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Estado do Rio de Janeiro

Prefeitura Municipal de Nova Friburgo


SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA

Memorando nº52 / 13
Nova Friburgo, 18 fevereiro de 2013.

Da: Secretaria Municipal de Cultura


A: PROCURADORIA GERAL

A fim de instruir os processos nº 22063/12 e nº 2042/13

Prezado Senhor Rômulo Colly – Procurador Geral,

O Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria de


Cultura cabe informar que o referido imóvel da Travessa José Lopes Filho -
Rua Teresópolis, nº 248 está protegido pela Lei Complementar Nº24,
Capítulo VI – Do Patrimônio Ambiental e Cultural, Art. 195; contra
demolição, alteração de fachada, ou qualquer outra ação que possa
descaracterizar as condições inerentes a este.

E está protegido pela Lei Municipal Nº 3.794 de 25/11/2009 – Dispõe sobre o


tombamento, por interesse histórico-cultural, dos bens situados no
Município de Nova Friburgo.

A grande importância desta residência está na qualidade da composição de


sua fachada, cuja harmonia decorre da correta relação entre as suas diversas
partes, do equilíbrio entre os elementos. Considerando o valor arquitetônico
deste bem como representante do movimento eclético, que surge no Brasil no
final do século XIX até o começo do século XX. Tendo elementos do estilo
Vitoriano, com fachada assimétrica, pé direito alto, varanda frontal, vitral em
sua escadaria, múltiplas entradas, telhado com várias águas, acabamentos
com formas e padrões decorativos, fachadas cheias de ângulos, porções de
alvenaria aparente, sótão, mansardas e pintura vibrante; possui uma
arquitetura que tenta trazer a estética e as tecnologias da era industrial para as
construções. No início do século XX estavam sendo inventados equipamentos
que antes não existiam, como tornos mecanizados e máquinas de corte. Antes
deles, era muito trabalhoso fazer uma casa; então, ficou mais fácil e sobrou
tempo para encher as fachadas de enfeites e adornos criados com a nova
tecnologia construtiva.

A residência está recuada dos limites do terreno, está em um nível elevado da


rua principal Teresópolis, possui dois pavimentos, tendo porão e sótão.
Sistema construtivo em alvenaria de tijolo, piso em tábua corrida e ladrilho
hidráulico nas áreas molhadas, forro em saia-e-camisa.
Respondendo aos quesitos (b), (c), (d) e (e) encaminhados pelo Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro, temos a informar:

(b) O bem é tombado provisoriamente pelo Município - DECRETO Nº 268, DE


26 DE DEZEMBRO DE 2012, em apenso.

(c) O bem não é tombado pelo IPHAN e INEPAC, não possuindo sequer
estudos para o processo de tombamento.

(d) Não compete resposta a Secretaria Municipal de Cultura.

(e) Não compete resposta a Secretaria Municipal de Cultura.

Atenciosamente,

_______________________________
Lilian Barretto
Gerente do Patrimônio Histórico
Artístico e Cultural
MAT.: 055187
Estado do Rio de Janeiro
Prefeitura Municipal de Nova Friburgo
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA

DECRETO Nº 268, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2012

“DETERMINA O TOMBAMENTO PROVISÓRIO E DEFINITIVO


DOS BENS DA ÁREA CENTRAL DO MUNICÍPIO DE NOVA
FRIBURGO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”

O Prefeito do Município de Nova Friburgo, no uso de suas atribuições que lhe


são conferidas pela legislação em vigor, tendo em vista o que consta no respectivo
Processo de Inventariamento nº 01/2012;
Considerando o pronunciamento unânime do Conselho Municipal do Patrimônio
Cultural de Nova Friburgo no processo em referência;
Considerando os estudos elaborados pela Secretaria Municipal de Cultura e o
pronunciamento favorável do Secretário de Cultura de Nova Friburgo David Massena
Gracioli, que constam no processo referido supra;
Considerando que a forma urbana dos três núcleos coloniais e suas respectivas
praças originais do plano urbanístico de 1818 da área central do Município de Nova
Friburgo prevalecem até os dias atuais, podendo ser observada no registro cartográfico
do astrônomo e cartógrafo russo Nester Gavrilovich Rubstov em 1822 – Expedição de
Langsdorff ao Brasil;
Considerando a área central do Município, subdividida em 5 (cinco) subgrupos
de importância histórica e cultural do Município, visando salvaguardar o material
essencial e assegurar a integridade e autenticidade histórica e sócio econômica na
ocupação do território e na conformação da paisagem cultural da região para as
gerações futuras;
Considerando a importância do Subgrupo 1 - projeto pioneiro de construção da
Cidade Jardim Parque São Clemente e Bairro Bela Vista (1944), de autoria do
Engenheiro César Guinle, Arquiteto David Xavier Azambuja, Engenheiro Ariosto
Bento de Mello, Arquiteto Lúcio Costa e Arquiteto Oscar Niemeyer, para a ocupação da
antiga propriedade denominada Chácara do Chalet;
Considerando que o projeto da Cidade Jardim Parque São Clemente baseia-se
nos conceitos elaborados por Ebenezer Howard (1850 – 1928), na Londres de 1880 e
1890, onde foi criado um novo ideal de cidade que foi denominada Cidade Jardim, “a
city in the garden”. O termo “Cidade Jardim” já havia sido utilizado para designar
aglomerados de outras naturezas, como por exemplo, o subúrbio de Nova York, em
Long Land (1869), primeiro lugar a ter oficialmente esse nome. Segundo o próprio
Howard, em 1919, a cidade jardim era “uma cidade projetada para a vida saudável e
para a indústria; de um tamanho que seja possível uma medida cheia de vida social,
porém não muito grande; cercado por um cinturão verde; onde as terras sejam
propriedades públicas ou confiadas aos cuidados da comunidade”. (HOWARD,
Ebenezer. Garden Cities of To-morrow. London: Faber and Faber ltd, 1970. p. 26)
Considerando que os prédios residenciais pioneiros foram desenvolvidos de
acordo com a escala e o partido urbano definido pelo Projeto da Cidade Jardim Parque
São Clemente;
Considerando a importância destes bens como marcos históricos da evolução
urbana do Município de Nova Friburgo e como memória do urbanismo e paisagismo do
Brasil;
Considerando o valor paisagístico e arquitetônico destes bens como
representantes do período modernista brasileiro;
Considerando a utilização do park-way nas alamedas, onde o engenheiro César
Guinle buscava o melhor aproveitamento tanto das belezas naturais da mata, como
também evitar cortes e aterros desnecessários no terreno. Buscou-se também dar
continuidade às formas sinuosas utilizadas por Auguste François Marie Glaziou em
1862 no Parque São Clemente, evitando-se ruas simétricas e convencionais.
Considerando a necessidade de salvaguardar o Projeto da Cidade Jardim Parque
São Clemente e Bairro Belo Vista, seu traçado viário, praças, largos e prédios
residenciais de ações que prejudiquem sua integridade e a harmonia do conjunto
projetado e executado na concepção de Cidade Jardim;
Considerando a importância do Subgrupo 2 – entorno das Praças Dermeval
Barbosa Moreira e Getúlio Vargas e a existência, no seu entorno, de conjunto
arquitetônico remanescente da segunda metade do século XIX e começo do século XX e
a necessidade de salvaguardar o bens de ações que prejudiquem suas integridades e sua
ambiência;
Considerando o notável mérito cultural e arquitetônico do conjunto do entorno
imediato das Praças Dermeval Barbosa Moreira e Getúlio Vargas, composto por vinte e
quatro unidades residenciais e comerciais, cujas construções, do fim do século XIX e
começo do século XX, de inspirações neoclássicas, art déco e ecléticas, conservam seus
elementos construtivos e decorativos originais;
Considerando que este ato é ratificação ao Tombamento pelo IPHAN – Instituto
do Patrimônio Histórico, Artístico Nacional, inscrito no Livro de Arqueológico,
Etnográfico e Paisagístico sob o número: 050 de 04/07/1972 – Processo 0833-T-71.
Considerando a necessidade de manutenção da ambiência local, evitando a perda
das características arquitetônicas e artísticas do conjunto de fachadas e coberturas dos
prédios que compõem sua vizinhança imediata;
Considerando o significativo valor histórico, arquitetônico e cultural das
edificações adiante referidas para o Município de Nova Friburgo, RJ;
Considerando a importância de preservar marcos referenciais arquitetônicos que
testemunham as fases iniciais da ocupação de Nova Friburgo, RJ;
Considerando a importância desses bens como marcos históricos da evolução
urbana de Nova Friburgo;
Considerando que estas edificações foram construídas para serem residência e
comércio do entorno da antiga Praça Princesa Izabel, espaço público projetado por
Auguste François Marie Glaziou em 1880 e financiado pelo 2° Barão, Visconde com
Honras de Grandeza e Conde de Nova Friburgo Bernardo Clemente Pinto Sobrinho;
Considerando a importância do Subgrupo 3 – “Vilas”, “Vilas Operárias” e
“Chácaras” – Vilas e Vilas Operárias remetem a um tipo de habitação que tem sua
origem em um modelo ideológico proveniente dos países europeus, em fase de
industrialização na primeira metade do século XIX, que incorporam a construção de
habitações para as classes trabalhadoras as noções de controle moral, higiênico e físico
através da construção racional e harmônica de suas moradias; para assim dar conta das
modificações sociais econômicas que ocorriam nas grandes cidades. As Chácaras
surgem em Nova Friburgo no fim do século XIX e vão até o início do século XX,
nenhum outro tipo de edificação exprimiu com tanta autenticidade a vida íntima da
gente friburguense e o caráter regional de sua arquitetura como a "casa de chácara",
referida por alguns viajantes como "casa de campo", cujo programa abrangia: casa, uma
pequena senzala, jardim, horta, pomar, galinheiro, pombal, chiqueiro, estrebaria e
cocheira. Tudo isso em estreita associação com os atributos da casa: portas e janelas de
madeira de lei, várias salas e quartos, varanda em volta, muro e gradil - cada um desses
elementos sendo considerado não como acessório, mas como peça de um sistema, que
persistiu vivo e funcionando até princípios do século XX, e só o surgimento da idade
industrial, introduzindo novos valores, acabaria por destruir.
Considerando a importância do Subgrupo 4 – Avenida Alberto Braune -
planejada em 1841, dez anos depois, a rua foi devidamente traçada e medida, tendo
extensão de 280 braças (866m) de terreno edificável. Seu primeiro nome foi Rua do
Senado que se conservou até o fim da Guerra do Paraguai quando, em 15 de janeiro de
1871, foi mudado para Rua General Argolo, nome este que se manteve até o dia 30 de
julho de 1928, quando foi mudado para Rua Alberto Braune. Abrigou e abriga as
principais edificações de comércio e habitação de Nova Friburgo.
Considerando a importância do Subgrupo 5 – Ratificação dos Tombamentos já
existentes - os 3 (três) tombamentos realizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico,
Artístico Nacional - IPHAN e os 13 (treze) realizados Instituto Estadual do Patrimônio
Cultural – INEPAC.
Considerando a necessidade de salvaguardar os bens culturais a seguir listados
de ações que prejudiquem sua integridade e sua ambiência;

DECRETA:

Art. 1º - Fica tombado definitivamente, nos termos do art. 15 da Lei nº 3.794, de


25 de novembro de 2009, a forma urbana dos três núcleos contidos no plano urbanístico
da Cidade de Nova Friburgo de 1818, seu traçado viário e respectivas praças. Ficando
protegidos de ações que prejudiquem sua integridade e a harmonia do conjunto
projetado, o quadrilátero que forma a Praça Marcílio Dias, o retângulo que forma a
Praça Getúlio Vargas e o retângulo que forma a Praça 1º de Março, não podendo estas
formas urbanas serem modificadas em suas características básicas.
Art. 2º - Fica tombado, provisoriamente, nos termos do art. 15 da Lei nº 3.794,
de 25 de novembro de 2009, o plano urbanístico da Cidade Jardim Parque São Clemente
e Bairro Bela Vista, seu traçado viário, praças e largos. Ficando protegidos de ações que
prejudiquem sua integridade e a harmonia do conjunto projetado e executado na
concepção de Cidade Jardim, não podendo ser modificado em suas características
básicas.
Parágrafo único. Deverão ser seguidas as normas específicas previstas no plano
urbanístico original.
Art. 3º - Ficam tombados provisoriamente e integralmente os imóveis situados
na Cidade Jardim Parque São Clemente, Bairro Bela Vista e seu entorno, descritos
abaixo:
1 - Residência situada a Alameda Princesa Isabel, nº 317 – Villa Tico-Tico;
2 - Rua Paraná, nº 140;
3 - Rua Paraná, nº 155;
4 - Rua Paraná, nº 11;
5 - Avenida Conselheiro Julis Arp, nº 80 – Chalé que serviu de residência do
Conselheiro Peter Julius Ferdinand Arp, incluídas todas as suas dependências
remanescentes do projeto original;
6 – Rua Conde D’ Eu, 3 – antiga residência do arquiteto David Xavier
Azambuja.

Parágrafo único. Preservam-se as fachadas, os telhados e a volumetria originais


das edificações supracitadas.

Art. 4º - Ficam tombados, provisoriamente, nos termos do art. 15 da Lei nº


3.794, de 25 de novembro de 2009, as fachadas e a volumetria dos imóveis do entorno
imediato das Praças Dermeval Barbosa Moreira e Getúlio Vargas e os imóveis do
Subgrupo 2, descritos abaixo:

1 - Rua Francisco Mielle, nº 240;


2 - Rua Francisco Mielle, nº 238;
3 - Rua Francisco Mielle, nº 236;
4 - Rua Francisco Mielle, nº 224;
5 - Rua 7 de Setembro, nº 210 (Praça Getúlio Vargas);
6 - Praça Getúlio Vargas, nº 206 e 208;
7 - Praça Getúlio Vargas, nº 204;
8 - Praça Getúlio Vargas, nº 200;
9 - Praça Getúlio Vargas, nº 198;
10 - Praça Getúlio Vargas, nº 196;
11 - Praça Getúlio Vargas, nº 194;
12 - Praça Getúlio Vargas, nº 172;
13 - Praça Getúlio Vargas, nº 154, 158 e 162;
14 - Praça Getúlio Vargas, nº 168;
15 - Praça Getúlio Vargas, nº 126, 128;
16 - Praça Getúlio Vargas, nº 116, 120;
17 - Praça Getúlio Vargas, nº 102, 104;
18 - Praça Getúlio Vargas, nº 98, 100;
19 - Praça Getúlio Vargas, nº 94, 96;
20 - Praça Getúlio Vargas, nº 88;
21 - Praça Getúlio Vargas, nº 84;
22 - Praça Getúlio Vargas, nº 82;
23 - Praça Dermeval Barbosa Moreira x Rua Monsenhor José Antonio Teixeira,
nº 6, 30;
24 - Praça Dermeval Barbosa Moreira x Rua Monsenhor José Antonio Teixeira,
nº 36;
25 - Praça Dermeval Barbosa Moreira, nº 13;
26 - Rua Monsenhor José Antônio Teixeira, nº 16;
27 - Rua Monsenhor José Antônio Teixeira, nº 14;
28 - Rua Monsenhor José Antônio Teixeira, nº 10;
29 - Rua Ernesto Brasílio, nº 25;
30 - Rua Ernesto Brasílio, nº 34;
31 - Rua Ernesto Brasílio, nº 42;
32 - Rua Farinha Filho, nº 30;
33 - Rua Monte Líbano, nº 14;
34 - Rua Monte Líbano, nº 18;
35 - Avenida Comte Bittencourt, nº 108;
36 - Avenida Comte Bittencourt, nº 102 – Centro Espírita;
37 - Avenida Galdino do Valle Filho, nº 55;
38 - Avenida Galdino do Valle Filho, nº 151 – Clube de Xadrez;
39 - Rua Dante Laginestra, nº 89 – Hotel Avenida;
40 - Rua Dante Laginestra, nº 59;
41 - Rua Dante Laginestra, nº 43;
42 - Rua Prefeito José Eugênio Müller, nº 38;
43 - Avenida Euterpe Friburguense, nº 46;
44 - Avenida Euterpe Friburguense, nº 33;
45 - Avenida Euterpe Friburguense, nº 43, 47 e 49;
46 - Avenida Euterpe Friburguense, nº 53 – Sociedade Musical Beneficente
Euterpe Friburguense;
47 - Avenida Euterpe Friburguense, nº 63;
48 - Avenida Euterpe Friburguense, nº 84;
49 - Rua Monsenhor Miranda, nº 41 – Hotel São Paulo;
50 - Rua Monsenhor Miranda, nº 109;
51 - Rua Augusto Spinelli, nº 124, 126;
52 – Rua Maria Rosalina Bravo, nº 136 – Vilage;
53 - Rua Maria Rosalina Bravo, nº 138 – Vilage;
54 - Rua Maria Rosalina Bravo, nº 140 – Vilage;
55 - Rua Maria Rosalina Bravo, nº 2 – Vilage – C. M. E. I – João Batista Faria;
56 - Rua Maria Rosalina Bravo, nº 28 – UCAM – Faculdade de Música;
57 - Rua Aristão Pinto, nº 105;
58 - Rua Aristão Pinto, nº 112;
59 - Rua Aristão Pinto, nº 108;
60 - Rua Aristão Pinto, nº 106;
61 - Rua Aristão Pinto, nº 102;
62 - Rua Casemiro de Abreu, nº 161 – Antigo Hotel Floresta;
63 – Rua Salusse, nº114 – Praça do Suspiro – Hotel Schumacher

Art. 5º - Ficam tombados, provisoriamente, nos termos do art. 15 da Lei nº


3.794, de 25 de novembro de 2009, integralmente os imóveis do entorno das Praças
Dermeval Barbosa Moreira e Getúlio Vargas descritos abaixo:

1 - Praça Getúlio Vargas, nº 55, Usina Cultural, incluídas todas as suas


dependências remanescentes do projeto original;
2 - Praça Dermeval Barbosa Moreira, nº 45, Willisau Center;
3 - Praça Getúlio Vargas, nº 87 e 95, antigo Fórum de Nova Friburgo, incluídas
todas as suas dependências remanescentes do projeto original;
4 - Praça Getúlio Vargas, nº 85 – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Art. 6º - Ficam tombados, provisoriamente, nos termos do art. 15 da Lei nº


3.794, de 25 de novembro de 2009, as fachadas dos imóveis denominados “Villas”,
“Vilas Operárias” e “Chácaras”, descritos abaixo:
1 - Rua Augusto Cardoso, nº 35 – S.U.B.H.O – Inscrição Municipal 00035.000-
1;
2 - Rua Augusto Cardoso, nº 43 – S.U.B.H.O – Inscrição Municipal
00197.00043.000-1;
3 - Rua Augusto Cardoso, nº 59 – S.U.B.H.O – Inscrição Municipal
00197.00059.000-2;
4 - Rua Prefeito José Eugênio Müller, nº 177 – S.U.B.H.O – Inscrição Municipal
00223.00177.000-6;
5 - Rua Prefeito José Eugênio Müller, nº 174 – Inscrição Municipal
00223.00174.000-6;
7 - Rua Fernando Bizzotto, nº 81, 85;
8 - Rua Fernando Bizzotto, nº 46;
9 - Rua Fernando Bizzotto, nº 25;
10 - Rua Fernando Bizzotto, nº 29 - Jornal A Voz da Serra;
11 - Rua Fernando Bizzotto, nº 31
12 - Rua Fernando Bizzotto, nº 26 – Hotel Montanus;
13 - Rua Fernando Bizzotto, nº 16 – Villa Eliza;
14 - Rua Oliveira Botelho, nº 19 – Villa Carmem;
15 - Rua Oliveira Botelho, nº 21 – Villa Carmem;
16 - Rua Oliveira Botelho, nº 25;
17 - Rua Oliveira Botelho, nº 29;
18 - Rua Oliveira Botelho, nº 32;
19 - Rua Oliveira Botelho, nº 34;
20 - Rua Oliveira Botelho, nº 38;
21 - Rua Oliveira Botelho, nº 40;
22 - Rua Oliveira Botelho, nº 42;
23 - Rua Oliveira Botelho, nº 41;
24 - Rua Oliveira Botelho, nº 43;
25 - Rua Oliveira Botelho, nº 57;
26 - Rua Oliveira Botelho, nº 61;
27 - Rua General Osório, nº 106;
28 - Rua General Osório, nº 108;
29 - Rua General Osório, nº 112;
30 - Rua General Osório, nº 143;
31 - Rua General Osório, nº 154;
32 - Rua General Osório, nº 268 – Villa Maria.

Art. 7º - Ficam tombados, provisoriamente, nos termos do art. 15 da Lei nº


3.794, de 25 de novembro de 2009, as fachadas, telhados, rebocos, cantarias, varandas,
jardineiras e balcões, cercaduras, colunas, vãos e esquadrias, torres, beirais, carpintarias,
portões e outros elementos decorativos relevantes e a volumetria dos imóveis
denominados “Villas”, “Vilas Operárias” e “Chácaras” descritos abaixo:

1 - Rua General Osório, nº 305;


2 - Rua General Osório, nº 377 – Casa dos Pobres São Vicente de Paulo;
3 - Rua General Osório, nº 20 - Colégio Modelo, incluídas todas as suas
dependências remanescentes do projeto original;
4 - Rua General Osório, nº 226 – Madre Roselli, incluídas todas as suas
dependências remanescentes do projeto original;
5 - Rua José Tessarollo dos Santos, nº 64 – Villa Maria;
6 - Rua José Tessarollo dos Santos, nº 70 – Villa Serra Nova;
7 - Travessa José Lopes Filho – Rua Teresópolis, nº 248 - Villa Amélia;
8 - Avenida Comte Bittencourt, nº 16 – Esquina com a Rua Duque de Caxias;
9 - Rua General Osório, nº 49 – Solar Celles Cordeiro;
10 - Rua Fernando Bizzotto, nº 71 – antiga residência do médico Salim Lopes.

Art. 8º - Ficam tombados, provisoriamente, nos termos do art. 15 da Lei nº


3.794, de 25 de novembro de 2009, as fachadas dos imóveis situados na Avenida
Alberto Braune descritos abaixo:

1 - Avenida Alberto Braune, nº 1;


2 - Avenida Alberto Braune, nº 15;
3 - Avenida Alberto Braune, nº 17;
4 - Avenida Alberto Braune, nº 21 e 23;
5 - Avenida Alberto Braune, nº 45;
6 - Avenida Alberto Braune, nº 85 e 87;
7 - Avenida Alberto Braune, nº 91;
8 - Avenida Alberto Braune, nº 111;
9 - Avenida Alberto Braune, nº 119;
10 - Avenida Alberto Braune, nº 121;
11 - Avenida Alberto Braune, nº 153;
12 - Avenida Alberto Braune, nº 250;
13 - Avenida Alberto Braune, nº 218;
14 - Avenida Alberto Braune, nº 192 e 190;
15 - Avenida Alberto Braune, nº 96 e 98;
16 - Avenida Alberto Braune, nº 92 e 94ª;
17 - Avenida Alberto Braune, nº 54 e 56;
18 - Avenida Alberto Braune, nº 06, 08 e 10;
19 - Avenida Alberto Braune, nº 44;
20 - Avenida Alberto Braune, nº 144 – antiga loja Bota Preta.

Art. 9º - Ficam tombados, definitivamente, nos termos do art. 15 da Lei nº 3.794,


de 25 de novembro de 2009, os 3 (três) imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio
Histórico, Artístico Nacional - IPHAN e os 13 (treze) imóveis tombados pelo Instituto
Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC descritos abaixo:

IPHAN - INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO


NACIONAL

1 – Antiga Chácara do Chalet, também conhecido como Parque do Conde de


São Clemente ou, simplesmente, Parque São Clemente – casa no estilo de chalé e
jardins. Projetos de 1862 de Karl Frederich Gustave Waehneldt e Auguste François
Marie Glaziou, respectivamente;
2 - Praça Getúlio Vargas, seus eucaliptos da espécie Eucalyptus robusta e
conjunto histórico edificado de seu entorno;
3 - Park Hotel, projeto do arquiteto Lúcio Costa, situado a Alameda Marquês de
Barbacena, nº 131.

INEPAC - INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL


1 - Colégio Anchieta, situado a Rua General Osório 181;
2 – Sanatório Naval, antigo Pavilhão de Caça do Conde de Nova Friburgo
Bernardo Clemente Pinto Sobrinho;
3 - Capela de Santo Antônio, situada na Praça do Suspiro;
4 - Faculdade de Odontologia, antiga residência do 2º Barão de Duas Barras
Elias Antonio de Moraes;
5 - Augusto Spinelli, nº 154 – antiga sede da Legião Brasileira de Assistência;
6 - Prefeitura Municipal de Nova Friburgo;
7 - Catedral de São João Batista;
8 - Cúria Diocesana, Rua Monsenhor Miranda, 51 - antiga residência do Conde
de Nova Friburgo Bernardo Clemente Pinto Sobrinho, incluídas todas as suas
dependências remanescentes do projeto original;
9 - Praça Getúlio Vargas, nº 71, antiga residência do Barão de Nova Friburgo
Antonio Clemente Pinto, incluídas todas as suas dependências remanescentes do projeto
original;
10 - Colégio Nossa Senhora das Dores, Rua Augusto Spinelli, 75;
11 - Praça Dermeval Barbosa Moreira, nº 15 – IENF – Antiga Escola Estadual
Ribeiro de Almeida;
12 - Conjunto da Antiga Estação Ferroviária de Riograndina.

Art. 10 - Quaisquer obras ou intervenções a serem executadas nos referidos


bens, nas fachadas dos imóveis, em seus interiores ou dentro dos limites de seus
terrenos devem ser previamente aprovadas pelo Conselho Municipal de Proteção do
Patrimônio Cultural de Nova Friburgo, RJ.
§ 1º - As demolições, construções e quaisquer obras a serem efetuadas nos
imóveis de que trata o caput deste artigo deverão ser previamente aprovadas pelo
Departamento de Patrimônio Histórico, Artísitico e Cultural, da Secretaria Municipal de
Cultura.
§ 2 º - Em caso de pintura ou quaisquer outros reparos, para os quais,
normalmente, não é exigida a apresentação de projeto, será obrigatória a apresentação
de projeto de estudo de cores e fachada com o esquema das alterações pretendidas.
Art. 11 - Em caso de sinistro, demolição não autorizada ou obras que resultem
em descaracterização do imóvel tombado, o órgão de tutela estabelecerá a
obrigatoriedade de reconstrução ou recomposição dos bens, reproduzindo suas
características originais, e multa conforme o previsto na Lei nº 3.794, de 25 de
novembro de 2009.
Art. 12- A colocação de toldos e de engenhos publicitários e/ou indicativos
situados na fachada desse imóvel ou em seu terreno deverá ser previamente submetido a
análise e eventual aprovação pelo órgão de tutela.
Parágrafo único. Os engenhos publicitários e/ou indicativos e toldos não poderão
encobrir total ou parcialmente os elementos decorativos e/ou arquitetônicos de
significação cultural que façam parte das fachadas do imóvel.
Art. 13 - De acordo com o art. 21 da Lei nº 3.794, de 25 de novembro de 2009, o
proprietário ou o titular de domínio útil do bem terá o prazo de trinta dias contados a
partir desta publicação para anuir ao tombamento ou para, se o quiser impugnar,
oferecer as razões de sua impugnação.

Art. 14 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.


Registre-se, publique-se e cumpra-se.

Nova Friburgo, 26 de dezembro de 2012


194º ano da Fundação da Cidade.

Sérgio Xavier de Souza


Prefeito

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