Você está na página 1de 63

TRABALHO 2

Pesquisa de projetos paisagísticos de


espaços públicos

André Albinati Peterson Praça da Liberdade


Leonardo Santos Magalhães R. Rio de Janeiro entre Tamoios e Afonso Pena
Thiago Neves Parque Municipal Juscelino Kubitschek
Praça da Liberdade
Praça da Liberdade
1. Identificação da obra implantada
A Praça da Liberdade está implantada em Belo Horizonte e começou a ser projetada por Aaraõ Reis em 1895, como parte da planta urbanística da
nova capital do Estado de Minas Gerais, Brasil.
O conjunto arquitetônico e paisagístico da Praça da Liberdade foi tombado em 2 de junho de 1977 pelo IEPHA, contemplando os edifícios do
centro cívico – Palácio da Liberdade e antigas secretarias de Estado –, e estende-se aos jardins, lagos, alamedas, fontes e monumentos da praça,
bem como as fachadas de diversas edificações modernas e até outras mais contemporâneas implantadas também ao seu entorno.
Este conjunto reflete o desenvolvimento da cidade e sua evolução urbana e arquitetônica, dos estilos neoclássico e eclético da virada do século
19, ao contemporâneo dos anos 2000, passando pelo Art Decó em 40, modernismo nos anos 50/60 e pós-modernismo dos anos 80.
8

Praça da Liberdade
2
2. Inserção urbana: implantação e sua
relação com o entorno.
3 5
Foi implantada numa esplanada artificial criada para adequar o local
mais elevado do plano criado dentro da avenida do Contorno ao
traçado urbanístico proposto. Esta posição elevada e estratégica
abrigaria o novo palácio-sede do governo estadual e suas secretarias, 10
em um lugar de irradiação do traçado geométrico como símbolo
urbanístico do centro do poder. 4
9
Além do Palácio da Liberdade(1), podem ser vistos os prédios antigos
das seguintes secretarias de Estado: Fazenda(2), Educação(3),
Segurança(4) e Viação e Obras Públicas(5). Na década de 1940, o estilo
Art Decó pontuou seu revestimento em pó de pedra do Palácio Cristo 6
Rei. Nas décadas de 50 e 60 edifícios modernos como o Edifício
Niemeyer (6) e a Biblioteca Pública (7), ambos projetados por Oscar
Niemeyer, e a antiga sede do IPSEMG(8), se destacaram ainda mais aos
antigos estilos neoclássicos e eclético. Em 1969 foi proibido o tráfego 7
de veículos na alameda central. Na década de 80 novas intervenções
foram realizadas e em 1991 a praça foi restaurada retomando o traçado
dos anos 20. O projeto de restauração esteve a cargo da equipe da
arquiteta Jô Vasconcelos, que já havia participado na década de 80 da
equipe que desenvolveu o edifício pós-moderno conhecido como
“Rainha da Sucata” (9) em uma de suas esquinas, e ainda 1
posteriormente no Centro Cultural da UFMG (10), vizinho a este.
O complexo paisagistico e arquitetônico da Praça da Liberdade sintetiza
os estilos que marcam a história de Belo Horizonte, na região da Savassi
fica no encontro de quatro grandes avenidas - Cristóvão Colombo, João
Pinheiro, Brasil e Bias Fortes
Praça da Liberdade
2. Inserção urbana: destacando os acessos
de pedestres e veículos.
As novas relações de forma e espaço da cidade trouxe muitos edifícios
altos em toda a Belo Horizonte e hoje já não é tão perceptível a posição
proeminente de relevo da Praça da Liberdade, apesar de ainda ser um
espaço amplo e resguardado em sua altimetria, com poucas exceções
de vizinhos que ultrapassaram as cotas dos edifícios mais antigos.
Mesmo a sede do Governo Estadual já não é ali, e a Praça da Liberdade
ganhou em seu entorno instituições relacionadas à cultura, como
museus, teatros e até um planetário.
Como ponto radial a praça convive com grande fluxo de veículos ao seu
redor, e sendo aberta pode ser acessada por diversas esquinas e
inclusive em passagens criadas entre os grandes quarteirões em seus
flancos. Seu eixo longitudinal reforça a visada de quem chega da Av.
João Pinheiro ao norte e avista o Palácio da Liberdade na cabeceira sul
da praça.

FLUXO DE VEÍCULOS
FLUXO DE PESSOAS
FAIXAS DE TRAVESSIAS PARA PEDESTRES
ACESSOS LIVRES PARA PEDESTRES
ACESSOS CONTROLADOS PARA VEÍCULOS
Av. João
Pinheiro
Praça da Liberdade
3. Conceito/Estratégia do projeto: Partido, pontos
focais, fluxos e esquemas de organização funcional
Inicialmente em traçado inglês, um paisagismo mais livres na distribuição da
vegetação a cargo do arquiteto-paisagista Paul Villon, a praça teve seu traçado
refeito inspirado no Palácio de Versalhes, para a visita dos reis da Bélgica a Belo
Horizonte em 1920. Vestígios do antigo estilo ainda existe nos jardins dos fundos do
Palácio da Liberdade, em frente a praça.
O novo projeto de inspiração francesa foi encomendado à empresa paulista
Dieberger & Companhia e assinado pelo arquiteto-paisagista Reginaldo Dieberger,
trouxe o traçado geométrico da cidade aos jardins, cujos contornos acentuados
pela topiaria que dava formas geométricas também às plantas.
A intenção foi de conferir as estruturas mais importantes da cidade àquele local
naturalmente privilegiado pela topografia.

“Planta e projecto da Praça da Liberdade”


Catálogo de 1927-28 da firma Dierberger & Cia
Fonte: Acervo particular Família Dierberger
Av. João
Pinheiro
Praça da Liberdade
3. Conceito/Estratégia do projeto: Partido, pontos
focais, fluxos e esquemas de organização funcional
Há nitidamente um eixo principal de simetria no centro da praça em ambos
sentidos, sendo o longitudinal marcante por promover uma longa visada ao Palácio
da Liberdade. A partir da Avenida João Pinheiro podemos perceber como as linhas
paisagísticas da praça convergem, em linha reta, para o Palácio do Governador do
outro lado da praça. Alameda criada de palmeiras se transformou na principal marca
paisagística e conduz a vista do observador para a construção palaciana,
Transversalmente outras passagens procuraram cortar o parque, possibilitado a
travessia dos funcionários que precisavam transpor a praça entre os edifícios
funcionais de seu entorno. Isso cria também outros pontos focais nestes
cruzamentos e ambientes intermediários, locais para disposição de espelhos d’água,
fontes, coreto, jardins, monumentos e bustos comemorativos.
Av. João
Pinheiro
Praça da Liberdade
4. Paginação do piso
O piso é quase totalmente pavimentado com cimento colorido em tom terral,
exceção apenas a Alameda da Travessa, que corta o parque
longitudinalmente. Fechada para trânsito é calçada com paralelepípedos de
gnaise, remetendo às primeiras pavimentações da cidade, e que se estende
até a entrada do Palácio da Liberdade, reforçando o eixo de simetria principal
da praça.
O piso cimentado tem detalhes de guias laterais em lajotas rústicas de
cerâmica queimada, em forma de canaletas, que funcionam para
recolhimento e guia de água de chuva. As juntas de dilatação respeitam
padrão de 100x100cm quadriculado em todo o ambiente.

LEGENDA

Piso gramado
Piso Cimentado
Piso de Pedra
Av. João
Pinheiro
Praça da Liberdade
4 2
5. Setorização e programa: 3
A praça ocupa uma área de aproximadamente 35.000 m2, distribuídos geometricamente com
caminhos entre jardins. Os espaços são amplos e abertos, sem limites físicos claros. Podemos
ressaltar alguns ambientes pelo uso e aglomerações que percebemos no dia a dia da praça.
1. coreto: símbolo da praça, a área do coreto atrai muitas crianças que aproveitam o seu pátio
amplo para andar de bicicleta ou criar rodas de brincadeiras e conversas – 625m2.
2. fonte do cruzeiro: maior espelho d’água da praça com um chafariz longilíneo este ambiente
proporciona corredores com pouco movimento transversal, criando um espaço mais
aconchegante para os casais que querem mais sossego – 1.300m2.
3. alameda: a travessa da praça proporciona uma perspectiva interessante das palmeiras e em 1
seus bancos e meios fio as pessoas se assentam para assistir o movimento geral da praça – 9
4.000m2.
5
4. fonte das ninfas: um chafariz que atrai o público para este espaço que fica bastante fresco
pela aspersão da água também para se refrescar em uma fonte ao lado, onde se pode
descansar ou jogar uma partida de damas no tabuleiro desenhado no piso – 1.200m2
5. fonte dos desejos: um chafariz dos desejos marca este espaço recortado por jardins e que 7
forma assim um espaço único, aberto para quem chega da savassi ao mesmo tempo que
recluso pelo estreito corredor circular que ligado ao coreto faz este local ficar sempre
frequentado.. - 2.000 m2.
6. roseiras: um grande jardim com roseiras marca mais este espaço amplo com gramados
onde as pessoas podem se assentar para um piquenique ou para brincar com seus
cachorros – 1.875m2. 6
7. recanto: um pequeno pátio com o busto de Bias Fortes marca este recanto, bem
sombreado e com uma vegetação mais fechada onde encontramos leitores e transeuntes
mais reclusos – 875m2.
8. pista de caminhar: ao redor da praça há um fluxo constante de pessoas caminhando e
correndo, sendo esta uma pista plana e de referência na região – 1.750m2
8
9. centro da alameda: no cruzamento central entre os eixos ortogonais o largo é o local de
maior quantidade de encontros, paradas, e que por vezes é também ocupado por
apresentações artísticas oficiais ou não.
Praça da Liberdade
6. Vegetação: arbóreas, arbustivas, herbáceas, forrações e
pisos vegetais

• A praça é bem vegetada e seus jardins passam por reformas e


manutenções constantes. Atualmente é cuidado pela MRV.
• As palmeiras da Alameda central são bastante simbólicas e além delas
contamos 131 árvores de pequeno, médio a grande porte, 46 palmeiras
imperial, 12 palmeiras diversificadas, 3 Pinheiros, 10 Tuias, diversos arbustos em
topiaria, jardins de herbáceas e arbustivas de diversas espécies.
• O traçado simétrico da praça e de seus jardins se repetem na locação
das plantas e no cuidados das tupias quadras e redondas, algumas vezes
cercando, outras vezes pontuando a paisagem e seus diversos marcos
estéticos e simbólicos.
• Todos os espaços de piso não ocupados por outras plantas é gramado.
Muitas vezes entre suas grandes geometrias se pôe-se jardins de herbáceas
diversas e pouco se vê de forrações que não trarão flores ou que não sejam de
coloridos vívidos.
• As espécimes ornamentais são mais “comuns”, mas não menos
exuberante em cores e desenhos, como podemos ver já neste fim de inverno
florido na praça. Mesmo com redução de custos de manutenção de plantas
mais exóticas a praça preserva sua imponência antiga, com bom aspecto e
cuidado que merece.
• Podas constantes e supressão de árvores antigas trouxeram um
ambiente mais aberto do que alguns anos atrás, o que deve voltar a acontecer
assim que as mais novas crescerem como suas antepassadas. Chama atenção
que a simetria força que as árvores sejam plantadas em paralelo ao invés de
transversalmente, o que traz mais área para elas e para o sombreamento.
LEGENDA

Palmeiras imperiais
Arbóreas diversas
Palmeiras diversas
Topiária redonda
Topiária quadrada
Pinheiros e tuias
Jardins / herbáceas
Praça da Liberdade
7. Mobiliário urbano

O destaque do mobiliário são os 60 postes “republicanos” que foram


reposicionados do entorno para dentro da praça, aumentando a sua iluminação,
antigamente de maior penumbra, ainda mais com suas altas arvores.
Remanescente do começo do século também há um semáforo na chegada da
Avenida João Pinheiro, cruzamento entre esta e a Rua Gonçalvez Dias.
Bancos e Lixeiras e uma outra iluminação urbana estão espalhados pelo
local, todos de uma linha de desenho contemporâneo. Às vezes se dispõem de
forma ordeira e simétrica como é o traçado da praça, às vezes esta disposição se
perde.
Os bancos, de aço pintado e madeira, substituíram antigos já perdidos.
As lixeiras não eram comuns e as atuais são fabricadas em aço inox e
estrutura metálica pintada em verde. Elas se mostraram insuficientes, e às vezes
transbordando pelo tamanho pequeno, impõe o uso de lixeiras urbanas de plástico
laranja.
Uma iluminação moderna em dois níveis em aço pintado de preto fosco
passa despercebida nas fronteiras do parque com a rua.
Uma fonte de água também em estilo contemporâneo ao lado do chafariz
das Ninfas convida a um refresco na caminhada.
Por fim temos diversos bustos e estátuas nas fontes, muitos de época, outros
adicionados a medida da história.
Bancos
Postes Republicanos antes da reforma
Postes Republicanos hoje
Postes Urbanos / 2 níveis
Lixeiras Inox
Lixeiras Móveis
LEGENDA

Bancos
Postes Republicanos
Postes 2 níveis
Lixeiras Inox
Lixeiras Plástico
Placas educativas e
sinalização
LEGENDA

Bancos
Postes Republicanos
Postes 2 níveis
Lixeiras Inox
Lixeiras Plástico
Placas educativas e
sinalização
Praça da Liberdade
8. ANALISE CRÍTICA DO GRUPO:
A Praça da Liberdade é um marco da cidade, reconhecida pela sua história e oferta
de espaços culturais em seu entorno, bastante movimentada, e próxima a área de
intervenção, o que indicou a escolha desta obra para o trabalho.
Seu projeto segue o traçado geométrico da cidade e se encaixa com a arquitetura
dos edifícios vizinhos quando da sua reforma em 1920, e assim temos uma solução
alinhada ao entorno e que atende as necessidades de parada e descanso dos
frequentadores deste espaço público central na organização da cidade, capital do
Estado.
Atualmente porém, e apesar da praça ser bastante movimentada e demandada,
podemos observar a falta de alguns equipamentos que bem serviriam ao público
usuário e mesmo aos transeuntes, caso por exemplo de banheiros públicos, que
existem em seu anexo mas que permanecem desativados a anos, lixeiras fixas
parecem ser insuficientes..
O projeto também não traz brinquedos infantis ou equipamentos de ginástica,
apesar da alta presença de público com este perfil, sendo contudo isso esperado
pela forte demanda de ser realmente um espaço de descanso para quem está
usufruindo das atrações do entorno, ou atravessando este platô da cidade.
Uma reforma trouxe aumento expressivo na iluminação e a mais recente
possibilitou uma redução nos custos de manutenção dos jardins, com espécimes
mais econômicas, e uma poda geral em árvores centenárias que causavam risco a
população. Esta reforma manteve com qualidade as estruturas de descanso, com
diversos bancos espalhados por esta praça.
Apesar de ter uso do entorno modificado pela mudança da sede administrativa e a
vizinhança substituída por serviços de entretenimento, cultura e outros diversos
que se instalaram na região, como as diversas faculdades e universidades, mantém
o atendimento ao mesmo objetivo projetado, de descanso aos transeuntes e
utilizadores dos espaços vizinhos, sendo apropriada de maneira correta.
Eventos como a Feira Hippie já estiveram ali, sendo ocupações que se apropriavam
de maneira errada e atrapalhava a manutenção dos jardins. Atualmente, além dos
transeuntes, ocupações artísticas acontecem esporadicamente, sendo espaços
para exposições quando há por exemplo fechamentos para novas reformas. Outra
importante ocupação do local é no Fim de Ano, quando a prefeitura enfeita suas
alamedas com luzes de Natal, sempre respeitando a finalidade de passagem e
contemplação do paisagismo local.
Rua Rio de Janeiro
(Quarteirão Xacriabá)
Rua Rio de Janeiro entre Tamoios e Afonso Pena
Quarteirão Xacriabá

1. Identificação da obra implantada: Cidade / País/


Autor(es)/Data do projeto e/ou da implantação da obra.

A rua Rio de Janeiro está localizada no Centro de


Belo Horizonte desde o começo da capital. Em
1917, os quarteirões da praça 7 foram fechados,
visando melhorar a circulação de pedestres e em
2003 foi feita a revitalização.
Os 4 quarteirões fechados da praça 7 foram
revitalizados por diferentes escritórios e
nomeados, cada um, com um nome indígena.
Entre a rua dos Tamoios e Afonso Pena, temos o
quarteirão Xacriabá, com projeto de revitalização
feito por GPA&A – Gustavo Penna Arquiteto e
Associados.
Rua Rio de Janeiro Ano do projeto: 1990, reformulado em 2001
Quarteirão Fechado Ano de conclusão da obra: 2003
Área construída: 500m²
Quarteirão Xacriabá
2. Inserção urbana: implantação e sua relação
com o entorno, destacando os acessos
de pedestres e veículos.

Localizada na junção das Avenidas Afonso Pena


e Amazonas, o quarteirão Xacriabá é de fácil
acesso, com amplas entradas. Por estar no
local mais movimentado de Belo Horizonte, é Acesso de pedestres pela Av. Amazonas. Google maps.
uma praça que recebe todo tipo de pessoa. O
projeto em estudo traz uma integração com o
entorno, auxiliando na locomoção dos
transeuntes e mantendo um horizonte sem
obstáculos, exaltando o símbolo central da
cidade. Para pedestres é possível acessar pela
Av Afonso Pena, Av Amazonas e pela Rua dos
Tamoios, que também tem o acesso de
veículos.

Acesso de veículos na interceção com a Rua dos Tamoios. Google maps. Acesso de pedestres pela Av. Afonso Pena. Google maps.
Quarteirão Xacriabá
3. Conceito/Estratégia do projeto: Partido, pontos focais, fluxos e esquemas de organização funcional
adotados pelo autor

O projeto buscou transformar o espaço de passagem de tantos percursos do Centro de BH em um lugar de


vivência. Foram criados três setores de convivência: um anfiteatro, um largo central e uma tribuna, concedendo
à população um equipamento para que fossem realizadas as funções que ali já eram exercidas: o jogo de
damas, as manifestações políticas e a cerveja dos fins de tarde. O quarteirão é uma linha reta, portanto, o maior
ponto focal do projeto é o obelisco, que fica localizado logo à frente do quarteirão, dividindo a rua Rio de Janeiro.

Exemplo de manifestação: foto retirada do google

Tribuna: utilizada no dia a dia pela população como assentos. Foto Anfiteatro e jogos de damas. Foto retirada de Vista aérea da Rua Rio de Janeiro. Vista do obelisco do largo. Foto tirada
retirada de https://www.gustavopenna.com.br/pracasete https://www.gustavopenna.com.br/pracasete Foto retirada do Google Earth em 12/09/21
Quarteirão Xacriabá
4. Paginação do piso (e especificação dos seus materiais)

O piso do quarteirão todo é bem simples. É uma combinação de piso intertravado e placas cimentícias, que compõem
também alguns dos equipamentos do projeto. Além disso, temos presente o piso podotátil.

Placa
Cimentícia Piso podotátil
60cmx60cm

Piso intertravado
Quarteirão Xacriabá

5. Setorização e programa: apresentação dos principais espaços/ambientes e


áreas totais de cada espaço
O projeto é dividido
em áreas claramente
demarcadas. O
Tribuna
principal objetivo era 180m²
transformar o espaço
em local de vivência Largo
e com a separação da 200m²
tribuna e anfiteatro
para os que Anfiteatro
Área apropriada pelos
permanecem no local Aprox 120
restaurantes
por algum tempo e o m²
largos para aqueles
que somente passam
por ali.
Quarteirão Xacriabá
6. Vegetação (tipologia vegetal): arbóreas, arbustivas, herbáceas, forrações e pisos vegetais

O quarteirão quase não possui vegetação, tendo


apenas 5 árvores em sua extensão. Uma dessas
árvores, localizada na esquina com a Rua
dos Tamoios, e as outras quarto no encontro com a
Avenida Afonso Pena.
Quarteirão Xacriabá

7. Mobiliário urbano (e especificação dos seus materiais)


Podemos notar que o objetivo do projeto era deixar o maior
espaço possível para que a população usufruísse da maneira
que achasse melhor. Os grandes corredores laterais para melhor
locomoção dos transeuntes e os grandes espaços do anfiteatro e
da tribuna mostram a preocupação com deixar espaços abertos,
mas também demonstram um cuidado com as pessoas que
querem aproveitar do espaço, colocando locais que elas podem
se assentar sem necessariamente colocar bancos

Legenda:
Iluminação
Lixeiras
Banca
Escadas/Assentos
Quarteirão Xacriabá
Cobertura de vidro com Iluminação com estrutura
estrutura de alumínio revestida de placas cimentícias

Arquibancadas revestidas de Lixeira de alumínio Tribuna e degraus revestidos Postes metálicos


placa cimentícia de placa cimentícia
Quarteirão Xacriabá

8. ANALISE CRÍTICA DO GRUPO: justificativa da escolha da obra, crítica ao


projeto, analise da apropriação após a implantação
Escolhemos o quarteirão Xacriabá por ser um quarteirão do principal marco da cidade, da Praça
Sete, confluência das grandes Avenidas Afonso Pena e Amazonas. Bastante familiar para todos nós (ou
pelo menos a grande maioria), várias vezes transitamos por ali sem sequer pararmos para notar seu
projeto urbanístico.
De linhas contemporâneas e simples, os degraus introduzidos na paginação do piso no projeto
gera uma grande quantidade de locais para sentar, o que culminou em uma boa apropriação do espaço,
atendendo bem o grande volume de pessoas utilizando-o diariamente.
A cobertura de vidro, presente em outros projetos do Gustavo Penna, ajuda a proteger da
chuva, mas não é efetivo na proteção em dias ensolarados. É perceptível também a falta de vegetação,
dando um clima árido ao local, talvez podendo trazer alguns pequenos canteiros de árvores e estruturas
de sombreamento para um melhor conforto.
O projeto atrai todo tipo de pessoas: trabalhadores formais dos lugares próximos, passantes
que estão descansando, vendedores de artesanato (inclusive estendendo essa atividade até o próximo
quarteirão), pessoas em situação de rua, etc.
De modo geral, podemos dizer que o projeto atende bem à população, trazendo aquilo que foi
proposto. As laterais abertas e sem obstáculos para os pedestres proporcionam uma alternativa rápida
para o percurso dos transeuntes.
Parque Municipal Juscelino
Kubitschek
Parque Municipal
Juscelino Kubitschek
1. Identificação da obra implantada
O Parque Municipal Juscelino Kubitschek mais conhecido como praça JK está implantada em Belo Horizonte na Av.
Bandeirantes, 240 B. Comiteco, foi Fundado em em Julho de 1990 e implantado em 1995, na época era chamado de
Parque acaba Mundo.Ultima revitalização foi em 2008.
A Vila Acaba Mundo teve sua ocupação iniciada na década de 40 com início das atividades da Mineradora Lagoa Seca.
Inicialmente era um projeto de moradia para os trabalhadores mas com as intensas chuvas que caíram no fim dos anos
70 parte do aterro que estruturava a parte superior da área desabou, soterrando casas e deixando desabrigados que
iniciaram a ocupação da parte inferior, no limite com o bairro Comiteco/Mangabeiras.
Já o bairro Comiteco/Mangabeiras começou a ser desenvolvido a partir da compra do terreno pela empresa em 1938
e abertura da Avenida Bandeirantes, que expandia a capital com um público de maior poder aquisitivo e que rapidamente
o transformou em uma área residencial. Com vista privilegiada para a cidade o bairro trouxe também novas opções de
lazer, turismo, entretenimento e comércio.
Parque Municipal Juscelino Kubitschek

2. Inserção urbana: implantação e sua


relação com o entorno.

A praça JK está localizada na região sul de Belo


Horizonte, encaixada entre os bairros Sion, Anchieta
e Mangabeiras, tendo ao fundo Serra do Curral,
símbolo de Belo Horizonte.
É um dos locais mais agradáveis da cidade para a
prática de caminhada.
O parque possui duas avenidas próximas, avenida
Uruguai e Avenida Bandeirantes.
Em praticamente toda sua estensão possui o curso
dagua aberto mas infelizmente pouco explorado.
Parque Municipal Juscelino Kubitschek

2. Inserção urbana: destacando


os acessos de pedestres e
veículos.

Aos Domingos constantemente o


parque ganha mais destaque,
uma das pistas de toda a avenida
bandeirantes é fechada para
transito de veículos e se
transforma em uma grande área
para caminhar.
Almentando consideravelmente o
movimento do parque.

FLUXO DE VEÍCULOS
FLUXO DE PESSOAS
FAIXAS DE TRAVESSIAS PARA PEDESTRES
ACESSOS LIVRES PARA PEDESTRES
ACESSOS LIVRE PARA VEÍCULOS
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
3. Conceito/Estratégia do projeto:
Partido, pontos focais, fluxos e
esquemas de organização
funcional.

Ocupa uma área de aproximadamente 28


mil m2.
Fornece como opções de lazer:
- Quadra de futebol
- Equipamentos de ginástica - Equipamentos
de alongamento para terceira idade
- Pista de caminhada
- Áreas de convivência com bancos, mesas,
brinquedos infantis e espaço para realização
de atividades culturais e esportivas.

Sua vegetação foi praticamente introduzida,


com espécies ornamentais e arbóreas, ao
transitar pelo local se consegue observar
aves no local.
Parque Municipal Juscelino Kubitschek

2
1
3
Parque Municipal Juscelino Kubitschek

6
Parque Municipal Juscelino Kubitschek

7
Parque Municipal Juscelino Kubitschek

4. Paginação do piso
Piso pavimentado com cimento pintado em toda
circulação e nos espaços para eventos. No pequeno
espaço disponível para veículos o piso é o
intertravado cimentício. Ao redor do parque, uma
pista de caminhada e ciclovia tem piso asfáltico
pintado. O espaço para ginásticas e alongamentos
tem piso de Tijolinho cerâmico. No parquinho infantil
o piso é o emborrachado, e a quadra de esportes
para os adolescentes é em terra batida, no restante
grama compõe o amplo jardim com pequenos
arbustos e arvores de médio porte.

Piso intertravado cimentício


Grama
Terra batida
Piso Cimentício pintado
Piso tijolinho Cerâmico
Asfalto
Piso Emborrachado
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
4. Paginação do piso

Piso intertravado cimentício

Piso Cimentício pintado


Parque Municipal Juscelino Kubitschek
4. Paginação do piso

3
Piso tijolinho Cerâmico
4

Piso Emborrachado
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
4. Paginação do piso

Grama

5 6

Asfalto
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
4. Paginação do piso

Terra batida

7
Parque Municipal Juscelino Kubitschek

5. Setorização e programa:
1
O parque ocupa uma área de aproximadamente 28.000 m2, distribuídos entre
jardins espaços para práticas de esportes e lazer . Os espaços são amplos e
abertos, sem limites físicos claros. Se consegue observar claramente o uso distinto
dos ambientes.
1. Estátua JK: símbolo da praça, Estátua de bronze sobre pedestal de mármore,
com o texto esculpido no próprio mármore. A obra, de três metros de altura, foi
2
doada pelo BDMG e inaugurada em 28 de novembro de 1992. - 400m2
2. Espaço para Eventos: Conta com dois espaços para eventos o maior têm
aproximadamente – 3.500m2. 3
3. Setor Esportes e ginastica : Conta com vários equipamentos de ginasticas,
2
Bancos e mesas além de espaço com sombra para picnic com a família–
3.500m2. 4
4. Setor Infantil: uma área separada bem setorizada para as crianças, com espaço
para os pais sentarem e observarem os filhos – 500m2
5
5. Jardins: lindos jardins que estão sempre bem cuidados e a Serra do Curral, ao
fundo emoldurando o parque e ofertando um lindo cenário para os passeios. –
8.000m2. 3
6. pista de ciclismo e caminhada: ao redor de todo o parque há um fluxo constante
de pessoas caminhando, correndo e pedalando, pista plana regular e bastante
sombreada. - 700m

6
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
6. Vegetação (tipologia vegetal): arbóreas, arbustivas, herbáceas, forrações e pisos vegetais

Forrações
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
6. Vegetação (tipologia vegetal): arbóreas, arbustivas, herbáceas, forrações e pisos vegetais

Herbáceas
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
6. Vegetação (tipologia vegetal): arbóreas, arbustivas, herbáceas, forrações e pisos vegetais

Arbustivas
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
6. Vegetação (tipologia vegetal): arbóreas, arbustivas, herbáceas, forrações e pisos vegetais

Arbóreas
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
7. Mobiliário urbano

Uma quantidade considerável de bancos


todos em concreto,
Um número considerável de lixeiras bem
posicionadas por toda o parque.
A iluminação por toda a pista da caminha
é pontual, por postes de 5 metros, no eixo do
parque a iluminação é feita por grandes postes
de luz com 15 metros de altua que distribuem a
iluminação por uma área bem maior.

Pensando mais em quem faz as


caminhadas no local foram dispostos 2
bebedouros nas extremidades da pista de
caminhada e ciclovia.
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
Lixeiras
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
Bebedouros
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
Bebedouros
Parque Municipal Juscelino Kubitschek
Mesas e Bancos
Parque Municipal Juscelino Kubitschek

8. ANALISE CRÍTICA DO GRUPO:


O parque é bastante movimentado e parece atender a população pela quantidade de públicos que atrai, mas
podemos ainda observar inúmeros problemas, Iluminação precária, pistas trincadas pelas raizes das arvores,
falta de banheiros e de segurança, acontecem inúmeros vandalismos com as placas, equipamentos de ginástica
e o parquinho das crianças, não dão a devida manutenção nos jardins e nos aparelhos de ginástica que estão
desalinhados e com ferrugem.
No mapa de iluminação podemos ver bastante pontos de iluminação mas a luz durante a noite não atende
suficientemente as áreas com a copa das arvores mais fechada, com isso aumenta a sensação de insegurança e
é aí que potencializam os vandalismos.
Outro problema relatado pelos frequentadores é o mau cheiro do córrego e até objetos encontrados dentro
dele. Este é um ponto relevante. O "córrego" como está todo cercado, em uma vala funda estreita, não traz a
ambiência e a valorização que um corpo d’água poderia trazer se estivesse mais integrado ao parque. Esta
situação meio escondida inclusive desobriga que se mantenha limpo, o que acaba sendo um desserviço
ambiental em um parque linear que deveria cuidar de seu Rio.

Você também pode gostar