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Universidade Federal de São Carlos

Centro de Ciências Humanas e Biológicas


Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades
Licenciatura em Geografia

Gustavo Nunes de Castro

O IMPACTO DA PANDEMIA PARA A EDUCAÇÃO DOS ALUNOS DA E.E


PROF. AZARIAS MENDES, DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO

Sorocaba – SP
2022
O IMPACTO DA PANDEMIA PARA A EDUCAÇÃO DOS ALUNOS DA REDE PÚBLICA DO
ENSINO MÉDIO

Resumo

Em meio a uma pandemia, onde temos que evitar o convívio social, nos deparamos com um
problema muito sério evidenciando a desigualdade socioespacial no ambiente escolar.
Podemos observar muitas adversidades encontradas pelos alunos da rede pública do ensino
médio, inerente ao cotidiano dos alunos da Escola Estadual Prof. Azarias Mendes, da cidade
de Votorantim-SP.

1 INTRODUÇÃO
A pandemia nos trouxe à tona grandes desafios, passamos a conviver literalmente 24
horas por dia com nossos familiares, despertou diversas síndromes psicológicas na população
que se viu em estado de confinamento em suas casas no regime de quarentena, contudo há a
preocupação com as despesas dentro de casa, como mantê-las sem trabalhar e ao mesmo
tempo sem se expor ao vírus, aos professores desafiou uma nova maneira de lecionar, as
escolas tiveram que se reinventarem na sua maneira de gerir a educação, as aulas a
distância, talvez já estivessem nos planos futuros dos governos liberais, contudo ninguém
poderia imaginar que tivesse que ser implementado dessa maneira, a toque de caixa. E a
prática escolar a distância no ensino médio está sendo um grande desafio ao Brasil, aos
estados, aos municípios, sobretudo aos agentes chamados linhas de frente da educação,
diretores, diretoras, ao corpo docente e aos alunos.
Esse novo cotidiano, impactou sobremaneira nossas vidas, seja no âmbito econômico,
sendo necessário o fechamento em período de quarentena de indústrias, comércios, serviços
públicos, com a duração maior que o esperado, algumas empresas fecharam suas portas
ficando pelo caminho, a união teve que dispor de recursos assistenciais para subsidiar uma
sobrevivência da população mais sensível a quarentena, qual foram demitidas ou tiveram suas
rendas afetadas de alguma maneira.
1 JUSTIFICATIVA
A saúde está em colapso, com hospitais totalmente lotados, não existem leitos vagos
para COVID, para além da lotação dos hospitais, agora existem filas de espera para pacientes
contaminados com SARS-CoV-2. Não existem leitos vagos na rede pública, tão pouco na rede
privada, de maneira fúnebre a área da saúde hoje, grosso modo não distingue classe social,
perde-se gente nos hospitais luxuosos, perdem-se vidas nos hospitais públicos. É na saúde
também onde podemos observar um aumento exponencial de casos a respeito de distúrbios
psicológicos, síndrome do pânico, picos de estresse, depressão e ansiedade, sem contar é
claro, a violência doméstica, onde a mulher é vítima primária, haja visto o aumento
significativo de boletins de ocorrência abertos.
Dessa forma, tendo um panorama geral dos impactos causados por essa pandemia,
vamos nos ater aos golpes sofridos pela educação. E é nesse campo que faremos nossa
pesquisa nos atendo aos impactos causados pelo COVID em nosso cotidiano, quais as
problemáticas enfrentadas pelos alunos suas demandas, suas agruras desse novo cotidiano
vivido por todos os atores, em especial na cidade de Votorantim-SP, Escola Estadual Prof.
Azarias Mendes.
Sabemos das dificuldades contrapostas em tempos normais, sem pandemia, contudo,
se faz necessário tentarmos entender para qual nível foi essas contrariedades sociais no
âmbito escolar, se elas aumentaram, ou se mantiveram no mesmo patamar, com isso foi
montado um questionário socioeconômico para entendermos a realidade dos alunos que
participaram da pesquisa.

Algumas reflexões primeiras em torno do ser humano me abrem o caminho para o


entendimento da educação como prática permanente. Ressaltamos inicialmente a sua
condição de ser histórico-social, experimentando continuamente a tensão de estar
sendo para poder ser e de estar sendo não apenas o que herda mas também o que
adquire e não de forma mecânica. Isto significa ser o ser humano, enquanto histórico,
um ser finito, limitado, inconcluso, mas consciente de sua inconclusão. Por isso, um ser
ininterruptamnização, se confronta, no entanto, com o incessante desafio da
desumanização, ente em busca, naturalmente em processo. Um ser que, tendo por
vocação a humacomo distorção daquela vocação Paulo Freire citava essa disparidade
(2001, p. 11)
2 OBJETIVOS

Sabido das desigualdades tidas em nosso cenário nacional em relação a educação,


buscamos entender os impactos da pandemia no cotidiano escolar dos atores envolvidos no
processo educacional, tentaremos identificar as dificuldades no processo de aprendizagem e
suas privações de acesso desse conteúdo de aprendizagem.
Pretendemos buscar informações juntos aos alunos, para entender suas necessidades,
reclamações, opiniões sobre o ensino EAD, em um momento de pandemia. Se todos os
alunos possuem acesso à internet, se existe material de apoio, como estão sendo ministradas
as aulas, qual o respaldo dado a esses alunos, quais as condições de estudo desses
discentes. E buscar entender o sentimento desses atores quanto ao caminho percorrido até o
presente momento da educação nessa nova realidade.
3 FUNDAMENTAÇÃO
É de conhecimento geral que as pandemias tiveram efeitos devastadores sobre a
humanidade. Por exemplo, podemos citar a Gripe Espanhola (GE), que segundo Collins
(2010) devastou o globo terrestre entre 1918 e 1919, infectando quase um terço da população
mundial e matando entre 5 e 100 milhões de pessoas. Atualmente, estamos enfrentando mais
uma pandemia devido a uma doença chamada COVID-19, causada pelo Sars-CoV-2
(coronavírus), caracterizado por Palma (2020), um grande vírus de RNA. Quando ativo, o vírus
causa infecções respiratórias, leves ou moderadas em alguns casos, que causam sintomas
comuns de resfriado, como febre, coriza, tosse e dor de garganta. No entanto, pode evoluir e
causar pneumonia em idosos, pessoas com doenças cardiovasculares e até mesmo com o
sistema imunológico comprometido, podendo levar à morte.

Vivemos em um país e um mundo cheio de contrastes e diferenças desigualdades de


recursos, oportunidades e direitos, das quais poucas pessoas concentram muita riqueza,
enquanto a grande maioria sofre de escassez e exclusão. É claro que a pandemia abriu as
desigualdades existentes na sociedade brasileira. Isso os reforça e os torna óbvios para todos.
Os cientistas sociais conduziram muitas análises sobre esta questão. a declaração inter-
relações entre os diferentes domínios - económico, social, saúde e Educação tornam-se
altamente visíveis. Pandemias não são democráticas, não afeta todos os cidadãos igualmente.
existe em particular entre os grupos sociais mais vulneráveis

É indiscutível que de maneira geral, o mundo não estava preparado para uma
pandemia tão contundente como a que enfrentamos a da COVID-19, ao olharmos pelo
espectro da educação do estado de São Paulo é presumidamente sabido dos prejuízos que
viriam a serem causados pelo ensino a distância aos alunos da rede pública. Diversos são os
motivos do prejuízo para o aprendizado desses alunos; falta de treinamento da equipe escolar,
estrutura das escolas, condições sociais dos alunos, acesso à internet, impressoras e
computadores.

A pesquisa foi aplicada na E.E Professor Azarias Mendes, está localizada no município
de Votorantim que conta com uma população de 129.599,00 habitantes, no bairro Jardim
Clarice, participante do programa de ensino integral (PEI) do estado de São Paulo. A escola
conta com 472 alunos matriculados, sendo 170 discentes no ensino médio.
A escola conta com uma estrutura de um nível padrão, possui acessibilidade às
dependências, bem como os banheiros, as dependências da escola contam com refeitório,
água filtrada, laboratório de informática, sala de leitura, quadra de esportes, bem como
internet e banda larga, o quadro de funcionários é formado por dezessete servidores, além
dos vinte dois professores que lecionam em período integral.

Conhecido todas as problemáticas do ensino público das escolas do estado de São


Paulo, junta-se a isso uma pandemia arrebatadora, acrescido do programa de ensino integral,
dessa maneira podemos afirmar que a estrutura e o respaldo do governo aos alunos deveriam
ter sofrido ajustes para oferecer condições ideais para um melhor aproveitamento dos estudos
desses discentes. Como é apresentado no plano de diretrizes do programa ensino integral do
estado;

Na construção do Modelo Pedagógico do Programa Ensino Integral, quatro princípios


educativos fundamentais foram eleitos para orientar a constituição das suas
metodologias, sempre como referência a busca pela formação de um jovem autônomo,
solidário e competente. São estes os quatro princípios: - A Educação Interdimensional,
A Pedagogia da Presença, Os 4 Pilares da Educação para o Século XXI e o
Protagonismo Juvenil. Na operacionalização desse modelo pedagógico a escola terá:
currículo integralizado e diversificado, com matriz curricular flexível e as aulas e
atividades complementares se desenvolverão com a participação e a presença contínua
dos estudantes, professores e equipe gestora em todos os espaços e tempos da
escola. Desse modo, o modelo pedagógico do Ensino Integral consolida inovações em
conteúdo, método e gestão, operadas por meio dos Modelos Pedagógico e de Gestão
com suas respectivas metodologias. As bases para a formulação do Modelo encontram-
se fundamentalmente ancoradas na visão de ser humano e de sociedade que emana
Artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96) e do Artigo 3º da
Constituição Federal. O grande diferencial deste modelo é a oferta das condições para
elaboração de um Projeto de Vida. Trata Protagonismo Juvenil como um dos princípios
educativos que sustenta o modelo e que se materializa nas suas práticas e vivências. A
educação proposta neste modelo tem como objetivo principal desenvolver jovens
autônomos, solidários e competentes, com oferta de espaços de vivência para que eles
próprios possam empreender a realização das suas potencialidades pessoais e sociais.
Diante das oportunidades que surgem no seu cotidiano escolar, os jovens deverão ser
capazes de compreender as exigências da sociedade contemporânea com a aquisição
de conhecimentos e desenvolvimento de competências e habilidades específicas
asseguradas a partir das ofertas das condições para construção dos projetos de vida
dos seus alunos, realizados por meio da excelência acadêmica, da formação para
valores e da formação para o mundo do trabalho. Para formar um jovem autônomo,
solidário e competente, é preciso conceber outros espaços educativos onde o jovem
seja tratado como sendo fonte de iniciativa, liberdade e compromisso. As inovações em
conteúdo, método e gestão se materializam nas práticas educativas (e não apenas no
currículo), na diversificação de metodologias pedagógicas e na introdução de processos
de planejamento, acompanhamento e avaliação das atividades meio e fim da escola
respectivamente. O Protagonismo Juvenil é um dos princípios educativos que
sustentam o modelo. O Projeto de Vida é simultaneamente o foco para onde deve
convergir todas as ações da escola e a metodologia que apoiará o estudante na sua
construção; Disciplinas Eletivas é estratégia para ampliação do universo cultural do
estudante; Acolhimento é a estratégia para sensibilização do estudante em torno do
novo projeto escolar, bem como, o ponto de partida para materialização de seu sonho;
avaliação, nivelamento, orientação de estudos e atividades experimentais em
matemática e ciências são estratégias metodológicas para a realização da excelência
acadêmica. (2011, p. 13)

São diretrizes muito bem compostas, com tudo essas diretrizes encontram entraves na
sua aplicação, por motivos já apontados anteriormente. Montou-se uma teoria agradável aos
olhos e ao entendimento da ótica externa, projeto esse instituído pelo governo de São Paulo,
na época representado pelo governador Geraldo Alckmin, até então representava o partido do
PSDB. Aos atores participantes, sobretudo aos alunos, é um projeto enfadonho, desgastante e
que poderá causar uma evasão escolar sem precedentes nas escolas paulistas.
Em abril de 2020, iniciava o Ensino a distância (Ead), nas escolas do Estado de São
Paulo, um método de ensino, já muito difundido nas instituições privadas de ensino superior
pelo país afora, contudo, a pandemia trouxe esse desafio a educação em toda sua extensão e
o ensino médio iniciava sua nova rotina e perdurou até 2022.
Houve uma mudança drástica na rotina desses estudantes, acostumados a
frequentarem as escolas diariamente, relacionando-se com seus amigos no ambiente escolar,
de maneira abrupta se veem forçados a aderirem ao isolamento social, por conta do novo
coronavírus.

De acordo com o Ministério da Educação e Cultura (MEC), a Educação a distância é a


modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou
temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de
informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode
ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional
técnica de nível médio) e na educação superior.
As tecnologias ainda constituem um grande desafio em relação ao processo ensino-
aprendizagem dentro do ambiente escolar como por exemplo o acesso e interação por parte
tanto dos alunos como dos professores e infraestrutura da escola.
Conforme (UNESCO,2020; PRESSE,2020), mais de 1.5 bilhões de estudantes entre
crianças, adolescente e universitários, de 165 países ficaram sem aula dados divulgados
em26 de março de 2020, o que corrobora com as informações da Unicef no mesmo período
do dia 23 de março que ficaram sem aula 154 milhões de alunos na América Latina e o
Caribe.
A Educação Remota vem despontando através das plataformas digitais e seus
aplicativos como o Teams (Microsoft), Google Class, Google Meet, Zoom, sendo concorrentes
entre si nesse mercado, onde estão inclusos o processo de ensino-aprendizagem.
Vale ressaltar que os pais dos alunos da rede pública de ensino são em sua maioria
assalariados, e estes também pagam a educação de seus filhos através de impostos altos e
por vezes não são visíveis esse retorno, e para pesquisadores e docentes nem a educação e
muito menos pais e alunos são vistos como clientes ou algum tipo de negociação.
Outro dado a se destacar são os alunos a Universidade Federal a Bahia (UFBA),que
segundo o reitor 69% desses estudantes tem renda per capta de até um salário mínimo e
meio, ou seja, a educação remota e suas atividades podem exclui-los, sendo que o acesso
destes são somente pela universidade.

1.Condições emocionais e de saúde física para o ensino remoto acontecer


Um fator importante também no distanciamento social no qual o ensino-aprendizagem é
de fundamental relevância é a situação da saúde física e emocional dos alunos que estão
confinados com seus parentes em casa e muitas das vezes estes podem encontrar situações
de estresse e violências além da dificuldade em orientar em suas atividades escolar pois o
mesmo pode não ter condições devido o nível escolar, principalmente alunos da rede pública.
2.Formação docente e discente para o ensino remoto
Além disso outras questões relevante é a preparação ou não do corpo docente em
relação as tecnologias e suas plataformas digitais, muitos não se sentem preparados para
assumir tal compromisso.
Além disso os professores seguem os mesmos horários e arcam com as despesas para
realização das atividades como slides, vídeos entre outros para o acompanhamento das
atividades pelos alunos e nem sempre com a qualidade desejada.
Já por parte dos discentes os problemas relatados pelos pais são que muitos não tem
computadores em suas casas, pois, acessam a internet com o dispositivo móvel, a falta de a
falta de conhecimento com as plataformas como por exemplo Google Meet, Teams, Zoom,
nos quais são cobrados pelos professores que não ensinaram e os pais que não obtiveram
este conhecimento.
O seguimento do curso normal abalado pela pandemia do Coronavírus, teve seu
destaque para os países com desigualdade social como é o caso do Brasil, incluindo barreiras
físicas, culturais, tecnológicas e econômicas que configuram a sociedade, dando visão aos
esquecidos.
A pandemia dificilmente fara retornarmos como antes, principalmente quem teve suas
aulas remotas e precisarão aprender o que não foi aprendido em seus conteúdos, causando
frustações e insatisfações em todos os envolvidos, pois, os docentes utilizam métodos
utilizados em aulas presenciais, nas aulas remotas chamadas de broadcasting, ou seja, as
informações passadas para um grupo de discentes os mesmos não conseguem acompanhar
nesses encontros virtuais.

DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS

Nos últimos 15 anos, uma ampla produção científica de diferentes países e campos
disciplinares vem concentrando seu foco de análise nos impactos sociais e espaciais
causados pelas modificações econômicas em curso nos países centrais, desde os anos 70.
No método de adequação do pensamento geográfico crítico, embasado na
compreensão elementar da lógica estabelecida entre a sociedade e o espaço em seus
movimentos históricos de reprodução, a discussão em torno dos conceitos das diferenças e
das desigualdades vem gerando interessantes e debates, sobretudo quando o que se
procura é a adjetivação das assimetrias socioespaciais imanentes desta relação dialética.
O conceito da diferença socioespacial abrange todas as dimensões de diversidade,

sendo, amplas e complexas de uma evolução histórica ao longo do tempo, “A desigualdade


exige um parâmetro comum, classificatório, que permita uma comparação global; e a
diferença, stricto senso, o é no sentido de alteridade” (HAESBAES apud SERPA, 2011,
p.103).
No Brasil a realidade socioespacial contemporânea urbano, sendo um país capitalista e
subdesenvolvido sua economia direciona as cidades a possibilidades de reprodução social,
apropriação do espaço e articulações produtivas por interferência impositivo da dimensão
econômica, assim compondo suas desigualdades econômicas. Atualmente é visível a
distinção socioespacial urbana principalmente no que diz respeito a economia do país.
Para (CORRÊA, 2007, p.61), a esta hipótese teórico, associamos outro, de caráter mais
metodológico, o de que “a diferenciação socioespacial pode ser concebida segundo duas
escalas conceituais, a da rede urbana e da escala intra-urbana, nas quais processos e
práticas espaciais produzem padrões distintos de diferenciações”.
Segundo o autor:
[...] a prática mais comum a todos os tipos de sociedades, desempenhando papel
crucial na diferenciação socioespacial. Trata-se de prática efetivada tanto em decisões
locacionais na escala da rede urbana como na escala do espaço intra-urbano.
A seletividade espacial advém da negociação entre objetivos,
possibilidades do agente social específico e dos interesses e possibilidades de
outros agentes. [...] acessibilidade, economias de aglomeração, status social
elevado, vantagens fiscais são características que influenciam na seletividade
espacial. (CORRÊA, 2007, p. 69).

A urbanização atual e seus interesses comuns que resulta na criação de cidades


semelhantes no mundo todo, com o objetivo de crescer, ampliar seus horizontes, não sendo
exclusividade do período capitalista de produção as cidades como forma decorrente da ação
social sobre o espaço geográfico.

De acordo com o autor:

“A cidade é, particularmente, o lugar onde se reúnem as melhores condições para o


desenvolvimento do capitalismo. O seu caráter de concentração, de densidade,
viabiliza a realização com maior rapidez do ciclo do capital, ou seja, diminui o tempo
entre o primeiro investimento necessário à realização de uma determinada produção
e o consumo do produto” (SPOSITO, 1994, p.64).

O capitalismo e a urbanização desde a era moderna desenvolveram-se paralelamente,


com o intuito de aprimorar as antigas diferenças socioespaciais das cidades, e a construção
de novas, concernente aos interesses do capital, que por sua vez também se aperfeiçoava
conforme o espaço para outras construções.
Soja (1989) de acordo com Lefebvre:
“A própria sobrevivência do capitalismo, estava baseada na criação de uma
espacialidade cada vezmais abrangente, instrumental [...]. Assim, a urbanização
era uma metáfora resumida da espacialização da modernidade e do „planejamento‟
estratégico da vida cotidiana, que haviam permitido ao capitalismo sobreviver,
reproduzir com êxito suas relações essenciais de produção” (LEFEBVRE apud
SOJA, 1989, p. 65).

Atualmente urbanização e capitalismo seguem com os interesses comuns, conectadas com


as práticas espaciais, ressaltando que muitas vezes a utilização do espaço se restringe a
interesses econômicos em relação aos sociais.

4 Metodologia
Através da metodologia selecionada, busca-se ressaltar os dados arregimentados, cujo
são de suma importância para que posteriormente possa-se averiguar de maneira crítica os
dados quantitativos e qualitativos, dessa maneira compreender as informações coletadas por
meio do questionário.

O método escolhido fica evidente a partir da proposição do problema de pesquisa, das


hipóteses ou perguntas elaboradas, da delimitação do universo ou da amostra a ser
pesquisada. A seleção de todo instrumental metodológico está diretamente relacionada
à natureza do objeto de estudo, aos objetivos, aos recursos financeiros e aos humanos
disponíveis. (LAKATOS, MARCONI, 2010 p. 39).

Visando esquadrinhar ao máximo todas as informações coletadas através do


questionário, o presente trabalho buscou meios técnicos para concatenar as informações
contidas no questionário aplicado.

Construir um questionário consiste basicamente em traduzir objetivos da pesquisa em


questões específicas. As respostas a essas questões é que irão proporcionar os dados
requeridos para descrever as características da população pesquisada ou testar as
hipóteses que foram construídas durante o planejamento da pesquisa. Assim, a
construção de um questionário precisa ser reconhecida como um procedimento técnico
cuja elaboração requer uma série de cuidados, tais como: constatação de sua eficácia
para verificação dos objetivos; determinação da forma e do conteúdo das questões;
quantidade e ordenação das questões; construção das alternativas; apresentação do
questionário e pré-teste do questionário. (Gil,2008, P.12)

Para essa pesquisa foi feita a investigação bibliográfica, bem como a sondagem junto a
diretoria da escola para que pudéssemos alinhar a melhor maneira da aplicação do
questionário, atendendo as normas da vigilância epidemiológica e assim não colocar em
risco a saúde dos alunos e de todos os outros envolvidos.

Pesquisar cientificamente significa realizarmos essa busca de conhecimentos,


apoiando-nos em procedimentos capazes de dar confiabilidade aos resultados. A
natureza da questão que dá origem ao processo de pesquisa varia. O processo pode
ser desencadeado por uma dificuldade, sentida na prática profissional, por um fato para
o qual não conseguimos explicações, pela consciência de que conhecemos mal alguma
situação ou, ainda, pelo interesse em criarmos condições de prever a ocorrência de
determinados fenômenos. (Prodanov, Freitas, 2013 p. 44).

Feito o contato por meio do diretor da Escola Estadual Professor Azarias Mendes,
discutimos sobre os pontos contidos no formulário a ser aplicado aos alunos, desta maneira,
todos de acordo com conteúdo, foi aplicado o questionário in loco, para possíveis dúvidas
quaisquer, caso algum aluno pudesse vir a levantar sobre algum item.
As variáveis, segundo Gil (2008, p.128) Nem todas as pessoas estão motivadas para
fornecer as respostas solicitadas. Algumas podem até mesmo se sentir ameaçadas ao
serem indagadas acerca de determinados assuntos. Por outro lado, há questões que por sua
natureza ou forma são capazes de criar constrangimentos nos respondentes. O vocabulário
utilizado também pode conduzir a interpretações inadequadas. Há palavras que por serem
estereotipadas ou apresentarem conotação negativa tendem a ser evitadas ou rejeitadas. E
no caso de questionários que são respondidos com entrevista é possível o estabelecimento
de um tipo de relação entre pesquisador e pesquisado que torna a situação altamente
desconfortável.
Com todos os pontos arregimentados, o questionário foi formulado com 14 perguntas,
sendo 11 de múltipla escolha e 3 questões abertas, aos alunos do 2º ano do ensino médio,
devido ao fato da escola ter adotado o regime de rodízio de alunos, para evitar aglomeração
nas aulas, foram agrupados os 2 segundos anos A e B da escola, para esta pesquisa.
Segundo OLABUENAGA e ISPIZÚA (1989), a análise de conteúdo é uma técnica para
ler e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos, que analisados adequadamente
nos abrem as portas ao conhecimento de aspectos e fenômenos da vida social de outro
modo inacessíveis.
A matéria-prima da análise de conteúdo pode constituir-se de qualquer material oriundo
de comunicação verbal ou não-verbal, como cartas, cartazes, jornais, revistas, informes,
livros, relatos autobiográficos, discos, gravações, entrevistas, diários pessoais, filmes,
fotografias, vídeos etc.
Contudo os dados advindos dessas diversificadas fontes chegam ao investigador em
estado bruto, necessitando, então, ser processados para, dessa maneira, facilitar o trabalho
de compreensão, interpretação e inferência a que aspira a análise de conteúdo.
A análise de conteúdo, em sua vertente qualitativa, parte de uma série de
pressupostos, os quais, no exame de um texto, servem de suporte para captar seu sentido
simbólico. Este sentido nem sempre é manifesto e o seu significado não é único. Conforme
colocam OLABUENAGA e ISPIZÚA (1989, p.185).
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ponderando as definições, o questionário foi aplicado IN LOCO, na escola Professor
Azarias Mendes com os alunos, por meio de um encontro presencial para que os alunos
respondessem ao questionário. As etapas dessa pesquisa foram divididas da seguinte
maneira:
- Primeira etapa: foi feito o levantamento bibliográfico, que é todo levantamento teórico
que auxiliou como fundamentação teórica da pesquisa;
- Segunda etapa: foi feita a pesquisa in loco, onde foi feito o levantamento da estrutura
da escola e investigou-se como está sendo organizado o ensino remoto da Escola Estadual
Professor Azarias Mendes;
- Terceira etapa: foi elaborado e aplicado um questionário de 14 questões aos alunos
do 2°ano A e B do período integral do ensino médio;
- Quarta etapa: fez-se a elaboração dos gráficos na pretensão de sistematizar as
informações e concatenar os dados obtidos;
- Quinta etapa: foi feita a análise dos resultados com base nos dados coletados;
- Sexta etapa: consistiu na redação e elaboração final da pesquisa.

O resultado da pesquisa em relação ao sexo foi a maioria feminina com 81,8% e apenas 18,2%
para o sexo masculino.
Em relação a cor, raça, e etnia a maioria branco com 72,2%e 27,3 pardos

Em relação a trabalho dentre os 11 que responderam, 81,8% disseram que não e 18,2%
disseram que sim

Em relação as zonas urbanas e rurais 100% responderam que residem na zona urbana

Dentre o número de membros da sua família com 63,6% responderam de 4 a 5 pessoas e


com 36,4% responderam de 1 a 3 pessoas.
Em relação a questão se a família é contemplada pela Programa Bolsa Família 100%
responderam que não.

Em relação a renda per capta mensal da família com 45,5% a maioria respondeu de um até
um salário e meio, com 18,2% de um e meio até dois e meio salário-mínimo, com
9,1%responderam de zero até meio salário-mínimo a mesma porcentagem para meio salário
até um salário-mínimo.

Na questão sobre moradia se alugada, cedida, financiada e própria a maioria com 90,9%
respondeu própria e 9,1% responderam alugada.

Em relação ao meio que eles mais utilizam para se manterem informado sobre os
acontecimentos atuais? Com 72,7% a maioria respondeu internet e 27,3% responderam jornal
falado (TV).
Na questão se possuem acesso a internet na sua residência? 100% responderam que sim.

Em relação ao equipamento utilizado para acompanhar as aulas em tempos de isolamento


social. A maioria com 72,7% respondeu celular, 18,2% notebook e 9,1% computador desktop.

Na questão sobre qual equipamento você utiliza para fazer as atividades em tempos de
isolamento social? Com 81,8% a maioria respondeu celular e 18,8% responderam note book.

Em relação ao uso de material escolar disponibilizado pela escola, 72,7% responderam que
sim e 27,3% que não.
Na questão sobre a refeição feita na escola quando o ensino era regular, 63,6% responderam
que não e 36,4% responderam que sim.

Sobre se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), 90,9% responderam que
sim, e 9,1% responderam não.

12.) - Que dificuldades acha que enfrentará caso ingresse em um curso superior? (Aqui uma
questão aberta)
11 respostas
 De procurar um trabalho e ter atividades que e não entenda acho e espero que
não teria nenhuma dificuldade
 Acho que algumas dúvidas
 De não ter aprendido alguns conteúdos essenciais para se ter ao prestar um
vestibular/Enem.
 Acho que eu não teria nenhuma dificuldade, pois vou entrar em uma área
que já tenho alguns conhecimentos

 Conseguir conciliar as atividades escolares, com todas as responsabilidades


da "vida adulta". Falta de conhecimento em conteúdo que estudei durante a
pandemia.
 Dificuldades em me adaptar a uma nova etapa e até talvez lidar com alguns
problemas no próprio curso, perante a algo novo e sem instruções
adequadas. Lidar com algumas pessoas também pode ser difícil, mas meu
sonho sempre acima de tudo

 A meu ver, as dificuldades que enfrentarei caso tenha vontade de ingressar


em um curso superior pode ser a questão de "acompanhar" o que está
acontecendo ali no curso, pois por conta desse momento de ensino a
distância uma geração ficou atrasada no ensino

 Eu acho que uma dificuldade maior que irei enfrentar será de apresentar
TCC, porque eu sou uma pessoa muito tímida.
 De ser aprovada, já que a área que eu busco está cada vez mais concorrida,
coisa que poderia me desanimar e fazer com que eu optasse por escolher
outro curso.
13.) Você acha que a pandemia e o isolamento social prejudicaram o
acompanhamento das aulas? (questão aberta)
11respostas

 Com certeza, muita gente praticamente não acompanhava as aulas, fazia as


lições no dia final para entregar, etc.

 sim, pois não dava para aprender direito, os professores não tinham como
explicar da maneira certa, é bem mais difícil de aprender os assuntos

 Sim
 Sim, ao meu ver as escolas não estavam preparadas para esse tipo de
ensino, ninguém estava, alunos, professores, diretoria, secretaria e também
os funcionários, o COVID foi um golpe surpresa do qual ninguém conseguiu
se proteger.

 Sim, não conseguia prestar atenção nas aulas sempre tinha alguma coisa
atrapalhando
 Sim, não conseguia entender o conteúdo, mesmo procurando vários vídeos
explicativos sobre o assunto, não conseguia me concentrar já que em casa
eu ficava mais "confortável" e me desconcentrava facilmente.

 Sim, muito. Foi difícil acompanhar as aulas, os conteúdos eram passados um


em seguida do outro mesmo que você não entendesse nada. Hoje é difícil
estudar igual eu estudava antes do isolamento.

 Sim, pois na minha opinião é muito mais difícil ter aulas através do celular
do que presencial. Nós alunos somos acostumados a ter sua aula na escola
e quando a pandemia chegou tivemos muito pouco tempo para nos
adaptarmos a uma nova rotina

 Sem dúvidas! Um momento de pânico e abalo psicológico para as pessoas,


uma pandemia de repente,sem informações pois era algo novo, não sabiam
ao certo oque fazer para "resolver" a situação, e enquanto isso MUITAS
pessoas morrendo,um CAOS, o acompanhamento das aulas não era uma
prioridade em meio a tanta informações caóticas

 Sim, porque tinha/tem matérias que eu tenho bastante dificuldade de


entender, e com as aulas remotas eu não entendia nada, e mesmo eu
pedindo ajuda aos meus responsáveis eu ainda não entendia e também, eu
sempre deixava para fazer nas últimas horas ou até mesmo eu nem fazia as
atividades e mesmo assim eu consegui passar de ano, e eu sempre essa
dificuldade de entender as matérias de exatas, então no meu ponto de vista
acabou prejudicando.

 Sim, já que por muito tempo não houve o amparo necessário do próprio
governo com a educação, seja pelo conteúdo a ser aplicado até a adaptação
dos alunos e dos professores. Porém, o ensino remoto é mais ajustável a sua
vida, visto que você pode escolher em qual horário é mais benéfico para você
e também a variedade imensa da internet.

 Ademais, eu acredito que eu consegui estudar com o Ensino a Distância, mas


por buscar formas de estudo que eu poderia aprender e me ajustar melhor,
porque pelo próprio governo e o que ele fornecia não era tão compreensível,
especialmente por "pularem" conteúdos para fazer com que a gente aprendesse
o "mais importante" e também o mais rápido disponibilizados nas próprias aulas
apresentadas.
14.) Fale das características que você destacaria do ensino remoto - dificuldades e
facilidades de aprendizagem (Aqui uma questão aberta)
11 respostas
 As atividades deram parar acessar tranquilamente, porém ao mesmo tempo
elas eram difíceis de realizar, pois era muita atividade dentro de uma,
passavam vídeos que não conseguiam ajudar de jeito nenhum, me
respondiam MESES depois quando eu fazia uma pergunta, então eram muitas
dificuldades.

 Porém elas eram tranquilas de acessar, então era mais fácil.


 a facilidade era por conta do tempo, o ambiente que estudava, mas as
dificuldades era o entendimento, as dificuldades nas matérias, os problemas
q algumas pessoas tinham por conta da falta de internet ou aparelho para
utilizar

 Foi muito difícil, pois não era a mesma coisa que em sala de aula, os
professores colocavam vídeo aulas para a gente vê e nós não conseguimos
entender nada, os vídeos que eles disponibilizaram nas plataformas não tinha
nada haver com as atividades que os professores passavam

 Talvez a única facilidade existente no ensino remoto, tenha sido a facilidade


de saber as notas e o que fazer, isso falando do ensino privado, no ensino
público era confuso, no qual era estressante, por que não saber, causa a
sabedoria parcial, no qual, quanto aos alunos, se achava que as atividades
estavam concluídas e em realidade parte estava e parte não, quase sempre
era necessário o auxílio, e se o indivíduo tentasse tomar isso por conta
própria o estresse, a ansiedade e em casos severos até a depressão, eram
inevitáveis, o que matou quase que por completo a vontade de aprender.

 Não achei nenhuma facilidade, não consegui prestar atenção, aprender, tirar
minhas dúvidas etc.…

 Em minha perspectiva o ensino remoto não teve pontos positivos, não


conseguia me organizar, concentrar nos estudos, já que estava em pleno
conforto da minha casa. Quando tinha dúvidas não conseguia entrar em
contato com os professores para entender tudo.

 Facilidades: Mais tempo para fazer as atividades.


 Dificuldades: Estar em casa causava muita distração. Os conteúdos eram
complicados de entender. Os professores nem sempre conseguiam tirar
nossas dúvidas.
 O horário de aulas para mim é o principal fato que dificulta muito a minha vida
porque atrapalhou todos os planos que eu tinha feito mas por outro lado me
ajudou um pouco a conseguir voltar a rotina de antes mesmo que tenha sido
mais intensivo

 Facilidades:
 Estar no aconchego da casa, que no momento é um lugar considerado "seguro"
 Dificuldades:
 A concentração, pois dentro de casa existem milhares de coisas que podem nos
distrair,
como: objetos da própria casa, um animal de estimação, barulho da família e etc...

 O abalo psicológico, Estar em um momento de tensão e informações incompletas

 A dificuldade era tentar enteder as matérias de exatas e algumas de humanas, e se


perguntava para os professores alguns respondiam "rápidamente" e outros nem
respondiam, e a facilidade era que eu poderia escolher em qual horário eu iria fazer
as atividades e também eu fazia com calma

 Ele pode ser mais ajustável a sua rotina; pode te fazer ir mais a fundo no tema
através da grande diversidade de informações que a internet disponibiliza; pode ser
feito a qualquer momento, já que você só necessita de algum aparelho com acesso a
rede de internet, ou até offline por exemplo, que podem te auxiliar no ensino. A
dificuldade principal é poder se concentrar, já que você possui distrações na sua vida,
e também a forma de adaptação, já que nem todos já estudaram no EAD e de
repente foram inseridos nesse tipo de ensino. Além disso, os profissionais podem ter
dificuldades de se comunicar com os alunos, por ter que providenciar aulas, vídeos,
conversas e responder dúvidas de várias pessoas por mensagem.

Sendo assim o trabalho encontrou os seguintes resultados da pesquisa, a maioria que


responderam é do sexo feminino (81,8%), da raça branca (72,2%), não trabalham (81,8%),
moram na zona urbana (100%), membros da familia de 4 a 5 pessoas (63,6%), não recebem
Bolsa Família (100%), renda per capta da familia de até um sálario e meio (45,5%), tem casa
própria (90,9%), recebem noticias atuais pela internet (72,7%), acesso a internet (100%),
aulas acompanhada pelo celular (72,7%), atividades escolares feita pelo celular (81,8%),
utilizaram material ofertado pela escola (72,7%), não comiam a merenda escolar quando
estava tendo aula regular (63,6%) e sobre fazer a inscrição para o ENEM (90,9%)
responderam que sim.
Vale ressaltar que a localidade dessa escola mesmo sendo na cidade de Votorantim
fica muito proxima a uma das regioes mais nobres de Sorocaba ja que ambas fazem divisa de
municipio, e possivelmente se comparada a outras regiões é possivel que teriamos resultados
bem diferentes deste, principalmente socioeconômico, porém mesmo estudando
especificamente nesta escola bem localizada é importante ressaltar que nem todos tem a
mesma condições econômica, pode ser que para alguns alunos a facilidade de ter acesso a
aparelhos eletrônicos e uma boa qualidade de internet é maior que o outro, assim como o
poder aquisitivo de cada um é diferente, claramente visto nos dados demográficos em renda
per capta,onde a maioria da renda familiar é de até um salário minimo e meio, e nesta região
há bairros carentes, e também tem um fator a ser consideravel são sobre as questões foram
respondidas no auge da pandemia no ano de 2021, onde estava tendo aulas remotas/hibridas
não sendo possivel encontrar todos os alunos juntos em sala de aula, ou seja, não temos as
respostas de todos os alunos.
Em relação as questões abertas sobre a possibilidade de encontrarem dificuldade caso
entre num curso superior, a maioria acredita que sim pelo fato do ensino na pandemia ter sido
hibrido e acreditam que trouxe uma atraso na educação, assim como na questão seguinte
sobre se o isolamento social prejudicaram o acompanhamento das aula a maioria disse que
sim foi muito difícil acompanhar as aulas EAD, e por fim sobre as características do ensino
remoto – encontramos os seguintes resultados sobre a facilidade acesso fácil, mais tempo
para fazer as atividades, o horário conseguiu retomar sua rotina, estar em casa sendo mais
seguro, escolher o horário para fazer as atividades e realizar com calma, e dificuldades
excesso de atividades e vídeos aulas, ausência de apoio, demora no retorno as dúvidas e
atividades, falta de acesso à internet e/ou aparelho, atividades diferentes dos vídeos
aulas, ansiedade, estresse e depressão, ausência de concentração e organização,
nenhum benefício, conteúdos complicados, muita distração por estarem em casa,
professores não respondiam, o horário foi um fator que atrapalhou a programação que
tinha feito, barulho da família, animal de estimação, o abalo psicológico, estar em um
momento de tensão e informações incompletas.

Assim diante desta pesquisa o ensino EAD para a maioria dos alunos da escola E.E
Professor Azarias Mendes, o impacto foi negativo devido as dificuldades relatadas acima
sobre o EAD, trazendo relatos importantes inclusive palavras como estresse, depressão e
abalo psicológico, falta de concentração, horários incompatíveis, um conjunto de informações
que muitas das vezes ficaram sem apoio educacional, ou seja, não sabiam como prosseguir e
julgam que tudo isso tenha atrapalhado o seu aprendizado, e também a falta de acesso a
internet e/ou aparelho como ferramenta de estudo fundamental neste caso.
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