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Figura 1: Parque Trianon, 11/2016 Foto: Gustavo Nunes

Avenida Paulista/Masp
nessa analise dos pontos visitados na capital paulista, podemos observar a
imponencia de uma cidade de quase 12 milhoes de habitantes e suas contradições. Em
nossa primeira parada no Masp, localizado no espigão central, notamos um predio que se
destaca em sua arquitetura moderna, de acordo com a proposta da avenida em seu inicio
por volta de 1891 quando foi inaugurada para atender a burguesia daquela época,
sobretudo a elite cafeeira. O Masp segue a mesma proposta, no entanto em outra época,
são notaveis as contradições nesse pequeno espaço, podemos ver que enquanto o
publico consumidor do museu são pessoas com um poder aquisitivo mais elevado,
existem moradores de rua se abrigando no vão do masp, isso mostra uma dissonância
gritante aos olhos de quem observa. A avenida paulista foi concebida para ser o centro
financeiro de São Paulo, e durante decadas assim foi feito, em seu inicio tiveram
casarões, palacetes estilo frances, neoclassicos, com a expansão da cidade e a
industrialização, esses imoveis foram dando espaço aos grandes edifícios com heliponto
que vemos hoje, são edificações erguidas para hospedar o setor financeiro dessa nova
economia brasileira, já na década de 90, com o metro era possível observar o trafego,
aereo, terrestre e subterrâneo. Hoje a avenida paulista abriga uma economia informal,
com vendedores de rua comercializando seus produtos, como camisetas personalizadas,
produtos hippies, quadros de arte, artesanatos. Essa economia se da sobretudo nos anos
2000, quando o centro comercial de São Paulo começa a migrar para a avenida Luis
Carlos Berrini, onde os edificios são maiores, o que passa a impressão de uma economia
mais pujante, predadora, estampado em seus prédios espelhados. Enquanto isso a
avenida paulista em meio suas contradições de predios, parques e vendedores e
moradores de rua, vai voltando ao que era em sua inauguração, uma região residencial e
o parque do trianon tem papel fundamental nesse processo, pois é uma area verde que
alem de valorizar a região traz qualidade de vida aos moradores desse perímetro.
O Parque pode ser utilizado por moradores de outras regiões devido ao seu facil
acesso por conta das estações de metro, entretanto podemos observar que o espaço é
utilizado por um publico específico, famílias e pessoas da terceira idade.
Na figura 2, podemos observar as contradições de uma grande cidade como São
Paulo, onde o moderno e o antigo, o capital e a periferia estão lado a lado e não se
comunicam. Um predio tomado pela arte de rua expressada através de suas pichações e
logo ao lado um prédio moderno, construído
Possivelmente para abrigar escritórios e manter a circulação do capital.

Figura 2: Marginal Pinheiros, 11/2016 foto Gustavo Nunes

Parque Burle Marx


Em nossa visita ao parque, notamos um espaço elitizado, administrado por uma
empresa, apesar de ser um espaço publico,com uma certa burocracia para entrada
quando se trata de um número grande de pessoas, uma serie de regras a serem seguidas
durante a permanência dentro do espaço. Espaço esse que foi conservado para um fim;
valorização do mercado imobiliario regional, como dito anteriormente, areas verdes em
centros muito urbanizados valorizam a região. Os bairros em torno do parque, são bairros
de classe média alta, sendo assim a necessidade de preservar essa area no atendimento
dessa população em específico, até mesmo porque é um parque de dificil acesso, quando
se trata do transporte publico, ou seja é um espaço que possui suas barreiras postas, de
forma sutil. A dificuldade de acesso, a cobrança de estacionamento e a localização,
dificultam o acesso da população em geral. Encontramos famílias caminhando pelo
parque com suas babás, jardim projetada pelo paisagista Burle Marx, com tratamento
impecável, no entanto a casa construída de pau a pique sem nenhum cuidado, apenas
com grade cercando a casa.

Figura 3: Parque Burle Marx, 11/2016 site www.parqueburlemarx.com.br

Parque Santo Dias na Cohab Adventista


Em nossa visita ao ultimo ponto, na periferia da capital paulista, no bairro do
Capão Redondo visitamos o parque Santo dias. Um parque cravado na periferia de São
Paulo que atende alem da Cohab Adiventista, outras 3 Cohab. Uma area que possui
quadras esportivas (basquete, vólei e futsal), alem de uma academia montada pela
associação de moradores, possui uma area especifica para pratica de capoeira. O acesso
diferentemente do parque anterior, tem facil acesso por linhas de onibus e uma estação
de metro.
O territorio é usado de forma ativa pelos moradores, existem atividades esportivas
com seus horarios definidos, a população desfruta de um local para o lazer em suas horas
vagas, existem lugares para se fazer piquenique, churrasco. Fica nitido que se trata de
um espaço democratico com a finalidade de atender um publico totalmente diferente do
parque Burle Marx, são jovens trabalhadores de classe media baixa. A area foi uma
conquista dos moradores da Cohab.
Figura 4: Parque Santo Dias na Cohab Adventista, 11/2016.

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