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Para Betinha Melo Aguiar


In memoriam
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INTRODUÇÃO
Francisco de Paula Melo Aguiar

Os pais de família tem em São José um modelo admirável de


vigilância e solicitude paterna; as mães podem admirar na Virgem
Santíssima um exemplo insigne de amor, de respeito e de submissão;
os filhos tem em Jesus, submisso aos seus pais, um exemplo divino de
obediência; os nobres aprenderão, olhando para esta família de sangue
real, a moderação na prosperidade e a dignidade nas aflições; os ricos
aprenderão a ter em maior conta as virtudes do que as riquezas, os
operários e todos os que sofrem, devido à sua condição de pobre, terão
motivo e ocasião de alegrar-se pela sua sorte em vez de entristecer-se,
porque tem de comum com a Sagrada Família as fadigas e os cuidados
da vida cotidiana. (LEÃO XIII).

O presente trabalho tem como principal finalidade resgatar a historicidade da


Capela de Nossa Senhora do Desterro, construída em 1869 por Carlos Gomes de Melo,
no monte distante uns quinhentos metros do rio Paraíba e a menos de cento e cinquenta
metros do rio Três Sul, afluente do rio Gurinhém, em terras do Engenho Maraú e
despeja no rio Paraíba em terras do Engenho Massangana, nas imediações da Ponte de
Cobé, no município de Cruz do Espírito Santo/PB..
Preliminarmente é importante enfatizar de que: “o tríplice problema do tempo, do
espaço e do homem constitui a matéria memorável” (LEROI-GOURHAN, 1964-1965,
p. 68), claro em se referindo ao uso da memória para estudar ou pesquisar os feitos das
grandes civilizações da Antiguidade, dentre as quais: Mesopotâmia; Egito; China
Imperial e o próprio modelo de sociedade do Antigo Continente Americano. Ainda
mesmo nos dias atuais não se tem como deixar de se associar os termos: “homem”,
“tempo” e “espaço”, isso faz parte da chamada memória coletiva em relação à História
Universal e suas subdivisões: nacionais, regionais, locais e individuais.
Nada acontece por acaso e tudo tem inicio, meio e fim em toda sua historicidade e
aspectos, envolvendo o uso do elemento memória como fonte histórica do homem no
espaço e no seu tempo em qualquer parte do mundo até então conhecido. E em sendo
assim a memória é tratada como fonte a serviço da História por diversos pesquisadores,
dentre os quais podemos mencionar Michael Pollak (1989).
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O resgate histórico da Capela de Nossa Senhora do Desterro se faz preciso para


contar o referido feito das gerações passadas para as gerações presente visando às
gerações futuras, levando-se em consideração de que:

Na América Latina e, especificamente, no Brasil, a precariedade


organizacional dos arquivos públicos e o uso social incipiente da
informação governamental expressam a trajetória de suas
administrações públicas, bem como suas condições políticas,
econômicas e sociais. (JARDIM, 1995, p. 7).

Ainda bem que a capela de Nossa Senhora do Desterro é catalogada como


patrimônio de influência portuguesa (H.P.I.P, S.d), ideia corroborada por Carvalho
(2005, p.143-144). Portanto, seu legado histórico não estar perdido no tempo e muito
menos no espaço. E isso já é um fato importante para o resgate de sua historicidade de
1869, isto é do século XIX para os dias atuais nestas duas primeiras décadas do século
XXI.
Tanto é assim que o referido pesquisador cita que “a capela situa-se sobre uma
elevação, de forma que é visível a partir do Rio Paraíba, distante 500 metros, e do
Engenho Santana, na margem oposta” e até porque “seu único registo identificado é de
1910, quando aparece sem vinculo com outra propriedade – indicio de que possui
patrimônio próprio”, segundo Carvalho (2005).
Por outro lado, é importante mencionar de que:

“Além da igreja e uma capela edificadas na Villa do Espírito


Santo, há outras mais nas seguintes localidades: Sapé, S.
Miguel, Sobrado, S. José de Cachoeira, Boa Vista, Tapuá,
Sant’Anna, Desterro, Puchy, Páo d’arco, Taboca, Santo
Antônio, Consolações, Marahú, Fundo do Valle e Unas”
(TAVARES, 1910, p.537) (Grifamos).

E cai como uma luva o argumento oral e/ou escrito clareador e esclarecedor de
cunho oficial, político, histórico e social de que:

[...] O patrimônio de N. S. do Desterro, também encravado entre os


engenhos, documenta a permanência da prática desse tipo de fundação
no já recente ano de 1869 – em plena vigência da Lei de Terras de
1850 (IPHAN-PB, 2009c: 3).
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E isso é uma prova ou documento cabal de que tanto estávamos precisando para
comprovar de fato e de direito a origem e a data de fundação do referido templo
católico, não obstante a inscrição do ano de 1869, existente na sepultura de seu fundador
e bem assim acima da porta principal da capela.
Assim sendo, ainda que por analogia, o patrimônio de Nossa Senhora do
Desterro, sempre esteve encravado entre os engenhos: Maraú, Santana e Massagana,
uma vez que já existia esse tipo de fundação no ano de 1869. De modo que em 2019 a
referida capela completará 150 (cento e cinqüenta) anos de sua fundação na várzea do
Rio Paraíba do Norte.
Por outro lado devemos compreender o termo documento, como sendo de origem
latina e que com o passar dos tempos, necessariamente evoluiu para significar prova,
justificativa, testemunho escrito como o usado no vocabulário ou linguagem legislativa.
Assim sendo, podemos afirmar de que documento nada mais é do que a informação que
serve como testemunho, prova e/ou elemento importante e/ou especial para a memória.
(LE GOFF, 1996). O próprio prédio da capela representa um documento não escrito e
por si mesmo conta sua historicidade.
A história de fundação da Capela do Desterro, em 1869, é importante para
pesquisadores, estudiosos, professores, estudantes, curiosos e fiéis e/ou não em geral.
Assim sendo, enquanto patrimônio histórico que por si só representa a referida capela,
encravada entre os engenhos: Massangana, Santana, Maraú, dentre outros que usavam
mão de obra escrava na várzea do Rio Paraíba, tanto é assim que o conceituado jornal
Diário de Pernambuco, edição 00196, de 11 de setembro de 1838, p. 4, publica na sua
coluna “Escravos Fugidos” a seguinte nota:

[...]
Do engenho maraú, ribeira do rio Parahiba, propriedade do Mosteiro
de S. Bento da cidade de Parahiba, fugio Bonifácio crioulo, idade de
50 annos, secco, pernas finas, pouca barba, e ja toda branca; João
Baptista, crioulo, carpina, de trinta annos de idade, estatura ordinaria,
cheio do corpo, e muito barbado, tem os calcanhares brancos, e
pernas foveiras por queimadura de fogo de polvora, e o andar um
tanto embarassado; quem os prender e leva-los ao dito engenho ao
abaixo assignado, ou no Mosteiro de Olinda será saptisfeito de todas
as despezas, bem recompensado: consta ao abaixo assignado que elles
tem andado por Páo d’Alho, Nazareth, e Limoeiro, portanto elle roga
aos seus amigos residentes n’esses lugares, toda pesquisa a respeito, e
d’elles espera tal favor. Fr. Galdino de S. Ignez Araujo. (Ortografia da
época).
[...]
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E depois do meado do século XIX e bem assim uma década depois da visita do
Imperador Pedro II à Província da Paraíba e que inclusive pisou em terras dos engenhos
da várzea do Paraíba e seus afluentes: Gurinhém e Três Sul, quando aqui esteve em
visita oficial a Vila do Pilar e a cidade de Mamanguape, dentre os engenhos citamos:
São João (atual usina com igual nome), Massangana e Maraú (naquela época era
propriedade do Mosteiro de São Bento), onde consta que o Imperador Pedro II lá esteve
presente em corpo e alma no dia 26 de dezembro de 1859:

[...]
Tendo resolvido S.M. o Imperador visitar a Villa do Pilar e a cidade
de Mamanguape, pox-se em marcha para aquella villa as 4 horas da
madrugada de 26 do predito mez, acompanhado pela sua comitiva, por
S. Exc. o Sr. Ministro do Imperio, por mim, e por grande numero de
cidadãos, que desejando ter a honra de acompanhar a S.M. na sua
digressão ao centro da província, havião obtido para isso a necessária
permissão.
Sua S. M. o Imperador, tendo-se dignado de tomar uma refeição no
engenho S.João do coronel José Teixeira de Vasconcellos d’aqui
distante 3 legoas e de almoçar no engenho Maraú do mosteiro de
S. Bento a 9 legoas de distancia desta Capital, chegou a Villa do
Pilar a 12 legoas da capital as 11 horas da manhã.
Depois do jantar S.M. o Imperador sahio do Paço, e visitou a matriz, a
cadea e o cemitério, recolhendo-se ao Paço, onde deu beijamão á
todos quantos quiserão receber semelhante honra.(CUNHA, 1860, 2-
3). (Grifamos).
[...]

Ainda não existia a estrada de ferro e as pontes de Cobé e da Batalha, bem como a
estrada de chão batido pelas boiadas, tudo ainda era apenas mero caminho feito pelos
pés dos nativos e pelos cascos dos animais dos caixeiros viajantes, familiares e
escravos, quando vinham do sertão para a capital da Província da Paraíba e vice versa.
Então D. Pedro II em 26 de dezembro de 1859 não veio da Capital da Província para a
Vila do Pilar e de lá para a cidade de Mamanguape, passando pelos engenhos antes
citados de automóvel e sim a cavalo, e bem assim toda a sua comitiva e segurança
pessoal.
Tudo isso representa direta e indiretamente um envolvimento dos elementos:
“memória”, “espaço” e “tempo” em relação a tais acontecimentos de nossa História da
Paraíba e dez anos depois da visita do Imperador Pedro II ao referido solo, o
acontecimento mais importante foi sem dúvida a construção da Capela de Nossa
Senhora do Desterro em 1869, pela iniciativa privada, o que se presume que no lugar
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escolhido para ser edificada a referida capela estava provavelmente coberto pela mata,
verdadeiro caminho de raposa em sua totalidade. E até porque, sua historicidade não
envolve apenas uma questão de História Oral local no imaginário e/ou na memória
individual, enquanto objeto material. Isso porque com o passar do tempo, os ali
residentes e participantes da edificação do referido templo: livres e/ou escravos, foram
passando de pai para filhos, netos, etc., tal informação, porém, também foram se
mudando para outros lugares distantes, inclusive morrendo. E a tradição e a devoção a
Virgem do Desterro, vem a partir de então sendo divulgada e/ou passada de boca em
boca de geração em geração. Também isso não deixa de ser uma grande contribuição
para a construção de sua história, com a qual os fiéis se identificam. Porém, jamais
deveremos deixar de reconhecer que a História Oral, geralmente usada pelo homem
e/ou mulher comum em qualquer tempo, lugar e/ou civilização tem valor inquestionável
e inestimável, repetimos em todo tempo e lugar para a memória coletiva com toda sua
complexidade e diversidade, independente da religiosidade e ideologia do povo, isso
porque vai ajudar e melhor compreender o porque da construção e da existência física
ainda na atualidade, no caso da capela do Desterro, considerada assim como patrimônio
histórico, que o é, representado por sua arquitetura edificada através de medidas que
envolveram possíveis planejamentos de engenharia e/ou profissionais qualificados da
área de construção sem o uso de ferro e bem assim de cimento.
O que se sabe mesmo é que:

“A devoção à Sagrada Família alcançou grande popularidade no


século XVII, propagando-se celeremente não só na Europa, mas
também nos países da América. A festa instituída por Leão XII em
1883, foi estendida por Bento XV à Igreja Universal”. (MISSAL,
1959, p.98).

E por isso podemos dizer sem sombra de dúvidas de que ainda que por analogia
ao trabalho sobre a História Social da Memória (DOSSE, 1999, p. 5-24), a capela do
Desterro, repetimos, construída em 1869, representa um patrimônio histórico de origem
portuguesa (CARVALHO, 2005, p.143-144) e é uma edificação que representa a
memória e/ou o passado não apenas de uma pessoa (de seu fundador), porém de um
povo que aqui chegaram,viveram e a construíram-na de pedra e cal antes de nós.
Portanto, apropriação pelo povo da memória da capela citada representa
simultaneamente fonte e objeto de sua própria historiografia. Em ti e por ti, a própria
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edificação em pedra e cal, repetimos, resiste no tempo e no espaço as intempéries físicas


e ideológicas ao contar sua por si a sua própria História. Isso porque a já mencionada
capela foi recentemente o “Quartel General do MST – Movimento dos Sem Terras”,
quando da ocupação das terras dos engenhos: Maraú, Santana e Massangana, na última
década do século XX.
Diante de tais afirmações é importante mencionar de que: “o que fica do passado
no vivido dos grupos ou o que os grupos fazem do passado” (LE GOFF, 1990, p. 472).
E isso é fato e contra fato não se tem argumento.
Ainda que por dedução analógica dos acontecimentos, a memória deve ser
preservada, levando-se em consideração o interesse histórico da coletividade, onde
sempre existirá a intervenção de pessoas que guardam e/ou descartam determinado fato
e/ou informação do que é e do que não é, no modo de fazer e de determinar dos
indivíduos, segundo Castro (2008, p.20).
É importante compreendermos de que a:

Memória – O termo tem origem no mesmo vocábulo latino. É a


propriedade geral que os estados psíquicos possuem de poder reviver
na consciência. Pela memória volta-se aos fatos do passado.
Distinguem-se, na memória, quatro aspectos fundamentais: a fixação,
a conservação, a evocação e o reconhecimento das imagens. A
memória varia de um indivíduo para outro e pode variar no mesmo
individuo, em conseqüência de fatores diversos, entre os quais o
estado afetivo, a idade, o nível de experiência anterior. A fixação e a
conservação das lembranças dependem, entre outros fatores, da
clareza, simplicidade e estruturação da percepção, do impacto
emocional produzido pela mesma, do uso, isto é, do número de
evocações realizadas [...] (ÁVILA, 1976, p. 418).

O documento deve estar necessariamente constituído e associado a diferentes


pessoas na acepção da palavra, inclusive envolvendo suas concepções de valor, de
memória e de passado e por isso devem ser preservados, segundo Castro (2008, p.29).
Então é importante conhecer os fundamentos da historicidade da Capela de Nossa
Senhora do Desterro, porque representa na realidade local um “documento”, assim
como qualquer outro documento ou monumento, obra de arte, musical, literária, visual,
de engenharia e/ou não, etc, pelo fato de que:

[...] A história dita "nova", que se esforça por criar uma história
científica a partir da memória coletiva, pode ser interpretada como
"uma revolução da memória" fazendo-a cumprir uma "rotação" em
torno de alguns eixos fundamentais: "Uma problemática abertamente
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contemporânea... e uma iniciativa decididamente retrospectiva", "a


renúncia a uma temporalidade linear" em proveito dos tempos vividos
múltiplos "nos níveis em que o individual se enraíza no social e no
coletivo" (lingüística, demografia, economia, biologia, cultura).
História que fermenta a partir do estudo dos "lugares" da memória
coletiva. "Lugares topográficos, como os arquivos, as bibliotecas e os
museus; lugares monumentais como os cemitérios ou as arquiteturas;
lugares simbólicos como as comemorações, as peregrinações, os
aniversários ou os emblemas; lugares funcionais como os manuais, as
autobiografias ou as associações: estes memoriais têm a sua história".
Mas não podemos esquecer os verdadeiros lugares da história, aqueles
onde se deve procurar, não a sua elaboração, não a produção, mas os
criadores e os denominadores da memória coletiva: 'Estados, meios
sociais e políticos, comunidades de experiências históricas ou de
gerações, levadas a constituir os seus arquivos em função dos usos
diferentes que fazem da memória".(LE GOFF, 1990, p.408).

E assim o propósito de resgatar a história da Capela de Nossa Senhora do


Desterro não termina com a presente pesquisa, apenas servirá de arrancada, de estimulo
e de alento para as gerações presentes e futuras dar continuidade a novas pesquisas,
novos sonhos, novas ideias sobre o sonho sonhado e concretizado pelo idealizador,
financiador e fundador da referida capela, cidadão Carlos Gomes de Mello, e
continuado pelos romeiros e fiéis da Sagrada Família, valendo apenas destacar ou
reconhecer o trabalho voluntário prestado durante décadas, “in memoriam” das
senhoras: Ana Gomes de Mello Cunha; sua filha Felícia Cunha e sua sobrinha Maria do
Carmo Gomes de Mello (Aguiar, nome de casada), ao longo destes quase cento e
cinquenta anos de existência entre o apito do trem e do bueiro dos engenhos, o farfalhar
do canavial, o canto do lambu, o berro do gabo e a singela mata da caatinga existente
entre a várzea do Rio Paraíba e seus afluentes: Rio Gurinhém e Rio Três Sul, que banha
o sopé do monte íngreme escolhido para sua edificação em 1869, onde o monumento
estar edificado de pedra e cal, além do cemitério, campo santo de igual nome que acolhe
como última morada dos corpos de ricos e pobres da região a quase um século e meio,
uma espécie de “aeroporto” com destino a cidade eterna, uma vez que:

"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada
sobre um monte; - Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do
alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. - Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas
boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (MATEUS
5:14-16).
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Ressaltamos de que tudo é uma questão de identidade individual e coletiva, uma


vez que:

“A necessidade de escrever a história de um período, de uma


sociedade e até mesmo de uma pessoa só desperta quando elas já estão
bastante distantes no passado para que ainda se tenha por muito tempo
a chance de encontrar em volta diversas testemunhas que conservam
alguma lembrança” (HALBWACHS, 2013, p.101).

E assim a historicidade da Capela do Desterro, continua no coração dos fiéis


devotos, romeiros e especialmente os residentes nos engenhos: Maraú, Massangana e
Santana, que viram com outros olhos e ouviram com outros ouvidos depois do meado
do século XIX, em 1869, carpinteiros, pedreiros e ajudantes, ainda no tempo da
escravidão, ferir o chão, bater os alicerces, juntar pedra, argila e água para construir e
rebocar as paredes, subir a madeira para fazer as tesouras, linhas, ripas e caibros, assim
como subiu pela força humana da fé cristã com o uso da força bruta o telhado da nave
central, das duas sacristias e do copiar. A obra em tela tem continuidade voluntária na
perseverança da fé que emana na atualidade das senhoras Maria do Socorro, Josefa e
tantas outras Maria(s) e tantos outros José(s) que vivem seguindo a Jesus Cristo, a
verdadeira luz do mundo, de ontem, de hoje e de sempre.
Viva Nossa Senhora do Desterro!
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REFERÊNCIAS
ÁVILA, Padre Fernando Bastos de. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de
Janeiro: MEC/FENAME, 1976. 680p.

BÍBLIA SAGRADA. Tradução: João Ferreira de Almeida. Brasília/DF: Sociedade


Bíblica do Brasil, 1969.

CARVALHO, J. L. de, Pré‐inventário dos engenhos da várzea do rio Paraíba, João


Pessoa, 2005, pp. 143‐144.

CASTRO, Celso. Pesquisando em arquivos. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2008.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO. Edição 00196 de 11/09/1838, p. 4 – Escravos Fugidos.


In.:<http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=029033_01&pasta=ano%201
83&pesq=do%20engenho%20mara%C3%BA>. Acesso em.: 03 Abr. 2014.

DOSSE François. "Une histoire sociale de la mémoire". Raison Présente, numéro 128.
Paris, pp. 5-24, 1999.

IPHAN-PB (Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional


na Paraíba). Patrimônio de N. S. do Desterro. João Pessoa, 2009c. Projeto Caminho
engenhos (2ª fase), v.7.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Tradução de Beatriz Sidou. 2ª ed. São


Paulo: CENTAURO, 2013.

LE GOFF, Jacques. História e memória. 4. ed. São Paulo: Ed. Unicamp, 1996.

________________.História e memória. [1924]. Tradução: Bernardo Leitão et al.


Campinas/SP: Ed. Unicamp, 1990.

LEROI-GOURHAN, A. Le geste et la parole, 2 vol. Paris: A. Michel, 1964-1965


[Lisboa: Edições 70, 1981-83].

JARDIM, José Maria. A invenção da memória nos arquivos públicos. Ciência da


Informação. Vol. 25, número 2, p. 1-13, 1996.

MISSAL ROMANO QUOTIDIANO. Latim-Português.São Paulo: Pia Sociedade de


São Paulo. 1959.

POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de


Janeiro: Ed.Vértice, n.3, p.3-15, 1989.

TAVARES, J. de L., A Parahyba. Paraíba [João Pessoa]: Imprensa Oficial, 1910, vol. 2,
p. 537. Disponível in.: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&id=vpI9AQAAMAAJ&focus=searchwithinvolume&q=Desterro >. Acesso em, 03.
Abr. 2015.
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CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA
CAPELA DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO
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Capela de Nossa Senhora do Desterro, construída em 1869 por Carlos Gomes de Mello
– Zona Rural – Cruz do Espírito Santo – Paraíba.
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CAPELA DO DESTERRO
Francisco de Paula Melo Aguiar

[...] Além da igreja e uma capela edificadas na Villa do Espírito


Santo, há outras mais nas seguintes localidades: Sapé, S. Miguel,
Sobrado, S. José de Cachoeira, Boa Vista, Tapuá, Sant’Anna,
Desterro, Puchy, Páo d’arco, Taboca, Santo Antônio, Consolações,
Marahú [...].
TAVARES (1910, p.537)

A construção da Capela de Nossa Senhora do Desterro, santuário particular


edificado na propriedade rural de igual nome, na Várzea do Paraíba, pertencente em
1869 a Capital da Paraíba do Norte, que com a emancipação política de Santa Rita,
passou a pertencer ao seu território municipal, fato esse comprovado com a simples
leitura do Decreto nº 10, de 19 de março de 1890, quando se refere o limite municipal a
localidade Cobé como sendo um dos limites de Santa Rita. Assim sendo, a construção
com recursos privados e em propriedade rural privada da referida capela, que
atualmente pertence ao Município de Cruz do Espírito Santo, Estado da Paraíba, haja
vista a emancipação política do mesmo em 7 de Março de 1897, se deve a devoção de
seu financiador e fundador Carlos Gomes de Mello, cujo corpo encontra-se sepultado na
referida capela, onde também repousam os restos mortais de Ana Gomes de Mello
Cunha, de Manoel Gomes de Mello e de sua esposa Emília Francisca Pereira de
(Meireles, solteira) Mello.
O Santuário de Nossa Senhora do Desterro tem no altar mor as imagens de
Nossa Senhora, o Menino Jesus e São José. Vem daí, portanto, o termo Sagrada Família
e ou Nossa Senhora do Desterro, devoção muito conhecida no mundo católico, inclusive
em Portugal de onde são originários os Gomes de Mello. Segundo a historicidade das
igrejas existentes no Estado da Paraíba e edificadas até o século XIX, a capela do
Desterro é a segunda que tem o copiar e ou alpendre amparando o portal principal e ou
na frente da referida edificação. Anexo a referida capela tem o cemitério com igual
nome onde a população local e ribeirinha escolhe para ser sua última morada, a exemplo
dos sobrinhos e tretas netos de seu fundador, lá estão sepultados.
É importante mencionar de que na referida capela casou-se Manoel Gomes de
Mello (nascido em 25 de dezembro de 1865 e falecido em 14 de agosto de 1943) e
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Emilia Francisca Pereira de Meireles (nascida em, 05 de abril de 1877 e falecida em 03


de junho de 1962), que passou a usar o nome de casada de Emília Francisca Pereira de
Mello – Dona Emília Gomes, em 1898. Ambos contraíram matrimônio na Igreja de
Nossa Senhora do Desterro, tendo nascido do referido matrimônio: sete mulheres e seis
homens, totalizando treze filhos: Rosa Gomes de Mello, morreu solteira e donzela em
1981 e está sepultada no Cemitério Santana, em Santa Rita, não deixou filhos; Francisca
Gomes de Mello, que casou-se com Joaquim Gonçalo Pessoa, conhecido por Joaquim
Soleiro, porque fabricava arreios, celas e outros derivados de couro, são pais de uma
grande prole, dentre os quais: Antônio; José; José Francisco; José Bonifácio; Manoel;
Ana, Maria da Penha e Maria Madalena Pessoa de Góis (in memorian), casada com
Ranulfo de Góis (família tradicional de Cabedelo/PB), pais do Capitão PM/PB,
advogado, professor e vereador Josué Pessoa de Góis), ficou viúva e casou-se com
Severino Passarinho, faleceu em 13 de maio de 1959 e está sepultada no Cemitério de
Nossa Senhora da Consolação, após a ponte de Cobé (Entroncamento/Cruz do Espírito
Santo/PB); Antônio Gomes de Mello, casou-se com Ana Maria, faleceu em 1997 e está
sepultado no Cemitério Santana, em Santa Rita (são os pais de José); José Gomes de
Mello, casou-se com a prima dele Rosa Procópio de Mello, faleceu em 1967 e está
sepultado no Cemitério Senhor da Boa Sentença, em João Pessoa/PB (são os pais de
Francisco; Ana; Acidália; Maria; Josefa; e Emilia); Josefa Gomes de Mello, casou-se
com Severino Santana Cavalcanti, está sepultada no Cemitério Central de
Mamanguape/PB (são os pais de: Zenith; Maria de Lourdes; Isabel; Maria da
Conceição; Maria Edneia; José; Antônio; João; Sebastião; José D´Arc); Maria
Hermenegidia Gomes de Mello, casou-se com o primo Antônio Procópio de Mello,
ficou viúva e casou-se em segundas núpcias com o primo e cunhado Francisco Procópio
de Mello (era irmão do primeiro esposo e ambos eram sobrinhos de Manoel Gomes de
Mello, seu pai), ficou viúva pela segunda vez, faleceu e está sepultada no Cemitério de
Nossa Senhora do Desterro (são os pais de Maria dos Anjos; Isabel; Nininha; Paulo;
Eudésio; Amaro; e Antônio); Maria das Graças Gomes de Mello, adotou o nome de
casada: Maria Gomes de França (Doninha), casou-se com João Luiz de França (João
Frade), faleceu em 9 de janeiro de 1975 e está sepultada no Cemitério do Desterro (são
os pais de Maria José (Bilí); Rosa; Ana; Maria Aparecida (Caboco); Romilda; Josefa
(Zezita); Paula e João Batista (Senhor); Anália Gomes de Mello, casou-se com primo
José Procópio de Mello, faleceu em 1991 e está sepultada no Cemitério Santana, em
Santa Rita/PB (são os pais de José; Maria; Milton, Newton; Valdemir e Luzia);
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Severino Gomes de Mello, assentou praça no Exército Brasileiro e foi ex-combatente na


Segunda Guerra Mundial na década de 40 do século XX, casou-se com Helena Maria,
faleceu e está sepultado no Cemitério de Santo Amaro, em Recife/Pernambuco, pais de
duas filhas e um filho (Sebastião); Augusto Gomes de Mello, casou-se com Maria Lita
Inácio, faleceu e está sepultado no Cemitério do Desterro, são os pais de: Emilia;
Augusto; José; João e Luiz; Sebastião Gomes de Mello, casou-se com a prima paterna
Ana Procópio de Mello, faleceu e está sepultado no Cemitério do Desterro, são os pais
de: Manoel; Maria; Maria Aparecida e Ana Maria; João Gomes de Mello, casou-se com
a prima materna Lindalva Pereira de Mello, faleceu e está sepultado no cemitério de
Consolação, depois da ponte de Cobé, dentre seus filhos destacamos: Manoel; João;
José; Luiz; Antônio; Maria; Heraldo e Eduardo (adotado pelo sobrinho Milton); e Maria
do Carmo Gomes de Mello, casou-se em 16 de Junho de 1951, em Sapé/PB, com
Sebastião José (Vieira) de Aguiar (nascido em 31 de Janeiro de 1913, no Engenho
Coité/C.E.Santo/PB), filho de João José de Aguiar e Josefa Maria da Conceição Vieira
de Aguiar), adotou o nome de casada: Maria do Carmo Mello Aguiar, faleceu em 22 de
dezembro de 1996 (são os pais de Francisco de Paula; Maria de Fátima (duas com o
mesmo nome); Maria Anunciada; José Vicente e José Antônio), está sepultada no
Cemitério Santana, em Santa Rita. Enfatizamos que os filhos e filhas do casal Emilia e
Manoel Gomes de Mello, sobrinho paterno de Carlos Gomes de Mello, fundador da
Capela de Nossa Senhora do Desterro, foram batizados na Capela de Nossa Senhora do
Desterro. Portanto, são essas as origens epistemológicas e históricas relacionadas à
fundação e construção do citado santuário de origem portuguesa entre nós na Várzea do
Paraíba.
Por outro lado sem sombra de dúvidas, ainda que por analogia, Carvalho1
(2009, p. 25) em proferindo palestra constante dos anais da USP-Universidade de São
Paulo, afirma categoricamente de que:

[...] O patrimônio de N. S. do Desterro, também encravado entre os


engenhos, documenta a permanência da prática desse tipo de fundação
no já recente ano de 1869 – em plena vigência da Lei de Terras de
1850 (IPHAN-PB, 2009c: 3).

Assim sendo, tal afirmação vem corroborar de que na realidade a Capela de


Nossa Senhora do Desterro, localizada na zona rural de Cruz do Espírito Santo, Estado
da Paraíba, tem como data de sua fundação e construção o ano de 1869, levando-se em
16

consideração a referida citação tendo como fonte o IPHAN-PB2 - Instituto do


Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (2009c:3), instituição federal vinculada ao
Ministério da Cultura do Brasil, responsável por preservar, divulgar e fiscalizar os bens
culturais de nossa Pátria, além de garantir a utilização desses bens pela atual e futuras
gerações.
E se não bastasse a história contada em versos e prosas durante quase cento e
cinqüenta anos de fundação da Capela do Desterro, na Várzea do Rio Paraíba, o H.P.I.P
– Patrimônio de Influência Portuguesa3, pertencente a Fundação Calouste Gulbenkian,
segundo enfatiza o pesquisador Juliano Loureiro de Carvalho4, a respeito da arquitetura
religiosa da Capela de Nossa Senhora do Desterro, localizada na zona rural de Cruz do
Espírito Santo, Estado da Paraíba, ao afirmar textualmente que:

“A capela situa‐se sobre uma elevação, de forma que é visível a partir


do Rio Paraíba, distante 500 metros, e do Engenho Santana, na
margem oposta. Seu único registo identificado é de 1910, quando
aparece sem vínculo com outra propriedade – indício de que possuiu
património próprio. Ela é o segundo exemplar paraibano com alpendre
(Santa Rita, Capela de Nossa Senhora do Socorro), e apresenta outros
elementos usuais nas capelas dos séculos XVII e XVIII: janelas
frontais no rés‐do‐chão e duas sacristias ligadas à capela‐mor por
arcos. Contudo, é possível que seja mais recente, com elementos
arcaizantes. Como demonstraram Saia e Azevedo, o alpendre permitia
que mais pessoas pudessem assistir à missa e, simultaneamente, as
hierarquizava espacialmente. As sacristias abertas, reservadas aos
mais poderosos e suas famílias, tinham funções semelhantes. Sem
proteção legal e com pouco uso, a capela teve o alpendre demolido na
década de 1990. Foi reconstruído em 1998, por iniciativa particular”.

Assim sendo, trata-se de um santuário construído e mantido pela iniciativa


privada e/ou seja pelos donos do feudo rural que o fez edificar no século XIX em
homenagem a Virgem do Desterro e/ou Sagrada Família, confirmando assim, ainda que
por mera analogia e/ou dedução a versão da Família Gomes de Mello de que Carlos
Gomes de Mello (cujo corpo foi sepultado e ainda lá se encontra na nave central da
referida capela) mandou edificá-la com recursos próprios, portanto, repetimos, um
santuário particular e/ou privado da referida família e seus colaboradores campesinos,
construído e inaugurado em 1869. Ressaltamos de que nem mesmo a presença dos
monges beneditinos, antigos senhores feudais das terras e do Engenho Maraú, antes da
construção e fundação da capela do Desterro, na segunda metade do século XIX, faz
qualquer registro a respeito da existência da referida capela na Várzea do Rio Paraíba e
17

muito menos que a mesma pertencesse ao seu patrimônio. Desse modo, invocamos os
ensinamentos de Azevedo5 (1981) e de Saia6 (S.d), quando menciona que “como
demonstraram Saia e Azevedo, o alpendre permitia que mais pessoas pudessem assistir
à missa e, simultaneamente, as hierarquizava espacialmente”, bem como nos informa
ainda de que “as sacristias abertas, reservadas aos mais poderosos e suas famílias,
tinham funções semelhantes”. De modo que não importa direta ou indiretamente de
quem representava em 1869 e décadas seguintes a aristocracia rural na localidade da
fazenda e/ou propriedade rural onde foi erguida a capela do Desterro? E relata ainda que
a Capela do Desterro vive “sem proteção legal e com pouco uso, a capela teve o
alpendre demolido na década de 1990” e afirma também de que o alpendre “foi
reconstruído em 1998, por iniciativa particular”. Enfatizamos de que a referida capela,
as duas sacristias, a nave principal, o alpendre, altar mor, os dois altares coadjuvantes, a
pia batismal, as portas, as janelas, escada, coro, bem como as imagens de Nossa
Senhora do Desterro, o Menino Jesus, São José, Nossa Senhora da Conceição e Nossa
Senhora das Graças, foram completamente restaurados em 1998 e bem assim 2012/13,
graças à determinação da iniciativa privada, o que vale dizer de que a Arquidiocese da
Paraíba e muito menos a Freguesia/Paróquia do Divino Espírito Santo/PB não investiu
um centavo se quer para a referida restauração. Isso significa que o prédio da capela do
Desterro, erguido em 1869 pela iniciativa privada no estilo barroco rococó pelo devoto
Carlos Gomes de Mello e seus familiares, continua sendo assim centro de romaria rural
à quase um século e meio, pois, todos os últimos domingos de cada mês tem missa às
dez horas da manhã, além de terços, procissões e pagamentos de promessas pelos
devotos de Nossa Senhora do Desterro, primeiro sacrário que a humanidade já conheceu
na face da Terra, que gerou e alimentou o Salvador do Mundo, Jesus Cristo. E se não
bastasse à religiosidade popular, temos o referencial histórico existencial da capela do
Desterro, uma vez que é citada nominalmente por Tavares7 (1910, p. 537), ao afirmar
em sua obra histórica de que:

“Além da igreja e uma capela edificadas na Villa do Espírito


Santo, há outras mais nas seguintes localidades: Sapé, S.
Miguel, Sobrado, S. José de Cachoeira, Boa Vista, Tapuá,
Sant’Anna, Desterro, Puchy, Páo d’arco, Taboca, Santo
Antônio, Consolações, Marahú, Fundo do Valle e
Unas”.(Grifamos)
18

É importante resgatar três figuras femininas indispensáveis na manutenção em


termos de zelo pela Igreja do Desterro: Ana Gomes de Mello Cunha, dedicou-se de
corpo e alma a devoção e a obrigação de manter o referido templo de pé e bem cuidado
até seu falecimento no inicio da década de 40 do século, inclusive seus restos mortais
repousam em sua nave principal. A segunda mulher a manter as suas expensas a referida
igreja foi Maria do Carmo Gomes de Mello, até o dia 16 de junho de 1951, dia do seu
casamento e porque passou a residir em uma propriedade rural no município de Sapé,
porém, nos finais de semanas vinha prestar-lhe socorro e ou mandava alguém fazer. E a
terceira mulher, foi à senhora Felícia Cunha, filha de Ana Gomes de Mello Cunha e
Antônio Carneiro da Cunha, casada com José da Cunha de Vasconcellos, durante
décadas ela residia em uma casa na frente da igreja com seus filhos e esposo que
também mantinha uma bodega.
E finalmente, a casa de Nossa Senhora do Desterro continua aberta para
receber seus devotos para pagamento de promessas diárias e assistir a santa missa.
Registramos ainda de que a mesma serviu de berço para nascer e/ou o despertar a
vocação sacerdotal, bem como de templo para a celebração da primeira missa do Padre
José Maria de Mesquita8, filho da região da Várzea do Três Sul, rio represa que nasce
no rio Gurinhém e despeja no rio Paraíba, banhando parte das terras dos engenhos:
Maraú, Santana e Massangana. O Padre Mesquita era devoto da Virgem do Desterro,
vinha todos os meses celebrar a Santa Missa, fazer casamentos e batizados, o que fez
durante toda a sua vida útil como sacerdote, pois, mesmo em sendo vigário da Paróquia
de Gurinhém/Paraíba, jamais esqueceu de sua origem e devoção. É bom lembrar de que
ele ficava hospedado na casa de Dona Felicia Cunha, na frente do santuário. Por outro
lado mencionamos também de que a referida casa de oração, também serviu de quartel
general, amparo e de moradia para os componentes do MST - Movimento dos Sem
Terras, visando à reforma agrária nas fazendas e engenhos da Várzea do Paraíba na
década de 90 do século XX. Então é verdadeira a tese de que desde sua origem a
presente data a capela mencionada é realmente mantida pela iniciativa privada, motivo
pelo qual não se pretende fazer o seu registro e/ou tombamento no IPHAN – Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, porque os seus devotos são firmes na fé e
jamais deixarão o referido templo ruir. É importante mencionar que Eduardo Verderame
desenhou-a ainda quando estava em ruínas9.
Enfatizamos ainda de que a inauguração da restauração da Capela de Nossa
Senhora do Desterro, construída em 1869 e que estava em ruínas em dezembro/2012:
19

Aconteceu na tarde do de 28 de setembro de 2013, a celebração de


uma missa em ação de graças, oficiada pelo Arcebispo da Paraíba,
DOM ALDO PAGOTTO, e Padre Moacir e Gabriel sacerdotes e a
comunidade, na capela de Nossa Senhora do Desterro localizada no
Assentamento Canudos (antiga fazenda Maraú) zona rural de Cruz do
Espírito Santo – PB.
Foi construída por Carlos Gomes de Melo em (1869) sendo restaurada
no período de dezembro de 2012 a setembro de 2013 por iniciativa
particular10.
A capela situa-se sobre uma elevação, de forma que é visível a partir
do Rio Paraíba, distante 500 metros, do Engenho Santana, na margem
oposta. Seu único registro identificado é de 1910, quando aparece sem
vínculo com outra propriedade – indício de que possuiu patrimônio
próprio. Ela é o segundo exemplar paraibano com alpendre (Santa
Rita, Capela de Nossa Senhora do Socorro), e apresenta outros
elementos usuais nas capelas dos séculos XVII e XVIII: janelas
frontais no rés do chão e duas sacristias ligadas à capela mor por
arcos. Contudo, é possível que seja mais recente, com elementos
arcaizantes. Como demonstraram Saia e Azevedo, o alpendre permitia
que mais pessoas pudessem assistir à missa e, simultaneamente, as
hierarquizava espacialmente. As sacristias abertas, reservadas aos
mais poderosos e suas famílias, tinham funções semelhantes. Sem
proteção legal e com pouco uso, a capela teve o alpendre demolido na
década de 1990. Foi reconstruída em 1998 por iniciativa particular,
segundo Juliano Loureiro de Carvalho. E totalmente restaurada
(santos, madeiramento, telhado, piso rústico, bancos, portas, janelas,
altares, sacrário).(MENDONÇA, 15/10/2013).

Deste modo repetimos que tanto a restauração de 1989/99 e bem assim a última
restauração de dezembro/2012 a setembro/13, teve o financiamento direto da fé na
Sagrada Família: Jesus, Maria e José, por parte da iniciativa privada patrocinadora:
COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar e o IESPA-Instituto de Ensino Superior de
Educação da Paraíba Ltda (mantenedor da FAFIL – Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras) de Santa Rita – Paraíba, através de seus diretores presidentes: Francisco de
Paula Melo Aguiar e sua esposa Severina Bezerra da Silva Melo Aguiar, via o
envolvimento emocional, educacional, intelectual, histórico, social, religiosidade e laços
familiares do fundador da referida capela, via parentesco de sangue e/ou por afinidade
e/ou da lei com a família materna dos “Gomes de Mello” e/ou “Gomes de Melo” na
Várzea do Paraíba desde o século XIX. É o reencontro da Capela do Desterro com os
romeiros e devotos na nossa visão de mundo não profano.
Viva Nossa Senhora do Desterro!
Viva a Família Sagrada!
Viva Nosso Senhor Jesus Cristo!
20

________________________
1
Cf. CARVALHO, Juliano Loureiro de. Uma concentração de tempos – apreendendo a
paisagem do Rio Paraíba Açucareiro. (Palestra/2009) - IPHAN - SE. Disponível in.:
<http://www.iau.usp.br/sspa/arquivos/palestras/Juliano_Loureiro_Carvalho.pdf > . Acesso em
15. Nov.2013 (ANEXO I).
2
Cf. IPHAN-PB (Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na
Paraíba). Patrimônio de N. S. do Desterro. João Pessoa, 2009c. Projeto Caminho engenhos (2ª
fase), v.7.
3
Cf.: H.P.I.P – Património de Influência Portuguesa. In.:
<http://www.hpip.org/Default/pt/Homepage/Obra?a=998 >. (ANEXO II). Acesso em, 03. Abr.
2015.
4
Cf.: CARVALHO, J. L. de, Pré‐inventário dos engenhos da várzea do rio Paraíba, João
Pessoa, 2005, pp. 143‐144.
5
Cf.: AZEVEDO, P. Ormindo de, “Alpendres na arquitetura religiosa: revendo as teorias”,
Barroco, n. 12, Belo Horizonte, 1981, pp. 71‐85.
6
Cf.: SAIA, L. O alpendre nas capelas brasileiras. Revista do SPHAN, n.o 3, P.
235¬&#8208;24¬9 (S.d).
7
Cf.: TAVARES, J. de L., A Parahyba. Paraíba [João Pessoa]: Imprensa Oficial, 1910, vol. 2, p.
537. Disponível in.: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&id=vpI9AQAAMAAJ&focus=searchwithinvolume&q=Desterro >. Acesso em, 03. Abr.
2015. (ANEXO III).
8
Cf..: AGUIAR, Francisco de Paula Melo. Padre José Maria de Mesquita. Biografia 2015.
Disponível In.: < http://www.recantodasletras.com.br/biografias/5008454 > . Acesso em, 22.
Out. 2014.
9
Cf.: VERDERAME, Eduardo. Capela do Desterro (2010/11)/PB. Disponível in.:
< https://everderame.files.wordpress.com/2010/11/pbcruzespsantodesterrow.jpg >. Página
acesso em, 03/04/2015.
10
Cf.: MENDONÇA, Beto. Restaurada a Capela de Nossa Senhora do Desterro (28/09/2013).
In.: <https://www.betomendonca.com/news/restaurada-capela-de-nossa-senhora-do-disterro/>.
Acesso em: 25.Dez.2013.
21

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Francisco de Paula Melo. Padre José Maria de Mesquita. Biografia 2015.
Disponível In.: < http://www.recantodasletras.com.br/biografias/5008454 > .

AZEVEDO, P. Ormindo de, “Alpendres na arquitetura religiosa: revendo as teorias”,


Barroco, n. 12, Belo Horizonte, 1981, pp. 71‐85.

CARVALHO, Juliano Loureiro de. Uma concentração de tempos – apreendendo a


paisagem do Rio Paraíba Açucareiro. (Palestra/2009) - IPHAN - SE. Disponível in.:
<http://www.iau.usp.br/sspa/arquivos/palestras/Juliano_Loureiro_Carvalho.pdf > .
Acesso em 15. Nov.2013

CARVALHO, J. L. de, Pré‐inventário dos engenhos da várzea do rio Paraíba, João


Pessoa, 2005, pp. 143‐144.

H.P.I.P – Património de Influência Portuguesa. In.:


<http://www.hpip.org/Default/pt/Homepage/Obra?a=998 >. Acessado em, 03/04/2015.

IPHAN-PB (Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional


na Paraíba). Patrimônio de N. S. do Desterro. João Pessoa, 2009c. Projeto Caminho
engenhos (2ª fase), v.7. (ANEXO II).

MENDONÇA, Beto. Restaurada a Capela de Nossa Senhora do Desterro (28/09/2013).


In.: <https://www.betomendonca.com/news/restaurada-capela-de-nossa-senhora-do-
disterro/>. Acesso em: 25.Dez.2013.

SAIA, L. O alpendre nas capelas brasileiras. Revista do SPHAN, n.o 3, p.


235¬&#8208;24¬9 (sd).

TAVARES, J. de L., A Parahyba. Paraíba [João Pessoa]: Imprensa Oficial, 1910, vol. 2,
p. 537. Disponível in.: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&id=vpI9AQAAMAAJ&focus=searchwithinvolume&q=Desterro >. Página
acessada em, 03/04/2015.

VERDERAME, Eduardo. Capela do Desterro (2010/11)/PB. Disponível in.:


< https://everderame.files.wordpress.com/2010/11/pbcruzespsantodesterrow.jpg >.
Página acessada em, 03/04/2015.
22

CAPÍTULO II

A CAPELA DO DESTERRO
EO
PADRE JOSÉ MARIA DE MESQUITA
23

HOMENAGEM
AO
PADRE JOSÉ MARIA DE MESQUITA
- FILHO DA CAPELA DO DESTERRO -
24

PADRE JOSÉ MARIA DE MESQUITA


FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

A vocação do cristão é a santidade, em todo momento da vida. Na


primavera da juventude, na plenitude do verão da idade madura, e
depois também no outono e no inverno da velhice, e por último, na
hora da morte.
São João Paulo II

Assim como o vento sopra onde quer, a vocação sacerdotal também é assim, um
exemplo dessa vocação para o serviço da Igreja, nasceu, brotou e prosperou entre pedras
e espinhos, através da escolha pessoal tomada pelo menino José Maria de Mesquita,
nascido em 1901, natural do Engenho Santana, Município de Cruz do Espírito Santo,
Estado da Paraíba, filho de pais humildes, de poucas letras, católicos e trabalhadores
rurais no referido latifúndio de propriedade de José Francisco de Paula Cavalcanti,
conhecido por “Coronel Cazuza Trombone”, homem generoso e ligado as causas
populares e de seus moradores, dentre os quais os pais do futuro Padre José Mesquita.
Naquele tempo não existia televisão, internet, a popularização do rádio ainda era
incipiente, de modo que somente através de carta, conversa de “boca a boca”, o uso de
animais (cavalo, burro e boi), do telégrafo, do trem Maria Fumaça e da canoa que servia
de “ponte” para atravessar o rio Paraíba de um lado para outro no tempo de cheia. Eram
assim os meios de comunicação e meios de acessibilidade humana. Era a época em que
um fio de cabelo do bigode do “coroné”, que antecede o lacre, o segredo, a assinatura e
a rubrica. Era a garantia através da expedição de um fio de cabelo da barba retirada do
bigode da pessoa. Aqui o homem se fazia respeitar e cumpria com a palavra dada em
certas e determinadas situações. O homem respeitava a palavra dada e se fazia respeitar,
fosse qual fosse a situação ou episódio que o envolvesse. Aqui o cabra era “macho” se
respeitasse o próprio bigode. Prego batido e ponta virada. A palavra dada via um fio do
bigode de uma pessoa, rica ou pobre, valia mais no século XIX e durante a metade do
século XX, do que dinheiro. Aqui as pessoas tinham vergonha na cara. A missa era
celebrada em latim e o sacerdote fica de costa para os fies durante a celebração, porém,
a homilia era feita em língua portuguesa, fazendo interpretação das leituras bíblicas,
fazendo analogia a atualidade vivenciada. Era o tempo em que a roda grande passava
25

por dentro da roda pequena. O que a igreja disse através de seus sacerdotes, era
indiscutível. A palavra de Deus, via a Bíblia Sagrada não permitia nesse universo ser
desrespeitada por ninguém, apesar da existência das discriminações existentes entre
ricos e pobres, livres e não livres. O Brasil acabava de libertar seus escravos através de
Lei Áurea, assinada com a pena de outro da Princesa Isabel, representando seu pai o rei
Pedro II, em 13 de maio de 1988.
De modo que a vocação sacerdotal de José Maria de Mesquita, nasceu no chão
do Engenho Santana, de propriedade do “Coronel Cazuza Trombone”, que se elegeu
deputado estadual nas eleições de 1934, como legitimo representante do povo da Várzea
do Paraíba e de seu latifúndio. Homem de bons procedimentos pessoas e extraordinário
patrão. Dizem os mais velhos que ele vivia de bem como a vida, juntamente com sua
esposa Luzia Lins Cavalcanti e seus compadres, comadres e afilhados, moradores do
eito, do cambão, do foro e da renda. O certo é que existia uma elite rural rica e uma elite
rural pobre. Ambas se respeitavam mutuamente. Era um tempo de paz no campo e na
cidade. Por ter demais e ou ter de menos, isso nada significava, porque ambos se
entendiam muito bem em suas relações pessoais e interpessoais. É importante
mencionar de que ninguém sabe qual a origem do uso do bigode pelo homem. O bigode
pode ser usado com ou sem barbas. Tem bigode simples e bigode extravagante, segundo
o gosto personalizado de cada pessoa. Em qualquer lugar do Brasil e ou do mundo, no
campo e ou na cidade, vamos sempre encontrar pessoas de ambos os sexos com bigode.
É tem mulheres que tem bigode, que quase em sua totalidade optam em cortá-los. E o
que é bigode? Bigode é o conjunto de pelos e ou fios faciais nascidos entre o nariz e o
lábio superior, que pode ser preservado ou não, com ou sem barba por pessoas do sexo
masculino. Pelo bigode a história afirma que é um dos traços da pessoa para identificar
sua cultura e isso não dependerá da geografia. A expressão, “bî God”, de origem
bárbara germana seus juramentos, quer dizer: “por Deus”, conforme enfatiza o
dicionário brasileiro Houaíss. A Bíblia Sagrada ensina que o homem não deve usar o
nome de Deus em vão, isso está entre os dez mandatos. De modo que os povos ibéricos
começaram a dizer “bigod” e finalmente, bigode aportuguesado. Não se sabe realmente
qual a origem do termo bigode que chegou a nossa língua materna, tendo em vista que
tem gente que diz que isso aconteceu durante o reinado de Carlos V da Alemanha e que
foi também Carlos I da Espanha, tendo em vista o contingente germânico que passou a
morar na Península Ibérica. Mesmo assim não se tem prova que tenha sido os
germânicos que tenham trazido tal palavra para Portugal, pois, sabemos que Carlos V
26

(Alemanha) e Carlos I (Espanha), em sendo a mesma pessoa, governou ambos impérios


no inicio do século XVI e bem antes disso, os normandos, no século XII, já conheciam
o termo “bigod” na França. Daí a dúvida vai continuar, quem trouxe o termo bigode
para a língua portuguesa foram os germanos ou os franceses? Na atualidade, o uso de
bigode caiu em desuso em quase todas as partes do mundo, sendo substituído em
crescente limpeza visual do sexo masculino. Isso é irrelevante. Queremos conhecer a
vida e obra do menino José Maria de Mesquita, que com luta e sacrifício, foi acolhido
no Seminário Nossa Senhora da Conceição, na Capital da Paraíba, dentro da
porcentagem numérica e ideológica da igreja de dar preferência aos meninos pobres que
tivessem vocação para o sacerdócio, doutrina adotada por recomendação da Igreja de
Roma. De modo que fez no Seminário referido o Curso Menor (Preparatório) e o Curso
Maior, composto pelos cursos de Filosofia e Teologia. A sua formação intelectual,
moral e religiosa foi realizada segundo os paradigmas da Santa Sé. Ele era um católico
fervoroso. A condição “sine qua non” para ser admitido no seminário é ser vocacionado
ao sacerdócio, porém, dos quase 600 (seiscentos) seminaristas, que ingressaram no
Seminário João Pessoa, entre 1894 a 1933, contemporâneos do seminarista José Maria
de Mesquita, apenas 141 (cento e quarenta e um) se ordenaram padres, segundo Barreto
(2009, p. 103). Ressaltamos que durante esse tempo não existiam escolas primárias e
secundárias suficientes na zona urbana e muito menos na zona rural brasileira, assim
sendo, era muito cômodo o menino dizer-se que tinha vocação para ser padre,
ingressava no seminário e depois que fazia os estudos preparatórios e secundários,
abandonavam a “ideia” de ser padre, voltava para o seio da família e casava-se. Estava
pronto para as atividades civis e profissionais fora da igreja. O esquema era assim. O
menino para ser admitido no seminário deveria ser filho legitimo de pais católicos e ter
condições de fazer doações referida instituição. Tais requisitos não eram respeitados ao
pé da letra, pois, os seminaristas pobres trabalhavam para a igreja e/ou para o seminário
como forma de recompensa, uma recíproca de favores. Por outro lado era obrigado que
o seminarista, rico ou pobre trazer o seguinte enxoval: duas batinas ordinárias para a
vida interna; uma batina para passeio externo; dois pescoçinhos; um barrete; uma capa
romana; um guarda chuva; doze voltinhas lisas; oito camisas; três camisas de dormir
compridas; seis ceroulas (cuecas); quarto calças; dois sobrepelizes; três cobertas; seis
pares de meias na cor preta; seis lenços; três lençóis; três toalhas de banho; seis
fronhas; dois travesseiros; dois sacos para roupa sujas; um par de sapatos ou botinas
para o ordinário; um par de sapato para sair (externo); uma bacia para rosto; um copo;
27

escovas para sapato, roupa e dentes; um espelho pequeno; uma tesourinha; um pente
fino; um par de chinelos; e quatro guardanapos. Isso variava de seminário para
seminário. Foi diante de tantas exigências que José Mesquita as cumpriu e ingressou no
seminário, tendo em vista seus tutores anônimos. Todos esses momentos aconteceram à
sombra da Capela de Nossa Senhora do Desterro, fundada em 1869, por Carlos Gomes
de Mello, local onde o futuro padre e seus familiares assistiam missas celebradas pelo
Padre José João Pessoa da Costa, dedicadas a Virgem do Desterro, e bem assim, as
novenas e os mensários marianos, tamanha era a fé dos habitantes da referida
localidade. É importante mencionar de que repousam no cemitério secular localizado no
pátio da Capela de Nossa Senhora do Desterro, esperando a ressurreição suprema.
Inclusive os parentes do futuro Padre Mesquita, ao lado de Ana Gomes de Mello Cunha
(casada com Antônio Carneiro de Cunha (o avô e não o neto de igual nome), pais de
uma relativa grande prole, onde destacamos suas ilustres filhas, todas “in memorian”:
Felicia (casada com José da Cunha de Vasconcelos e que residia no terreiro da capela
do Desterro); Josefa (casada com Francisco Carneiro da Cunha - sobrinho de seu
genitor; e Ana Gomes de Mello, mãe de dona Maria da Luz Mello Cunha (dentre seus
rebentos destacamos: Edmilson (médico/Sapé/PB); e Francisco de Assis (ex-prefeito de
C.E.Santo/Pb) Enaura (esposa do ex-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba,
Desembargador Joaquim Sérgio Madruga), Elza (casada com Dr. Genival), dentre seus
filhos e filhas ilustres. Onde podemos destacar o grande amor de mãe revelado em uma
simples dedicatória no verso de uma fotografia (Anexo IV):

“A minha querida filha Daluz a recordação eterna de sua mãe que


muito lhe estima e minha bênção de felicidades. Abraços: Ana Gomes.
Cruz do Espírito Santo, 12.10.53” (AGUIAR, 2018, p.54).

Repousam na nave principal da Capela do Desterro, além de Ana Gomes de


Mello Cunha, Manoel Gomes de Mello, Emilia Francisca Pereira de Mello, Carlos
Gomes de Mello, dentre muitos outros parentes e aderentes, pois, lá estão sepultados
dentro e fora da capela no cemitério secular, milhares de corpos ao longo destes 145
(cento e quarenta e cinco) anos de fundação da referida capela e cemitério, que são
testemunhas da arte do barroco rococó, edificados através do projeto do homem branco,
graças a força bruta do homem negro e escravo. Ali está representado o trabalho em
pedra e cal da mão de obra escrava e bem o fim do império e inicio da república
brasileira.
28

A Paraíba chora o assassinato do Presidente João Pessoa Cavalcanti de


Albuquerque e o Brasil festeja o triunfo da Revolução de 1930, com a posse do
Presidente Getúlio Vargas, líder do referido movimento revolucionário popular. É nesse
clima que o seminarista José Mesquita, conclui seus estudos filosóficos e teológicos no
Seminário de Nossa Senhora da Conceição, em João Pessoa, Estado da Paraíba em
1932. O seminário é o mesmo fundado em 1894 por Dom Adauto Aurélio de Miranda
Henriques, primeiro bispo e primeiro arcebispo da Paraíba.
Assim como tudo que tem começo, tem fim, em 1932, com 31 (trinta e um) anos
de idade, ordenou-se o Padre José Maria de Mesquita, honra e glória da Várzea do
Paraíba, na região dividida entre a proteção de Nossa Senhora do Desterro, na capela
edificada em pedra e cal em 18691 e de Nossa Senhora Santana, na capela construída em
19142, separadas apenas pelo leito do rio Paraíba, distante quinhentos metros uma da
outra. A fé é a mola propulsora de quem nela acredita. E o neófito sacerdote celebrou
suas primeiras missas em tais monumentos dedicados avó e a mãe de Nosso Senhor
Jesus Cristo, em 1932, solenemente. Motivo de jubilo e glória para seus familiares e
para todos que direta e indiretamente foram seus padrinhos na caminhada ao altar
eterno. Foi nomeado padre da Freguesia do Distrito de Gurinhém, pertencente ao
Município de Pilar, Estado da Paraíba. Tomou posse como vigário de Gurinhém em
1932, lá permanecendo até 23 de abril de 1970, quando partiu santamente para o
reencontro com Nosso Senhor Jesus Cristo, o eterno sacerdote. A igreja romana
concedeu o título honorário de Cônego do Cabido da Paraíba. Todos os meses durante o
período de 1932 a 1970, o Cônego José Maria de Mesquita, voltava a sua Canaã, a terra
prometida, sua terra natal, hospedava-se na casa de dona Felícia Carneiro da Cunha,
esposa de José da Cunha de Vasconcelos (pais de Maria do Carmo; Elizabeth (foi ser
freira, desistiu e casou-se); Nino; João; Duca; e Manoel), então zeladora mor da Capela
de Nossa Senhora do Desterro, ali residente na frente da referida capela e cemitério
público de igual nome (amurado na gestão de 1963/69 do seu sobrinho, o então prefeito
Antônio Carneiro da Cunha Neto, que era um dos filhos de sua irmã Josefa Carneiro da
Cunha, casada com Francisco Carneiro da Cunha, sobrinho do pai dela), para celebrar a
missa mensal em honra a Sagrada Família. Isso por si só, depõe o amor maternal dele
como filho a terra que lhe viu nascer, crescer e o ajudou a mantê-lo no Seminário Nossa
Senhora da Conceição em João Pessoa e bem assistir sua primeira missa na Capela do
Desterro. É importante mencionar de que todos os anos, nos dias 27, 28 e 29 de
dezembro, o Padre Mesquita celebrava festivamente às dez horas da manhã a missa da
29

Sagrada Família fugindo para o desterro, por apologia a passagem bíblica da


perseguição sofrida por Maria, José e o Menino Jesus, quando Herodes mandou matar
todas as crianças, numa tentativa clara de deixar o mundo sem o Salvador da
humanidade. Foi trinta e oito longos anos de profícuo trabalho evangelizador do Padre
Mesquita a frente da Freguesia de Gurinhém, pois, lá quando ele chegou o povoado
ainda não era cidade e bem assim, não era emancipada, é considerado um dos seus
maiores benfeitores, tanto é que ele viu e ouviu os sinos da Igreja Matriz de Nossa
Senhora da Conceição, repicarem para comemorar em 19 de dezembro de 1958, a
emancipação política de Gurinhém, a terra que lhe adotou como filho e benfeitor. A
partir de 1932, a corruptela “guirá-nhë” ou o “o canto dos pássaros” e/ou o “guri-nhé”
ou “o rumo dos bagres”, termos que dão significado toponímico do município no dizer
de Sampaio (1955) e Sampaio e Edelweiss (1987).
O Melquisedeque José Maria de Mesquita, na terra do canto dos pássaros e ou
do rumo dos bagres, exerceu com ética, religiosidade e retidão de princípios morais e
éticos, sempre mostrando as suas ovelhas o caminho da salvação. Tanto é assim que
nunca almejou cargo político partidário. Convivia com situação e oposição, porque ele
serviu ao Deus verdadeiro que tem lugar para todos no mesmo teto. Foi assim seu
proceder na Freguesia de Nossa Senhoria da Conceição e nas localidades vizinhas, em
Mulungu, Cruzeiro, Gomes, Pau Ferro e Nossa Senhora do Ó, sem deixar de lado suas
andanças evangelizadoras a convite em Caldas Brandão, Café, Camarazal, Mari, dentre
outras localidades, fazendas e engenhos. Pregava divinamente a palavra de vida
emanada dos ensinamentos de Jesus Cristo. Foi um padre firme na fé, tanto é assim, que
não dividiu o seu rebanho em 1968, quando o senhor Francisco de Assis Cavalcanti, seu
filho adotivo, resolveu disputar e se eleger prefeito de Mulungu, pelo então MDB/1,
onde o referido cidadão venceu aquele pleito com 809 (oitocentos e nove votos),
equivalente a 63,55% (sessenta e três, vírgula cinqüenta e cinco por cento) dos votos
válidos apurados no município, sem sua participação no referido pleito. A população
rica e pobre lhe dava a atenção e o respeito devido. Um exemplo disso, é o respeito que
tem a cidade de Mulungu (ex-Santo Antônio), cuja freguesia na época era atendida pelo
Padre Mesquita, de Gurinhém, tendo em vista a edição de lei municipal, de autoria do
Vereador Nelson Rufino, aprovada por unanimidade dos senhores vereadores do Poder
Legislativo Municipal e com a sanção da Prefeita Joana D’Arc Bandeira, o Chefe do
Poder Executivo, decretando o dia 23 de abril de cada ano, feriado municipal naquela
cidade, o dia do falecimento do padre Zé Mesquita. Homenagem justa e acertada
30

conferida depois de quarenta e quatro anos de seu falecimento, tendo como justificativa
que “no dia de seu sepultamento os sinos tocaram incessantemente às cinco horas da
manhã, anunciando o encontro de um santo padre com o senhor Jesus”, ele foi sepultado
às dez horas da manhã do dia 24 de abril de 1970, e que:

“[...] após as cinco horas todas as igrejas e capelas onde ele costumava
cuidar como Gurinhém, Cruzeiro, Gomes, Pau Ferro e senhora do ó
tocaram seus sinos de hora em hora até a hora do sepultamento que foi
às dez horas da manhã em Gurinhém, quem não foi, mas pode sentir o
clima de comoção tomado pelos cristãos católicos e até mesmo não
católicos que respeitavam o trabalho realizado pelo padre que fez
história em Mulungu3”.

E as homenagens póstumas prestadas 44 (quarenta e quatro anos) depois ao filho


do Engenho Santana, Município de Cruz do Espírito/PB, não ficaram por aí, um
exemplo disso, é a construção da Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre José
Maria Mesquita4, edificado pelo Poder Público Municipal em terreno doado por José
Francisco, um agricultor, pequeno proprietário rural de 81 (oitenta e um) anos de idade
ali residente. A referida escola é considerada a maior da região em termos de Ensino
Fundamental no Sítio Manecos I, município de Gurinhém/PB. O Padre José Maria de
Mesquita5 é um exemplo de sacerdote a ser seguido pelos atuais e futuros
Melquisedeque6, tendo em vista que o mesmo não teve militância na política partidária,
militou com a fé católica e seu rebanho visando o bem comum, pegou no arado e não
olhou para trás, perseverou até o fim, prova disso é o reconhecimento do público do
povo depois de mais de quatro décadas de sua viagem a cidade eterna.

__________________
1
Cf. CARVALHO, Juliano Loureiro de. Uma concentração de tempos – apreendendo a
paisagem do Rio Paraíba Açucareiro. (Palestra/2009) - IPHAN - SE. Disponível in.:
<http://www.iau.usp.br/sspa/arquivos/palestras/Juliano_Loureiro_Carvalho.pdf >. Acesso em
15. Nov. 2013. (ANEXO I).
31

2
Cf.: Capela de Sant'Ana - Situada no Engenho do mesmo nome, na margem direita do rio
Paraíba em Cruz do Espírito Santo. Foi construída em 1914 e atualmente é patrimônio do
INCRA. Disponível in.: <http://www.paraiwa.org.br/paraiba/igrejas.htm >. Acesso em 12.
Out.2014.

3
Cf.: William informa in.:<http://williaminforma.blogspot.com.br/2014/04/mulungu-
comemora-o-1-feriado-do-padre.html> Acesso em: 22. Out/2014.

4
Cf.: Padre José M. Mesquita in.: <http://padrejosemariamesquita.blogspot.com.br/> Acesso
em: 22. Out. 2014.

5
Cf. Facebook foto in.:
<https://www.facebook.com/photo.php?fbid=391456801018936&set=a.112702338894385.224
31.100004638574155&type=1&theater > . Acesso em 25. Out. 2014.

6
Wikipedia in.:.: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Melquisedeque> . Acesso em 25.Out.2014.
32

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Francisco de Paula Melo. Padre José Maria de Mesquita (Biografia).


Disponível in.:< https://www.recantodasletras.com.br/biografias/5008454 >. Acesso em 22
Out.2014.

____________________________. Monsenhor José João, 50 anos depois. (Biografia).


Disponível in.: <https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/6387590>. Acesso em:
31 Jul.2018.

BARRETO, Raylane Andreza Dias Navarro. A formação de Padres no Nordeste do


Brasil (1894-1933). Natal: Tese/UFRN, 2009, 241 f.

SAMPAIO, Teodoro. Vocabulário geográfico brasileiro. [S.l.]: Editora da Universidade


de São Paulo, 1955. 146 pp.

________________; EDELWEISS, Frederico G. (editor). O Tupí na geografia nacional.


São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1987. 359 pp. ISBN: 9788504002126
33

CAPÍTULO III
A POESIA E A SAGRADA FAMÍLIA
34

AVE MARIA!
Francisco de Paula Melo Aguiar

Dolorosa, divina e misericordiosa,


Doce, desterro e alegria,
Mãe santa e graciosa
Ave Maria!

Das vidas puras,


És o eterno encanto,
Das almas doçuras,
Maria nome santo!

De tuas entranhas sagrada raça,


Ventre rocha do abrigo,
És do mundo cheia de graça,
Eu sempre assim bendigo!

Taça de vinho do amor,


No ventre gerou o Augusto,
Deus Uno e Criador
Em Nazaré viveu justo!

Julgado e morto na cruz,


Das dores, contemplastes,
O rei da terra e do céu, Jesus,
Da salvação e fé nunca duvidastes!
35

À VIRGEM DO DESTERRO
Francisco de Paula Melo Aguiar

A Igreja do Desterro é minha terra


A várzea o meu pomar
Dou glória a Jesus, Maria e José quando estou lá.

Vivo sonhando a missa mensal...


Rezo e oro todos os dias
Peço ajuda a Deus e a Virgem Maria.

Devoção centenária do nosso povo


Depois do abandono e sem dono...
Vem a fé do povo de novo!

Centro e quarenta e cinco anos


Passado, presente e futuro de oração e devoção
Do povo em busca da salvação.

A Igreja de Nossa Senhora do Desterro


Foi construída por Carlos Gomes Mello
Em 1869 para glorificar a Família Sagrada.

Oh! Virgem do Desterro!


O povo canta o teu louvor
Na alegria, na Dora e no desespero.

Não tem erro...


Rezar, evangelizar e ou orar
Para a Virgem do Desterro.

É uma questão de salvação!


De ação e continuação...
Viva Nossa Senhora do Desterro!
36

O CÉU DE MINHA TERRA


Francisco de Paula Melo Aguiar

O dia é um pedaço de vida


Uma semente
Uma flor que desabrocha...
O amanhecer é lindo
Como o sorriso de uma criança.

O sol é um gerador de vida


E a claridade entra pela porta
Nesta manhã, de passarinhos cantando
É mais um doce reverdecer
De fé e de esperança
Um novo dia.

O sol beija as flores


E o céu é azul e branco
Amanhece...
Os pingos de claridade entram
Pela porta como anjos da paz
O meu quarto se envolve de
Raios de luz.

A noite passou em paz profunda


Não teve sorriso. Nem apertos de mãos
Nem beijos, nem palavras da mulher amada
Amanhece...
37

MINHA MÃE
(Para Maria do Carmo Melo Aguiar)

Francisco de Paula Melo Aguiar

Trabalhando embora, eu vivo num jardim


Por tudo isso o meu viver é suspenso
Sei porém que estás junto a mim!

Sentido a luta do meu esforço intenso


Vivo feliz com tua presença enfim
Querida mãe, estou num trabalho intenso!

Sem o temor do ferro abaçaí


Alegre, por isso, sou feliz e canto
Do teu amor que me protege aqui
Que me cobre o teu santo manto.

Que me transporta sempre em frenesi


És tu a fada de sublime encanto
Sinto minha alma estremecer por ti
Tão querida mãe que eu adoro tanto.

____________________

Publicado in.: GENEALOGIA, HISTÓRIA E POESIA. AGUIAR,


Francisco de Paula Melo. João Pessoa/PB: GRAFICOLOR, 1989.
38

MEU PAI
( Sebastião José de Aguiar )

Francisco de Paula Melo Aguiar

E entre eles está o Sebastião


Com todo o respeito tenho amigos
Vou contar, se quereis conhecer.

Onde goza o mais nobre conceito


Na praça, na rua e no lar
É sempre querido,
Que é quase perfeito, o velhinho.

Tem na fala o sabor do porvir


Sempre está bem atencioso, disposto
Sem requintes de traje faustoso
Tem nos olhos castanhos centelha a fulgir
É assim meu pai
Meu amigo número um.

Ele tem graça e poderes de Santo


Entre nós ele é homem famoso
Um velhinho de poucas letras
Mas sabe sorrir
Trabalhar, ser amigo e
Acima de tudo pai.

____________________

Publicado in.: GENEALOGIA, HISTÓRIA E POESIA. AGUIAR,


Francisco de Paula Melo. João Pessoa/PB: GRAFICOLOR, 1989.
39

ANEXO I
40

Fonte.: CARVALHO, Juliano Loureiro de. Uma concentração de tempos – apreendendo a paisagem do
Rio Paraíba Açucareiro. (Palestra/2009, p.25) - IPHAN - SE. Disponível in.:
<http://www.iau.usp.br/sspa/arquivos/palestras/Juliano_Loureiro_Carvalho.pdf > . Acesso em 15. Nov.
2013.
41

ANEXO II
42

Fonte.: H.P.I.P – Património de Influência Portuguesa. In.:


<http://www.hpip.org/Default/pt/Homepage/Obra?a=998 >. Acessado em, 03/04/2015.
43

ANEXO III
44

Fonte.: TAVARES, J. de L., A Parahyba. Paraíba [João Pessoa]: Imprensa Oficial, 1910, vol. 2,
p. 537. Disponível in.: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&id=vpI9AQAAMAAJ&focus=searchwithinvolume&q=Desterro >. Acesso em, 03. Abr.
2015.
45

ANEXO IV
46

[...] Senhora Ana Gomes (Mãe de Dona Dedicatória de próprio punho de mãe
Maria da Luz Melo Cunha, casada com para a filha querida em Cruz do Espirito
José Carneiro da Cunha, pais do Dr. Santo, 12/10/1953. AGUIAR, Francisco
Edmilson Cunha Melo, nascido em 23 de de Paula Melo. Monsenhor José João, 50
setembro de 1934, em Cruz do Espirito anos depois. Biografia. Disponível
Santo/PB, médico e Diretor Hospital in.:<https://www.recantodasletras.com.br/
Regional Dr. Sá Andrade, por décadas no e-livros/6387590>. Acesso em: 31
Sapé e na Capital da Paraíba. Jul.2018.
47

ANEXO V
48

Registro fotográfico com o Padre José Maria de Mesquita (Vigário de Gurinhém/PB), logo após
a celebração da Santa Missa, na Capela do Hospítal Regional Dr. Sá Andrade – Sapé - Paraíba,
em 27 de Setembro de 1953, entre enfermeiros, auxiliares, visitantes e médicos, dentre os quais
destacamos: o médico Vicente Rocco (que fez o parto de Maria do Carmo Melo Aguiar no dia
03/04/1952 que nasceu Francisco de Paula Melo Aguiar) e o enfermeiro Adalberto Pereira
(esposo da parteira Noemia – in memoriam, madrinha do Dr. José Vicente de Aguiar), ambos de
saudosa memória.
49

ANEXO VI
ICONOGRAFIA
DA
CAPELA DO DESTERRO
50

ANTES...
51

Foto 1 .: VERDERAME, Eduardo. Capela do Desterro (2010/11)/PB. Desenho. Disponível in.:


< https://everderame.files.wordpress.com/2010/11/pbcruzespsantodesterrow.jpg >. Página
acessada em, 03/04/2015.
52

Foto: 2 - Estado físico externo da Capela de Nossa Senhora do Desterro/Novembro/2012.

Foto: 3 - Estado físico externo da Capela de Nossa Senhora do Desterro/Novembro/2012.


53

Foto: 4 - Estado físico externo da Capela de Nossa Senhora do Desterro/Novembro/2012.

Foto: 5 - Estado físico externo da Capela de Nossa Senhora do Desterro/21/12/2012 (frente).


54

Foto 6 .: Porta principal da Capela do Desterro em, 21/12/2012.


55

Foto 7 – Uma das duas janelas do copiar (alpendre) em, 21/12/2012.


56

Foto 8 - Parte da frente da Capela do Desterro, em 21/12/2012.

Foto 9 - Frente da Capela do Desterro, em 21/12/2012.


57

Foto 10 – Frente/lado direito da Capela do Desterro, em 21/12/2012.

Foto 11 – Frente/lado esquerdo da Capela do Desterro, em 21/12/2012.


58

Foto 12 – Frente e copiar da Capela do Desterro em, 21/12/2012.

Foto 13 – Parte do lado esquerdo com telhado da Capela do Desterro, em 21/12/2012.


59

Foto 14: Telhado e parede do lado esquerdo sem sacristia, em 21/12/2012.

Foto 15 – Calçada lateral do lado direito externo em 21/12/2012.


60

Foto 16 – Sacristia do lado esquerdo da Capela do Desterro em, 21/12/2012.

Foto 17 - Calçada, parede e janela da sacristia do lado direito da Capela do Desterro, em


21/12/2012.
61

Foto 18 – Calçada externa lateral (parte) em, 21/12/2012.

Foto 19 – Parede lateral e calçada da Capela do Desterro em 21/12/2012.


62

Foto 20 – Parede do fundo (parte) da Capela do Desterro em 21/12/2012.

Foto 21 – Parede do fundo da Capela do Desterro em, 21/12/2012.


63

Foto 22 – Altar mor da Capela do Desterro em, 21/12/2012.


64

Foto 23 – Visão interna do telhado e da porta da sacristia do lado esquerdo da Capela do


Desterro em, 21/12/2012.

Foto 24 – Visão interna do telhado e parede da sacristia do lado direito da Capela do Desterro
em, 21/12/2012.
65

Foto 25 – Visão interna do madeiramento e telhado da nave central da Capela do Desterro em


21/12/2012.

Foto 26 – Altar mor e os dois altares adjuntos da capela do Desterro, em 21/12/2012.


66

Foto 27 - Capela do Desterro - Sacristia do lado direito: visão interna, em 21/12/2012.

Foto 28 - Capela do Desterro - Sacristia do lado direito: porta e visão interna, em 21/12/2012.
67

Foto 29 – Altar adjunto, arcos e janela, em 23/12/2012.

Foto 30 – Madeiramento (cupins),em 23/12/2012.


68

Foto 31 – Sem janela a sacristia (fundo) do lado direito, em 23/12/2012.

Foto 32 - Largura da parede e coluna em, 23/12/2012.


69

Foto 33 – Arcos, colunas, porta, madeiramento e telhado da sacristia do lado esquerdo, em


23/12/2012.

Foto 34 – Porta e paredes da sacristia do lado esquerdo em, 23/12/2012.


70

Foto 35 – Altar adjunto nº 1 – Nossa Senhora da Conceição, em 23/12/212.

Foto 36 – Altar adjunto nº 2 – Nossa Senhora das Graças, em 23/12/2012.


71

Foto 37 – Escada de acesso ao coro, em 23/12/2012.

Foto 38 – Coro acima da porta principal em madeira em, 23/12/2012.


72

Foto 39 – Bancos de madeira de assentos em 23/12/2012.

Foto 40 – Bancos e piso danificado, em 23/12/2012.


73

Foto 41 – Nave central da capela servindo de depósito de portas, janelas, telhas e resto de
madeira podre e com cupins, em, 23/12/2012.

Foto 42 – Estado de físico do altar mor em, 23/12/2012.


74

Foto 43 – Sacristia do lado direito (janela, telhado e paredes).

Foto 44 - O sol visto pelas brechas da porta da sacristia do lado esquerdo da capela, em,
24/12/2012.
75

Foto 45 – Sepultura de Carlos Gomes de Mello em, 24/12/2012.

Foto 46 – Sepultura de Ana Gomes de Mello Cunha em,24/12/2012


76

ANEXO VII

DURANTE...
ICONOGRAFIA
77

Foto 47 – Descarregamento dos matérias para restauração.

Foto 48 – Idem.
78

Foto 49 – Idem.

Foto 50 – Idem
79

Foto 51 – Idem.

Foto 52 – Idem.
80

Foto 53 – Inicio da restauração do copiar.

Foto 54 – Restauração das calçadas da Capela do Desterro.


81

Foto 55 – Idem.

Foto 56 – Restauração do copiar.


82

Foto 57 – Idem.

Foto 58 – Idem.
83

59 – Cruzeiro na frente da capela.


84

Foto 60 – Inicio da restauração das paredes/pintura.

Foto 61 – Restauração do copiar


85

Foto 62 - Idem

Foto 63 – Idem.
86

Foto 64 – Idem.

Foto 65 – Idem.
87

Foto 66 – Idem.

Foto 67 – Idem.
88

Foto 68 – Idem.

Foto 69 – Idem.
89

Foto 70 – Idem.

Foto 71 – Idem.
90

Foto 72 - O sol por trás do muro do Cemitério de N.Sra. Desterro.

Foto 73 – Idem.
91

Foto 74 – Restauração do copiar/alpendre.

Foto 75 – O sol da capela do Desterro. Fim de tarde!


92

Foto 76 – Idem copiar.

Foto 77 – Idem.
93

Foto 78 – Idem.

Foto 79 – Idem.
94

Foto 80 – Idem.

Foto 81 – idem.
95

Foto 82 – Calçadas...

Foto 83 – Idem.
96

Foto 84 – Limpeza.

Foto 85 – Copiar concluído.


97

Foto 86 – Idem.

Foto 87 – Preparação do madeiramento – tesouras.


98

Foto 88 – Inicio da pintura da frente.

Foto 89 – Idem.
99

Foto 90 – Idem.

Foto 91 – Idem.
100

Foto 92 – Inicio da restauração do telhado.

Foto 93 – Idem.
101

Foto 94 – Idem.

Foto 95 – Idem.
102

Foto 96 – Idem.

Foto 97 – Idem.
103

Foto 98 – Idem.

Foto 99 – Idem.
104

Foto 100 – Idem.

Foto 101 – Madeiramento – tesouras sendo refeitas.


105

Foto 102 – Idem.

Foto 103 – Idem.


106

Foto 104 – Idem.

Foto 105 – Idem.


107

Foto 106 – Idem.

Foto 107 – Limpeza em geral.


108

Foto 108 – Fim de tarde.

Foto 109 – Idem.


109

Foto 110 – Idem.

Foto 111 – Idem.


110

Foto 112 – Calçadas.

Foto 113 – Idem.


111

Foto 114 – Idem.

Foto 115 – Fim da tarde.


112

Foto 116 – Limpeza.

Foto 117 – Limpeza.


113

Foto 118 – Fim do dia.

Foto 119 – Idem.


114

Foto 120 – Idem.

Foto 121 – Idem.


115

Foto 122 – Limpeza.

Foto 123 – Limpeza.


116

Foto 124 – Idem.

Foto 125 – Idem.


117

ANEXO VIII

DEPOIS...
I – Registro oficial da inauguração da restauração...

______________________

Fotos do Arquivo particular de Francisco Aguiar/2013, registrando a inauguração da restauração


da Capela de Nossa Senhora do Desterro (1869), no dia 28 de Setembro de 2013 (tarde-noite).
118

Foto 126 – Dom Aldo Pagatto – Arcebispo Metropolitano da Paraíba – Celebrando a


Santa Missa na Capela de Nossa Senhora do Desterro.

Foto 127 – Dom Aldo Pagotto e Padre Moacir – Vigário da Paróquia do Divino Espírito
Santo - Cruz do Espírito Santo/PB.
119

Foto 128 – O povo na parte externa da Capela de N.Sra. Desterro.

Foto 129 – A Capela do Desterro, restaurada em preto-branco.


120

Foto 130 - Visão externa da capela do Desterro restaurada (parte externa).

Foto 131 – A Professora Betinha Melo Aguiar recebendo os fiéis e distribuindo


pequenas estampas colantes com a imagem de Nossa Senhora do Desterro.
121

Foto 132 – A nora e o filho de Antonio Gomes de Melo - in memoriam (do Sapé/PB).

Foto 133 – Fiéis durante a Santa Missa.


122

Foto 134 – Visão interior (escuro) para o exterior (luz) da sacristia do lado direito da
Capela de Nossa Senhora do Desterro.
123

Foto 135 – Padre Gabrielle Jacomelle, italiano em missão na Paraíba (auxiliar da


Freguesia de C.E. Santo) e Dr. Francisco Aguiar, conversando no adro e/ou copiar ou
alpendre da Capela de Nossa Senhora do Desterro, momentos antes da Santa Missa.

Foto 136 - Dr. Diêgo Ponce de Leon Aguiar e esposa Dra. Lariça Madruga.
124

Foto 137 – Professor Renato Procópio de Almeida e fiéis no copiar da capela


aguardando o início da missa de inauguração da restauração da capela em 28/09/2013.

Foto 138 – Professora Marinalva Melo Rodrigues Souza e filhos.


125

Foto 139 – Os fiéis no copiar da capela – lado esquerdo.

Foto 140 – Nave central, coro da capela e fiéis assistindo a missa.


126

Foto 141 – Senhor Luiz Carlos – Caio e demais membros do Terço dos Homens de
Santa Rita.

Foto 142 - Fiéis assistindo a pregação de Dom Aldo Pagotto durante a missa.
127

Foto 143 – Padre Moacir Carrero; Dom Aldo Pagotto usando da palavra; Professora
Betinha Aguiar e esposo.

Foto 144 – Dom Aldo Pagotto, Padre Moacir e fiéis do Terço dos Homens de Santa Rita
e C.E. Santo/PB.
128

Foto 145 – Dom Aldo e Padre Moacir, ambos concelebrando a Santa Missa.

Foto 146 – Professora Betinha Aguiar e esposo.


129

Foto 147 – Fiéis participando da missa.

Foto 148 – Fiéis participando ativamente da missa.


130

Foto 149 – Dr. Francisco de Paula Melo Aguiar ( entre o Padre Moacir Carrero e Dom
Aldo Pagotto) fazendo a primeira leitura da missa.(28/09/2013).

Foto 150 – Dra. Severina Bezerra da Silva Melo Aguiar - Betinha Aguiar - (entre o
Padre Moacir Carrero e Dom Aldo Pagotto) fazendo a segunda leitura da
missa.(28/09/2013).
131

Foto 151 – Dr. Francisco Aguiar agradecendo a Dom Aldo, ao Padre Moacir Carrero e
aos fiéis pela presença na inauguração da restauração da Casa de N. Sra. do
Desterro.(28/09/2013).

Foto 152 – Fiéis diante do altar de Nossa Senhora da Conceição na Capela de N. Sra. do
Desterro.
132

Foto 153 – Fiéis presentes a missa.

Foto 154 –Pregação de Dom Aldo Pagatto durante a missa de inauguração da


restauração da Capela do Desterro (28/09/2013)..
133

Foto 155 – Dom Aldo circulando e pregando durante a missa na capela de N. Sra.
Desterro.

Foto 156 – Fiéis na frente da Capela durante a missa.


134

Foto 157 – Fiéis descontraídos na calçada da capela de N.Sra. Desterro.

Foto 158 - Fiéis na parte externa entre a capela e cemitério de N.Sra. Desterro.
135

ANEXO XIX
II – Reportagem da inauguração por terceiros
136

Foto 159 - Registro da inauguração da restauração da Capela de Nossa Senhora do Desterro


(28/09/2013). Beto Mendonça. In.: <https://www.betomendonca.com/news/restaurada-
capela-de-nossa-senhora-do-disterro/>. Acesso em: 25.Dez.2013.
137

ANEXO X

III – Pós-inauguração
138

Foto 160 - Capela do Desterro/03/04/2017.

Foto 161. Idem.


139

Foto 162 – Francisco Aguiar – Capela do Desterro – 03/04/2017.

Foto 163 – Professores Betinha e Francisco Aguiar – Capela do Desterro – 03/04/2017.


140

Foto 164 – Professora Betinha Melo Aguiar – Capela do Desterro, 03/04/2017.

Foto 165 – Capela do Desterro/03/04/2017.


141

Foto 166 – Capela do Desterro, 03/04/2017.

Foto 167 – Capela do Desterro/03/04/2017.


142

Foto 168 – Capela do Desterro: 03/04/2017.

Foto 169 – Capela do Desterro: 03/04/2017


143

Foto 170 – Capela do Desterro – preto/branco.

Foto 171 – Cruzeiro de madeira da frente da Capela de N. Sra. do Desterro.


144

Foto 172 – Altar mor totalmente restaurado.


145

Foto 173 – Padre Cicero Salvador, pregando durante a missa de 27/05/2018.


146

ANEXO XI
Homenagem
Ao centenário de nascimento de meu pai
Sebastião José de Aguiar
31/01/1913 a 31/01/2013
Acesse e leia in.:
<https://www.recantodasletras.com.br/biografias/5347610>
Acesso em.: 15 Ago. 2015.
147

Foto 174 - Sebastião José de Aguiar e Maria do Carmo Melo Aguiar - In memoriam -
benfeitora, devota e zeladora da Capela de Nossa Senhora do Desterro – Meus pais
148

ANEXO XII

Homenagem Póstuma
À benfeitora da Capela de Nossa Senhora do Desterro
Severina Bezerra da Silva Melo Aguiar
-Betinha Melo Aguiar-
149

Foto 175 – Severina Bezerra da Silva Melo Aguiar


150

Foto 178 – Severina Bezerra da Silva Melo Aguiar e esposo.


151

Foto 179 – Francisco e Betinha Aguiar – Copiar da Capela do Desterro/Abril/2014.

Foto 180 – Porta principal da Capela do Desterro/Abril/2014.


152

Foto(s) 181 e 182 –Santo da Missa 7º dia.


153

ANEXO XIII
A restauração da Capela de Nossa Senhora do Desterro foi patrocinada pelo
IESPA – Instituto de Ensino Superior da Paraíba Ltda – mantenador(a) da
FAFIL - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras; e
COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar
Santa Rita - Paraíba
154

Foto 183 – O COFRAG em 05/01/1964 era chamado de Instituto Getúlio Vargas.(1º


prédio – Rua Eurico Dutra nº 61 – B. Popular - Santa Rita – Paraíba.

Foto 184 – COFRAG – Colégio Francisco Aguiar / 1968 (2º prédio – Rua Maria
Santiago nº 67 – B. Popular – Santa Rita – Paraíba).
155

Foto 185 – Brasão do COFRAG/IESPA

Foto 186 – Campus do IESPA/COFRAG – Rua Eurico Dutra nº 64 – B. Popular – Santa


Rita – Paraíba.
156

Foto 187 – Campus do IESPA/COFRAG – Rua Professor Severo Rodrigues – Bairro


Popular – Santa Rita – Paraíba/2018.

Foto 188 – IESPA/COFRAG – Campus do IESPA/COFRAG – Rua Maria Santiago, nº


67 – B. Popular – Santa Rita – Paraíba.
157

Foto 189 – Ginásio de Esportes e atividades interdisciplinares.

Foto 190 – Quando das comemorações dos 50 anos de fundação do COFRAG


(1964/2014).
158

Fotos: 191/192 – Biblioteca.


159

Foto 193 – Camisa esportiva do COFRAG/50 anos/2014.

Foto 194 – Tribuna do Ginásio de Esportes do COFRAG/IESPA/2014.


160

Foto 195 – IESPA/COFRAG/FESTA DO DIA DA CRIANÇA.

Foto 196 – Festejos dos 50 anos do COFRAG/2014.


161

Foto 197 – Discurso de encerramento da solenidade das BODAS DE OURO do


COFRAG – Colégio Dr.Francisco Aguiar (05/01/1964 a 05/01/2014) comemorada em
06/12/2014.
162

BIOGRAFIA DO AUTOR
163

Endereço para acessar este CV:


http://lattes.cnpq.br/5755291797607864

Francisco de Paula Melo Aguiar, nascido em 3 de abril de 1952, filho de


Sebastião José de Aguiar e Maria do Carmo Melo Aguiar, é paraibano
(sapeense, santaritense e pilarense), professor desde 12 anos de idade
quando fundou na casa de seus pais o atual COFRAG – Colégio Dr. Francisco
Aguiar, em 05 de janeiro de 1964; fundador e mantenedor do IESPA/FAFIL –
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em Santa Rita – Paraíba (1984 aos
dias atuais). É bacharel em Direito e em Teologia; Licenciado em Pedagogia;
Filosofia e em Educação Física; Mestre em Teologia; Psicanálise e em
Ciências da Educação; Doutor em Teologia; em Psicanálise e em Ciências da
Educação. É membro da Academia Paraibana de Poesia (Cadeira nº 7 desde
1986); e da Academia de Letras do Brasil (Cadeira nº 01/ALB/PB. In.:
<http://www.academialetrasbrasil.org.br/artfranaguiar.htm>. Advogado militante
e Professor de Educação Básica e de Educação Superior. Ex-Vereador (teve
164

quatro mandatos: 1973/76;1976/80; 1980/83; e 1989/1992); Presidente da


Câmara Municipal e da Assembleia Constituinte Municipal de Santa Rita/PB.
Ex-Secretário Municipal de Meio Ambiente (2005), ex-Secretário Municipal
Chefe de Gabinete/PMSR(2014); ex-Secretário Municipal de
Educação/PMSR(2015). Autor dos livros: Augusto dos Anjos e a realidade do
ser e do não ser; Santa Rita, Sua História, Sua Gente; O menor bóia fria;
Trapiá Poético; De educador para educador; Epítome literário latino;
Genealogia, história e poesia; Santa Rita, vila centenária; Educação Física,
Mídia e Obesidade Infanto-juvenil; Plano Municipal de Educação/PMSR(2014-
2024) – Coautor/outros; O currículo escolar e o uso do vídeo em sala de aula.

ACADEMIA PARAIBANA DE POESIA


CADEIRA 7 – PATRONO: CARLOS DIAS FERNANDES
REsp-1282265 PB (2011/0225111-0).:
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=MON&seque
ncial=28033890&num_registro=201102251110&data=20130507
PDF.:
https://ww2.stj.jus.br/websecstj/cgi/revista/REJ.cgi/MON?seq=28033890&tipo=0&nreg
=201102251110&SeqCgrmaSessao=&CodOrgaoJgdr=&dt=20130507&formato=PDF&
salvar=false

ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL


Cadeira 01/ALB/PB
ALB-PARAÍBA In.:
http://www.academialetrasbrasil.org.br/albparaiba.htm
Nossos membros nos Estados do Brasil in.:
http://www.academialetrasbrasil.org.br/albestados.htm
ALB-Artigos in.:
http://www.academialetrasbrasil.org.br/artfranaguiar.htm
ALB/Cadeiras vitalícias/Brasil in.:
http://www.academialetrasbrasil.org.br/galeriaindicados.html

RECANTO DAS LETRAS


Francisco Aguiar - Biografia in.:
http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=65161
Textos publicados in.:
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=65161

O GUIA LEGAL = SITE DE PESQUISAS


FRANCISCO AGUIAR in.:
http://www.oguialegal.com/08-historicodefavela.htm

http://www.oguialegal.com/08-favelaontemehoje.htm

http://www.oguialegal.com/08-favelaemespanhol.htm

http://www.oguialegal.com/08-palavrafavela.htm

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