A cultura estável [autenticidade cultural, identidade cultural] constitui a base de expressão


da identidade étnica

 Identidade étnica: é vista por certos antropólogos contemporâneos como um facto


que reúne, de forma conexa, cinco elementos: (i) Memória histórica comum; (ii)
Instituições e normas religiosas e civis; (iii) Língua; (iv) parentesco; (v) território.
3.10.2. A cultura é dinâmica: a permanente vitalidade da cultura materializa-se em permanentes
processos de mudança e transformação. A cultura nunca é a mesma. O seu desenvolvimento é
como um movimento em espiral, que, em cada giro, incorpora elementos novos,
reformulando a sua composição em volta do seu núcleo central.

 Factores de mudança: forças endógenas (tensão entre diferenciações e ordem). forças


exógenas (elementos novos, externos à cultura, que são incorporados). Portanto, “o devir
histórico implica situações novas, cujas respostas a cultura há-de procurar no seu próprio
contexto (“endogeneidade”) ou abrir as portas pedindo os elementos necessários às outras
culturas através dos processos de difusão, aculturação e globalização (“exogeneidade”).
 Mudança cultural: (i) Lenta: normalmente a mudança que acontece ao nível interno da
própria cultura é lenta, despercebida ou inconsciente; (ii) violenta: provocadas por encontros
culturais imprevistos a que a sociedade é submetida ou situações como de catástrofes
naturais, guerras, conflitos (político, económico, religioso, etc.) que impõem novos padrões
de comportamento; (iii) desejada: provocada por uma acção directa e consciente dos
membros da sociedade, diante de situações concretas que acometem as mudanças.
.

Geralmente, nos processos de mudanças culturais verifica-se:


(i) A desfasagem cultural: a disparidade de aceitação de
elementos ou traços culturais nos vários níveis do mesmo
grupo sociocultural;
(ii) O Choque Cultural: a reacção de um indivíduo ou grupo
de indivíduo, que se vê exposto a um contexto cultural alheio;
(iii) O Etnocentrismo: a tendência dos indivíduos de uma
sociedade presumir a superioridade da sua própria cultura;
(iv) A Dominação Cultural: a transferência de traços culturais
de uma determinada cultura para a outra por meio de força
física, moral ou económica;
(v) A Simbiose: a coexistência de duas ou mais culturas, cada
uma mantendo suas características;
(vi) A Osmose: a compenetração de duas culturas;
(vii) A Fusão Cultural: o entrelaçamento de traços culturais
diferentes que se tornam íntimos e totais (Afrikaanders =
calvinistas holandeses + huguenotes franceses; México =
moderna+espanhola+asteca);
(viii) A Segregação: a recusa da aculturação a nível social e política;
(ix) A Autarcia: a recusa da aculturação a nível económico e
comercial;
(x) O Sincretismo: fusão de traços religiosos de diferentes sistemas
religiosos produzindo novas manifestações religiosas diferente das
anteriores;
(xi) A Conservação: atitude ou estratégia com finalidade de manter
intactos os traços culturais e as estruturas culturais, em nome da
pureza, autenticidade, identidade….A conservação pode assumir
características de fundamentalismo, restauração, encapsulação,
nativismo.
3.11. A Cultura é selectiva
(a). Processo de Selecção: Valores Integrados
Novos elementos Reform - Valores
culturais SELE- Relegados
CÇÃO Aceitação ulação
Cultural - Val. Permanentes
R
 Reformulação cultural é resultante da integração de novos elementos
culturais seleccionados pela própria cultura. A selecção pode ser tanto
desejada, consciente, como inconsciente. Existem integrações tão rápidas
que anulam o processo de selecção. Ex. adopção de tecnologias avançadas por
motivos económicos. Resultado pode ser de sobrevivência da obsoleta ao lado da
avançada.
(b)Factores de influência: (i) Aceitação: utilidade prática; tradição cultural;
receptividades internas culturais, sociais e psicológicas. (ii)Rejeição: inferioridade técnica;
inércia técnica; plenitude técnica.
(c) Reinterpretação: processo de reelaboração do novo com os anteriores elementos,
ganhando funções e significados não idênticos aos originais. Já integrado = parte da cultura
que o adopta, de maneira estável e orgânica.
.

3.11. A cultura é universal e regional


 “Não há povos sem cultura nem homens incultos”
 Aspectos universais da cultura: são os aspectos que são
comuns a todas as culturas
Subsistência, alimentação, abrigo, defesa, comunicação, reprodução,
satisfação das apetências sexuais, respeito, amizade, abertura ao
transcendente…..
 Onde, como, quando, com que meios? Cada cultura
responde com lógicas , satisfação e harmonia para cada
item, criando padrões culturais.
 Regional ou Particular: tem a ver com o contexto em
que o fenómeno cultural (que é universal) está
inserido.
-

3.12. A cultura é determinante e determinada


“A cultura faz o homem e este faz a cultura”.
 A cultura é determinante: a cultura impõe-se aos indivíduos e
estes não podem evitar viver os padrões culturais. O modo de
pensar do homem tem a carga da herança cultural, da conformação
com os hábitos e costumes. É sob esta perspectiva que é possível
estudar, cientificamente, as regularidades ou as leis do
comportamento humano, como o status sociais e as mobilidades
sociais contextualizadas.

 A cultura é determinada: o homem


HOMEMé o agenteCULTURA
activo da própria
cultura. A sua capacidade de obrar em tudo provoca mudanças
que incidem igualmente nas mudanças culturais. Por isso, a
cultura corresponde sempre a reformulações próprias de cada
geração, uma vez que a cultura representa o contínuo esforço
adaptativo do homem frente à realidade que o cerca.
.

3.13. Cultura e subcultura


 Dentro de uma cultura, em geral, existem várias
subculturas. As subculturas são um modo de vida
própria de um grupo dentro de uma sociedade maior e
fazem parte da composição de uma cultura global
referenciada. De acordo com a dimensão da cultura que
se referência, as subculturas identificam-se com:
 Cultura regional ou local.
 Estratos sociais (castas ou classes sociais)
-

BIBLIOGRAFIA BASE
-Pires, B.M.L. (2004). Teorias da Cultura. Lisboa: Universidade
Católica Editora, 2004.
-Martinez, F. L. (2009). Antropologia Cultural: Guia para o Estudo(6ª
ed.). Maputo: Paulinas.
-Rivière, C. (2008). Introdução à Antropologia. Lisboa: Edições 70.
-Titiev, M. (2009). Introdução à Antropologia Cultural (10ª ed.).
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
- Parizotto, J. (s/d). Os Alimentos Também Servem para Pensar:
Claude Lévi-Strauss e a Cozinha. Recuperado em 03 de Setembro,
2012, de:http
://obviousmag.org/archives/2012/04/os_alimentos_tambem_serve
m_para_pensar_-_claude_levi-strauss_e_a_cozinha.html#ixzz25d
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 Em mocambique o ensino
Multicultural
multilingue

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